sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Decisão da Câmara traz estabilidade ao país, diz ministro

Para Marco Aurélio, é preciso pensar na situação econômica do país
Livia Scocuglia
03 de Agosto de 2017 - 19h37
 
Crédito José Cruz/EBC/FotosPúblicas

O ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal, afirmou que a decisão da Câmara que barrou o prosseguimento da denúncia do presidente Michel Temer (PMDB) por corrupção passiva, traz estabilidade ao país.

“É hora de nós pensarmos no país, é hora de pensarmos nos cidadãos em geral”, afirmou.

Segundo Marco Aurélio, a decisão dos deputados foi “estritamente política” e é preciso pensar na economia do país.

“A essa altura precisamos nos preocupar com o Brasil, com a correção de rumos, com o saneamento da situação econômico-financeira que reflete no social, com o desemprego em massa. Essa é que deve ser a preocupação maior. A alternância no poder deve ocorrer com o exaurimento do mandato, de quatro em quatro anos”, ponderou.

Reforma política 

O ministro Gilmar Mendes também afirmou que a decisão dos deputados traz estabilidade para o país, já que desde a delação do grupo J&F, o Brasil passa por um quadro de crise, com as atenções voltadas para um cenário “jurídico-político-policial”.

Com a votação da Câmara, o ministro acredita que vai ser possível que os parlamentares aprofundem as discussões sobre a reforma política, que, para ele, é o tema prioritário.

“Precisamos pensar hoje se nós temos um modelo adequado de governança, de governabilidade e precisamos encontrar meios e modos de não instabilizarmos a democracia”, ressaltou Gilmar.

Nessa quarta-feira (2/8), a Câmara dos Deputados rejeitou a autorização para que o STF julgue a denúncia por corrupção passiva contra Temer. Segundo a secretaria da Câmara, votaram 492 deputados dos 513 deputados: 263 a favor do relatório, 227 contra e duas abstenções.

A Câmara aprovou o relatório da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), de autoria do deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), que recomendava a rejeição da denúncia da Procuradoria Geral da República por crime de corrupção passiva contra o presidente Michel Temer.


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