sábado, 30 de maio de 2020

De Caetano a FHC: Personalidades de diferentes alas ideológicas lançam manifesto a favor da democracia

Publicado por Diario do Centro do Mundo - 30 de Maio de 2020
Caetano Veloso. Foto de Guido Adler/Reprodução/Facebook
Um manifesto publicado neste sábado (30) na edição impressa de jornais, artistas, políticos, empresários, produtores e intelectuais lançaram um movimento pela democracia, que pede ações a líderes que ‘exerçam com afinco e dignidade seu papel diante da devastadora crise sanitária, política e econômica que atravessa o país’.

Políticos como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, o governador Flávio Dino e o ex-governador do Espírito Santo Paulo Hartung, assinam o manifesto. A artistas como Fernanda Montenegro, Lobão, Caetano Veloso também marcaram presença, além de personalidades cocmo o youtuber Felipe Neto, o escritor Paulo Coelho, e o apresentador Luciano Huck.

Confira abaixo na íntegra:
Manifesto Estamos Juntos
Brasil, 29 de maio de 2020

Somos cidadãs, cidadãos, empresas, organizações e instituições brasileiras e fazemos parte da maioria que defende a vida, a liberdade e a democracia.

Somos a maioria e exigimos que nossos representantes e lideranças políticas exerçam com afinco e dignidade seu papel diante da devastadora crise sanitária, política e econômica que atravessa o país.

Somos a maioria de brasileiras e brasileiros que apoia a independência dos poderes da República e clamamos que lideranças partidárias, prefeitos, governadores, vereadores, deputados, senadores, procuradores e juízes assumam a responsabilidade de unir a pátria e resgatar nossa identidade como nação.

Somos mais de dois terços da população do Brasil e invocamos que partidos, seus líderes e candidatos agora deixem de lado projetos individuais de poder em favor de um projeto comum de país.

Somos muitos, estamos juntos, e formamos uma frente ampla e diversa, suprapartidária, que valoriza a política e trabalha para que a sociedade responda de maneira mais madura, consciente e eficaz aos crimes e desmandos de qualquer governo.

Como aconteceu no movimento Diretas Já, é hora de deixar de lado velhas disputas em busca do bem comum. Esquerda, centro e direita unidos para defender a lei, a ordem, a política, a ética, as famílias, o voto, a ciência, a verdade, o respeito e a valorização da diversidade, a liberdade de imprensa, a importância da arte, a preservação do meio ambiente e a responsabilidade na economia.

Defendemos uma administração pública reverente à Constituição, audaz no combate à corrupção e à desigualdade, verdadeiramente comprometida com a educação, a segurança e a saúde da população. Defendemos um país mais desenvolvido, mais feliz e mais justo.

Temos ideias e opiniões diferentes, mas comungamos dos mesmos princípios éticos e democráticos. Queremos combater o ódio e a apatia com afeto, informação, união e esperança.

Vamos juntos sonhar e fazer um Brasil que nos traga de volta a alegria e o orgulho de ser brasileiro.

Marco Aurélio Carvalho: Moro cometeu crime de prevaricação

O advogado esclareceu que Moro, enquanto ministro da Justiça, não podia ter se omitido diante da tentativa de Jair Bolsonaro de interferir na Polícia Federal. “Precisamos ver o Moro no banco dos réus”, disparou. Assista na TV 247
29 de maio de 2020, 21:50 h Atualizado em 29 de maio de 2020, 22:45
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Advogado Marco Aurélio Carvalho e Sergio Moro
Advogado Marco Aurélio Carvalho e Sergio Moro (Foto: Brasil 247 | Divulgação)
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247 - O advogado Marco Aurélio Carvalho, da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia e do Grupo Prerrogativas, afirmou à TV 247 que o ex-ministro Sergio Moro cometeu crime ao ter prevaricado diante da tentativa de Jair Bolsonaro de interferir politicamente na Polícia Federal na reunião ministerial do dia 22 de abril.

Para o advogado, Moro, ao ter presenciado o cometimento de crime e exercendo um cargo público, deveria ter reagido ao ilícito. 

“No Direito temos várias formas de punir alguém. Você pune pelo o que ela fez, quando a conduta é tipificada como crime, e você pune quando ela não fez, quando a omissão é tipificada como crime. Existe uma forma de você responsabilizar por prevaricação, o que seria essa omissão criminosa. O Moro, diante do cometimento de um crime, como ministro da Justiça, chefe da Polícia Federal, deveria sim ter agido, e agido com veemência. Há uma prevaricação clara”.

Vídeo: o gabinete paralelo de Bolsonaro


Por Cedê Silva

No Reino Unido, os deputados de oposição formam um gabinete paralelo ao do governo. Para cada ministro, existe um deputado específico com a função de fiscalizá-lo. Esse gabinete da oposição é chamado Shadow Cabinet, ou gabinete das sombras.

Jair Bolsonaro trouxe uma inovação: o gabinete das sombras no presidencialismo, um governo paralelo que faz oposição a ele próprio.
https://www.oantagonista.com/

Terrorismo digital

Comparou Moro: “Censurar minha palestra foi como queimar livros durante a ditadura”, após ter evento cancelado na Universidade de Buenos Aires

Publicado em 30 maio, 2020

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Ex-juiz da Lava Jato e ex-ministro da Justiça disse que “recebeu muitos outros convites para realizar outra conferência na Argentina” e que o cancelamento da palestra foi por “pressão política”. Também classificou como “ofensiva” a visita do então candidato, hoje presidente, Alberto Fernández, ao ex-presidente Lula na prisão.

Um dia depois de ter a sua palestra cancelada na Argentina, Sergio Moro revelou que, depois do episódio, multiplicaram-se os convites para outras conferências na Argentina. “Eu devo realizar alguma outra conferência. Depois do cancelamento, muitos argentinos entraram em contato, lamentando o havido e ofereceram para realizar a conferência em outro cenário, em outro contexto”, revelou Moro em entrevista ao canal argentino de notícias La Nación Más (LN+).

A entrevista aconteceu nesta sexta-feira (29) logo após o cancelamento da palestra “Combate contra a corrupção, democracia e estado de direito”, que aconteceria na Faculdade de Direito da principal universidade argentina e uma das mais destacadas da região, a Universidade de Buenos Aires. O evento seria realizado pela plataforma digital Zoom no dia 10 de junho às 10 da manhã.

Esta seria a primeira palestra internacional de Moro desde que saiu do governo Bolsonaro no dia 24 de abril.

LEIA TAMBÉM:
Advogados dizem que Moro pede ao STF a justiça que negou a Lula

A fake news de Sérgio Moro exposta em outdoors


O direito como afirmação do poder da classe dominante, segundo Haddad

Porém, logo após a divulgação do evento, apareceram expressões de repúdio por parte de políticos, profissionais e acadêmicos identificados com o kirchnerismo, setor liderado pela vice-presidente Cristina Kirchner e alinhado com o ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva. O organizador do evento, o Centro de Estudos sobre Transparência e Luta contra a Corrupção, decidiu suspender a atividade.

