domingo, 8 de junho de 2014

Papa: mídia não crie ‘alarme ou pânico social’

Cidade do Vaticano, 08 jun (SIR) – Um apelo para que, em “seu legítimo exercício da liberdade de imprensa”, sejam escrupulosos no “informar corretamente e não criar alarme ou pânico social que se preparam notícias de atos criminosos”. É o que pede o Papa na mensagem enviada aos participantes do XIX Congresso internacional da Associação de Direito Penal e do III Congresso da Associação latino-americana de Direito Penal e Criminologia, que acontecerá no Rio de Janeiro nos últimos dias de agosto e começo de setembro deste ano.
 
Estão em jogo, continua o Santo Padre, “a vida e a dignidade das pessoas, que não podem ser transformadas em casos clamorosos, muitas vez com requintes mórbidos, que condenam os culpados ao descrédito social antes de serem julgados ou obrigam as vítimas, vidando o sensacionalismo, a reviver publicamente a dor vivida”. “Se o autor do crime não é suficientemente ajudado – alerta o Papa – não lhe é oferecida a ocasião para que possa se converter e acaba sendo um vítima do sistema”. “É necessário fazer justiça – destaca o Papa -, mas a justiça verdadeira não se esgota em punir os culpados”.
 
Deve-se realizar “todo o possível para corrigir, melhorar e educar o homem a amadurecer em todas as suas formas, para que não desanime, assuma o dano causado e consiga refazer sua vida sem ser esmagado pelo peso de seus erros”.
 
SIR

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