terça-feira, 31 de março de 2020

Um panorama nada agradável

Por Carlos Delano Rebouças*

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"Nada é tão ruim que não possa piorar". Eis uma frase clichê que cabe muito bem no atual cenário mundial, e que tem algumas particularidades quando se trata de Brasil, suas regiões e estados.

Quando terminou 2019 - diga-se de passagem, um péssimo ano para a economia, geração de empregos e sem em momento algum nos permitir enxergar um 2020 melhor,  até mesmo pela atual gestão do país, que só dá mostras de incompetência - ninguém imaginaria que poderia ser ainda muito pior.

No estado do Ceará, vivemos, logo no segundo mês de 2020, mais precisamente no período carnavalesco, uma greve policial (bem mais com cara de politiqueira). A insegurança tomou conta de um estado com alto índice de criminalidade, fazendo com que o cidadão cearense se fechasse em meio a muros e portões. Enquanto isso, víamos pela TV um tal de coronavírus dando as cartas na Ásia, tirando a paz e a vida de chineses, sem ainda preocupar tanto as outras nações do planeta.

Março chegou e com ele o Covid-19 se espalha pelo mundo, bem mais no Velho Continente. Começou na Itália, depois na Espanha, e hoje, fica difícil de dizer se existe algum país nesse imenso planeta sem um caso confirmado.

Voltemos, então, para a realidade tupiniquim. Que  presidente nós temos, hein! Igualmente a ele, só os das "potências" Belarus e Nicarágua. Deles, ouvimos coisas do tipo "trata-se apenas de uma gripezinha" ou que "se cura com vodca e sauna". Mas a doença passará, bem como o presidente. 

E como nada é tão ruim que não possa piorar, preparemo-nos para o que possa vir, para o que venha a acontecer, pois o mundo está em alerta, o Brasil é um barril de pólvora, e o presidente? Sempre pronto para tocar fogo.

*Professor de Língua Portuguesa e redação, conteudista, palestrante e facilitador de cursos e treinamentos, especialista em educação inclusiva e revisor de textos.

Bolsonaro chora em reunião no Planalto por crise do coronavírus e isolamento político

Bolsonaro tem sofrido com a perda de credibilidade diante do avanço da pandemia do novo coronavírus e tem estado politicamente isolado cada vez mais
31 de março de 2020, 18:09 h Atualizado em 31 de março de 2020
Jair Bolsonaro coloca máscara durante entrevista coletiva sobre coronavírus no Palácio do Planalto
Jair Bolsonaro coloca máscara durante entrevista coletiva sobre coronavírus no Palácio do Planalto (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

247 - Cada vez mais isolado e perdendo a credibilidade diante do avanço da pandemia de coronavírus no Brasil, Jair Bolsonaro chorou nesta terça-feira (31) durante reunião no Palácio do Planalto, informa reportagem de Igor Gielow, da Folha.

Revista Fórum - Defensor do fim do isolamento social, o que confronta as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e de especialistas sobre a contenção da pandemia, Bolsonaro tem sido alvo de panelaços diários há pelo menos 15 dias e de intensas críticas de governadores, como João Doria (PSDB) e Wilson Witzel (PSC). O capitão também tem encontrado resistência em sua própria equipe, como por parte do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que chegou a orientar o governador do Acre a não seguir as recomendações do presidente.

“O que é possível dizer a esta altura é que há preocupação com o risco de instabilidade social devido aos impactos econômicos da pandemia, além daquilo que já era identificado como o perigo de os militares serem usados na disputa entre o presidente e os estados. Associado a tudo isso, existe o temor de que a beligerância de Bolsonaro leve a crise a outro patamar, já que ele não conta mais nem com apoio no Congresso, nem com a boa vontade do Supremo desde que apoiou ato pedindo o fechamento das instituições”, diz um trecho da reportagem da Folha que narra a suposta fragilidade emocional do presidente.

Leia mais na Fórum.  https://www.brasil247.com/

Ditadura, nunca mais

Padre Geovane Saraiva*
10 de dezembro de 1948: Dia Internacional dos Direitos Humanos. Atualmente, a Organização das Nações Unidas (ONU), com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, quer manter viva a memória do povo brasileiro, como nas palavras de Dias Toffoli: "Não se constrói o futuro com experiências fracassadas do passado". Não se constrói mesmo, com a ditadura de 1964, acentuando-se com o AI-5, em 1968, pelos seguintes motivos, irmãos e irmãs: nas noites do silêncio de Deus, com vozes a clamar num espaço infinito, silêncio esse de homens e mulheres pedindo por justiça e compaixão, nas marcas e provas das torturas trazidas nos corpos (cf. Frei Tito de Alencar). Ao mesmo tempo, Deus nos diz: “Vós participastes, com efeito, do sofrimento dos prisioneiros e aceitastes com alegria a espoliação, certos de possuir uma fortuna melhor e mais durável. Não percais, pois, a vossa segurança que tamanha recompensa merece” (Hb 10, 34-35).

Nada de indiferença diante da tortura, instrumento para arrancar, pela força e pela violência, os próprios pensamentos e sentimentos das pessoas que já perderam a liberdade. Na tortura se constata, evidentemente, a antítese da liberdade e da esperança. “Na tortura, o discurso que o torturador busca extrair do torturado é a negação absoluta e radical da liberdade” (cf. Brasil Nunca Mais).

A afirmação “Ninguém será submetido à tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante”, da Assembleia Geral da ONU, na Declaração Universal dos Direitos Humanos, bem que ajuda a não esquecer: foram 21 anos, profundamente obscuros e nefastos, vividos pelo povo brasileiro. Não temos dúvidas da devastação de todos os jardins da democracia e da liberdade, de acordo com os registros da nossa História. O golpe militar foi um cruel não ao humanismo, ocasião em que se vivenciou a ausência de liberdade, sem esquecer os tenebrosos porões da tortura, quando aconteciam mortes atrozes e inumanas de muitos irmãos e irmãs.

Com o AI-5 de 1968, o pôr do sol se eternizou em um não à vida de muitos irmãos, neutralizando a aurora da esperança, no mistério do tempo e da vida. O sol vermelho, no romper da aurora, a iluminar o céu, que ilumine a humanidade e a vida como um todo. Na esperança, associamo-nos a todos, mesmo sabendo que da noite vem dia após dia, mas que todos, indignados, possam dizer: noites obscuras e nefastas, como as da ditadura militar de 64, nunca mais.

*Pároco de Santo Afonso, Blogueiro, Escritor e integra a Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza














Bolsonaro fará novo pronunciamento no aniversário do golpe militar de 1964

Jair Bolsonaro deverá fazer novo pronunciamento nesta terça-feira (31), em que se completa 56 anos do Golpe Militar de 1964. Pandemia deve ser o tema principal. Em seu último pronunciamento, na terça, Bolsonaro chocou o país ao defender fim do isolamento e chamar a Covid-19 de "gripezinha"
31 de março de 2020, 15:09 h Atualizado em 31 de março de 2020
Jair Bolsonaro em pronunciamento em cadeia e rádio e TV
Jair Bolsonaro em pronunciamento em cadeia e rádio e TV (Foto: Reprodução/Twitter)

247 - Jair Bolsonaro deverá realizar um novo pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão nesta terça-feira (31), no dia que se completa 56 anos do Golpe Militar de 1964. 