“Houve um misto de intolerância e de pressão política num cenário de polarização que afeta tanto o Brasil quanto a Argentina. Não levo isso para o lado pessoal. Essa polarização política dificulta o diálogo e o debate”, avaliou Moro sem, no entanto, esconder a sua surpresa por se tratar de um setor onde a liberdade tenderia a prevalecer.


“Acho que o ambiente acadêmico é um ambiente próprio para o pluralismo, para o debate e para a liberdade de expressão”, considerou.

Impedir palestras é como queimar livros
O ex-juiz e ex-ministro comparou a censura que sofreu com uma prática comum às ditaduras dos anos 70, tanto na Argentina quanto no Brasil. “Esse tipo de situação de impedir palestras é mais ou menos o que se fazia no passado quando se queimavam livros em situações arbitrárias”, refletiu. “Não me parece a postura mais apropriada do ponto de vista da tolerância”, acrescentou.

Confrontado com o fato de o presidente Alberto Fernández, na qualidade de professor de Direito da faculdade, ter assinado a carta de repúdio à participação de Moro, informação que, no entanto, não foi confirmada pelo governo, Sergio Moro evitou criticar a suposta postura do líder argentino.

“Não me cabe avaliar a conduta do presidente. O que eu vi, em geral, foi um discurso de certa incompreensão do que foi realizado no Brasil, motivado por questões político-partidárias”, questionou.

Carta de repúdio
Entre outros políticos, assinaram a carta de repúdio a Moro a atual ministra das Mulheres, dos Gêneros e da Diversidade, Elizabeth Gómez Alcorta, o ex-juiz da Corte Suprema, Eugenio Zaffaroni, e também professores da faculdade e ligados ao kirchnerismo.

“Durante o exercício da magistratura, Moro representou um modelo de juiz incompatível com o Estado Democrático de Direito ao prender uma pessoa (Lula) sem que a sua sentença estivesse firme; o que impediu a sua apresentação como candidato, possibilitando a vitória de Bolsonaro”, diz um trecho da carta de repúdio.

Em 2017, o então juiz Sergio Moro condenou o ex-presidente Lula em primeira instância, mas não ordenou a sua prisão que só aconteceria depois da sentença segunda instância, que aumentou a pena contra o petista. O Supremo Tribunal tinha avalizado a prisão em segunda instância, situação que foi revertida com decisão no ano passado que propiciou a liberdade de Lula. Independentemente da prisão do ex-presidente, a condenação em segunda instância, em 2018, ativou a Lei da Ficha Limpa que impede a candidatura de condenados penais por um tribunal.

“Houve comentários de pessoas dentro da faculdade, a meu ver, fundados numa incompreensão do que foi a Operação Lava Jato no Brasil”, interpretou Moro.

Visita a Lula na prisão foi ofensiva
A aproximação do presidente argentino com o ex-presidente Lula foi questionada por Moro, para quem “a relação Brasil-Argentina tem de ficar acima de questões partidárias”. No entanto, ele criticou a visita que o então candidato, Alberto Fernández fez, em julho do ano passado, ao ex-presidente Lula na prisão em Curitiba.

“Na época, achei que isso foi um pouco ofensivo. Sinceramente, achei que não fez bem para as relações bilaterais. Não foi muito apropriado”, sentenciou o ex-juiz.

Lawfare é papo de criminoso
Para o kirchnerismo, Sergio Moro foi um juiz parcial no processo que condenou Lula, sendo um representante do chamado “Lawfare”, termo usado para definir uma guerra judiciária para intervir na política e para destruir adversários. Esse é hoje o principal argumento usado por Cristina Kirchner, acusada de corrupção em diversos processos.

“Com todo respeito, lawfare é conversa de criminoso que busca se defender. No fundo, como não têm como questionar as provas, é muito fácil invocar perseguição política como defesa quando não tem como se defender”, acusou Moro, relembrando que a Lava Jato condenou a todos os envolvidos sem distinção de ideologia nem de tamanho do poder.

“Foram condenados empresários que pagaram subornos, diretores das estatais que receberam subornos e políticos, tanto da direita quanto da esquerda”, recordou.

Sem avanço na agenda anti-corrupção de Bolsonaro
O ex-ministro da Justiça defendeu a sua postura de integrar o governo do presidente Jair Bolsonaro “porque tinha o objetivo de avançar com reformas”, mas que “só foram alcançadas em parte”.

“A agenda que eu assumi no governo Bolsonaro era contra a corrupção, contra o crime organizado e contra a criminalidade violenta. Avançamos bastante contra o crime organizado e contra a criminalidade violenta, mas, na agenda anticorrupção, de fazer reformas para melhorar a lei, de fazer alterações para proteger as instituições de influências políticas, nisso praticamente não houve avanço”, admitiu Moro, colocando no banco dos réus o presidente Bolsonaro.

“Eu já vinha numa crescente insatisfação com a falta de atenção com a agenda anticorrupção por parte da Presidência”, contou como um processo prévio à suposta tentativa de interferência de Bolsonaro na Polícia Federal.

Por Macio Resende, correspondente da RFI em Buenos Aires.

PODCAST: Enviai o vosso Espírito Senhor




Por Pe. Geovane Saraiva 

Flávio Dino aciona Supremo contra Aras por denúncia sobre combustível de helicóptero


Publicado em 30 maio, 2020 8:15 am


Governador Flávio Dino

Imagem: Roberta Aline/Governo do Piauí
Da Folha:

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), protocolou nesta sexta-feira (29) um mandado de segurança no STF (Supremo Tribunal Federal) contra o procurador-geral da República, Augusto Aras, e a subprocuradora-geral da República, Lindôra Araújo, por causa de inquérito que investiga compra de combustível para helicóptero realizada pelo governo maranhense.

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Segundo noticiado pelo jornal O Globo no dia 27 de abril, a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou um pedido de abertura de inquérito contra Dino para apurar suspeitas de irregularidade em contrato que determina a compra de 175 mil litros de combustível por ano para abastecer um helicóptero de modelo EC-145, usado pela Secretaria de Segurança Pública.

A defesa do governador afirma que a PGR baseou-se em denúncia feita por um cidadão da cidade de Varginha (MG) que, sem apresentar provas, alegou que a quantidade de combustível era superestimada e solicitou investigação por corrupção. Varginha está a cerca de 2.800 km de distância da capital São Luís.

Posteriormente, o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) autorizou a abertura de inquérito para apurar o envolvimento do governador Flávio no contrato de R$ 1,4 milhão com a Petrobras, sob suspeita de um suposto prejuízo de R$ 267 mil aos cofres públicos. O fato também foi noticiado pela imprensa.

