terça-feira, 30 de junho de 2020

Reportagem especial revela papel do FBI na Lava Jato

A Agência Pública e o The Intercept Brasil anunciam para esta quarta-feira, 1º de julho, um lote de revelações bombásticas sobre a Lava Jato. Segundo os veículos, diálogos vazados mostram intimidade entre a Polícia Federal e o FBI durante as investigações da operação conduzida formalmente por Deltan Dallagnol
30 de junho de 2020, 21:07 h Atualizado em 30 de junho de 2020
Sergio Moro na Vaza Jato
Sergio Moro na Vaza Jato (Foto: Reprodução TIB)
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247 - O The Intercept Brasil em parceria com a Agência Pública anunciam para esta quarta-feira, primeiro de julho, novas revelações sobre a Lava Jato. Os sites dizem que a operação e o FBI tiveram proximidade durante ações da força-tarefa. 

O tuíte da Agência Pública sugere o impacto da reportagem, ainda inédita: “coloca o relógio para despertar bem cedo porque amanhã tem bomba da Agência Pública em parceria com o @TheInterceptBr: diálogos vazados mostram proximidade entre Polícia Federal e FBI na investigação da Lava-Jato.”


💣Coloca o relógio para despertar bem cedo porque amanhã tem bomba da Agência Pública em parceria com o @TheInterceptBr: diálogos vazados mostram proximidade entre Polícia Federal e FBI na investigação da Lava-Jato. Receba por e-mail antes: https://agen.pub/AssineAgora 

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Fernando Haddad no Roda Viva


O ex-candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, será entrevistado no programa Roda Viva da próxima segunda-feira, dia 6 de julho. O Blog do Esmael vai transmitir a atração ao vivo a partir das 22 horas.

O ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro da Educação e ex-candidato do PT na eleição presidencial de 2018, Haddad é formado em Direito, tem mestrado em Economia e doutorado em Filosofia pela Universidade de São Paulo.

Ministro da Educação entre 2005 e 2012, liderou a criação do programa Universidade Para Todos, o ProUni.

Em 2012, foi eleito prefeito de São Paulo, cargo que ocupou até 2016.

Em 2018, o PT o lançou candidato pela Presidência da República, após o indeferimento da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Apresentada pela jornalista Vera Magalhães, a entrevista vai ao ar às 22h, na TV Cultura. O Blog do Esmael vai transmitir ao vivo para o Brasil e o mundo.


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Publicado em 14 junho, 2020

A presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PT-PR), publicou um pronunciamento nas redes sociais defendendo a prorrogação do auxílio emergencial de R$ 600 por um ano.
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Após colocar a proposta em discussão na internet, a dirigente petista foi para o asfalto da Avenida Paulista, em São Paulo, pedir ‘Fora Bolsonaro, impeachment já!

Gleisi já tinha liderado ontem (13), em Brasília, uma megacarreata pedindo a saída do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e seu vice Hamilton Mourão (PTRB).

“Nós sabemos que essa pandemia, essa crise na saúde, terá efeitos graves na economia”, disse a presidenta do PT. “O país não se recuperará, nem dará empregos, num prazo de um ano.”
Gleisi afirmou que é preciso uma renda básica para as pessoas até a economia brasileira se reestruturar. “Ele não se restruturará com Bolsonaro na presidência”, condicionou.

A parlamentar petista deixou claro que é preciso os brasileiros pressionar o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para que o projeto do PT seja votado.

Gleisi Hoffmann denunciou ainda que Bolsonaro quer reduzir o auxílio emergencial para R$ 300 e realizar apenas mais duas parcelas, até dezembro.
O presidente do PT no Paraná, deputado Arilson Chiorato, disse que o povo brasileiro precisa dessa ajuda governamental.

“O impacto econômico causado pela pandemia não é apenas de 3 meses, muitas pessoas vão demorar para se reestruturar”, argumentou a favor da prorrogação do auxílio emergencial de R$ 600 por um ano.

Bolsonaro aceita pedido de demissão de Decotelli

Desgastado por fraudes em seu currículo acadêmico, Carlos Alberto Decotelli entregou sua carta de demissão do comando do Ministério da Educação em reunião com Jair Bolsonaro nesta tarde. Planalto avalia substitutos
30 de junho de 2020, 16:07 h Atualizado em 30 de junho de 2020
(Foto: Marcos Correa)
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247 - O ministro da Educação, Carlos Alberto Decotell, pediu demissão do cargo nesta terça-feira, 30, em reunião com Jair Bolsonaro. Segundo a CNN Brasil, Bolsonaro aceitou o pedido e providencia o anúncio do seu substituto. 

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Decotelli teve a nomeação publicada no Diário Oficial da União na última quinta-feira (25), mas não chegou a tomar posse, que estava marcada para esta terça-feira (30) e já havia sido adiada. As revelações de que Decotelli fraudou seu currículo, com doutorado (na Argentina) e pós-doutorados (na Alemanha) inexistentes foram o motivo do adiamento. ele também foi acusado de fazer plágio em sua dissertação de mestrado. 

Nesta segunda-feira (29) foi revelado que Decotelli, não estudou por dois anos na  Universidade de Wüppertal, na Alemanha, como divulgado pelo Ministério da Educação (MEC) e segundo consta no Lattes do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). A instituição alemã esclareceu ao portal O Globo que o ministro conduziu pesquisas na universidade por um período de três meses em 2016, mas sem concluir qualquer programa de pós-doutoramento.

Já o reitor da Universidade Nacional de Rosário, na Argentina, Franco Bartolacci, negou no Twitter nesta sexta-feira (26) que o novo ministro da Educação do Brasil, Carlos Alberto Decotelli da Silva, tenha doutorado na instituição.


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Uma verdade incômoda para Bolsonaro: ele tem um pé no Escritório do Crime.

 Por Joaquim de Carvalho
Publicado por Joaquim de Carvalho - 30 de junho de 2020

Bolsonaro pegou peixe grande em Aratu, mas não quis ficar lá após resolver pepinos enormes. Foto: PR
A ofensiva do Ministério Público e da Polícia Civil no Rio de Janeiro hoje contra o Escritório do Crime traz à tona as relações da família Bolsonaro com a milícia e um de seus ex-comandantes, Adriano da Nóbrega, o Capitão Adriano, morto em fevereiro pela Polícia Militar da Bahia.