Bolsonaro pode falar acerca das medidas adotadas pelo governo no enfrentamento ao novo coronavírus. Nesta manhã ele indicou que que deverá falar sobre a entrevista do diretor-presidente da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Ghebreyesus, que, segundo ele, mudou de posição e agora estaria apoiando a sua posição pelo fim do isolamento social e pelo retorno ao trabalho. A OMS, contudo, mantém sua posição inicial sobre a necessidade de se manter o isolamento. 

“Vocês viram o que o diretor presidente da OMS falou? Que tal eu ocupar a rede nacional de rádio e tevê para falar sobre isso? É uma boa ou não?”, disse Bolsonaro nesta terça-feira ao se encontrar com apoiadores na saída do Palácio do Alvorada. Mais cedo, ele havia publicado um vídeo nas redes sociais com trechos editados e fora do contexto da entrevista do diretor da OMS. 

Em pronunciamento no rádio e TV na última terça-feira, 24, Jair Bolsonaro voltou a comparar a Covid-19 a uma "gripezinha" ou "resfriadinho", atacou a imprensa e usou idosos para criticar o fechamento de escolas. Bolsonaro ainda voltou a atacar as medidas dos governadores, pedindo para eles "abandonarem o conceito de terra arrasada" (leia mais no Brasil 247).

Também nesta terça, a OMS rebateu a fake news propagada por Jair Bolsonaro, que espalhou nas redes sociais um vídeo editado com a fala do diretor-geral do órgão, Tedros Adhanom, para afirmar que a entidade mudou de posição e está ao seu lado na defesa do fim do isolamento social e no retorno ao trabalho para assegurar a renda das populações.

Diante da escancarada manipulação do presidente brasileiro, a OMS decidiu ir de maneira deliberada às redes sociais nesta terça-feira, e sem citar diretamente Bolsonaro, decidiu esclarecer seu posicionamento.

"Pessoas sem fonte de renda regular ou sem qualquer reserva financeira merecem políticas sociais que garantam a dignidade e permitam que elas cumpram as medidas de saúde pública para a Covid-19 recomendadas pelas autoridades nacionais de saúde e pela OMS", disse o diretor-geral da OMS (leia mais no Brasil 247).

OMS desmente Bolsonaro e nega ter sido contra medidas de isolamento social

Em mais um vexame internacional, a OMS desmentiu Jair Bolsonaro, que espalhou nas redes sociais um vídeo editado com a fala do diretor-geral do órgão, Tedros Adhanom, para afirmar que a entidade mudou de posição e está ao seu lado na defesa do fim do isolamento social
31 de março de 2020, 16:12 h Atualizado em 31 de março de 2020

Tedros Adhanom Ghebreyesus e Jair Bolsonaro
Tedros Adhanom Ghebreyesus e Jair Bolsonaro (Foto: Reuters)

247 - A Organização Mundial da Saúde (OMS) rebateu a fake news propagada por Jair Bolsonaro, que espalhou nas redes sociais um vídeo editado com a fala do diretor-geral do órgão, Tedros Adhanom, para afirmar que a entidade mudou de posição e está ao seu lado na defesa do fim do isolamento social e no retorno ao trabalho para assegurar a renda das populações.

Diante da escancarada manipulação do presidente brasileiro, a OMS decidiu ir de maneira deliberada às redes sociais nesta terça-feira, e sem citar diretamente Bolsonaro, decidiu esclarecer seu posicionamento.

"Pessoas sem fonte de renda regular ou sem qualquer reserva financeira merecem políticas sociais que garantam a dignidade e permitam que elas cumpram as medidas de saúde pública para a Covid-19 recomendadas pelas autoridades nacionais de saúde e pela OMS", disse o diretor-geral da OMS.

Bolsonaro tentou manipular as declarações do africano para justificar sua política. "Vocês viram o presidente da OMS ontem?", perguntou. "O que ele disse, praticamente... Em especial, com os informais, têm que trabalhar. O que acontece? Nós temos dois problemas: o vírus e o desemprego. Não pode ser dissociados, temos que atacar juntos", disse.

O trecho do vídeo editado por Bolsonaro e publicado por ele e pelo seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro, o diretor Tedros Ghebreyesus fala da preocupação com a dignidade das pessoas e reforça a importância de que elas tenham como se manter em meio à crise.

"OMS, externou preocupação com quem trabalha para poder comer o pão de cada dia. A mídia não dirá que ele recuou e nem cobrará de governantes que determinaram o confinamento obrigatório embasado na OMS uma mudança de postura defende o mesmo", escreveu Eduardo Bolsonaro em sua página no Twitter, compartilhando o mesmo vídeo.

Em mensagem publicada nesta terça, o diretor da OMS rebateu: "Eu cresci pobre e entendo essa realidade. Convoco os países a desenvolverem políticas que forneçam proteção econômica às pessoas que não possam receber ou trabalhar devido à pandemia da covid-19. Solidariedade".

Lula: Bolsonaro é o epicentro da crise e precisa ser afastado

"Foi dado um passo importante pelos partidos de oposição", disse Lula ao elogiar o manifesto elaborado por Ciro Gomes, Fernando Haddad e Guilherme Boulos, além do governador Flávio Dino (MA), pedindo a renúncia de Jair Bolsonaro. "Quando os partidos entenderem que eu devo participar dessas conversas", acrescenta, "estarei pronto para falar com o Ciro"
31 de março de 2020, 12:43 h Atualizado em 31 de março de 2020
Lula e Jair Bolsonaro
Lula e Jair Bolsonaro (Foto: Ricardo Stuckert | Reuters)

247 - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva elogiou o manifesto elaborado pelos ex-presidenciáveis Ciro Gomes (PDT), Fernando Haddad (PT) e Guilherme Boulos (PSOL), além do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), pedindo a renúncia de Jair Bolsonaro. Lula também disse estar disposto a conversa com Ciro, que tem desferido duras críticas ao PT e ao ex-presidente nos últimos anos. A entrevista foi publicada no Uol, após ser concedida a Ricardo Kotscho, do Jornalistas pela Democracia. 

"Eu gostei da iniciativa do manifesto, acho que ficou muito bom", disse Lula, para quem "foi dado um passo importante pelos partidos de oposição porque, além da pandemia, temos um problema grave no Brasil hoje, que é o comportamento do Bolsonaro. Ele é o epicentro da crise que vivemos". 

De acordo com o ex-presidente, "o importante foi o Ciro Gomes ter entrado, não era correto eu assinar. PT, PDT, PSOL, PCdoB e o PSB têm-se reunido toda semana". "Quando os partidos entenderem que eu devo participar dessas conversas, não terei problema nenhum, estarei pronto para falar com o Ciro. O importante agora é afastar o Bolsonaro", afirmou.

Na entrevista, Lula afirmou que Bolsonaro "não respeita a ciência, os pesquisadores, não respeita nada. Para ele, a orientação científica para combater a epidemia vale muito pouco". 