Procuradores da República lançam manifesto pedindo MPF independente

Documento pede a criação de emenda constitucional que obrigue o presidente a escolher o PGR a partir de uma lista tríplice
Solenidade de posse do procurador-geral da República, Augusto Aras (26/09/2019)
Solenidade de posse do procurador-geral da República, Augusto Aras (26/09/2019) (Isac Nobrega/PR)

Enquanto o presidente Jair Bolsonaro fala em indicar o procurador-geral da República, Augusto Aras, ao Supremo Tribunal Federal (STF) e lhe concede honraria militar, quase 600 procuradores assinaram nesta sexta-feira (29) um manifesto pedindo independência do Ministério Público Federal (MPF). O documento, subscrito por mais da metade dos 1.131 procuradores da República do país, pede a criação de uma emenda constitucional que obrigue o presidente a escolher o chefe do MPF a partir de uma lista tríplice elaborada pela categoria.

Embora essa regra não exista, desde 2003 todos os procuradores-gerais saíram de uma relação de três nomes feita a partir de eleição interna da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR). Bolsonaro quebrou a prática ao indicar Aras, em setembro. Aras vem sendo alvo de críticas internas no MPF por tomar medidas consideradas "pró-governo", como o pedido, feito na quarta-feira (27), para o Supremo Tribunal Federal (STF) suspender o inquérito das fake news, que atinge políticos, empresários e blogueiros bolsonaristas.

O cortejo de Bolsonaro a Aras já tinha ficado explícito na quinta-feira (28), quando o presidente afirmou que daria uma eventual vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) ao procurador-geral. Ao classificar a atuação do procurador-geral como "excepcional", o mandatário disse que "o nome de Augusto Aras entra fortemente", caso apareça uma terceira vaga - até 2022, os ministros Celso de Mello e Marco Aurélio Mello deixarão a Corte. Nessa sexta-feira, Bolsonaro tentou atenuar a repercussão negativa da declaração e escreveu, em suas redes sociais, que não cogita indicar o procurador-geral para uma dessas duas vagas.


Jair M. Bolsonaro
@jairbolsonaro
- Todos sabem que durante o mandato p/ o qual fui eleito, que vai até 2022, estão previstas apenas 2 vagas p/ o Supremo Tribunal Federal.

- Conforme afirmei em “live”, e com todo o respeito que tenho pelo Senhor PGR, Augusto Aras, não cogito indicar o seu nome para essas vagas.

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8:55 PM - May 29, 2020
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O aceno de Bolsonaro a Aras aumentou o ritmo de adesões ao manifesto dos procuradores da República, lançado no último dia 27 pela ANPR. "Considerando que cabe ao PGR investigar e acusar criminalmente o presidente da República, seria certamente mais adequado, partindo do princípio do fortalecimento institucional e da independência de atuação, que a lista fosse respeitada", afirma nota da ANPR.

Homenagem

Na manhã dessa sexta (29), Bolsonaro incluiu Aras numa lista de homenageados pela Ordem de Mérito Naval, uma das maiores honrarias militares, concedida a integrantes da Marinha e, excepcionalmente, corporações militares, instituições civis e personalidade que tenham prestados serviços relevantes à Marinha.

Segundo publicação no Diário Oficial da União, o procurador receberá a homenagem junto com o ministro da Educação Abraham Weintraub, que ontem prestou depoimento para explicar por que disse, na reunião ministerial de 22 de abril, que queria prender ministros do Supremo.

A íntegra do encontro ministerial foi divulgada há oito dias por autorização do Supremo, como parte de outro inquérito que incomoda Bolsonaro e que tem atuação da PGR: a investigação de suposta interferência política na Polícia Federal (PF). Ao longo da investigação, Aras poderá ser provocado pelo Supremo a se posicionar sobre medidas relacionadas ao presidente, como um pedido para prestar depoimento. Ao fim da colheita de provas, caberá a ele denunciar ou não Bolsonaro.

A atuação de Aras no caso já havia sido questionada por seus pares. Ao pedir a abertura do inquérito, o procurador-geral mirou também o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro, que fez as acusações contra o presidente. Outro episódio contestado foi o pedido de apuração sobre ato antidemocrático convocado contra o STF em abril. Apesar de o presidente ter feito até discurso na manifestação, o PGR o livrou do inquérito.

Reprovação

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso criticou nessa sexta a possibilidade de procuradores-gerais serem reconduzidos ao cargo ou indicados para outras funções pelo presidente. "A recondução, evidentemente, pode gerar a tentação de agradar. (…) Acho que quem tem que ser independente não pode ser reconduzido, portanto acho que teria que ser um mandato único", defendeu o ministro, que assumiu, nesta semana, a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Barroso disse ser a favor de uma lista tríplice "vinculante", ou seja, que torne obrigatória a nomeação de um dos três mais votados.

De acordo com a professora de direito internacional e comparado da Universidade de São Paulo (USP) Maristela Basso, não há nenhuma violação a lei específica que justifique uma ação contra o presidente pela sua fala. No entanto, a declaração cria um impedimento de ordem moral. "Qualquer ato que ele (Aras) tomar agora, será um ato suspeito: se ele for rígido, vai parecer que é uma tentativa de demonstrar independência. Se ele for mais flexível, vai se questionar se ele não está mantendo esse flerte com o presidente por um eventual cargo", disse a professora.

Para o advogado Pedro Lucena, mestre em direito administrativo pela PUC-SP, a declaração do presidente ultrapassa a barreira do elogio e passa a sugerir uma possível recompensa, o que poderia interferir na independência das instituições. "A manifestação, por si só, não configura tipificação criminal ou ato de improbidade. Porém, levando em conta a educação política da sociedade, não tenho dúvidas de que a declaração gera efeito negativo, pois dá a entender que a autonomia da PGR pode ser flexibilizada e barganhada".

Agência Estado/Dom Total

Maioria rejeita aproximação de Bolsonaro com o Centrão


Maioria rejeita aproximação de Bolsonaro com o Centrão - O Antagonista
Brasil 30.05.20 07:27


A maioria da população brasileira reprova a aproximação de Jair Bolsonaro com o Centrão.

Segundo o Datafolha, 67% dos entrevistados disseram que o presidente age mal ao negociar cargos e verbas com congressistas, ante 20% que acreditam que ele age bem.

11% não souberam responder a pesquisa e 2% afirmaram que Bolsonaro não está negociando cargos.

Folha retrata Bolsonaro como cão sem dentes que não deve ser levado a sério

Em editorial, jornal aponta que seus ataques contra as instituições são demonstração de fraqueza – e não de força
30 de maio de 2020, 05:20 h Atualizado em 30 de maio de 2020

(Foto: ABr | Reprodução)
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247 – "A população já sabe que não deve levar a sério o que diz o presidente Jair Bolsonaro. Ainda assim, é forçoso anotar, até como registro para a posteridade, que, no dia 28 de maio de 2020, o chefe de Estado do Brasil afirmou, referindo-se a decisões do Poder Judiciário: 'Ordens absurdas não se cumprem'”, aponta o jornal Folha de S. Paulo, em editorial publicado neste sábado.

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"Os rugidos são inversamente proporcionais ao dano que essas figuras liliputianas da política brasileira podem causar à institucionalidade. Configuram-se, na verdade, sintomas do enfraquecimento e do isolamento progressivos de Jair Bolsonaro e seu círculo de fanáticos", diz o editorialista. "O presidente que rosnou perante a turma de agitadores violentos que o bajula no famigerado cercadinho do Alvorada foi o mesmo que, ordeiramente, ingressou com recurso no Supremo para tentar evitar o depoimento do ministro da Educação que havia insultado a corte."

