domingo, 5 de janeiro de 2014

Maioria dos espanhóis quer que rei abdique do trono, aponta pesquisa

Estudo divulgado neste domingo indica desejo de substituição pelo filho.
Juan Carlos está no trono há 38 anos; polícia investiga corrupção na família.

Da Reuters

Juan Carlos I, o rei da Espanha, faz discurso de Natal nesta segunda-feira (24) (Foto: AP)Juan Carlos I, o rei da Espanha, faz discurso de Natal (Foto: AP)
Quase dois terços dos espanhóis querem que o rei abdique e entregue a coroa para seu filho, de acordo com uma pesquisa divulgada neste domingo (5), aniversário do monarca, que também mostrou sua popularidade em queda para uma baixa recorde.
O Rei Juan Carlos, que está no trono por 38 anos, já foi um dos soberanos mais amados do mundo, respeitado por parecer um cidadão comum e ajudar a guiar a Espanha para a democracia na década de 1970, após a morte do ditador Francisco Franco.
Mas os espanhóis tornaram-se cada vez mais frustrados por uma investigação de corrupção da filha do rei, a princesa Cristina, e seu marido, Inaki Urdangarin – em um momento de crise econômica e desemprego generalizado.
Urdangarin foi acusado de desvio de 6 milhões de euros em fundos públicos, embora ambos neguem.

Sessenta e dois por cento dos entrevistados disseram acreditar que o rei deveria renunciar, em comparação com 44,7 por cento um ano antes, de acordo com a pesquisa Sigma Dos publicada no jornal "El Mundo".
Apenas 41,3 por cento dos entrevistados tinham uma opinião boa ou muito boa do rei, contra mais de 76 por cento há dois anos. Os espanhóis mais jovens, que não estavam vivos durante os anos Franco, foram esmagadoramente a favor da abdicação, mostrou a pesquisa.
O príncipe Felipe, de 45 anos, manteve a uma avaliação positiva de 66 por cento, e a maioria dos entrevistados disse que a monarquia poderia recuperar o seu prestígio se ele assumir o trono.
Uma série de operações de quadril e nas costas e outros problemas de saúde têm alimentado especulações de que o rei, de 76 anos, pode abdicar, mas, em seu discurso anual véspera de Natal, ele reiterou que não estava pensando em tal movimento
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