"O maior problema da crise é a falta de gerenciamento, tem que ter um comando centralizado. Ele tinha que conversar com os governadores e prefeitos, os partidos no Congresso, o movimento social, mas Bolsonaro não ouve ninguém, só os filhos e aquele guru dele lá da Virgínia. A oposição vai ter que encontrar um caminho para ver o que fazer com o Bolsonaro porque ele hoje é um perigo, não só para o Brasil, mas para o mundo", complementou.

De quarentena há 21 dias em São Bernardo do Campo (SP), Lula afirma ser bem melhor estar em isolamento durante a epidemia do coronavírus do que estar na prisão, após ser condenado sem provas no processo do triplex em Guarujá (SP) pelo ex-juiz Sérgio Moro, para não disputar a eleição de 2018.

"Quando eu cheguei, consultei três médicos. Como eu não tinha nenhum sintoma, eles me falaram que não precisava fazer exames, só ficar em casa. Agora estou aqui, na bela companhia da Janjinha (apelido da namorada Rosângela da Silva, que acompanhou a entrevista por telefone). Não posso reclamar de nada. Aqui tem quintal, tem espaço para andar, bem melhor do que a cela em Curitiba, de 15 metros quadrados, onde passei 580 dias", relatou.

Coronavírus já matou mais nos EUA que os atentados de 11 de setembro de 2001


Informações divulgadas pelo rastreador online da Universidade Johns Hopkins mostraram que o número de vítimas fatais do coronavírus nos Estados Unidos ultrapassou a quantidade de mortos nos atentados de 11/09/2001, chegando a mais de 3 mil pessoas. Mais de 163 mil pessoas estão infectadas no país.

O epicentro local da pandemia é o estado de Nova York, no qual mais de 67 mil pessoas estão infectadas e mais de 1,2 mil faleceram em decorrência da covid-19. A cidade de Nova York, por sua vez, sofreu com mais de 914 mortes até o momento. Infelizmente, as coisas tendem a piorar.

Segundo projeções da força-tarefa contra o coronavírus criada pela Casa Branca, o cenário mais catastrófico vitimaria em torno de 2,2 milhões de pessoas.

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O presidente Donald Trump, que inicialmente não demonstrava grandes preocupações com a doença, declarou que consideraria uma vitória, ainda que amarga, caso os esforços para conter a ameaça restrinjam o alcance mortal do vírus a 200 mil fatalidades.

Com informações do TecMundo.  https://www.esmaelmorais.com.br/

Aras também confronta Bolsonaro e diz que Mandetta é quem lidera combate ao coronavírus

Procurador-geral da República, Augusto Aras, voltou a confrontar Jair Bolsonaro e disse que qualquer decisão que tomar, caso o ex-capitão descumpra as determinações das autoridades sanitárias, terá como base o ministro da Saúde, Henrique Mandetta. “Vou ouvir o ministro Mandetta. Quem determina política de saúde no Brasil é o ministro Mandetta”
31 de março de 2020, 10:57 h Atualizado em 31 de março de 2020
Augusto Aras, Luiz Henrique Mandetta no detalhe e Jair Bolsonaro
Augusto Aras, Luiz Henrique Mandetta no detalhe e Jair Bolsonaro (Foto: Pedro França/Senado | PR)

247 - O procurador-geral da República, Augusto Aras, voltou a confrontar Jair Bolsonaro e disse que qualquer decisão que tomar, caso o ex-capitão baixe um decreto pelo isolamento vertical da população no enfrentamento ao coronavírus, terá como base a posição do ministro da Saúde, Henrique Mandetta. “Vou ouvir o ministro Mandetta. Quem determina política de saúde no Brasil é o ministro Mandetta”, disse Aras ao blog da jornalista Andrea Sadi. 

Aras já havia dito, em entrevista ao Globo, que poderá recorrer à Justiça se Bolsonaro “baixar um decreto contrariando a orientação da horizontalidade”. O isolamento social tem sido adotado por prefeitos e governadores, com a oposição de Jair Bolsonaro, que defende o isolamento apenas dos chamados grupos de risco, como idosos, e o retorno imediato ao trabalho.

Bolsonaro diz que sancionará auxílio de R$ 660, agride repórteres e afirma que 31 de março "é o grande dia da liberdade" (VÍDEO)

Ao chegar aos portões, quando um dos seus apoiadores mencionou o aniversário do golpe militar de 31 de março de 1964, Bolsonaro reagiu com um sinal de positivo de exclamou: "é o grande dia da liberdade". Na entrevista, Bolsonaro anunciou que irá falar em rede nacional de rádio e TV na noite desta terça-feira
31 de março de 2020, 10:07 h Atualizado em 31 de março de 2020

Jair Bolsonaro
Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução)


247 - Demonstrando novamente inabilidade na relação com a imprensa, Jair Bolsonaro incentivou um apoiador a falar e mandando que os jornalistas ficassem quietos. “É ele que vai falar, não é vocês não”, disse Bolsonaro a repórteres. Na entrevista, Bolsonaro anunciou que irá falar em rede nacional de rádio e TV na noite desta terça-feira.

O ocupante do Planalto disse que sancionará nesta terça o projeto de lei aprovado na noite desta segunda no Senado que determina auxílio emergencial de R$ 600 para as pessoas de baixa renda na crise do coronavírus. 

Leia abaixo a reportagem da Reuters:

Os jornalistas que acompanhavam a fala do presidente Jair Bolsonaro na saída do Palácio da Alvorada nesta terça-feira deixaram o local da entrevista após o presidente mais uma vez estimular apoiadores para que hostilizassem e xingassem os repórteres.

Depois de uma pergunta sobre a postura do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que tem dado orientações contrárias às de Bolsonaro durante a crise do coronavírus, um dos apoiadores começou a gritar que a imprensa “colocava o povo contra o presidente”. Bolsonaro reagiu incentivando o apoiador a falar e mandando que os jornalistas ficassem quietos.

“É ele que vai falar, não é vocês não”, disse Bolsonaro.

Com isso, os apoiadores começaram a xingar os jornalistas, que se retiraram do local e ficaram ao fundo. O presidente ficou inicialmente surpreso com a reação dos repórteres, mas logo aproveitou para ironizá-los.

“Mas vão abandonar o povo? Nunca vi isso, a imprensa que não gosta do povo”, gritou Bolsonaro aos repórteres que se mantinham afastados.

Em seguida, enquanto continuava a conversar com caminhoneiros que se reuniram na porta do Alvorada, Bolsonaro continuou falando aos jornalistas.

Bolsonaro e o coronavírus

Sérgio Moro fala à CNN, após ser chamado de “egoísta” por Bolsonaro; assista



O ministro da Justiça, Sérgio Moro, concedeu entrevista à CNN Brasil sobre a COVID-19 na noite desta segunda-feira, dia 30. Foi a primeira aparição do ex-juiz da Lava Jato, após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmar que Moro era “egoísta” e não pensava no governo.

Na entrevista, realizada no Palácio do Planalto, o ministro da Justiça defendeu que a opinião primária sobre a pandemia de coronavírus deve ser sempre a do Ministério da Saúde.

Acerca de um possível decreto do presidente Bolsonaro, revogando o isolamento, Moro disse que esse fato deve ser avaliado pelo colegiado do governo –se for concretizado.

O ministro avalia que “no final tudo vai dar certo” porque os governos estaduais, municipais –e o federal–, além da imprensa, estão trabalhando.