Segundo a Folha, Bolsonaro não tem tanques para promover seu golpe de estado.

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Inquérito das fake news deve chegar ao chefe do esquema: Carlos Bolsonaro

Próxima etapa da investigação poderá mirar grupo de assessores do Planalto comandado pelo vereador Carlos Bolsonaro
30 de maio de 2020, 06:12 h Atualizado em 30 de maio de 2020

Alexandre de Moraes e Carlos Bolsonaro
Alexandre de Moraes e Carlos Bolsonaro (Foto: STF | Renan Olaz/CMRJ)
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247 – "O avanço da investigação sigilosa do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre ameaças, ofensas e fake news disparadas contra integrantes da Corte e seus familiares deve chegar ao núcleo próximo do presidente Jair Bolsonaro", segundo aponta reportagem de Rafael Moraes Moura, publicada no jornal Estado de S. Paulo.

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"Com previsão de ser concluído em 15 de julho, mas a possibilidade concreta de ser novamente prorrogado, o inquérito já fechou o cerco sobre o 'gabinete do ódio', grupo de assessores do Palácio do Planalto comandado pelo vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do chefe do Executivo. A existência desse núcleo foi revelada em reportagem do Estadão de setembro do ano passado", aponta ainda o jornalista.

A investigação é conduzida no Supremo pelo delegado federal Igor Romário de Paula, que integrou a Lava Jato em Curitiba, e é tido como um aliado do ex-ministro Sérgio Moro.

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sexta-feira, 29 de maio de 2020

Copo de leite: Bolsonaro usa símbolo nazista de supremacia racial em live

"Ele vai dizer que não é, que é pelo desafio do leite, mas é um jogo de cena", afirma a antropóloga Adriana Dias, especialista em neonazismo
29 de maio de 2020, 19:38 h Atualizado em 29 de maio de 2020

Desafio do copo de leite.
Desafio do copo de leite. (Foto: Reprodução)
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Fórum - O presidente Jair Bolsonaro chamou atenção ao tomar um copo de leite puro durante live presidencial na última quinta-feira (29). Apesar do presidente dizer que estaria cumprindo um desafio de ruralistas, pesquisadores enxergam uma correlação do gesto com movimentos neonazistas – que adotam o copo de leite como símbolo.

Para Adriana Dias, que é doutora em antropologia social pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e que há anos pesquisa o fenômeno do nazismo, há uma referência clara entre o episódio e o neonazismo. “O leite é o tempo todo referência neonazi. Tomar branco, se tornar branco. Ele vai dizer que não é, que é pelo desafio, mas é um jogo de cena, como eles sempre fazem”, declarou à Fórum.

Leia a íntegra na Fórum.   https://www.brasil247.com/

Bolsonaro e Heleno se encontram com investigados do “Gabinete do Ódio”. Coincidência ou batom na cueca?


O Gabinete do Ódio não para nunca. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o ministro do Gabinete Segurança Institucional, general Augusto Heleno, que o digam.

De acordo com o Uol, o presidente recebeu a youtuber Bárbara Zambaldi Destefan em Palácio do Planalto cinco dias antes da operação da Polícia Federal, autorizada pelo STF. Ela é uma das investigadas pelo Supremo Tribunal Federal no inquérito das fake news.

Bárbara é dona do canal “Te Atualizei”, de apoio ao presidente Bolsonaro no YouTube com 585 mil inscritos no Youtube.

Além da entrevista da youtuber com o presidente da República, o ministro da GSI posou para selfie com Leonardo Rodrigues de Barros Neto, ex-assessor da deputada Alana Passos (PSL-RJ) na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro).

Barros Neto publicou uma foto ao lado do general Heleno um dia antes de a PF requer ao Twitter a identidade do proprietário da conta @bolsoneas, também de apoio a Bolsonaro.

Segundo o Uol, Bárbara e Leonardo são considerados influenciadores de direita nas redes sociais a partir de perfis anônimos.

A Constituição Federal assegura a liberdade de expressão, todavia veta o anonimato.

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Bolsonaro ‘chifrou’ em todos os namoros; confira o histórico
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) é recorrente no uso de expressões como “namoro”, “noivado” e “casamento” para justificar ações de seu governo.

Na noite desta quinta-feira (28), durante uma live, o presidente da República afirmou que pode indicar o procurador-geral da República Augusto Aras para o Supremo Tribunal Federal (STF) ‘se aparecer uma terceira vaga’ no curso do mandato.

“Tem uma vaga prevista para novembro, outra para o ano que vem. O senhor Augusto Aras, nessas duas vagas, deixo bem claro, não está previsto o nome dele. Eu costumo dizer que tenho três nomes – que não vou revelar – que eu namoro para indicar para o Supremo Tribunal Federal. Um vai ser evangélico, é um compromisso que eu tenho com a bancada evangélica”, disse o presidente Bolsonaro.

É bom Aras colocar a barba de molho porque o retrospecto é negativo para quem Bolsonaro prometeu namoro, noivado ou casamento. O presidente chifrou a todos nesses relacionamentos fugazes.

Então, vejamos:


Gustavo Bebianno – ministro da Secretaria Geral, em 18 de fevereiro de 2019;
Ricardo Vélez – ministro da Educação, em 8 de abril de 2019;
Santos Cruz – ministro da Secretaria de Governo, em 13 de junho de 2019;
Floriano Peixoto – ministro da Secretaria Geral, em 20 de junho de 2019;
Onyx Lorenzoni* – ministro da Casa Civil, em 13 de fevereiro de 2020;
Osmar Terra – ministro da Cidadania, em 13 de fevereiro de 2020;
Gustavo Canuto – ministro do Desenvolvimento Regional, em 6 de fevereiro de 2020;
Luiz Henrique Mandetta – ministro da Saúde, em 16 de abril de 2020;
Sérgio Moro – ministro da Justiça, em 24 de abril de 2020;
Nelson Teich – ministro da Saúde, em 15 de maio de 2020; e
Regina Duarte – secretária da Cultura, em 20 de maio de 2020.
*Onyx Lorenzoni foi rebaixado para a Cidadania.

Note o caríssimo leitor que a “fidelidade” não é o forte do presidente Jair Messias Bolsonaro. Pelo contrário. O chifre é a regra em relação aos seus auxiliares e aliados políticos, embora a retórica pública seja outra.

“Voltamos a namorar. Está tudo bem com Rodrigo Maia”, disse Bolsonaro no dia 14 de maio de 2020, em público, mas isso não impediu que o “Gabinete do Ódio” desancasse o presidente da Câmara nas redes sociais.

Os dois mais notórios ‘chifrados’ foram a atriz Regina Duarte e o ex-ministro Sérgio Moro.

