quinta-feira, 9 de abril de 2015

Pesquisa prevê crescimento do Islã

Em 2050, número de muçulmanos se equivalerá ao de cristãos, apontam projeções.


Por Danilo Taino
Provavelmente pela primeira vez na história, em 2050 o número dos muçulmanos no mundo será semelhante ao número de cristãos. E nos anos subseqüentes o superará. Em 2010 vivam sobre a Terra 2,17 bilhões de pessoas de religião cristã: na metade do século subirão para 2,92 bilhões. Os fiéis no Islã eram, ao invés, 1,6 bilhões e chegarão a 2,76. Com respeito à totalidade da população mundial, a cota de cristãos permanecerá invariada em 31,4%, a dos muçulmanos subirá de 23,2 para 29,7%.
Num mundo no qual as tensões religiosas aumentam e determinam conflitos e violências até faz poucos anos impensáveis – como aquelas vistas nos dias passados – estas mudanças terão grande influência sobre o futuro do planeta. Não que o número determine tudo: é, no entanto, importante, pode dar a idéia da relevância crescente que terão algumas partes do mundo – por exemplo, o Oriente Médio – mas também dos problemas que elas viverão se ao crescimento da população não corresponderá maior capacidade de criar riqueza.
As projeções foram realizadas pelo centro de estudos americano, não partidário, Pew Research e consideram as tendências demográficas, a idade das populações, as migrações e as passagens de uma religião a outra. Os afiliados às religiões indu passarão de 1,03 a 1,38 bilhões, mas sua quota sobre a população global ficará estável, em torno de 15%. A dos budistas descerá, ao invés, de 7,1 a 5,2% (o número é estável sobre meio bilhão) devido às taxas de nascimento baixas na China, no Japão, na Tailândia. Os hebreus passarão de 405 a 449 milhões, em queda de 5,9 a 4,85. Os não afiliados – ateus, agnósticos e pessoas que não se identificam com alguma religião – crescerão de 1,13 a 1,23 bilhões, mas em percentual descerão de 16,4 a 13,2.
Se as tendências em ato forem confirmadas, em suma, a população mundial crescerá 35% até 2050, percentual igual ao aumento de cristãos e hinduístas; o número de muçulmanos crescerá, no entanto, 73%. Ao menos que os Países de religião islâmica não emboquem naquela estrada de crescimento da economia e do bem-estar que de sólito produz uma queda da natalidade. De momento, não é previsível.
Corriere della Sera, 05-04-2015.
*Tradução de Benno Dischinger.

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