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“De forma nenhuma. Não vejo qualquer possibilidade, sequer remota dessa hipótese”, afirmou o ministro acerca de um hipotético rompimento democrático.

Para o ministro da Justiça, o combate ao coronavírus deve ser concentrado na Saúde.

Sérgio Moro criticou a soltura de presos da Lava Jato motivada pela pandemia de COVID-19.

“Não existe caso de coronavírus nos presídios que justifiquem a soltura”, disse.


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Durante a entrevista, à CNN Brasil, o ministro Moro não parecia muito feliz. Nem citou com muito entusiasmo o chefe, o presidente da República, como dantes.

“O presidente tem uma preocupação válida com os empregos”, limitou-se a responder Sérgio Moro, ao ser perguntado sobre a “voltinha do coronavírus” dada por Bolsonaro no domingo (29), nas cidades satélites do DF, desrespeitando as orientações do Ministério da Saúde pelo isolamento social.

Sem palavras

Bolsonaro é um vilão internacional e a pedra no caminho do combate ao coronavírus no Brasil, aponta Estadão em editorial

Jornal paulista diz que agora ele só governa para seus fanáticos devotos e chega bem perto de abraçar o impeachment, ou seja, a remoção desta 'pedra no caminho'
31 de março de 2020, 05:47 h Atualizado em 31 de março de 2020
Jair Bolsonaro durante coletiva de imprensa sobre o coronavírus
Jair Bolsonaro durante coletiva de imprensa sobre o coronavírus (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

247 – A irresponsabilidade de Jair Bolsonaro levou o jornal Estado de S. Paulo a praticamente abraçar seu impeachment, no editorial A pedra no caminho, publicado nesta terça-feira. "Bolsonaro, graças a seu comportamento irresponsável, começa a conquistar um lugar jamais ocupado por um presidente brasileiro – o de vilão internacional. Nem mesmo o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, idolatrado por Bolsonaro, persistiu em sua costumeira arrogância diante do avanço dramático da epidemia, rendendo-se à necessidade de prorrogar o isolamento social, mesmo ante o colossal custo econômico dessa medida", aponta o texto.

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"Aparentemente, contudo, Bolsonaro não se importa de ser visto como pária. Ao contrário: decerto feliz com a notoriedade global subitamente adquirida, na presunção de que isso lhe trará votos, insiste em desafiar abertamente as diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS), adotadas pelo Ministério da Saúde e por governadores e prefeitos de quase todo o Brasil. No domingo passado, o presidente passeou por Brasília, visitando zonas comerciais, pedindo que a vida volte ao normal e cumprimentando simpatizantes que se aglomeravam em torno dele – escarnecendo, assim, de reiteradas recomendações de seu próprio ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta", prossegue o editorial.

Segundo o texto, o "temerário passeio de Bolsonaro por Brasília demarcou definitivamente a fronteira que separa o presidente do resto do mundo civilizado" e "Bolsonaro hoje só governa o território habitado por seus fanáticos devotos". O texto afirma ainda que ele é a "pedra no caminho" para que o Brasil enfrente a pandemia.

A voz do Papa é única no mundo para quebrar as solidões criadas pela pandemia

Papa Francisco no momento de oração na Praça São Pedro, na sexta-feira, 27 de março
Papa Francisco no momento de oração na Praça São Pedro, na sexta-feira, 27 de março 
O momento extraordinário de oração conduzido por Francisco na última sexta-feira (27) tinha a clara indicação de se percorrer uma estrada obrigatória, aquela da globalização da solidariedade, afirma Agostino Giovagnoli, professor de História Contemporânea na Univ. Católica do Sagrado Coração, de Milão. “A história do cristianismo é uma história de solidariedade”, como confirma os períodos de peste: “ninguém queria estar com os doentes, com exceção dos frades capuchinhos”.
Amedeo Lomonaco, Andressa Collet – Cidade do Vaticano

As palavras do Papa Francisco pronunciadas na última sexta-feira (27) foram repercutidas em todas as partes do mundo e, sobretudo, ficaram impressas nos corações de milhões de pessoas. A imagem da tempestade a ser enfrentada, com todos remando juntos, indicada pelo Pontífice na homilia acompanhada pela chuva, exorta à humanidade a abrir, autenticamente, as estradas da corresponsabilidade e da solidariedade.

Ouça a reportagem
O Papa se dirigiu não só a católicos e crentes, mas a todo homem. E, sobretudo, implorou ao Pai para que não nos deixe à mercê da tempestade. A sua voz quebrou o silêncio ensurdecedor das cidades desertas. Nas suas palavras, sublinha Agostino Giovagnoli em entrevista ao Vatican News, toda a humanidade pode se reconhecer. O filósofo se ocupa de relações internacionais e é professor de História Contemporânea na Universidade Católica do Sagrado Coração, com sede em Milão.

Professor – “Eu acredito que, para o mundo, a oração de Papa Francisco tenha representado, antes de tudo, a escuta de palavras que descrevem uma situação, neste momento, realmente universal, em que encontra toda a humanidade. Então, a voz do Papa quebra, num certo sentido, o silêncio das nossas cidades, da Praça São Pedro na sexta-feira, para expressar uma coisa que é compartilhada realmente por tantos. Isso é muito raro, talvez único na situação atual; não há nenhuma outra voz no mundo que consiga expressar isso neste momento. E o Papa Francisco o fez partindo da descrição profunda das trevas, da escuridão espessa, do silêncio ensurdecedor, do vazio desolador. São palavras em que toda a humanidade pode se reconhecer e isso, certamente, é importante porque aproxima uns dos outros, quebra as solidões criadas por essa epidemia terrível.”

Junto à voz do Papa, na Praça São Pedro vazia, milhões de pessoas se uniram espiritualmente, através dos meios de comunicação, aos vários momentos desse dia histórico. É um pouco o contrário daquilo que Francisco denunciou várias vezes quando falou de globalização da indiferença. Talvez este é um mundo mais atento ao grito de dor também da Terra...
Professor – “É um mundo que, após essa terrível experiência, certamente está mudando e, talvez, para melhor. Ao menos parece isso. Papa Francisco encontrou palavras muito simples, mas muito diretas para expressar a novidade dessa situação. Estamos todos no mesmo barco. Usou essa imagem evangélica para expressar um conceito que é evidente a todos. E é um barco em que todos constatamos os nossos limites. Então, a estrada de uma globalização da solidariedade é uma estrada obrigatória. Papa Francisco expressou de modo muito plausível essa exigência.”

A última sexta-feira foi cadenciada também por imagens muito poderosas e eloquentes. Um dos ícones do momento de oração conduzido pelo Papa foi o crucifixo de madeira banhado pela chuva, quase “lágrimas” provenientes do céu...
Professor – “Sim. Esse crucifixo afetou todos, e não a caso. A fé cristã apresenta o sinal de um homem crucificado e, então, não é uma promessa de prosperidade. Além disso, em momentos como esse se compreende a verdade desse sinal. É o sinal de um Deus que assume todos os sofrimentos do homem. E é o Deus da misericórdia. E essas lágrimas da chuva tornaram visível, de qualquer modo, alguma coisa que todos compreenderam.”