Depois de um ‘noivado’ longo, que durou 47 dias, a atriz Regina Duarte confirmou o ‘enlace’ com Bolsonaro. Como numa novela, o ‘casamento’ entre os dois acabou após o presidente da República ser flagrado ‘pulando a cerca’ com o também ator Mário Frias. O moço foi usado para fritar [humilhar] a secretária Nacional da Cultura.

Moro tinha a promessa de ser nomeado para uma vaga do Supremo Tribunal Federal, mas, por desavença, levou um pé na bunda do presidente Jair Bolsonaro.

Aras, independente de ser comunista ou não, deveria levar em consideração a velha máxima de Karl Marx: ‘A história se repete, a primeira vez como tragédia, a segunda como farsa.’

Eu, robô?

Bolsonaro tem três dias para contestar uso no TSE de provas do inquérito das fake news

Brasil 29.05.20 16:54
Por Renan Ramalho

Bolsonaro tem três dias para contestar uso no TSE de provas do ...
O ministro Og Fernandes, do TSE, abriu prazo de três dias para que Jair Bolsonaro e Hamilton Mourão se manifestem sobre a inclusão de provas colhidas no inquérito das fake news na ação que acusa a campanha de se beneficiar de mensagens em massa disparadas por WhatsApp.

O pedido foi feito pelo PT, autor da ação que pede a cassação da chapa, pela suspeita de que empresários bancaram o serviço e que as mensagens continham propaganda irregular, com ofensas a adversários e conteúdo falso.

Depois das manifestações de Bolsonaro e Mourão, Og Fernandes abrirá prazo de três dias para que o Ministério Público Eleitoral apresente um parecer sobre o pedido.

Amor gentil e desinteressado

Padre Geovane Saraiva*
Confiemos e inspiremo-nos na afável bondade de Deus, que se estende de geração em geração. A partir da mais acabada confiança, que a vida seja percebida como dom e graça, dentro do projeto salvífico, que significa abraçar a missão e romper com o comodismo, na busca de encontrar novos caminhos, de vencer obstáculos e de ultrapassar barreiras. Devemos acolher o convite feito pelo próprio Deus: o de dar continuidade à sua missão, obedientes à sua irrecusável voz e indescritível mistério de amor. Esse amor, à luz da esperança cristã, não é sinônimo de ilusão, mas revela ideia de justiça e vida para todos, na vinda definitiva de Deus, convencendo-nos da plenitude do homem e do mundo, no mergulho e entrega nas mãos do Senhor.

Dentro do contexto da semana que antecede a Solenidade de Pentecostes, na Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos 2020, com o tema “Gentileza gera Gentileza”, promovida mundialmente pelo Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos e pelo Conselho Mundial de Igrejas, a Semana de Oração pela Unidade Cristã (SOUC) acontece em períodos diferentes nos dois hemisférios. Pensemos que a gentileza é fruto da caridade, como nos ensina o apóstolo Paulo, a respeito da qual, sendo paciente e benigna, não é invejosa e nem se vangloria, não desrespeita, não busca seu interesse, não se é raivosa e não leva em conta o mal recebido, não se alegra com a injustiça, mas acolhe a verdade, antevendo a santidade, assimilada como dom, dentro do projeto de Deus, significando uma ruptura com o mal e com todos os seus frutos.

Deus convida todos, em tempo de pandemia – pelo testemunho e anúncio de cada seguidor de Jesus de Nazaré –, a prestar conta e dar razões de sua vida de esperança. Ele é amor, sendo, por isso mesmo, causa e razão de nossa vida, mas na alegre confiança de quem o descobriu, o reconheceu e o acolheu como seu tesouro mais precioso, capaz de satisfazer a existência humana. Que nossa resposta ao mistério da revelação de Deus na História, vindo ao mundo por meio de Maria – mulher simples e humilde –, nos ensine a verdadeira alegria, na doação generosa e no oferecimento da própria vida.

Como é conveniente pensar que somente através do amor – dom e graça –, acolhido e traduzido em lições de vida, depois transmitido aos irmãos, é o que é decisivo para determinar o valor e a importância de uma vida de doação! Sejamos convictos de que o que realizamos na fé e na esperança deixará sinais e marcas indeléveis. A herança maior que podemos deixar para as gerações vindouras está no constante esforço da vivência do Evangelho, pela nossa conduta ética, numa prática, que tem por base o amor desinteressado, com “gentileza gerando gentileza”. Amém! 

*Pároco de Santo Afonso, Blogueiro, Escritor e integra a Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza (AMLEF).

Robôs de Bolsonaro entram em ‘parafuso’ no Twitter após ação da PF


O “gabinete do ódio”, pilotado por Carlos Bolsonaro e financiado por generosas verbas de empresários pró-governo, acusou o golpe após a ação de busca e apreensão da Polícia Federal ordenada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, que investiga a rede de fake news e de difamação do bolsonarismo contra a oposição, a imprensa e as instituições de Estado.

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Segundo levantamento da consultoria AP Exata, publicado na Folha de São Paulo nesta sexta-feira (29), os impulsionamentos dos chamados perfis de interferência despencaram de 14% para 10% no Twitter. Elas já chegaram a ter pico de 17%.

A AP Exata avalia que, se os perfis de interferência forem mesmo desmobilizados, os bolsonaristas passarão a ter menos força para impor suas narrativas nas redes.

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Fake news: Moraes já possui informações para ações muito mais explosivas, diz jornalista

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Nas últimas horas, os blogs bolsonaristas tentam animar a “tropa”, cada vez mais raivosa e decadente, atacando os ministros do STF na linha indicada pelo chefe de “acabou, porra”.

Grupos bolsonaristas convocam um ato para o próximo domingo (31), em Brasília, para manifestar apoio ao presidente Bolsonaro.

MP-SP mira transferências milionárias em contas operadas por Salles

O MP-SP quebrou o sigilo do ministro Ricardo Salles (Meio Ambiente) e descobriu que ele repassou R$ 2,75 milhões da conta de seu escritório de advocacia para a sua conta pessoal em 54 transferências, entre 2014 e 2017. Em 2012, quando foi candidato a vereador, ele declarou ter R$ 1,4 milhão em bens. Em 2018 o valor aumentou 335%, corrigindo o valor pela inflação
29 de maio de 2020, 12:03 h Atualizado em 29 de maio de 2020

Ricardo Salles
Ricardo Salles (Foto: Alessandro Dantas)
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247 - O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) quebrou o sigilo do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e descobriu transferências milionárias de contas controladas por ele. As investigações do MP agora tentam avançar nas suspeitas de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro, de acordo com a Revista Crusoé. 

Salles repassou R$ 2,75 milhões da conta de seu escritório de advocacia para a sua conta pessoal em 54 transferências, feitas entre 2014 e 2017. No período, ele ocupou dois cargos públicos quando Geraldo Alckmin era governador de São Paulo. O atual ministro foi secretário particular do tucano e secretário do Meio Ambiente, além de atuar como advogado na iniciativa privada.

O MP abriu o inquérito em agosto do ano passado e analisa as movimentações financeiras de Salles no período que vai de 2012 a 2017, quando Salles deixou de atuar como advogado para ocupar cargos no governo paulista. O ministro teria acumulado R$ 7,4 milhões em cinco anos.