Jair Bolsonaro conhece Adriano há bastante tempo e, segundo declarou, foi dele a iniciativa para que o filho Flávio homenageasse o miliciano em 2005, quando ele ainda não tinha sido expulso da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro.

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Por mais que o Ministério Público negue que esteja investigando Bolsonaro — a prerrogativa para tanto é do procurador geral da república, Augusto Aras —, é inevitável que, em algum momento, o inquérito dos promotores esbarre na família Bolsonaro, como já esbarrou.

O Ministério Público encontrou depósitos no valor aproximado de R$ 400 mil de Adriano da Nóbrega nas contas de Fabrício Queiroz, operador da família Bolsonaro.


A mãe e a ex-mulher do capitão Adriano, Raimunda Veras Magalhães e Danielle Mendonça da Costa da Nóbrega, foram nomeadas assessoras de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa.

Fabrício Queiroz assumiu a paternidade da nomeação e, recentemente, soube-se que ele mantinha com Adriano um plano de fuga caso fosse preso.

Com Adriano morto, alguém providenciou a fuga de Márcia Oliveira de Aguiar, esposa de Fabrício, quando sua prisão foi decretada. Seria algum sucessor no escritório do crime?

Adriano tinha como advogado Paulo Emílio Catta Preta, que mantém relacionamento, inclusive social, com o também advogado Frederick Wassef.

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Catta Preta assumiu a defesa de Fabrício Queiroz alguns minutos depois da chegada do operador da família Bolsonaro ao presídio de Benfica, porta de entrada do sistema prisional do Rio.

Sem dar detalhes, o Ministério Público do Rio vazou a informação de que Wassef poderia ter ligações com o capitão Adriano.

Pelo que se ventilou, ele poderia até ter ajudado o capitão Adriano na fuga do Rio de Janeiro, o que, nesse caso, se caracterizaria violação do Código Penal, já que havia mandado de prisão contra o então chefe do Escritório do Crime.

Wassef, como já se sabe, tem também uma relação indireta com os cofres públicos.

A empresa de sua ex-mulher, com quem mantém boas relações, já recebeu do governo Bolsonaro mais de R$ 40 milhões por serviços prestados na área de tecnologia da informação.

As pontas desse enredo estão soltas, mas podem compor uma teia, dependendo do rumo das investigações.

Não é demais lembrar que, no fim do ano passado, Jair Bolsonaro viajou para a Bahia, com a filha, a fim de passar o Reveillon.

Mas voltou antes da virada do ano e, depois, em manifestação enigmática, disse que viveu um dos piores dias da sua vida quando chegou à base naval de Aratu.

“Quando eu cheguei na Bahia, enfrentei quatro pepinos. Consegui resolver lá. Um dos piores dias do ano da minha vida foi quando cheguei na Bahia”, disse, se recusando a entrar nos detalhes desses pepinos.

Nesse mesmo dia, o capitão Adriano e a mulher estavam na Costa do Sauípe — o então chefe do Escritório do Crime, procurado pela Justiça.

A distância entre a Costa do Sauípe e a base de Aratu é de 108 quilômetros, pouco mais de uma hora de carro.

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro não pode investigar o presidente da República, mas seria interessante saber se houve algum contato entre Bolsonaro e o capitão Adriano ou sua esposa, direta ou indiretamente.

O que se suspeita é que Wassef, que chegou a dizer que ele e Bolsonaro viraram “uma pessoa só”, sabia onde estava e o que fazia o capitão Adriano, talvez até colaborando com sua sobrevivência no esconderijo, como fez com Fabrício Queiroz.

A situação de Bolsonaro em relação às milícias lembra um exercício com peças de dominó. Muitas peças já caíram, mas na ponta final está o dominó que representa Bolsonaro.

É só seguir a linha do novelo.  https://www.diariodocentrodomundo.com.br/

Decotelli prepara carta de demissão do MEC e deve entregá-la a Bolsonaro nesta tarde

Carlos Alberto Decotelli
Segundo a CNN Brasil, o ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli, preparou uma carta de demissão do cargo e já está no Palácio do Planalto para apresentá-la a Bolsonaro. Decotelli perdeu sustentação após as fraudes em seu currículo acadêmico
30 de junho de 2020, 14:26 h Atualizado em 30 de junho de 2020

Carlos Alberto Decotelli (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)
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247 - O ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli, preparou uma carta de demissão do cargo. A informação é da jornalista Juliana Lopes, da CNN Brasil. 

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"Cinco dias após ser nomeado Ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli prepara uma carta de demissão ao presidente Jair Bolsonaro", diz a jornalista. 

Jair Bolsonaro espera que Decotelli peça demissão, evitando um desgaste ainda maior para o governo.

Segundo a jornalista Renanta Agostini, Bolsonaro indicou que irá aceitar pedido de demissão de Decotelli. "Ele já está no Palácio do Planalto para apresentar o pedido", disse ela em seu Twitter.

Decotelli perdeu sustentação política após as fraudes em seu currículo acadêmico.

Mais informações em instantes. 

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Visita de sentimentos e condolências

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Sentimentos e condolências na nossa visita
Fortaleza, 29/06/2020

Levei conformação e oração de esperança à querida Dona Idelzuite Medeiros.
Ela, de coração partido, com morte do filho, Dr Francisco Medeiros Barbosa, esposo da prima Lucrécia Moreaux Barbosa, da covid-19 cruel.
Ele foi colega do Prof. Océlio Saraiva, meu irmão primogênito, no seminário dos frades capuchinhos, lá pela década de 70.
As melhores bênçãos! Padre Geovane Saraiva

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Macron: fracasso nas eleições municipais

Após fracasso do seu partido nas eleições municipais, Macron reforça discurso ambientalista
Partido Verde Europeu foi um dos grandes vencedores da jornada eleitoral deste domingo, em aliança com a esquerda, que venceu nos três maiores colégios eleitorais do país: Lyon, Marselha e a capital Paris
Emmanuel Macron
Por Redação  

Menos de 24 horas depois das eleições municipais no país, o presidente francês Emmanuel Macron fez um discurso no qual deixou em evidência que sentiu o golpe sofrido pelo seu partido, o LRM (sigla em francês de “República em Marcha”, de direita neoliberal), um dos maiores perdedores da jornada eleitoral.

A prova de que o mandatário já atua em função dos resultados de domingo foi seu forte discurso ambientalista logo nesse primeiro discurso, no qual destacou medidas de sustentabilidade e combate às mudanças climáticas.