O tempo da pandemia está mudando profundamente o mundo. Neste momento, pode também regenerar o patrimônio da fé...
Professor – “Eu acredito que sim, justamente porque nega as várias ideias de salvação ou de segurança que, geralmente, parecem tornar a nossa vida tão sólida. O Papa também disse explicitamente isso na sexta-feira. Esvaziando a vida dos ídolos, torna-se mais evidente àquilo a que a nossa fé se dirige. Eu acredito que haverá uma regeneração na direção da responsabilidade. Papa Francisco citou tantos que, neste momento, se ocupam dos outros.”

A situação dramática que o mundo está vivendo já foi vivida em outros momentos da história, como em ocasiões de períodos difíceis da peste. O que nos ensina, nesse sentido, a história, em especial, a história do cristianismo?
Professor – “Nos ensina que a fé é poderosa, sobretudo, nas obras. Diante da peste, tradicionalmente, os únicos que cuidavam dos outros – colocando em risco a própria vida – eram os cristãos, os religiosos. A mesma palavra “Lazzaretto” foi cunhada para definir o lugar onde as vítimas da peste eram acolhidas. Ninguém queria estar com elas, com exceção dos frades capuchinhos. A história do cristianismo é uma história de solidariedade, de serviço aos outros e, sobretudo, aos mais pobres e aos doentes. E isso não acontece de menos hoje. A ciência não é tudo. É preciso de solidariedade, e os cristãos, neste momento, demonstram ela ao se dirigir àqueles que estão morando na rua, aos idosos nos institutos... E, assim, sobretudo, o cristianismo nos ensina que não só de pão vive o homem. Isto é, inclusive e principalmente nestes momentos dramáticos, as palavras não são inúteis, mas são importantes. Não são supérfluas, tanto é verdade que as palavras do Papa Francisco são muitos escutadas.”

segunda-feira, 30 de março de 2020

Marco Aurélio encaminha à PGR pedido de afastamento de Bolsonaro

“Bolsonaro não está à altura do cargo. A necessidade de sua saída não é uma necessidade política, é de saúde pública”, afirmou o deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), autor da ação que o ministro Marco Aurélio optou por não arquivar e enviou à PGR, que agora terá de se posicionar
30 de março de 2020, 21:19 h Atualizado em 30 de março de 2020, 21:21

247 - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello encaminhou, na condição de relator, a notícia-crime protocolada pelo deputado federal Reginaldo Lopes (PT-/MG) à Procuradoria-Geral da República (PGR).

A ação aponta as inúmeras irresponsabilidades cometidas desde o início da crise do Covid-19, que foram são listadas na peça, que pode levar o presidente ao afastamento por 180 dias ou até mesmo à perda de mandato.

“Bolsonaro não está à altura do cargo. A necessidade de sua saída não é uma necessidade política, é de saúde pública”, afirmou o deputado.

“A notícia-crime relata mais de 20 vezes em que o presidente pôs o país em risco. E ainda há novos fatos a serem incorporados!” concluiu Lopes sobre a peça que o ministro Marco Aurélio optou por não arquivar e enviou à PGR, que agora terá de se posicionar.

Caso a Procuradoria concorde com a notícia-crime e apresentar denúncia ao STF, a Câmara será consultada para autorizar ou não o seguimento da Ação Penal. Em caso de crime transitado em julgado, o presidente perde o mandato.

Nesta segunda, em entrevista ao Correio Braziliense, o ministro Marco Aurélio Mello afirmou que temia a eleição de Jair Bolsonaro como presidente por seu histórico de ataque às minorias. Com Bolsonaro eleito, o ministro se diz "triste" com a postura do mandatário.

https://www.brasil247.com/

Anjos e coronavírus: o mundo invisível existe e age

Descubra a ajuda e a presença desses seres espirituais que estão em nosso meio e nos cercam, dando-nos toda a sua assistência e ajuda

Apandemia do coronavírus colocou diante de nós todo um mundo invisível, um mundo que não podemos ver com nossos olhos.
É que os vírus são entre 500 e 1000 vezes menores que uma célula do nosso corpo. Eles só podem ser vistos com microscópios especiais.
A humanidade da imagem, a humanidade que vê tudo, agora enfrenta um agente infeccioso que não vê. Talvez seja um convite a tomar a iniciativa de São Paulo na carta aos coríntios:
“Porque não miramos as coisas que se vêem, mas sim as que não se vêem. Pois as coisas que se vêem são temporais e as que não se vêem são eternas” (2 Cor 4, 17).
É preciso voltar o coração para as coisas invisíveis, lembrando novamente que existe um mundo visível e um invisível, como professamos no Credo.
Esse mundo invisível existe, embora não o vejamos, e age em nosso meio.
Dentro desse mundo invisível estão aqueles bons amigos que são os santos anjos e que vêm cuidar de nosso corpo e alma.
Nós não os vemos com nossos olhos, mas, como John Henry Newman diz, “embora sejam tão grandiosos, tão gloriosos, tão puros e tão bonitos, que a própria visão deles, se pudéssemos vê-los, nos derrubaria no chão, como aconteceu com o profeta Daniel, tão santo e reto como ele era, mas eles são nossos servos e companheiros, e observam atentamente e defendem os mais humildes de nós, se somos de Cristo.”
É hora de olhar para essa realidade invisível, invocar os anjos e pedir ajuda, conforto, orientação e força nesses tempos de tribulação, confusão e até mesmo de combate espiritual.
Por esse motivo, convido você a levantar os olhos, elevar o coração e descobrir a ajuda e a presença desses seres espirituais que estão em nosso meio e nos cercam, dando-nos toda a assistência e ajuda.
Nesse momento em que o homem toma conhecimento e evita entrar em contato com um agente inferior, como um vírus, por que negar ou por que é tão difícil aceitar a importância e a necessidade de se relacionar com criaturas superiores, como os anjos?
Quando erguermos os olhos e olharmos mais longe, descobriremos que a harmonia na criação, de acordo com o que a Sagrada Escritura e a Tradição da Igreja nos ensinam, é mantida pela obra dos anjos.
Voltemos a John Henry Newman, ao dizer que “o curso da natureza, que é tão maravilhoso, tão bonito e tão assustador, é operado pelo ministério desses seres invisíveis. A natureza não é inanimada, seu trabalho diário é inteligente, suas obras são serviço dos anjos, ministros de Deus”.
Vamos buscá-los para pedir sua intercessão, para restaurar a ordem e a harmonia na criação chamada a manifestar a glória de Deus.
Eles conhecem incomparavelmente melhor que o homem o mundo material e suas leis, conhecem os seres inferiores, o vírus e conhecem sua estrutura e a maneira de eliminá-lo.
Lembre-se do anjo no tanque de Betesda, que, movendo suas águas, deu-lhe um poder medicinal (cf. Jo 5, 4). Lembre-se de que Deus deu ordens aos seus anjos para nos guardarem em seus caminhos e nos livrarem da praga fatal (cf. Salmo 91).
Os anjos exercitam sobre a criação material um império misterioso que se estende por toda a criação e supera todo o conhecimento humano no campo científico e técnico.
De acordo com a tradição da Igreja Oriental, São Miguel Arcanjo tem a missão de ajudar os doentes. Esta missão está harmoniosamente ligada à tarefa de buscar o bem-estar daqueles a quem foi encarregada de proteger.
Houve vários episódios em que esse glorioso arcanjo, chefe da milícia celestial, interveio, libertando a humanidade da praga fatal.
Como exemplo, lembremos o testemunho do historiador Sozomeno, do século V, que relata que em Constantinopla havia uma igreja dedicada a São Miguel: “todos os que sofreram grandes dores ou sofreram doenças incuráveis ​​foram ao templo rezar e logo foram libertados de seus sofrimentos.”
Da mesma forma, durante o pontificado de São Gregório Magno, no ano de 590, apareceu uma terrível praga que estava tirando muitas vidas na cidade de Roma.
O Papa ordenou a realização de uma procissão penitencial em Santa Maria Maior, algo semelhante ao que nosso Papa Francisco fez há alguns dias.
Gregório Magno carregava uma estátua da Virgem durante a procissão. Quando chegaram à ponte sobre o rio Tevere, ouviram o canto de anjos e, de repente, no castelo que hoje se chama Castel Sant’Angelo, apareceu São Miguel, que carregava uma espada na mão. Nesse momento, a praga terminou.
Os cristãos do Egito consagraram o rio Nilo, considerado o rio da vida, à proteção deste grande príncipe arcanjo.
É que São Miguel Arcanjo está profundamente interessado em todos os assuntos de seus protegidos, particularmente nas calamidades que os afetam. São Miguel responde a pedidos de socorro e ajuda do povo.
Portanto, nestes tempos, dirijamo-nos a este grande protetor, este grande príncipe e chefe do exército celestial, e experimentaremos, se for a vontade de Deus, sua ajuda, proteção e assistência, levando sobre nós as graças regeneradoras do precioso sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Nestes tempos, vamos elevar esta oração a este bom Arcanjo:
Ó glorioso São Miguel Arcanjo,
príncipe e líder dos exércitos celestiais,
guardião e defensor das almas,
guardião da Igreja,
vencedor, terror e espanto dos espíritos infernais rebeldes.
Humildemente te rogamos,
digne-se de livrar de todo mal aqueles a quem lhe entregamos com confiança;
Que seu favor nos proteja, sua fortaleza nos defenda
e que, através de sua proteção incomparável
avancemos cada vez mais no serviço do Senhor;
Que sua virtude nos fortaleça todos os dias de nossas vidas,
especialmente no momento da morte,
de modo que, defendidos pelo seu poder
do dragão infernal e todas as suas emboscadas,
quando sairmos deste mundo
sejamos apresentados por ti,
livre de toda culpa, diante da Divina Majestade.