Com base na declaração de bens que o ministro prestou à Justiça Eleitoral em 2012, quando foi candidato a vereador pelo PSDB, Salles declarou ter R$ 1,4 milhão em bens. Em 2018, quando saiu para deputado federal pelo Partido Novo, foram R$ 8,8 milhões, sendo dois apartamentos de R$ 3 milhões cada, R$ 2,3 milhões em aplicações e um barco de R$ 500 mil, representando um aumento de 335% em cinco anos, corrigindo o valor pela inflação.

Pelo Twitter, Salles chamou de mentirosa a matéria da revista. "Todos os meus rendimentos ditos ‘repassados’ são honorários declarados e decorrentes da minha atividade privada como advogado, fora do Governo, a qual muito me orgulho. Não tenho nada a esconder, de ninguém", afirmou ele, que está com a imagem a cada dia pior, após a divulgação de um vídeo sobre uma reunião ministerial do dia 22 de abril. 

De acordo com o vídeo, o ministro queria aproveitar o enfoque da imprens ana cobertura do coronavírus para ampliar as áreas de desmatamento. Salles defendia "reformas infralegais de desregulamentação e simplificação" na área do meio ambiente e "ir passando a boiada".

Um dos efeitos desta deterioação dele enquanto ministro foi a iniciativa do vice-presidente, Hamilton Mourão, de retirá-lo da presidência do comitê orientador do Fundo Amazônia. O próprio general é quem assumirá o cargo.

Ricardo Salles MMA
@rsallesmma
Matéria mentirosa. Todos os meus rendimentos ditos “repassados” são honorários declarados e decorrentes da minha atividade privada como advogado, fora do Governo, a qual muito me orgulho. Não tenho nada a esconder, de ninguém.

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MORO ATACA

O ex-ministro faz revelações. Este é um convite especial para você acompanhar o desenrolar deste caso com o jornalismo da Crusoé e de O Antagonista+


Caro leitor,


Exclusivo: Sergio Moro ataca.

Em entrevista exclusiva a Crusoé, o ex-ministro:

 conta detalhes da novela que resultou em seu pedido de demissão do governo Bolsonaro
revela um estranho pedido para que policiais federais fossem cedidos ao Planalto no início do governo
diz que Bolsonaro se aliou ao Centrão por medo do impeachment 
relaciona a sabotagem de seu projeto anticrime à necessidade do presidente de proteger seu filho investigado
No trecho da entrevista exclusiva a seguir, Moro fala sobre a omissão de Bolsonaro na aprovação de pontos importantes do projeto anticrime — uma das principais bandeiras do ex-ministro — e sobre a investigação em torno de Flávio Bolsonaro que apura o envolvimento do filho 01 do presidente no esquema de “rachadinha” na Assembleia Estadual do Rio:

“CRUSOÉ – O presidente demonstrava preocupação, nos bastidores, com as investigações sobre o filho dele, o senador Flávio Bolsonaro?
MORO – Essa é uma investigação da polícia estadual e do Ministério Público estadual. Não cabia ao Ministério da Justiça realizar qualquer espécie de interferência.

CRUSOÉ – Ele fazia cobranças em relação a esse assunto?
MORO – Para mim não poderia fazer porque não é da minha área. (…) Mas me chamou a atenção um fato quando o projeto anticrime foi aprovado pelo Congresso. Infelizmente houve algumas mudanças no texto que acho que não favorecem a atuação da Justiça criminal. Tirando a questão do juiz de garantias, houve restrições à decretação de prisão preventiva e também restrições a acordos de colaboração premiada. Propusemos vetos, e me chamou muita atenção o presidente não ter acolhido essas propostas de veto, especialmente se levarmos em conta o discurso dele tão incisivo contra a corrupção e a impunidade. Limitar acordos e prisão preventiva bate de frente com esse discurso. Isso aconteceu em dezembro de 2019, mesmo mês em que foram feitas buscas relacionadas ao filho do presidente.

CRUSOÉ – O sr. entende que ele não vetou porque precisava proteger o filho?
MORO – Me chamou atenção porque é incoerente com o discurso. Assim como são incoerentes com o discurso as alianças recentes que o presidente tem feito com personagens do nosso mundo partidário que não se destacam exatamente pela imagem de probidade. Acho isso um tanto peculiar porque o discurso para os eleitores é um, e a prática é outra bastante diferente…“

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frota e lula


frota e lula
28 DE MAIO DE 2020, 19H09

Alexandre Frota diz que “Lula tá avisando” e conclama povo a ir às ruas defender a democracia
Frota compartilhou mensagem de Lula sobre o flerte de Bolsonaro com um golpe e pregou unificação; nome do ex-bolsonarista foi parar nas tendências do Twitter

Por Redação
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O deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP) surpreendeu, nesta quinta-feira (28), ao compartilhar uma mensagem de Lula em que o ex-presidente conclama uma reação contra as aspirações golpistas de Jair Bolsonaro.

“Lula está avisando. Acho que diante das ameaças vamos ter que ir para ruas e vamos p guerra. É hora de unificar e encarar”, tuitou Frota.

Por trás das fake news

A era dos 'mercadores da dúvida e da confusão'
Livro 'Os mercadores da dúvida', de Naomi Oreskes e Erik Conway
Livro 'Os mercadores da dúvida', de Naomi Oreskes e Erik Conway (Divulgação)
Mirticeli Medeiros*

Fake news. Com o advento das redes sociais, o termo se tornou amplamente difundido. Em alguns casos, chega até a ser mal empregado. Quem é escravo de ideologias, sobretudo no Brasil, transforma qualquer ataque a seu messias político numa “perseguição da grande mídia”. Claro, todo e qualquer meio de comunicação possui sua linha editorial, e por mais que o uso de determinadas linguagens pareça forçado, o preocupante é que, hoje, mitos não podem mais ser questionados. E num lugar onde a mídia não questiona, a democracia está com seus dias contados.

Cristalizaram determinadas figuras dentro de uma bolha de santidade, e quando nos deparamos com os “políticos que estão no mercado”, vemos o quanto o brasileiro médio carece de referências. Qualquer “louco da última hora” se apropria do status de libertador hoje em dia. Mas a verdade mesmo é que jamais nos libertaremos de nada enquanto continuarmos canonizando a ignorância de todos os lados.

Reze conosco em Meu dia com Deus
E não se trata de criar uma “elite cultural brasileira”, incentivando a ascensão de figuras soberbas e “iluminadas” que surgem das prateleiras empoeiradas de uma biblioteca repleta de livros viciados. Mais do que nunca, é necessário incentivar o debate e vencer essa polarização insuportável, a qual impulsiona, ao invés disso, a formação de uma “elite cultural da imbecilidade”. Sem dúvida, gritos, pancadões, palavrões, jargões da lacração e todos os superlativos de um grupo treinado para eliminar todo discurso que se opõe, não salvará o Brasil de absolutamente nada. Pelo contrário: o conduzirá cada vez mais para o buraco.