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Isso porque o grande vencedor destas eleições municipais, segundo a imprensa local, foi o EELV (sigla em francês do Partido Verde Europeu).

Em aliança com partidos históricos da esquerda, como o Partido Socialista e o Partido Comunista, os Verdes venceram 16 disputas, incluindo a segunda e terceira das maiores cidades do país: Marselha e Lyon, respectivamente. Também estão entre os vencedores da capital Paris, já que a socialista Anne Hidalgo foi reeleita graças também à aliança com o partido ambientalista – assim como a esquerda também ajudou nas vitórias verdes nas outras duas grandes cidades.

Para reagir a essa “onda verde”, aliada com a esquerda, Macron anunciou que o país investirá, ainda este ano, cerca de 15 bilhões de euros para adaptar a economia aos novos parâmetros ecológicos. Também prometeu realizar um referendo para incluir, no primeiro artigo da Constituição francesa, os termos “biodiversidade, meio ambiente e luta contra o aquecimento global”.

“Acho que é uma noção extremamente estruturante para a proteção dos ecossistemas, a defesa da ecologia e da biodiversidade”, declarou o presidente, que também defendeu o termo “justiça verde” e a criação do conceito penal de “ecocídio”, duas ideias que costumam ser defendidas pela ativista sueca Greta Thunberg.

Por sua parte, Yannick Jadot, deputado verde e um dos líderes do partido no país, justificou a vitória afirmando que “há uma guinada política em nosso país que está ligada à pandemia do coronavírus. As pessoas estão entendendo que nossos modos de vida e consumo trazem como consequência problemas como os que estamos vivendo hoje no planeta”.

Fé em tempos de crise

Há algo em nós que nos convoca a crer e a confiar na redenção desse tempo de calamidades
Podemos dizer que estamos à espera de uma passagem
Podemos dizer que estamos à espera de uma passagem (Unsplash/ Andrew Neel)
Tânia da Silva Mayer*

A cada semana que passa, nossas vidas vão se constituindo num misto de incertezas e angústias. Muitas famílias vizinhas ou mesmo nossas famílias e nossos círculos familiares começam a experimentar proximamente os efeitos danosos da pandemia de Covid-19, que deixa lastros de dor e luto por todos os lugares. Aumenta entre nós as incertezas relativas à existência. Os planos para o futuro começam a ficar mais tímidos. Inclusive, o futuro começa a ser encurtado e muitos já o pensam a partir do período das semanas. Alguns mais desconfiados arriscam projetá-lo no período dos dias. É fato que o futuro possível das nossas vidas é o segundo do respiro que podemos dar e que nos permite estar e continuar vivos. Mas nunca nossa geração esteve tão confrontada com a impossibilidade de pensar o para além do presente.

Reze conosco em Meu dia com Deus
Mas ainda assim precisamos considerar que há algo em nós que nos convoca a crer e a confiar na redenção desse tempo de calamidades. Por isso mesmo, não raras vezes, alguém recorda que esse tempo irá passar. Nesse sentido, podemos dizer que estamos à espera de uma passagem. No fundo de nossas expectativas, esperamos que ela não demore acontecer, pois o momento presente é demasiadamente devastador para a vida de muitos. E o que sentimos é a saudade da páscoa, do instante em que não mais nos veremos envoltos em trevas de tristeza, de dor e de morte. Sentimos a saudade do instante em que o horizonte se descortinará para além das nebulosidades. Mas todo esse sentimento se desenvolve justamente quando sabemos ainda menos sobre o que será de nós e quando nos sentimos abandonados às mãos das nossas fragilidades e do que em nós não permanece.

Não me canso de recordar uma máxima entre os/as liturgistas brasileiros/as que considero propícia para pensarmos o presente: "a páscoa de Cristo na páscoa da gente". A pandemia nos suspendeu com Cristo em sua cruz. Vivemos um tempo pascal, não há dúvidas, mas ainda experimentamos a agonia da incerteza das horas e dos instantes e o abandono de Deus em nossas idas e vindas sob a constante ameaça de um inimigo invisível, que a qualquer momento poderá cruzar a soleira das nossas casas promovendo a devastação das nossas vidas. Bebemos a bebida amarga e o alheamento de todas as coisas nas quais depositamos, até agora, nossas esperanças e expectativas, entre essas estão os "cireneus" que poderiam nos estender as mãos nesse momento de dor e não o fizeram.

Mas essa máxima nos ajuda a pensar que podemos crer com resiliência, confiando que acontecerá conosco e com a humanidade a páscoa pela qual ansiamos. Para isso, é preciso reorientar nossas perspectivas e viver esse momento como o de uma entrega. Uma espiritualidade amadurecida sabe que a vida é dom a ser trabalhado e cuidado para que não pereça. No entanto, deve compreender também que se trata de um dom sobre o qual não detemos o senhorio e que passa. Por isso, mais que nos vendermos à ilusão da brevidade de um futuro livre do vírus que nos dilacera, podemos viver os dias buscando uma comunhão profunda entre nós e nossa frágil existência. Fazendo dos nossos dias uma oferta e uma oportunidade única para sermos quem somos em nossas relações, apesar de nossas contingências.

E isso é possível porque somos todos, religiosos ou não, capazes de nos movimentarmos a partir da fé. Não falo, a princípio, da fé teologal, projetada no horizonte cristão, mas da fé que é componente humano e que nos arranca da conformidade com as fatalidades e nos faz acreditar, por exemplo, nesse momento, no árduo trabalho de pesquisadores/as e cientistas, que acenderão uma luz no túnel de nossas incertezas existenciais e que iluminará o presente desolador que vivemos. Mas, aos que respondemos ao convite teologal, a fé convoca a fazermos dos nossos dias o tríduo pascal de nossas vidas, acreditando que não percorremos sozinhos o vale de lágrimas da pandemia e tampouco contamos com o alheamento de Deus. Pois é ele que continua a nos receber em suas mãos, quando, para além da carne, nossas almas se angustiam e fraquejam pelo medo e pavor de nossa fragilidade.

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*Tânia da Silva Mayer é mestra e bacharela em Teologia pela Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (FAJE); graduanda em Letras pela UFMG. Escreve às terças-feiras. E-mail: taniamayer.palavra@gmail.com.