Facebook e Instagram seguem Twiter e excluem vídeo de Bolsonaro

"Removemos conteúdo no Facebook e Instagram que viole nossos Padrões da Comunidade, que não permitem desinformação que possa causar danos reais às pessoas", informou o Facebook em nota. Na postagem, ele defendia o fim do isolamento e recomendava a cura para o coronavírus
30 de março de 2020, 19:17 h Atualizado em 30 de março de 2020

Jair Bolsonaro
Jair Bolsonaro (Foto: Isac Nobrega/PR)


247 - Seguindo o que fez o Twitter, o Facebook decidiu nesta segunda-feira (30) apagar um dos vídeos publicados por Jair Bolsonaro por promover desinformação frente à pandemia do coronavírus.

"Removemos conteúdo no Facebook e Instagram que viole nossos Padrões da Comunidade, que não permitem desinformação que possa causar danos reais às pessoas", informou o Facebook em nota.

Na gravação apagada, Bolsonaro dizia: "Eles querem trabalhar. é o que eu tenho falado desde o começo", em defesa do fim do isolamento recomendado pela Organização Mundial da Saúde em meio à pandemia do coronavírus.

Além de falar sobre o isolamento, Bolsonaro também falou sobre o hidroxicloroquina.

"Aquele remédio lá, hidroxicloroquina, está dando certo em tudo o que é lugar", disse ele. O medicamento não tem efeito comprovado cientificamente para o tratamento da doença e só é usado em casos graves e sob prescrição médica.

O Twitter apagou duas publicações da conta oficial de Bolsonaro neste domingo (29). No lugar das publicações, feitas na tarde de domingo, aparece a mensagem: "Este tweet não está mais disponível porque violou as regras do Twitter".

Covid-19: Vaticano alerta para discriminação dos mais velhos

Nota da Academia Pontifícia para a Vida diz que idade não pode ser «critério de escolha único e automático»nas políticas públicas e de saúde
Foto: Lusa
Cidade do Vaticano, 30 mar 2020 (Ecclesia) – O Vaticano alertou hoje para o perigo de discriminação das pessoas idosas no atual contexto de pandemia de Covid-19, sustentando que a idade não pode ser um “critério de escolha único e automático” para as políticas públicas e de saúde.
A Academia Pontifícia para a Vida (Santa Sé), alerta numa mensagem intitulada ‘Pandemia e fraternidade universal’ que há sinais de uma “atitude discriminatória em relação aos idosos e aos mais frágeis”.
“As condições de emergência em que muitos países se encontram podem forçar os médicos a tomar decisões dramáticas e dilacerantes sobre o racionamento de recursos limitados”, assinala a mensagem, pedindo que sejam levadas em conta as “necessidades do paciente” e “a avaliação dos benefícios clínicos que o tratamento pode ter, em termos de prognóstico”.
O organismo do Vaticano sublinha que em momento algum se deve “abandonar a pessoa doente”.
“Mesmo quando não há mais tratamentos disponíveis, cuidados paliativos, tratamento da dor e acompanhamento são uma necessidade que nunca deve ser negligenciada”, pode ler-se no documento divulgado pelo portal de notícias do Vaticano.
A Academia Pontifícia para a Vida (APV) elogia a dedicação dos profissionais de saúde, “muito para além da lógica dos vínculos contratuais”, destacando que nestes dias se tem afirmado “a relação de cuidado” como o paradigma fundamental da convivência humana.
A saudação estende-se a “milhares de voluntários que não deixaram de prestar serviço”, entre eles, as religiosas, os religiosos e os sacerdotes que continuam a servir as pessoas que lhes foram confiadas, “mesmo com o preço das próprias vidas, como já aconteceu com muitos padres contagiados e mortos”.
O organismo da Santa Sé apela a uma “uma aliança entre ciência e humanismo” para superar a pandemia.
“Uma emergência como a do Covid-19 é vencida sobretudo com os anticorpos da solidariedade”, indica a APV.

O documento critica as políticas centradas exclusivamente em “interesses nacionais”, sem atender às necessidades dos mais fracos, e recorda que “nalgumas regiões do mundo, a precariedade da existência individual e coletiva é uma experiência diária”.
“A segurança de cada um depende da de todos”, aponta a mensagem.
O texto conclui-se com uma reflexão sobre o valor da oração, na atual crise.
“Mesmo aqueles que não compartilham a profissão de fé podem extrair algo do testemunho de fraternidade universal, que aponta para o melhor que existe na condição humana”, conclui a APV.