E o que vemos por aí é um fenômeno novo que não pode ser comparado ao messianismo de Canudos ou aos populismos do século passado, mas colhe desses movimentos alguns elementos. Os especialistas já falam de um neopopulismo, caracterizado por uma “doutrina de ideias” que se desenvolve independente do espectro político no qual se estrutura. Em 2013, o filósofo búlgaro Tzvetan Todorov também falava de um novo messianismo caracterizado pela “promoção de guerras humanitárias”.

O “vamos salvar o Brasil de...” virou slogan de várias propagandas eleitorais, transformando o diferente, o outro, não simplesmente num adversário político, mas em alguém que precisa, em outras palavras, ser atacado na sua dignidade, escorraçado, eliminado e até agredido. O pior de tudo é justificar essa ações com as prerrogativas do “homem de bem” e do “bom cristão”, o que é completamente contraditório.

Sim, o buraco das fake news está muito mais embaixo. São ideologias populares que manipulam discursos e, ainda por cima, os financiam. Falo de quem fatura muito com o pânico, com os negacionismos e com essa “guerra fria” católica. O livro “Os mercadores da dúvida”, dos historiadores Naomi Oreskes e Erik Conway, que já citei em outros artigos, é profético. Os especialistas mostram como cientistas influentes emprestaram sua visibilidade para contestar a ciência a partir de acordos milionários com políticos, empresários e lobistas. O mais chocante é que há religiosos que têm vendido a alma dessa forma, não somente por causa de suas convicções particulares, mas porque os “ismos” do tempo presente se tornaram rentáveis. É mais que fake news; é fazer vista grossa para a incoerência.

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*Mirticeli Dias de Medeiros é jornalista e mestre em História da Igreja pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma. Desde 2009, cobre o Vaticano para meios de comunicação no Brasil e na Itália e é colunista do Dom Total, onde publica às sextas-feiras.

Bolsonaro deve ser derrotado duas vezes no STF


Bolsonaro deve ser derrotado duas vezes no STF - O Antagonista
Merval Pereira diz que “as duas novas tentativas do governo de reverter decisões do Supremo têm chances próximas de zero de vingar, tanto o habeas corpus a favor do ministro Abraham Weintraub, quanto o pedido de fim do inquérito sobre fake news feito pelo Procurador-Geral da República, Augusto Aras.

Há uma jurisprudência firmada de que o tribunal não deve receber pedido de habeas corpus contra atos de seus ministros. Quanto ao inquérito, mesmo os que, a princípio, consideraram que era uma demasia do presidente Dias Toffoli, hoje entendem que os fatos descobertos nas investigações justificam sua existência, indo muito além da auto defesa que parecia ser o objetivo inicial.

Moro na Crusoé: “Eu era um anteparo contra a interferência na PF”



Em sua entrevista exclusiva a Sergio Moro, a Crusoé perguntou se ele pensou em sair antes do governo.


Ele respondeu:

“Sim. Desde que começou a haver avanço para cima da Polícia Federal. Mas a minha percepção era a de que ali dentro eu era um anteparo contra essa interferência. Ainda que ao custo de credibilidade e de um desgaste pessoal muito grande, a minha presença ali era importante. Até a data da minha saída eu tinha conseguido impedir a interferência. Não posso mentir. Eu me sentia desconfortável em vários aspectos do governo: pela agressividade contra a imprensa, pelo estímulo à violência, ao ódio e, mais recentemente, pela atuação, ou pela não atuação, ou pela descoordenação completa do governo federal em relação ao combate ao coronavírus. Eu sempre defendi o isolamento. É claro que a gente sabe que isso tem um custo muito grande, sabe que as pessoas não gostam e que isso precisa ser acompanhado de medidas de alívio econômico, mas faltava e ainda falta um plano nacional.”

General Santos Cruz rechaça golpe de Eduardo e Jair Bolsonaro e diz que "governos são passageiros"

Ex-ministro de Bolsonaro, general Carlos Alberto Santos Cruz expõe divisão militar em relação ao projeto golpista e diz que militares "não se deixarão tragar e atrair por disputas políticas nem por objetivos pessoais, de grupos ou partidários"
29 de maio de 2020, 05:02 h Atualizado em 29 de maio de 2020

Santos Cruz e Bolsonaro
Santos Cruz e Bolsonaro (Foto: ABr)
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247 – O general Carlos Alberto Santos Cruz, que foi ministro de Jair Bolsonaro e acabou demitido após pressões do gabinete do ódio, liderado por Carlos Bolsonaro e composto pelo "guru" Olavo de Carvalho, publica importante artigo nesta sexta-feira, em que deixa claro que as Forças Armadas não irão embarcar no golpe convocado por Jair Bolsonaro, que ontem disse que não vai mais cumprir ordens judiciais com seu "acabou, porra", e por Eduardo Bolsonaro. Confira:

O Militar e a Política

As Forças Armadas, por serem instituições de Estado, não devem fazer parte da dinâmica de assuntos de rotina política

Todos os militares são eleitores, do soldado/marinheiro ao general-de-exército / brigadeiro / almirante. E todos votam com total liberdade de escolha nos seus candidatos e partidos de preferência. É o exercício da cidadania, na mais absoluta liberdade. É um dos pontos altos da democracia. É quando cada cidadão, em seu voto e por seu voto, vale o mesmo, independente de qualquer consideração de classe social, credo, etnia, etc. Mas a democracia é mais que isso. É também o funcionamento harmônico das instituições. É também a liberdade de imprensa e de associação. É também um processo coletivo de construção, a partir da diversidade da nossa sociedade, de um País mais justo, próspero e tolerante.

Na cultura militar, não existe propaganda nem discussão política sobre preferência de candidatos e partidos dentro dos quartéis. Quando o cidadão coloca a farda e representa a instituição, ele tem compromisso institucional e constitucional. Seu compromisso é com a Nação.

As Forças Armadas são instituições permanentes do Estado brasileiro e não participam nem se confundem com governos, que são passageiros, com projetos de poder, com disputas partidárias, com discussões e disputas entre Poderes ou autoridades, que naturalmente buscam definir seus espaços e limites. No jogo político, muitas vezes os atores são levados por interesses de curto prazo, influenciados por emoções, limitados por suas convicções. Isso é normal no ambiente democrático.


O militar da reserva, seja qual for a função que ocupa, não representa a instituição militar.  O desempenho de qualquer função, quando o militar está na reserva, é de responsabilidade pessoal. As instituições militares são representadas pelos seus comandantes, que são pessoas de longa vida militar e passaram por inúmeras avaliações durante a vida profissional, seguramente escolhidos entre os melhores do seu universo de escolha. O processo seletivo acontece em todos os níveis, desde a escolha de soldados para o Curso de Formação de Cabo até a promoção para general-de-exército. A estrutura hierárquica e a conduta disciplinar são baseadas no exemplo, no respeito, na liberdade de expressão e na união de todos. A união é que realmente faz a força. Mesmo com orçamento reduzido, basta entrar em qualquer instalação para ver a educação, a dedicação e o zelo com que o patrimônio público é mantido e administrado.