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Currículo de Decotelli

Brasileiros lançam primeira música em homenagem ao Papa Francisco no mundo

A canção é uma linda meditação sobre o Santo Padre e a mensagem de paz e confiança que ele leva ao mundo

Acaba de ser lançada mundialmente a primeira música em homenagem ao Papa Francisco. Chama-se “Francisco do Amor”. Ouça agora mesmo aqui logo abaixo ou no YouTube.
Ou escute através da plataforma de música de sua preferência, usando este link: presavefranciscodoamor
A música é uma composição de Carlos Renê Belo, que contou com a interpretação dos cantores Thiago Tomé, Eliana Ribeiro, Camila Holanda e padre Omar.
A canção medita sobre o Santo Padre e a mensagem de paz e confiança que ele leva ao mundo.
A Gravadora Canção Nova produziu o clipe especial para a canção.
As imagens dos cantores foram gravadas em diferentes cidades do Sudeste e Nordeste do Brasil.
Thiago Tomé gravou em Cachoeira Paulista (SP), Eliana Ribeiro em São José dos Campos (SP); já Padre Omar gravou no Rio de Janeiro (RJ) e Camila Holanda em João Pessoa (PB).
O lançamento do single e do clipe conta com a parceria da página Papa Francisco – Amigos e Amigas e também da Aleteia.

O Clipe

A letra

Francisco do Amor

Mesmo de longe,
Eu te sinto aqui bem perto
Santo Padre,
És o pastor do mundo inteiro.
A tua prece toca o nosso coração,
Aos pobres e esquecidos
Tu pedes proteção.

Levas ao mundo Jesus Cristo
Por todas as nações.
Tu és Pedro, o servo do Senhor,
O pescador de corações.

Francisco do amor,
Francisco, abraço de Pai.
Dá-nos tua bênção
Ensina ao mundo a paz (2 vezes)

Mesmo de longe,
Eu te sinto aqui bem perto
Santo Padre,
És o pastor do mundo inteiro.
* * *
Escute, emocione-se e compartilhe esta linda canção em homenagem ao Papa Francisco.

Taurus tem alta de 111% nas vendas sob flexibilização da lei na gestão Bolsonaro

Publicado em 30 junho, 2020 7:15 am

Bolsonaro, em 2017: garoto-propaganda da Taurus
Da Folha:

Em meio às medidas do governo Bolsonaro de flexibilização ao acesso a armas, a Taurus teve alta de 111% nas vendas em relação ao mesmo período de 2019 –foram 52,1 mil armas comercializadas no mercado brasileiro no primeiro trimestre.

A empresa relatou, em comunicado, que a maior procura foi por “calibres até então restritos, como pistolas 9 mm e fuzis, que incorporam maior valor agregado”.

A liberação dessas armas fez com que a companhia faturasse R$ 56 milhões só no Brasil, alta de quase 50% em relação ao mesmo intervalo do ano passado. Ainda assim, a Taurus registrou um prejuízo de R$ 157,1 milhões.

Roda Viva entrevista a bióloga e pesquisadora Natalia Pasternak

‘Bandidinhos vagabundos’

‘Bandidinhos vagabundos’: General Santos Cruz surpreende e define governo Bolsonaro com virulência e desprezo
O general Santos Cruz deixou patente sua percepção sobre o governo Bolsonaro: “cercado de bandidinhos vagabundos”. Cruz, que já vinha manifestando desgosto com o governo Bolsonaro desde sua saída da secretaria de governo deu a declaração ao jornal Valor
29 de junho de 2020, 21:17 h Atualizado em 30 de junho de 2020
General Santos Cruz e Jair Bolsonaro
General Santos Cruz e Jair Bolsonaro (Foto: ABr | Reuters)
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247 - A visão do general Santos Cruz sobre o governo Bolsonaro ganhou destaque no jornal Valor deste último final de semana: Cruz disse que Bolsonaro está cercado de bandidinhos vagabundos. 

Lisboa: Cardeal-patriarca incentiva comunidades católicas a gestos «solidários e corresponsáveis»

«Trabalho caritativo realizado em comum é ótimo estímulo para crescer como Igreja solidária e corresponsável» – D. Manuel Clemente
Lisboa, 30 jun 2020 (Ecclesia) – O cardeal-patriarca de Lisboa incentiva os seus diocesanos a ser “solidários e corresponsáveis”, assumindo os desafios gerados pelos “gravíssimos problemas socioeconómicos” que a pandemia de Covid-19 provocou.

“Trabalho caritativo realizado em comum é ótimo estímulo para crescer como Igreja solidária e corresponsável. Deverá envolver a todos, desde a catequese, que não fica completa sem iniciação na caridade prática, aos vários grupos institucionais ou espontâneos, que deste modo também se evangelizam a si próprios”, escreve D. Manuel Clemente, no programa para o novo ano, divulgado online.
O cardeal-patriarca de Lisboa recorda que a pandemia de Covid-19 “impediu” a diocese de “realizar muitas atividades previstas”, no âmbito paroquial, vicarial e diocesano, adiadas para 2020/2021, cujo programa tem como tema ‘Sair com Cristo ao encontro de todas as periferias’.
As iniciativas giram ainda também em torno de uma passagem da Constituição Sinodal diocesana (CSL): ‘Fazer da Igreja uma rede de relações fraternas’, “reforçando todas as instâncias de corresponsabilidade comunitária”.
D. Manuel Clemente assinala que estes “são desígnios fundamentais para evangelizar o mundo e para crescer como Igreja”.
“Prosseguindo tantas ações caritativas e solidárias que as comunidades e instituições eclesiais desenvolveram de março para cá, o próximo ano pastoral não poderá ter objetivo maior do que esse”, afirma.
‘Solidários e corresponsáveis’ é o tema da mensagem introdutória ao programa pastoral 2020-2021 do Patriarcado de Lisboa; “até lá, é tempo de preparação de ações comunitárias e diocesanas”, indica D. Manuel Clemente.