“Aqua fons vitae”, novo documento vaticano dedicado a um recurso único

"Água, fonte da vida" é o novo documento do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral
"Água, fonte da vida" é o novo documento do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral 
O homem, a natureza e o desenvolvimento estão indissoluvelmente ligados à água, mas ainda existem muitas pessoas e lugares que não têm acesso a ela. Os diferentes aspectos e desafios relacionados a esse tema são abordados no documento divulgado pelo Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral. “É uma batalha pela vida”.
Gabriella Ceraso/Mariangela Jaguraba – Cidade do Vaticano

Água, fonte da vida e salvação para o homem e o planeta. Começa com essa premissa e se fundamenta no Magistério social dos Papas e no trabalho desempenhado pela Igreja nos vários países, o novo documento publicado, nesta segunda-feira (30/03), pelo Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral por ocasião do Dia Mundial da Água 2020. O título do documento é “Aqua fons vitae. Orientações sobre a Água, símbolo do choro dos pobres e do choro da Terra”. Por enquanto, o documento está disponível, apenas em inglês, no site do Dicastério.

Aspectos e dimensões da água
O documento distingue três dimensões ou aspectos relacionados à água: o aspecto ligado ao uso humano, o relativo ao ser um recurso usado em muitas atividades humanas, em particular agricultura e indústria, e por fim, a água entendida como superfície, ou seja, rios, aquíferos subterrâneos, lagos e especialmente oceanos e mares. Para cada aspecto, o texto apresenta desafios e propostas operacionais para aumentar a consciência sobre o assunto e o compromisso local. A parte final propõe uma reflexão sobre educação e integridade.

Estratégias globais para estruturas católicas no mundo
Sem água limpa, não há vida, saúde e desenvolvimento. Por isso, o Dicastério anuncia, por ocasião da publicação de “Aqua fons vitae”, a definição de uma estratégia global de higiene nas estruturas de saúde pertencentes à Igreja. “Muitas estruturas de saúde nos países pobres e em desenvolvimento não têm acesso adequado à água para as necessidades básicas de limpeza, e bilhões de pacientes, equipes de atendimento e famílias estão em risco, pois faltam fundações ou infraestruturas para um atendimento digno, seguro e de qualidade”, lê-se no documento. “E a situação é particularmente alarmante nessas semanas marcadas pela pandemia.”

A Igreja sempre foi pioneira neste setor e alguns líderes mundiais estão tendo cada vez mais consciência sobre o assunto, concretizando planos de ação para enfrentar o problema de maneira rápida e eficiente. O Dicastério incentiva as “coalizões de órgãos governamentais, organizações privadas e caritativas” para que participem dessa batalha pela vida.

Pesquisas e coletas de fundos
“Vários sistemas de saúde católicos também iniciaram pesquisas para definir a extensão e a complexidade do problema, examinando uma amostra das estruturas de saúde católicas”, ressalta o texto. O dicastério vaticano, em colaboração com alguns parceiros, como a Catholic Relief Services e o Global Water 2020, decidiu incentivar e contribuir com esse esforço, promovendo, quando possível, pesquisas suplementares nos países selecionados. Os resultados deste estudo, bem como os resultados de outras pesquisas recentemente conduzidas por organizações de saúde católicas, serão usados como ponto de partida para os planos de implementação e arrecadação de fundos, a fim de apoiar os planos operacionais”, sublinha. 

As organizações interessadas em participar dessa iniciativa poderão entrar em contato com o Dicastério (a partir de meados de abril) para solicitar mais informações ou discutir oportunidades de parceria.

https://www.vaticannews.va/pt/

Bolsonaro ataca Moro e fica sozinho contra quarentena do coronavírus

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) chamou o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, de “egoísta” e reclamou que o ex-juiz não ajuda o governo na crise do coronavírus.

A declaração do “Capitão Corona” o transforma no homem mais sozinho do Brasil. A cada dia que passa ele se isola cada vez mais em seu mundo paralelo, contra a quarentena para impedir a infecção pela COVID-19, a exemplo de outros países no mundo.

Moro retuitou um artigo do ministro do STF, Luiz Fux, em que ele pede prudência por causa da infecção do vírus.

“Está na ordem do dia a virtude passiva dos juízes e a humildade de reconhecer, em muitos casos, a ausência de expertise em relação à covid -19”, eclipsou o ex-juiz da Lava Jato.

Sérgio Moro ainda corroborou a tese emendando um comentário ao artigo: “Trecho de excelente artigo publicado pelo Mininstro Luiz Fux no O Globo. Prudência no momento é fundamental.”

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De acordo com reportagem do Estadão, nesta segunda-feira (30), Bolsonaro reclamou da postura do ministro da Justiça dizendo que o ex-juiz “só pensa nele” e “não está fazendo nada” para ajudar o governo na batalha que o presidente trava com os governadores.

Em Curitiba, correligionários de Sérgio Moro o aconselham que a hora de o ministro pedir demissão “é agora” –se pretende disputar a Presidência da República. Segundo o séquito do ex-juiz da Lava Jato, o presidente Jair Bolsonaro levantou a bola e deu motivo para seu ministro mais popular deixar o governo.

Em síntese, Moro não quer arriscar violando a quarentena recomendada pela Organização Mundial de Saúde. Sabe que corre risco de vida, a curto prazo, e político, a médio prazo.

Bolsonaro frita Mandetta mas quem está na frigideira é ele

Helena Chagas
Helena Chagas é jornalista, foi ministra da Secom e integra o Jornalistas pela Democracia

"De cara, haverá uma conflagração diante da suspensão de medidas como o isolamento horizontal, que parece ter amplo apoio da população", avalia a jornalista Helena Chagas sobre uma eventual demissão do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta
30 de março de 2020, 13:51 h Atualizado em 30 de março de 2020, 16:16
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Luiz Henrique Mandetta e Jair Bolsonaro
Luiz Henrique Mandetta e Jair Bolsonaro (Foto: Isac Nóbrega/PR)


Por Helena Chagas, no Divergentes e para o Jornalistas pela Democracia 

Nunca antes neste país – e talvez em nenhum outro – se viu fritura assim. O ministro da Saúde, no papel de comandante das ações de combate à pandemia do coronavírus, vem sendo sistematicamente “desobedecido” pelo presidente da República. Ué, mas não é o presidente que manda no ministro, como em qualquer sistema presidencialista? Em tese sim, mas nesse governo nada tem lógica. Com atitudes como a de sair às ruas na hora em que o ministro defende o isolamento, Jair Bolsonaro pensa estar fritando Luiz Henrique Mandetta – mas quem está na frigideira é ele.

Ainda que seja difícil apontar quem está desobedecendo quem, a situação concreta contrapõe um ministro cercado de apoio político e social – inclusive de organizações internacionais –  a um presidente isolado e fragilizado politicamente, que fala para uma parcela da população e para apoiadores radicais. Mandetta é da velha escola política do DEM – descendente direto da Arena, do PDS e do PFL de Antôno Carlos Magahães e outros – e está  fazendo um jogo de profissa: avisou que não vai pedir demissão.

Se quiser se livrar dele, pelas discordâncias brutais em relação ao enfrentamento do coronavírus, Bolsonaro terá que demiti-lo. E como será o dia seguinte à demissão do sujeito que está comandando todas as ações na área da saúde e que, até agora, parece ter conquistado a credibilidade e as boas graças da sociedade? De cara, haverá uma conflagração diante da suspensão de medidas como o isolamento horizontal, que parece ter amplo apoio da população.