As Forças Armadas estão presentes na história do Brasil, na defesa da pátria, na pacificação do país, na educação, na ciência, na construção, no desenvolvimento, etc, e até mesmo na política, em tempos passados, com todos os riscos, responsabilidades e desgastes inerentes a isso. Não por acaso, foi justamente no regime militar que as FA decidiram, acertadamente, sair da política e ater-se ao profissionalismo de suas funções constitucionais. As FA também são responsáveis por terem contribuído para o Brasil, com todos os problemas que temos, ser um dos dez maiores países do mundo. O país evoluiu e as Forças Armadas continuam presentes na defesa da pátria, nas diversas  situações em que são chamadas para auxiliar a população em emergências e em apoio a algumas políticas de governo. Suas tarefas estão estabelecidas na Constituição – defender a pátria e garantir os poderes constitucionais, a lei e a ordem. O prestígio e a admiração que a sociedade lhes dedica foram construídos com sacrifício, trabalho e profissionalismo.

Nesse período, a democracia brasileira evoluiu e se consolidou. Temos um governo e um Congresso legitimamente eleitos, e as instituições funcionando. Os Poderes não são perfeitos, como é normal. Nunca serão, já que são feitos de homens, não de anjos. Democracia se faz com instituições fortes, buscando permanentemente o seu aperfeiçoamento. No Brasil, existe legislação que permite o aperfeiçoamento das instituições e práticas políticas. As discordâncias e conflitos não estão impedindo o funcionamento das instituições. A busca da harmonia é obrigatória aos três Poderes. É uma obrigação constitucional. As diferenças, o jogo de pressões e as tensões são normais na democracia e as disputas precisam ocorrer em regime de liberdade, de respeito e dentro da lei. Por isso mesmo, a Constituição Federal se sobrepõe aos três Poderes da República para limitar seu emprego, para disciplinar seu exercício. É nesse processo que os três Poderes moderam sua atuação, encontram seus limites e definem as condições de emprego dos demais instrumentos do Estado, inclusive as Forças Armadas, na implementação de políticas públicas.

As Forças Armadas, por serem instituições de Estado, não devem fazer parte da dinâmica de assuntos de rotina política. A dinâmica de governo não é compatível com as características da vida militar. Os militares são unidos, os comandantes são preparados, esclarecidos e mantêm o foco na sua missão constitucional.  

As FA são instituições que não participam de disputas partidárias, de assuntos de rotina de governo, de assuntos do “varejo”.

Nas últimas décadas, as FA cruzaram momentos de hiperinflação, impeachment de presidentes, escândalos de corrupção, revezamento de governos com características diversas, sempre com posicionamento profissional, auxiliando a população, atentas à sua destinação constitucional, contribuindo para o prestígio internacional do País. É um histórico de orgulho do povo brasileiro e das próprias instituições. Por isso mesmo, creio que não se deixarão tragar e atrair por disputas políticas nem por objetivos pessoais, de grupos ou partidários.

Acenos políticos não arranham esse bloco monolítico que é formado por pessoas esclarecidas e idealistas, comprometidas com o Estado e com a Nação, que integram uma das instituições mais admiradas pelo povo brasileiro.

* Ex-ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência

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quinta-feira, 28 de maio de 2020

Reportagem do JN relata ameaças aos ministros do STF

Reportagem do JN relata ameaças aos ministros do STF - O AntagonistaReportagem do Jornal Nacional sobre o inquérito das fake news tocado por Alexandre de Moraes afirma que ele já resultou em 72 relatórios encaminhados à Justiça de primeira instância em razão de ameaças a ministros do STF.

Entre as ameaças, de acordo com a reportagem da Globo, estão:

* A ameaça de dar um tiro nas costas de um dos ministros do Supremo e de seu irmão.

* Um post com ameaça de atirar à queima-roupa em todos os ministros da corte e incendiar o plenário.

* Arremesso de explosivo, que explodiu na calçada diante da casa de um dos ministros.

* Tentativa de agressão física a um dos ministros.

* Mensagens na “deep web” com ameaças de uma célula terrorista chamada UR-MV, que afirmou ter contatos em membros em cidades nas quais os ministros transitam, além de dados e informações sobre eles.

* Mensagens na “deep web” sobre o planejamento de um atentado a um dos ministros em um aeroporto, com dados detalhados sobre o ministro e seus familiares, roteiros e horários de voos.

* Ameaças contra um ministro do STF e seus familiares por indivíduos que invadiram e-mails pessoais.

* Ataque cibernético ao e-mail de um dos ministros do STF com ameaças graves.

O Jornal Nacional acrescentou que essas ameaças não estão ligadas aos alvos da operação deflagrada ontem pela PF, a mando do Supremo.

Acusações contra Heleno: Fatos ao livre exercício do Poder Judiciário.

Celso encaminha a Aras acusações contra Heleno - O Antagonista
Celso encaminha a Aras acusações contra Heleno

Brasil 28.05.20 19:55
Por Renan Ramalho

Celso de Mello encaminhou a Augusto Aras três acusações apresentadas ao STF contra Augusto Heleno, por crimes de responsabilidade e crimes previstos na Lei de Segurança Nacional.

Trata-se de um pedido de impeachment e duas notícias-crime, protocoladas depois da nota em que o chefe do GSI afirmou que eventual apreensão do celular de Jair Bolsonaro “poderá ter consequências imprevisíveis para a estabilidade nacional”.

O pedido de impeachment acusa Heleno de opor-se diretamente e por fatos ao livre exercício do Poder Judiciário.

Celso de Mello disse que cabe somente ao procurador-geral formular denúncias contra o ministro — as ações foram apresentadas por parlamentares e cidadãos.

“A posição jurisprudencial desta Corte orienta-se, como precedentemente assinalado, em sentido diverso, atribuindo a qualidade para agir, em tal processo, ao Senhor Procurador-Geral da República”, escreveu.

Mourão retira Salles de cargo no Fundo Amazônia


Mourão retira Salles de cargo no Fundo Amazônia - O Antagonista
Numa tentativa de reativar as doações da Noruega e Alemanha para ações ambientais no Brasil, Hamilton Mourão retirou Ricardo Salles da presidência do comitê orientador do Fundo Amazônia, registra a Folha.


O colegiado havia sido extinto pelo governo Bolsonaro em abril de 2019, o que provocou uma disputa com os dois principais doadores e resultou na paralisação do fundo –para o qual os noruegueses já transferiram R$ 3,1 bilhões e os alemães, R$ 192 milhões.

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Como já publicamos, o vice-presidente discutiu hoje com os embaixadores da Alemanha e da Noruega a retomada do financiamento. E apresentou a nova modelagem do comitê –que, segundo Mourão, será recriado por decreto e presidido por ele, não pelo ministro do Meio Ambiente.

Segundo o jornal paulistano, os termos propostos por Salles nas fracassadas rodadas de negociação no ano passado foram considerados inaceitáveis pelos dois países doadores. Mourão, por sua vez, é visto como pragmático e mais aberto ao diálogo.