O responsável católico assinala que se pode retomar “a iniciativa das ‘semanas vicariais da caridade’, no ano pastoral 2020/2021, que começa em setembro.
No novo ano pastoral, o Congresso Diocesano da Pastoral Sociocaritativa, adiado do passado mês maio para os dias 14 e 15 de maio de 2021, vai ser “momento alto de encontro, partilha e projeção”, bem como a “receção sistemática” da Constituição Sinodal de Lisboa “terá o seu momento de avaliação na assembleia sinodal”, agendada para 18 e 19 de junho do próximo ano.
“Sair com Cristo ao encontro de todas as periferias sociais e geográficas” é o convite do ano 2020/2021 onde se destacam três objetivos: “Convocados à Caridade; abrir a todos as portas da esperança; intensificar o caracter evangelizador das instituições sociais da Igreja”.
O Patriarcado de Lisboa informa que o programa e calendário diocesano para o ano pastoral 2020/2021 também vai estar disponível em edição em papel na sua Livraria Nova Terra, além de poder ser consultado online.
A Diocese de Lisboa está a viver até 2021 um triénio centrado no tema ‘Fazer da Igreja ma rede de relações fraternas’, na receção à sua Constituição Sinodal.
CB/OC

segunda-feira, 29 de junho de 2020

Europa proíbe entrada de brasileiros por descontrole da pandemia de coronavírus

Conforme adiantado pela Fórum, 27 países do bloco reabrem fronteiras externas nesta quarta (1º) com Brasil na lista de barrados
Parlamento Europeu (Foto: Reprodução)
Por Ricardo Ribeiro  

de Bruxelas (Bélgica)

Os 27 países da União Europeia concordaram em abrir as suas fronteiras externas nesta quarta-feira (1º) e, como adiantado pela Fórum, brasileiros serão proibidos de entrar porque a situação da pandemia de coronavírus no país é considerada fora de controle pelas autoridades do bloco.

A lista provisória foi confirmada e viajantes de 14 países, considerados com a pandemia mais controlada, foram liberados: Argélia, Austrália, Canadá, Coreia do Sul, Geórgia, Japão, Marrocos, Montenegro, Nova Zelândia, Ruanda, Sérvia, Tailândia, Tunísia e Uruguai.

Além do Brasil, Estados Unidos, Rússia, Arábia Saudita e Turquia foram considerados críticos em relação ao risco de contágio e integram o grupo de países para os quais as fronteiras europeias, encerradas no início de março pela primeira vez na história do bloco, continuam fechadas.

A relação de países será revisada a cada duas semanas. Os parâmetros considerados incluem a curva do contágio, o número de novos casos, a confiabilidade dos números, a capacidade de testes e as regras de prevenção estabelecidas em cada país.

A proibição de entrada é para viagens “não essenciais”, como turismo. As restrições não se aplicam a estudantes, trabalhadores sazonais, passageiros em trânsito, refugiados e familiares de residentes, entre outras exceções, desde que acompanhadas da documentação necessária.

A gestão de fronteiras é uma competência de cada nação, e não da União Europeia, mas as normas foram acordadas entre os representantes de todos os estados-membros. Os países ainda podem recusar a entrada de residentes de algum país que integre a lista de locais considerados de menor risco, caso queira adotar um critério mais rigoroso. No entanto, há o compromisso de respeitar integralmente a lista de barrados.

A entrada de viajantes da China, que controlou a pandemia, dependerá do princípio da reciprocidade. A permissão será dada por países europeus cujos residentes também tenham entrada autorizada no território chinês.

O Reino Unido não é mais membro da União Europeia, mas seguirá as regras por ainda estar no período de transição do Brexit, o processo da sua saída do bloco. Os micro estados Andorra, Mônaco, San Marino e Vaticano também devem acompanhar as listas definidas pelo bloco.

Islândia, Noruega, Suíça e Liechtenstein, que não fazem parte da União Europeia, mas integram o acordo de livre circulação no continente (Espaço Schengen) tendem a adotar os mesmos critérios, com alguma autonomia.

Fazem parte da União Europeia Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, Croácia, Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Hungria, Irlanda, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Polônia, Portugal, República Tcheca, Romênia e Suécia.

Delegacia abre às 6h para ouvir mulher de prefeito acusada de homicídio culposo de uma criança.

Por Inês Campelo
Publicado por Diario do Centro do Mundo - 29 de junho de 2020
Sari Gaspar Corte Real. Foto: Reprodução/Twitter
Publicado originalmente no site Marco Zero Conteúdo

POR INÊS CAMPELO

Na manhã desta segunda-feira, 29 de junho, a delegacia de Santo Amaro abriu as portas mais cedo para receber Sarí Corte Real. A mulher branca e rica, moradora das Torres Gêmeas, e esposa do prefeito de Tamandaré (Sérgio Hacker) é acusada de homicídio culposo – quando não há intenção de matar – na morte de Miguel Otávio, 5 anos. Criança negra, filho da trabalhadora doméstica Mirtes Renata Sousa, que deixou o menino sob os cuidados da patroa enquanto passeava com o cachorro da família.

Pouco antes das 6h, o delegado Ramon Teixeira estava a postos para colher o depoimento da acusada, que responde ao crime em liberdade após pagamento de fiança no valor de R$ 20 mil.

De acordo com nota da Polícia Civil de Pernambuco, divulgada no final da manhã, o horário pouco comum de abertura da delegacia se deu após pedido dos advogados de Sarí. “Os advogados da acusada apresentaram requerimento ao Delegado que preside o Inquérito Policial solicitando a realização do depoimento em horário mais cedo que o de início do expediente da unidade policial. Considerando os argumentos relativos à possibilidade de aglomeração de pessoas e o risco de agressão à depoente por parte de populares, o delegado deferiu o requerimento”.

Para o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) houve favorecimento à acusada no momento em que o delegado acata pedido dos advogados para ouvida acontecer antes do horário de funcionamento da delegacia.

“A OAB foi habilitada para companhar o processo, isso significa que a ouvida de hoje deveria ter sido comunicada uma vez que estamos recebendo todo material processual. Até agora, o delegado Ramón Teixeira vinha mantendo uma transparência em relação ao processo, mas na minha opinião ele deu um tiro no pé ao favorecer a investigada. Foi errado. O que a população espera de um trabalho desse é que seja claro, que seja feito o papel da justiça e ao tomar uma atitude pouco convencional, porque nós não temos conhecimento de ouvidas nesse horário, ele levanta suspeita. Esse não é um caso simples, ele tomou proporções internacionais e precisa ser transparente e justo. Foi um tiro no próprio pé, pôs em xeque a própria carreira”, explica Cláudio Ferreira.

Quanto à fiança, questionada pela sociedade, Cláudio explica estar dentro da lei, um vez que os valores são atribuídos de acordo com o caso e poder aquisitivo do acusado, e considera que o fato de Sarí Corte Real ter se apresentado em menos de 24h, tempo necessário para prisões em flagrante, contou positivamente. Caso o delegado Ramón Teixeira tivesse compreendido que foi abandono de menor incapaz seguido de morte não caberia fiança. “Como é uma interpretação da lei ela foi autuada por homicídio culposo, o que a beneficia num primeiro momento, mas não significa que não pode mudar ao fim do processo”, explica Ferreira.

Vale lembrar que, o delegado Ramón Teixeira já havia protegido a acusada quando na abertura da investigação não divulgou o nome da mesma usando o argumento da lei 13.869, ou lei do Abuso de Autoridade onde os nomes dos suspeitos de crimes em investigação deixaram de ser informados. Ele também é o delegado que já expôs suspeitos negros e incriminou trabalhador em inquérito contestado pela OAB-PE como aconteceu no caso de Wilson Xavier da Silva preso por quase um ano acusado de participar de assalto à imobiliária Jairo Rocha.

Apesar do horário estratégico para evitar “agressões”, a mãe de Miguel, Mirtes, e familiares estiveram por toda manhã na porta da delegacia aguardando a oportunidade de estar frente a frente com a responsável pela morte do filho. Em entrevista à TV Globo, Mirtes afirmou precisar olhar para Sarí pela primeira vez, depois do dia da morte de Miguel, e dizer algumas verdades engasgadas. A trabalhadora doméstica também disse “estar doente” com a morte do filho a ponto de precisar tomar remédios para dormir todas as noites. No final da manhã, Mirtes foi autorizada a entrar na delegacia e falar com Sarí. Na saída, relatou que ela era uma ingrata “ela ainda botou palavras na minha boca quando afirmou que eu estava a acusando de racismo, e eu não acusei ela”, contou Mirtes.

Entenda o caso:

O crime aconteceu no último dia 2 de junho. Embora em plena pandemia do corona vírus, as trabalhadoras doméstica da família permaneciam ocupando suas atividades. No dia do crime, Miguel acompanhara a mãe ao trabalho pois não tinha com quem ficar em casa. Vale ressaltar que, a avó materna, Marta Santana, também trabalhadora doméstica da mesma residência estava de folga, mas precisou resolver problemas burocráticos naquele dia.

Enquanto levava a cachorra para passear, Mirtes deixou Miguel aos cuidados de Sarí que, fazia as unhas e quando Miguel começou a chorar perguntando pela mãe, o colocou no elevador de serviço do prédio, sozinho, dando acesso às áreas onde ficam os condensadores de ar-condicionado do prédio. O menino desceu no 9° andar, acredita-se que ele viu a mãe na calçada e subiu na grade de proteção de um ar-condicionado, desequilibrou-se e caiu. Ao retornar do passeio, foi Mirtes uma das primeiras pessoas do condomínio a ver o filho no chão.

Poucos dias após o crime, o site do Jornal do Commercio divulgou que Mirtes era funcionária da prefeitura de Tamandaré. Após enterrar o filho Miguel, Mirtes disse em entrevistas que pediria demissão.

A família Hacker, do marido de Sarí, é tradicional da política da zona da mata sul do estado desde os anos 90. Em 1992, o patriarca José Hildo Hacker (PSDB) disputou a prefeitura de Rio Formoso com a esposa Graça Hacker como candidata à vice, já que não havia ainda a lei nepotismo. Em 1996, José Hildo Hacker (PSDB) seguiu a disputa em Serinhaém, onde foi reeleito. Nas eleições de 2000, o casal se “dividiu”. Ele foi eleito em Serinhaem, ela em Rio Formoso, onde, reeleita, governou até 2008. No período de 2009 a 2016, o filho Hildo Hacker Júnior (PSD) esteve no comando da prefeitura de Tamandaré. Atualmente, o cargo é ocupado pelo marido de Sarí, Sérgio Hacker (PSB), sobrinho do ex-prefeito Hildo Junior. Já em Rio Formoso, a prefeita é Isabel Hacker (PSB), mãe de Sérgio e irmã de Hildo.

Diversos ministros de Bolsonaro fraudaram currículo, mas só Decotelli será punido porque é negro

Publicado por Davi Nogueira - 29 de junho de 2020

Weintraub e Damares mentiram sobre seus currículos, mas não foram punidos por isso
O professor Carlos Alberto Decotelli provavelmente não assumirá o Ministério da Educação. O currículo do indicado para substituir Abraham Weintraub é todo furado.

Ele inventou um doutorado na Universidade Nacional de Rosário, na Argentina, e um pós-doutorado na Universidade de Wuppertal, na Alemanha.

Na Argentina, sua tese de doutorado foi reprovada liminarmente. Na Alemanha, fez uma pesquisa de três meses, sem adquirir nenhum título na universidade.

A posse do ministro, que estava marcada para esta terça (30), foi cancelada e o presidente Jair Bolsonaro exigiu uma “rechecagem” do currículo do professor à Abin (Agência Brasileira de Inteligência).

Decotelli, contudo, está longe de ser o único ministro de Bolsonaro que mentiu nessa área.

A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, declarou ser “uma advogada”, “mestre em educação” e “em direito constitucional e direito da família”.

Desmentida em janeiro de 2019, informou que seu mestrado era “bíblico”.

Ricardo Salles, ministro do Meio Ambiente, afirmou em artigo publicado em 2012 que obteve o título de mestre em direito público na Universidade Yale, nos Estados Unidos.

Após o Intercept Brasil revelar que Salles nunca botou os pés na universidade, ele atribuiu o “erro” à sua assessoria de imprensa.

O currículo do colombiano Ricardo Vélez Rodríguez, primeiro ministro da Educação do governo Bolsonaro, continha ao menos 22 erros.

Apareciam livros atribuídos a ele, que na verdade não eram de sua autoria, além de obras listadas fora do formato padrão, e artigos publicados em periódicos que não são científicos.

Já o sucessor de Vélez no MEC, o fugitivo Abraham Weintraub, publicou o mesmo artigo em duas revistas, prática classificada como autoplágio.

Bolsonaro informou que Weintraub era doutor ao anunciá-lo para comandar a pasta, mas o ex-ministro nunca obteve este título.

Qual é o verdadeiro critério do governo Bolsonaro para demitir ministros?

O filósofo Silvio Almeida afirma que “mentir no currículo tem consequências devastadoras quando se é negro”.

“Quando se é branco você pode ser um jurista medíocre, um economista alienado, um ‘filósofo’ delirante; pode mentir que estudou em Yale ou Harvard ou que tem doutorado, ser plagiador que isso será absorvido”, diz Silvio.

“Mas se você for negro será cobrado por cada gesto que fizer no dia seguinte à exposição do seu ato. Sempre vão lembrar do que você fez e de que você também é um negro. E você será abandonado na estrada”.

Ave Maria

Mulher que foi revelada pelo Fantástico usando auxílio emergencial enquanto viajava é bolsonarista


Publicado por Diario do Centro do Mundo - 29 de junho de 2020

A comerciante Ana Paula Brocco, de Espumoso, que está com casamento marcado em um resort no Caribe e foi relevada pelo Fantástico recebendo o auxílio emergencial do governo, é bolsonarista e cidadão de bem, mostram suas redes sociais.

A moradora de Espumoso, no Rio Grande do Sul, foi indagada pelo repórter, por telefone, após confirmar o recebimento do auxílio, sobre como teria um casamento marcado nas ilhas do mar do Caribe e conseguiu ser enquadrada como uma pessoa de baixa renda. Ela então desligou o aparelho.

Pedro e Paulo: alegria da Igreja!

Padre Geovane Saraiva*
Que graças vos daremos, ó bem-aventurados Apóstolos, por tantas fadigas por nós suportadas? Lembro-me de vós, ó Pedro, e me espanto; lembro-me de vós, ó Paulo, e caio em lágrimas. Não sei o que dizer, não sei proferir palavras ao contemplar vossos sofrimentos. Quantas prisões santificastes! Quantas maldições tolerastes! Quão longe levastes o Cristo! Como alegrastes as Igrejas com vossas pregações! Quão benditos instrumentos são vossas línguas! E mais: de sangue foram cobertos vossos membros, em tudo assemelhando-se a Cristo,  vosso Mestre Senhor! (cf. São João Crisóstomo).

São Pedro e São Paulo: apóstolos fieis e modelos de vida para os ...A obra redentora de Deus, em sua inexprimível bondade, ternura e mistério de amor, fazendo-se homem, quis e quer eternizar a criatura humana, restaurando-a e reconciliando-a consigo. É dentro desse contexto que a Igreja comemora São Pedro e São Paulo, homens simples e humildes, fundamentalmente marcados pela graça de Deus, que, para os seguidores do Filho de Deus, no decorrer dos séculos, foram imprescindíveis, ao marcar e personificar a Igreja de um modo ininterrupto em toda a sua história.

Deus Nosso Senhor nos concede, ao celebrar São Pedro e São Paulo, a renovação de nosso ardor missionário, no sopro do Espírito Santo de Deus. Pela hierarquia, a Igreja tem sua plenitude, com sacramentos, vigor do anúncio e estrutura visível, estando à frente as criaturas humanas e como primeira delas, hoje, o Papa Francisco. 
Paulo nos aponta a Igreja, que tem na sua essência a missão, reservando-lhe o incomparável cognome de mestre e doutor das nações. A grande verdade é que os dois edificaram, pela mesma fé no Filho de Deus, a linhagem sagrada já aqui na terra, a família dos seguidores de Jesus de Nazaré.

Eles nos entusiasmam a viver a nossa fé, na fidelidade a Jesus, alimentando-nos de sua palavra e de seu corpo e sangue, voltados, evidentemente, para a realidade de dor e sofrimento de muitos irmãos e irmãs, na qual estamos inseridos. Ensinam-nos também, na esperança do prêmio eterno, que é possível repetir a mesma façanha, por eles vivida e ensinada, no bom combate da fé e, igualmente, na convicção de que Jesus é o Messias, o Filho do Deus vivo.

Pedro e Paulo nos conduzem à contemplação do mistério de nossa fé, não só pela ausculta e percepção da Igreja como instituição divina, mas também pelos seus ensinamentos. A Igreja, ao proclamar a mensagem de um Deus afável e terno às pessoas do nosso tempo, mostra-nos, de modo pedagógico, que Ele se fez homem e se encarnou na História, oferecendo-nos a salvação. Manifesta-nos, sem nenhuma dúvida e ilusão, a solução em Deus, como único e verdadeiro caminho. Desse modo, somos motivados, pela força da sua graça, a ultrapassar a realidade terrena, no sonho das aspirações mais profundas do ser humano: a eterna felicidade! Assim seja!

*Pároco de Santo Afonso, Blogueiro, Escritor e integra a Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza (AMLEF).

A oração do Papa Francisco: Maria, nós nos entregamos a Ti



Numa videomensagem, o Papa pede à Virgem Milagrosa do Santuário de Castel di Leva “proteção” neste momento de emergência devido ao coronavírus. O vídeo de Francisco abriu a celebração da missa presidida pelo vigário do Santo Padre para a Diocese de Roma, cardeal Angelo De Donatis, para o dia de oração e jejum.
VATICAN NEWS

Confiar “a cidade, a Itália e o mundo à proteção da Mãe de Deus, como sinal de salvação e esperança” nesses “dias de emergência de saúde”. Este é o pensamento do Papa Francisco expresso na vídeomensagem para a missa que será celebrada, nesta quarta-feira (11/03), às 19h locais, no Santuário do Divino Amor no anunciado dia de oração e jejum. 

A Oração do Papa
Ó Maria, Tu sempre brilhas em nosso caminho como sinal de salvação e esperança. Nós nos entregamos a Ti, Saúde dos Enfermos, que na Cruz foste associada à dor de Jesus, mantendo firme a Tua fé. Tu, Salvação do povo romano, sabes do que precisamos e temos a certeza de que garantirás, como em Caná da Galiléia, que a alegria e a celebração possam retornar após este momento de provação. Ajuda-nos, Mãe do Divino Amor, a nos conformarmos com a vontade do Pai e a fazer o que Jesus nos disser. Ele que tomou sobre si nossos sofrimentos e tomou sobre si nossas dores para nos levar, através da Cruz, à alegria da Ressurreição. Amém. Sob a Tua proteção, buscamos refúgio, Santa Mãe de Deus. Não desprezes as nossas súplicas, nós que estamos na provação, e livra-nos de todo perigo, Virgem gloriosa e abençoada.

A missa do Papa e do vigário 
O diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, anunciou a participação espiritual do Papa Francisco na oração à Virgem, a cujos pés, em 1944, Pio XII e os romanos imploraram a salvação de Roma durante a retirada das tropas nazistas. Mais de 75 anos depois, outra emergência, invisível e também ameaçadora, leva o Papa a se voltar para a Mãe Deus, partilhando os sentimentos do cardeal vigário que, como o Papa, na missa desta quarta-feira, inaugurou a celebração eucarística cotidiana das 19h, que foi transmitida ao vivo pela TV2000 em streaming através do Facebook da diocese. Uma escolha para ir ao encontro dos fiéis obrigados a ficar em casa para evitar o contágio do coronavírus.

Coleta de fundos para os agentes de saúde
“Na missa de hoje”, recorda uma nota do Vicariato de Roma, “será feita uma coleta diocesana extraordinária de ofertas para ajudar os agentes de saúde que estão trabalhando com generosidade e sacrifício no atendimento aos doentes”. “Será um momento de graça, em que unidos, estaremos em comunhão espiritual, nos sentiremos irmãos e irmãs na fé, solidários e não desconfiados uns dos outros”, escreve o cardeal De Donatis na carta em que instituiu o Dia de oração e jejum.

https://www.vaticannews.va/pt/

VÍDEO: Fantástico mostrou a farra das madames que pegaram dinheiro destinado aos pobres contra pandemia


Por Joaquim de Carvalho - 29 de junho de 2020
https://www.diariodocentrodomundo.com.br/

Bispo responde a ativista qualifica imagens de Jesus e Maria como racistas


Imagem referencial. Créditos: Pixabay

NOVA IORQUE, 27 Jun. 20 / 08:00 am (ACI).- O Bispo de Madison, em Wisconsin (Estados Unidos), Dom Donald Hying, denunciou na terça-feira, 23 de junho, o chamado de um manifestante para destruir estátuas de Jesus Cristo e de Nossa Senhora, em meio aos protestos que danificaram imagens e figuras históricas no país.

Em uma carta, Dom Hying se referiu aos danos causados ​​às estátuas durante os protestos no país e respondeu ao tweet do apresentador de podcasts e ativista Shaun King, que em 22 de junho escreveu que “as estátuas de europeus brancos que dizem que são as representações de Jesus”, são uma forma de “supremacia branca” e devem ser demolidas, junto com “todos os murais e vitrais de Jesus branco, sua mãe europeia e seus amigos brancos”.

Dom Hying destacou que cada cultura, país, etnia e raça "adotou Jesus e a Santíssima Virgem Maria como seus", representando suas imagens com a cor de sua pele e as roupas de sua cultura.

O Prelado colocou o exemplo de Nossa Senhora de Guadalupe, uma devoção mariana na qual Maria apareceu como uma “mestiça”; a arte da África, onde Jesus é representado como negro e Maria em trajes culturais africanos; e as numerosas representações asiáticas de Nossa Senhora.

“Nesse contexto, as representações brancas de Cristo e sua mãe são inerentemente sinais de supremacia branca? Eu creio que não. Pela encarnação do Filho de Deus em nossa carne humana, não têm todas as raças, tribos e línguas a capacidade espiritual para representá-lo através das lentes particulares de sua própria cultura?", perguntou.

Dom Hying indicou que as representações de Jesus são sagradas para os cristãos, são manifestações físicas do amor de Deus e lembram a "proximidade do divino".

“A iconoclastia secular do momento presente não trará reconciliação, paz e cura. Tal violência apenas perpetuará o preconceito e o ódio que supostamente visam acabar", afirmou o Prelado. "Somente o amor de Cristo pode curar um coração ferido, não um pedaço de metal quebrado", acrescentou.

Em todo o país, os manifestantes nos últimos dias demoliram estátuas de líderes dos Estados Confederados e figuras associadas à escravidão, embora em alguns lugares também tenham danificado esculturas de santos católicos, abolicionistas e outras figuras.

A violência em Madison atingiu seu ponto mais alto na noite de terça-feira, quando manifestantes atacaram e feriram o senador Tim Carpenter (D-Milwaukee) perto do capitólio do estado de Wisconsin, aparentemente porque o político estava filmando os protestos com seu telefone.

Em declarações à CNA – agência em inglês do Grupo ACI - na terça-feira, Dom Hying enfatizou que muitos dos protestos de maior sucesso da era dos direitos civis se basearam em ideias cristãs de não-violência e em uma compreensão bíblica da pessoa humana.

O Prelado indicou que os princípios da doutrina social católica, como a dignidade da pessoa humana, o valor da solidariedade e uma opção preferencial pelos pobres, devem estar presentes na resposta de qualquer católico à injustiça.

Se a ação não se baseia nisso, "torna-se uma luta pelo poder, em vez de um relacionamento transformador, baseado em como Deus quer que vivamos como irmãos e irmãs", acrescentou.

Algumas figuras católicas nas redes sociais pediram que os bispos participem de manifestações em suas cidades e evitem fisicamente que os manifestantes derrubem estátuas.

Dom Hying disse que qualquer ato que um bispo pratique em público deve ser baseado em uma "resposta espiritual e de oração", e não em nenhuma motivação política.

"Acho que nossa presença deve estar sempre relacionada à presença de oração", acrescentou. "Caso contrário, acho que pode ser cooptado pela política do momento."

Muitos católicos e inclusive alguns bispos participaram e rezaram em manifestações pacíficas em todo o país.

Dom Hying assinalou que é claro que a violência e os maus-tratos de nativos americanos e a opressão dos afro-americanos pela escravidão são duas das maiores falhas morais do país.

O Prelado escreveu em sua carta que a situação requer uma melhor compreensão da história e discussões respeitosas sobre estátuas, edifícios e monumentos.

"Precisamos estudar e conhecer essa história para transcendê-la, aprender com ela e nos comprometer com a justiça, a igualdade e a solidariedade", disse Dom Hying.

“Ao mesmo tempo, mesmo os piores aspectos da história devem ser lembrados e mantidos diante de nossos olhos. Auschwitz permanece aberto como monumento e museu, para que a humanidade nunca esqueça o horror do Holocausto", acrescentou.

Os manifestantes no Golden Gate Park de São Francisco demoliram uma estátua de São Junípero Serra, em 20 de junho, junto com as estátuas de Francis Scott Key e Ulysses S. Grant. Em Los Angeles, no mesmo dia, manifestantes demoliram uma estátua de Serra no centro da cidade.

Embora muitos ativistas hoje associem Serra aos abusos sofridos pelos nativos americanos, as biografias e os registros históricos sugerem que Serra, na verdade, lutou pelos direitos dos nativos contra o exército espanhol e contra a invasão de assentamentos europeus.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.