Mais do que isso, a hipotética saída de Mandetta precipitaria uma debandada sem precedentes do que resta de apoio político ao presidente. Seu partido, o DEM – que é

de Mandetta, Tereza Cristina e Onyx, mas também de Rodrigo Maia e ACM Neto – poderá entregar seus outros cargos e partir para a articulação do impeachment de

Bolsonaro. Fim da linha para o ex-capitão.

É por isso que, apesar dos rumores de demissão do ministro da Saúde, e dos sinais propositais que o presidente vem emitindo nesse sentido, muita gente acha que Bolsonaro não terá coragem para isso. Vai continuar brincando de desobedecer Mandetta.

sábado, 28 de março de 2020

Itália registra 889 mortes por coronavírus em um dia, total chega a 10.023


O número de mortes pela epidemia de coronavírus na Itália subiu em 889, disse a Agência de Proteção Civil neste sábado, o segundo maior aumento diário desde o início do surto no dia 21 de fevereiro.

O número total de mortos na Itália atingiu 10.023, de longe o país com maior número de mortes por coronavírus no mundo.

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O maior aumento diário de mortos na Itália foi registrado na sexta-feira, quando 919 pessoas morreram. Antes disso, aconteceram 712 mortes na quinta-feira, 683 na quarta, 743 na terça e 602 na segunda.

O número total de casos confirmados na Itália subiu no sábado para 92.472, ante 86.498.

A Itália tem o segundo maior número de casos no mundo, atrás dos Estados Unidos. O país superou o número de infectados da China na sexta.

Na Itália, 12.384 pessoas infectadas se recuperaram no sábado, comparado com as 10.950 no dia anterior. Um total de 3.856 pessoas estavam em cuidados intensivos, contra dado anterior de 3.732.

As informções são da Agência Reuters.  https://www.esmaelmorais.com.br/

Desesperados com o descaso do Estado e passando fome, moradores das favelas começam a ir às ruas

À medida em que coronavírus avança no Brasil, a profunda desigualdade brasileira - tema antes ignorado pela grande imprensa - passa para o topo das preocupações. Moradores das favelas, desesperados com o descaso do Estado, começam a passar fome e ir às ruas
28 de março de 2020, 16:05 h Atualizado em 28 de março de 2020

(Foto: Divulgação)


247 - Especialistas aguradam uma explosão de casos de coronavírus nas periferias e favelas brasileiras, com base nas topografias locais, nos hábitos culturais e nas aglomerações naturais das pequenas casas improvisadas. 

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Mas o dado que vem provocado maior indignação nesses locais é o descaso histórico do Estado brasileiro, que se aprofundou imensamente depois do golpe de 2016. 

A reportagem do jornal Folha de S. Paulo relata que "armários vazios e barracos repletos de adultos e crianças que deixaram de ir às escolas onde recebiam a merenda —sua principal refeição do dia— são a nova realidade em favelas de São Paulo. Além de comida, faltam itens como papel higiênico, fraldas, sabão e detergente, para lavar as mãos e a louça. Em muitas casas, a porta de entrada é o único meio de ventilação. Na rua, crianças limpam pés e mãos em fios de água que correm nas guias."

Em tom apocalíptico, a matéria prossegue: "no desespero, muitos moradores já saem de casa para ir atrás de parentes, amigos e entidades assistenciais em busca de alimentos e ajuda. Perto dessas comunidades, há ambulantes nos semáforos e, dentro delas, bem mais gente em vielas e ruas do que se pode ver em vários bairros de São Paulo. Muitos estão atrás de bicos e comida."

Governador de Nova Iorque prevê 4,5 milhões de infectados no estado em 21 dias

Estado ainda é o mais afetado do país, tanto em número de casos quanto de mortes relacionadas ao novo coronavírus
Foto: Lukas Kloeppel/Freestock
Por Clara Averbuck  
Apenas alguns dias após começar a transformar o Javits Center em um hospital de campo com 1.000 leitos, o governador Andrew Cuomo declarou que ainda não será o suficiente para suprir a demanda causada pelo novo coronavírus.

Na última sexta (27), Cuomo anunciou que iria pedir ao governo federal a construção de mais quatro hospitais de emergência em Nova York. Além dos hospitais de campo propostos, Cuomo disse que o navio do USNS Comfort Hospital estará no porto de Nova Iorque na próxima segunda para adicionar 1.000 leitos e 1.200 equipes médicas disponíveis para o tratamento de pacientes infectados com o novo coronavírus.

Na sexta, havia 44.635 pessoas infectadas no estado de Nova Iorque. Desses, 6.481 foram hospitalizados com 1.583 pacientes em UTI.

Desde que os casos começaram a ser registrados, 2.045 pacientes receberam alta após serem hospitalizados devido a infecção.   As autoridades de saúde e os médicos estão correndo contra o o tempo, pois a taxa de infecção continua a dobrar a cada 4,6 dias.

Até sexta, um total de 519 pessoas morreram de doenças relacionadas ao coronavírus. “Isso vai continuar aumentando”, disse o governador, “E essa é a pior notícia que eu poderia dar às pessoas do estado de Nova Iorque.  “A razão pela qual o número está subindo é porque algumas pessoas entraram no hospital 20 dias, 25 dias atrás e ficaram no ventilador por muito tempo”, disse ele. “Quanto mais tempo você estiver no ventilador, menor a probabilidade de sair”, disse ele.   Nova Iorque ainda é o estado mais afetado do país, tanto em número de casos quanto de mortes relacionadas ao coronavírus.  “Agora, olhando para cerca de 21 dias para um possível ápice, queremos fazer tudo o que pudermos para aumentar essa capacidade”, disse Cuomo.

Justiça suspende campanha da morte de Bolsonaro

A Justiça Federal suspendeu a campanha de Jair Bolsonaro, intitulada 'O Brasil não pode parar', ou qualquer outra "que sugira à população brasileira comportamentos que não estejam estritamente embasados em diretrizes técnicas, emitidas pelo Ministério da Saúde"
28 de março de 2020, 10:56 h Atualizado em 28 de março de 2020

Jair Bolsonaro; campanha do governo contra o isolamento social
Jair Bolsonaro; campanha do governo contra o isolamento social (Foto: Reuters | Reprodução)

247 - Por determinação da Justiça Federal do Rio de Janeiro, o governo federal deve suspender a veiculação da campanha publicitária "O Brasil não pode parar", que defende o fim do isolamento social determinado por governadores de diversos estados.

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A medida liminar atendeu ao pedido apresentado  pelo Ministério Público Federal (MPF) e em descumprimento, o governo deverá pagar multa de R$ 100 mil.

A juíza federal Laura Bastos Carvalho determinou que "a União se abstenha de veicular, por rádio, televisão, jornais, revistas, sites ou qualquer outro meio, físico ou digital, peças publicitárias relativas à campanha 'O Brasil não pode parar', ou qualquer outra que sugira à população brasileira comportamentos que não estejam estritamente embasados em diretrizes técnicas, emitidas pelo Ministério da Saúde, com fundamento em documentos públicos, de entidades científicas de notório reconhecimento no campo da epidemiologia e da saúde pública".

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