quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Intolerância: arma dos preconceituosos

Carlos Delano Rebouças*

Essa disputa ideológica entre esquerda e direita, insana por sinal, é reflexo de uma cultura que nasce, semeada por derrotados políticos que não digeriram a tomada do poder pelo Lula.

Somos um país preconceituoso e intolerante, mais ainda em tempos modernos, de informações imediatas e liberdade de expressão em redes sociais.

Incomodou a muitos, sobretudo a parte de uma classe média esnobe que vê o pobre miserável abandonar essa condição, ver seus filhos numa universidade ao lado dos seus, de vê-los chegar ao trabalho com um veículo próprio, de ter sua casa, de dizer que suas contas estavam em dia, de dizer que tudo isso foi por causa de um nordestino tido como analfabeto, que revolucionou um país, elevando-o ao nível de países de economia equilibrada, respeitado pelo mundo.

Sei que vão dizer que tudo o que estou dizendo é mentira, que nada aconteceu e que ele (Lula) fez apenas roubar. Não ligo, pois sou consciente e inteligente a ponto de identificar e reconhecer o que é bom ou ruim para a sociedade, de identificar conspirações e enxergar caráter nas pessoas. 
A queixa contra a esquerda antecede a criação do PT, a diferença é que os "poderosos" não acreditavam no crescimento do partido. Quando perceberam, começaram a sua saga de disseminar o ódio na mente da sociedade, criando um sentimento ruim até mesmo em trabalhadores contra seus representantes. Hoje, com a reforma trabalhista, por exemplo, sindicatos perdem força e não lutam como lutavam pelos direitos de seus representados. Antes, dizia-se que sindicato só servia para cabine de emprego, de preguiçosos. Agora, vamos nos contentar com o que a classe dominante determina de aumento salarial, calados.

Empregos agora são de jornadas de 4 horas. Muitas empresas assim contratam. Falsa ilusão! trabalha-se menos e ganha a metade. Se antes, com o dobro do salário não dava para viver, será que com a metade vai dar? Ah! Teremos mais tempo livre para outras coisa! dormir? subemprego? informalidade?

Tal condição apenas serve para um governo mentiroso dizer que aumentou o número de empregos, dados que convencem  ninguém.

Pelo andar da carruagem, o Brasil vai acabar se tornando um país de miseráveis, empregados, escravizados por governos que não pensam no bem da sociedade. Vamos mudar! Vamos de Haddad!

*Professor de Língua Portuguesa e redação, conteudista, palestrante e facilitador de cursos e treinamentos, especialista em educação inclusiva e revisor de textos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário