sábado, 29 de fevereiro de 2020

Em apoio à 'Facada Fest', banda de Punk Garotos Podres lança cartaz contra Bolsonaro

(Foto: Garotos Podres/Divulgação)
A banda de punk rock paulista Garotos Podres divulgou nesta sexta-feira, 28, apoio ao festival de punk "Facada Fest", que acontecerá em Belém. O festival está sendo investigado pela Polícia Federal por divulgar cartazes satirizando Jair Bolsonaro
28 de fevereiro de 2020, 20:17 h Atualizado em 28 de fevereiro de 2020



247 - A banda de punk rock paulista Garotos Podres divulgou nesta sexta-feira, 28, apoio ao festival de punk "Facada Fest", que acontecerá em Belém. O festival está sendo investigado pela Polícia Federal por divulgar cartazes satirizando Jair Bolsonaro.

O festival, realizado com esse nome em Belém desde 2017, começou a ganhar notoriedade no ano passado. O cartaz de 2019 trazia a imagem do palhaço Bozo ornado com uma faixa presidencial e empalado por um lápis. 

Em outro desenho, Bolsonaro era representado com um bigode semelhante ao de Adolf Hitler, vestindo uma cueca da bandeira dos Estados Unidos e vomitando fezes sobre uma floresta em chamas.

A “Facada Fest” foi parar nos trending topics (assuntos mais comentados) do Twitter nesta sexta-feira (28). A jornalista Mônica Bergamo chamou o fato de “sucesso”. 

Sheherazade publicou as ilustrações do grupo punk contra Bolsonaro e ironizou: “peço que não retuítem, pela honra do nosso presidente” (leia mais no Brasil 247).

Gilmar Mendes responde a Augusto Nunes: jornalismo embusteiro

"As manifestações odiosas dirigidas hoje ao decano do STF só revelam a face oportunista e embusteira de um jornalismo manipulador e descomprometido com a verdade. Curiosamente, em 2012, o autor das críticas de hoje encabeçou a campanha 'Fica, Celso de Mello'", disse o ministro do STF Gilmar Mendes sobre Augusto Nunes
29 de fevereiro de 2020, 15:56 h Atualizado em 29 de fevereiro de 2020

Gilmar e Augusto
Gilmar e Augusto (Foto: Repr.)


247 - "As manifestações odiosas dirigidas hoje ao decano do STF só revelam a face oportunista e embusteira de um jornalismo manipulador e descomprometido com a verdade. Curiosamente, em 2012, o autor das críticas de hoje encabeçou a campanha 'Fica, Celso de Mello'", disse o ministro do STF Gilmar Mendes sobre Augusto Nunes.

Terra Indígena Raposa Serra do Sol sofre invasão de garimpeiros

A Reserva Indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, demarcada durante o governo Lula (PT), sofre com a invasão de garimpeiros e a instalação de um garimpo ilegal de larga escala.

Para lideranças indígenas, o motivo é a expectativa gerada pela proposta do presidente Jair Bolsonaro para legalizar a atividade.

Desde dezembro, algumas centenas de garimpeiros buscam ouro em uma área da terra indígena no município de Normandia, na fronteira com a Guiana. A estrutura ilegal conta com maquinário, como escavadeiras e moinho trituradores de pedra, pertencentes a não indígenas, segundo as lideranças.

“É como se fosse uma Serra Pelada”, afirma o índio macuxi Edinho Batista de Souza, vice-coordenador do Conselho Indígena de Roraima (CIR), criado em 1990 para lutar pela demarcação da Raposa Serra do Sol, que abriga cerca de 25 mil indígenas.

Souza, que visitou a região na semana passada, vincula o garimpo ilegal ao projeto de lei de Bolsonaro que autoriza mineração em terras indígenas, assinado no início deste mês após vários adiamentos. “O pessoal usa como se já fosse uma autorização por parte do governo.”

Segundo reportagem da Folha de São Paulo, o garimpo está provocando estragos ambientais e divisões internas, com o aliciamento de indígenas.


“A minha comunidade vem sofrendo a poluição de igarapés e lagos e está dividida. Já vemos intriga na comunidade por causa desse garimpo, mesmo sabendo que isso não vai trazer o bem”, afirmou Matias Silva de Souza, líder tuxaua.

Matias afirma que os donos do maquinários são não indígenas e que há entrada de prostituição, cachaça e drogas. Um dos igarapés da região, o Atola, está sendo usado para lavagem de pedras. Além disso, houve roubo de gado, a principal atividade econômica local.

“Hoje, os indígenas estão trabalhando como escravos. Há jovens estudantes trabalhando e enriquecendo os donos dos moinhos. Eu, como tuxaua, penso no futuro das crianças, no bem-estar da minha sociedade, dos animais”, diz o tuxaua.

O Conselho Indígena de Roraima já protocolou denúncias, mas até agora nada foi feito. Por ter poder de polícia em área de fronteira, cabe principalmente ao Exército coibir o garimpo ilegal.

A demarcação da Raposa Serra do Sol tem dois adversários históricos no Palácio do Planalto: Bolsonaro e um de seus principais assessores, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, o general Augusto Heleno.

Mesmo com obrigação de combater o garimpo, o governo Bolsonaro não faz nada e aposta na legalização da atividade.

Moro ignora apelo de governadores e diz que policiais amotinados no Ceará não podem ser tratados como criminosos

O ministro da Justiça, Sérgio Moro, ignorou o apelo dos governadores, que reivindicam do ex-juiz um pronunciamento mais firme contra os policiais amotinados no Ceará. Moro declarou neste sábado (29) que a “greve é ilegal”, mas que “policial não pode ser tratado como criminoso”.
29 de fevereiro de 2020, 13:52 h Atualizado em 29 de fevereiro de 2020
Ministério Sergio Moro dá coletiva no Ceará
Ministério Sergio Moro dá coletiva no Ceará (Foto: Ministério da Defesa | Reuters)

247 - O ministro da Justiça, Sérgio Moro, ignorou neste sábado (29) o apelo dos governadores, que reivindicam do ex-juiz um pronunciamento mais firme contra os policiais amotinados no Ceará. durante o 6º encontro do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud) que ocorre em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, desde sexta-feira (28), Moro disse que a “greve é ilegal”, mas que “policiais não podem ser tratados como criminosos”. 

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“O governo federal vê com preocupação a paralisação que é ilegal da Polícia Militar do estado. Claro que o policial tem que ser valorizado, claro que o policial não pode ser tratado de maneira nenhuma como um criminoso. O que ele quer é cumprir a lei e não violar a lei, mas de fato essa paralisação é ilegal, é proibida pela Constituição", disse Moro”, como relata o Portal G1. 

Reunidos em Foz do Iguaçu (PR), neste sábado (29), governadores do Sul e Sudeste querem que Sergio Moro (Justiça) faça pronunciamento mais firme contra os policiais amotinados no Ceará. A avaliação do grupo, como já expressou João Doria (PSDB-SP), é que a reação do ex-juiz federal foi leve demais diante do risco da explosão de novos motins.

Na segunda-feira (24), Moro visitou o Ceará junto com o ministro da Defesa e com o da Advocacia-Geral da União (AGU). Na ocasião, ele disse que não havia uma situação de absoluta desordem nas ruas. Até aquele dia, 147 assassinatos tinham sido registrados no Ceará.

Bolsonavírus tem como alvos preferenciais mulheres, pobres, pretos, nordestinos e LBGTs, diz Haddad

Em sua coluna semanal no jornal Folha de S. Paulo, o ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro da Educação, Fernando Haddad (PT), escreve sobre o “Bolsonavírus”.

Tomando como base o livro “Sobre o Autoritarismo Brasileiro”, da antropóloga Lilia Moritz Schwarcz, que descreve as pragas trazidas pelos colonizadores da América portuguesa (escravismo, patrimonialismo, mandonismo, patriarcalismo, intolerância etc.), Haddad afirma que “nada mais errôneo do que considerar Bolsonaro um acidente de percurso”.

Para ele, o presidente “é a recidiva agressiva de nossas patologias insuperadas, em face de um sistema imunológico debilitado”.

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“A democracia, entretanto, em condições específicas, também adoece e, por vezes, ‘seleciona’ agentes que põem em questão seus fundamentos. Em momentos de crise aguda, o sistema imunológico da democracia se debilita, e um vírus oportunista pode se instalar no corpo social.

Nessas circunstâncias, aquelas características congênitas voltam a se manifestar ainda com mais força, causando uma espécie de estupefação nos que não foram infectados. Trata-se de uma nauseante ‘redescoberta’ do Brasil, um pesadelo acordado.

Esse vírus oportunista tem, portanto, seus alvos preferenciais. Mulheres, pobres, pretos, nordestinos, LBGTs, professores, jornalistas, cientistas, artistas etc., ou seja, todos aqueles que representam, de alguma forma, uma ameaça, ainda que difusa, ao status quo são considerados inimigos. Se a pessoa somar dois desses atributos (jornalista mulher p.ex.), as coisas se complicam ainda mais”, argumenta Haddad.

Leia a íntegra do artigo:

Bolsonavírus

Em tempos de pandemia, vale a pergunta sobre os maiores males que afligem a nação.


A antropóloga Lilia Schwarcz, no livro “Sobre o Autoritarismo Brasileiro” (que todo jovem deveria ler), descreve as pragas trazidas pelos colonizadores da América portuguesa. São velhos conhecidos nossos: escravismo, patrimonialismo, mandonismo, patriarcalismo, intolerância etc.

São, de fato, nossas características congênitas. Convivemos com elas e, de certa maneira, muitos de nós as naturalizam. Não há como superá-las sem cultivar a liberdade e radicalizar a democracia, incluindo sua dimensão econômica.

Democratizar o acesso à educação profissional e superior (científica) para formar cidadãos críticos e trabalhadores criativos. Democratizar o acesso à terra, urbana e rural, para livrarmo-nos do monopólio que condena à miséria milhões de brasileiros. Democratizar o acesso ao crédito, para que os meios de produção possam trocar de mãos, ensejando formas socioambientalmente sustentáveis de organização da produção.

A democracia, entretanto, em condições específicas, também adoece e, por vezes, “seleciona” agentes que põem em questão seus fundamentos. Em momentos de crise aguda, o sistema imunológico da democracia se debilita, e um vírus oportunista pode se instalar no corpo social.

Nessas circunstâncias, aquelas características congênitas voltam a se manifestar ainda com mais força, causando uma espécie de estupefação nos que não foram infectados. Trata-se de uma nauseante “redescoberta” do Brasil, um pesadelo acordado.

Esse vírus oportunista tem, portanto, seus alvos preferenciais. Mulheres, pobres, pretos, nordestinos, LBGTs, professores, jornalistas, cientistas, artistas etc., ou seja, todos aqueles que representam, de alguma forma, uma ameaça, ainda que difusa, ao status quo são considerados inimigos. Se a pessoa somar dois desses atributos (jornalista mulher p.ex.), as coisas se complicam ainda mais.

Assim, nada mais errôneo do que considerar Bolsonaro um raio em céu azul ou um acidente de percurso. Bolsonaro é a recidiva agressiva de nossas patologias insuperadas, em face de um sistema imunológico debilitado. Ele tanto intui isso que as mentiras que dissemina não são camufladas, o que lhe permite aferir com precisão o grau de adesão cega a seu movimento pestilento.

Por fim, vale notar, as viroses espirituais guardam duas diferenças com as meramente corporais. As viroses espirituais trazem grandes vantagens para seus disseminadores, sejam pastores charlatões ou empresários inescrupulosos; e elas só se curam com mais, e não menos, proximidade entre o público-alvo.

Fernando Haddad
Professor universitário, ex-ministro da Educação (governos Lula e Dilma) e ex-prefeito de São Paulo.

Deserto, lugar do discernimento

Reflexão do Evangelho do 1º domingo da Quaresma - Mt 4,1-11
A passagem evangélica das tentações também nos inspira a encontrar com o mesmo Deus a quem Jesus conheceu no deserto
A passagem evangélica das tentações também nos inspira a encontrar com o mesmo Deus a quem Jesus conheceu no deserto (Yanny Mishchuk/ Unsplash)
Adroaldo Palaoro*

“O Espírito conduziu Jesus ao deserto...” (Mt 4,1)

Na experiência do batismo, Jesus escutou a voz do Pai. Trata-se do principal momento teofânico de sua vida, juntamente com a transfiguração. Mateus se serve deles para proclamar que a identidade de Jesus consiste em ser o Filho amado do Pai. Essa é sua identidade e nela se revela que seu “código genético” consiste em ser o Filho, o Amado, o Predileto..., sobre quem se visibiliza a complacência do Pai.

Agora podemos compreender sua ida ao deserto, movido pelo Espírito, como uma necessidade imperiosa de “processar”, no silêncio e na solidão, essa revelação, de alargar espaço, em sua interioridade, para o deslumbramento e o assombro.

O significado do deserto não é prioritariamente o penitencial. “Levá-lo-ei ao deserto e falar-lhe-ei ao coração”, tinha dito Oséias (2,16), convertendo o deserto em um lugar privilegiado de encontro pessoal e de escuta da Palavra. Jesus é conduzido ao deserto para acolher a Palavra escutada em seu coração no momento de seu batismo. Ele precisava de tempo para assentar no mais profundo de seu ser uma Palavra que o descentrasse para sempre de si mesmo e o situasse à sombra da ternura incondicional de Alguém maior.

O evangelista Mateus apresenta a estadia de Jesus no deserto como um tempo de lucidez, fazendo-nos perceber que a relação filial da qual Ele tinha tomado consciência, iluminou de tal maneira sua visão, que se tornara impossível confundir a Deus com os falsos ídolos que o tentador lhe apresenta: um deus em busca de um mágico e não de um Filho; um “deus” contaminado das vazias pretensões do pior da condição humana: ter, brilhar, ostentar poder, exercer domínio...

O que parece claro é que Jesus buscou o deserto para um tempo de discernimento, em oração e em solidão, diante do Pai que o proclamou seu Filho; Ele teve de refletir e discernir sobre o modo como assumiria sua missão em sua vida pública.

Ora, essa missão comportava, de fato, não só um fim que havia de realizar (a salvação e a libertação total da humanidade) senão, também, um meio, ou seja, um caminho e uma maneira de proceder, tendo em vista alcançar aquele fim. E esse meio ou esse procedimento era, essencialmente, a solidariedade com todos os pecadores e excluídos da terra, a ponto de morrer com eles e por eles.

Não podemos esquecer que o tentador não propõe a Jesus que se afastasse de seu fim, ou seja, de seu projeto messiânico de salvação (“Se és o Filho de Deus...”), senão que, na realidade, o que ele faz é oferecer a Jesus alguns meios determinados para realizar a implantação do Reino do Pai.

Como viver sua missão e a partir de quê lugar? Buscando seu próprio interesse ou escutando fielmente a Palavra do Pai? Como deverá atuar? Dominando os outros ou pondo-se a seu serviço? Buscando sua própria glória ou a vontade de Deus? Centrando sua vida na busca de poder e riqueza ou assumindo uma vida pobre, como expressão de solidariedade com os mais excluídos?

Na cena das tentações, vemos Jesus reagindo do mesmo modo como fez ao longo de toda sua vida: centrado e em sintonia afetiva com tudo aquilo que Ele vai descobrindo como o querer de seu Pai: a vida abundante daqueles que veio buscar e salvar. Ele não veio para preocupar-se de seu próprio pão, mas de preparar uma mesa na qual todos pudessem se sentar para comer; Ele não veio para que os anjos o carregassem sobre as asas, para angariar fama e “ter um nome”, mas para dar a conhecer o nome do Pai e carregar sobre seus ombros todos os perdidos, como um pastor carrega a ovelha extraviada. Não veio para possuir, dominar ou ser o centro, mas para servir e dar a vida.

O que livra Jesus de cair nos enganos do tentador é sua excentricidade, sua referência ao Pai e à sua Palavra, e, a partir desse Centro, receberá o impulso para abandonar o deserto e se deixar conduzir pela corrente de Vida, alimentada pelo Espírito. A partir desse momento, vê-lo-emos caminhando pela Galileia, entrando em relação com o mundo dos pobres e excluídos, anunciando o Reino, criando uma nova comunidade de vida, buscando colaboradores, aproximando-se das pessoas, entrando nas casas, acolhendo, curando, ensinando, abrindo um horizonte de sentido para a vida das pessoas...

A passagem evangélica das tentações também nos inspira a encontrar com o mesmo Deus a quem Jesus conheceu no deserto: um Deus que não exige de nós proezas nem gestos espetaculares, mas somente alimentar nossa confiança n’Ele e nosso agradecimento; um Deus que nos dirige sua Palavra, não para nos impor obrigações ou para apontar nossas fragilidades, mas para nos alimentar e nos fazer crescer; um Deus que não é encontrado nos lugares carregados de prepotência, de poder, de vaidade e consumismo, mas nos lugares do despojamento e da simplicidade de vida, nos lugares dos “descartados” e excluídos.

Muitas vezes pensamos que Deus é um “estraga-prazeres”, ou um Deus triste que não quer que vivamos prazerosamente. E, então, temos a sensação que as tentações são essas coisas fascinantes que nos seduzem, mas que temos de renunciá-las em nome de uma suposta “perfeição”. Porém, Deus não é Aquele que complica nossa vida com leis, sacrifícios, renúncias... Ele quer que vivamos e, de maneira intensa.

Para cruzar os desertos da vida é preciso ativar uma atitude de esvaziamento de tudo aquilo que é “peso morto” para chegar ao mais profundo e verdadeiro de nosso ser. O deserto nos revela de onde viemos e para onde vamos; ele nos remete inteiramente ao Doador da vida e desperta outros recursos vitais, aninhados em nosso interior.

Tudo o mais é pouco para a sede do coração. “Só Deus basta”, nos sussurra o deserto.

Desde sempre, a humanidade inteira e cada um de nós, estamos expostos à tentação. Faz parte de nossa condição humana. Trata-se de um conflito permanente que pode travar nossa existência por dentro.

Por um lado, sentimos o apelo e o impulso para o bem, para a liberdade, para o compromisso e a fraternidade. Mas por outro, sentimos também a sedução e a tendência para o egocentrismo, o prestígio e os instintos de poder e posse. Sentimo-nos simultaneamente santos e pecadores, oprimidos e libertados.

As tentações sempre estão diante de nós, como pedras que se convertem em pães, como aplauso buscado a partir dos critérios do mundo, ou como joelhos que se dobram frente às promessas de um ídolo com pés de barro.  São dinamismos que bloqueiam o fluxo da vida, impedindo-a de se expandir e de se colocar a serviço de outras vidas.

Ser tentado é próprio do humano, mas o que é divino pode também ser encontrado em nosso interior.

Quem é conduzido pelo Espírito, é capaz de acessar à própria interioridade e não se deixa enredar pelos estímulos externos nem pelos impulsos egóicos.

Diante das tentações do poder, do ter e do prestígio, o(a) seguidor(a) de Jesus responde com a partilha, o serviço, a comunhão, a solidariedade... O tempo quaresmal vem ativar esse dinamismo expansivo. E a Campanha da Fraternidade nos motiva a fazer da vida um grande dom e um profundo compromisso.

Só quem se deixa conduzir pelo Espírito, como Jesus, consegue romper com tudo aquilo que atrofia a vida; só assim consegue fazer o salto libertador

Trata-se de ser dócil para deixar-se conduzir pelos impulsos do Espírito, por onde muitas vezes não entende e não sabe. É Ele que ativa o que há de melhor em si mesmo, expandindo sua vida em direção aos valores do Reino: desapego, serviço, esvaziamento do ego...

Na realidade, só existe uma “grande tentação” para os cristãos: a tentação radical da infidelidade a Cristo e a seu Reino. É a tentação de traçar para si mesmo um caminho, isto é, de projetar uma vida para si, dando uma direção diferente daquela que lhe deu o próprio Deus. Esta é a maneira de trair o melhor de si mesmo, de renunciar ao que há de melhor em si mesmo. Tentação essa que significa o fracasso da própria vida.

Texto bíblico: Mt 4,1-11

Na oração: Diante de “Jesus tentado”, recorde experiências pessoais de tentação: quais são aquelas que mais lhe afetam e lhe seduzem? Como você procede para não se deixar conduzir e nem se determinar por elas?

Recorde dimensões da vida que precisam ser ampliadas a partir da experiência do deserto. 
*Adroaldo Palaoro é padre jesuíta e atua no ministério dos Exercícios Espirituais

Bolsonaro, que hoje ataca o Congresso, já se rasgou em elogios a Eduardo Cunha e às emendas parlamentares (vídeo)

Um vídeo recente desmoraliza a peça em que Jair Bolsonaro convoca protestos contra o Congresso Nacional. Nele, Bolsonaro se rasga em elogios ao ex-deputado Eduardo Cunha, hoje preso, que negociou o orçamento impositivo para emendas parlamentares
29 de fevereiro de 2020, 08:44 h Atualizado em 29 de fevereiro de 2020, 08:47
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(Foto: Adriano Machado - Reuters)


247 - Jair Bolsonaro é mesmo contra as emendas parlamentares, o orçamento impositivo e por isso mesmo apenas demonstra sua indignação cívica quando convoca protestos contra o Congresso Nacional? Não é bem assim. Num vídeo recente, ele se rasga em elogios ao ex-deputado Eduardo Cunha, que comandou o golpe parlamentar contra a ex-presidente Dilma Rousseff e depois foi preso por corrupção. No vídeo, Bolsonaro defende justamente as emendas parlamentares da velha política. https://www.brasil247.com/
onde ele sempre bebeu. Confira:

Lula parte para a Europa e encontrará lideranças evangélicas: “falarei todo o tempo sobre a desigualdade”

Além de receber o título de cidadão parisiense, Lula terá três encontros em Genebra com líderes evangélicos e diz que seu tema será a desigualdade
29 de fevereiro de 2020, 11:24 h Atualizado em 29 de fevereiro de 2020, 11:59
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(Foto: Ricardo Stuckert)


247 - O ex-presidente Lula embarca neste sábado (29) para uma viagem a Paris, Genebra e Berlim, retornando ao Brasil em 11 de março apenas. “Meu tema já foi a fome; agora é a desigualdade”, disse Lula ao 247 antes de embarcar. 

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Em Genebra, além da reunião com o Conselho Mundial das Igrejas, Lula irá encontrar-se com os líderes da Federação Luterana Mundial e da Comunhão Mundial das Igrejas Reformadas. Para Lula, a aproximação e o diálogo com as igrejas evangélicas é uma prioridade. Nos encontros não estarão líderes de igrejas neopentecostais.

O Conselho Mundial das Igrejas é a principal organização ecumênica em nível internacional, fundada em 1948. Com sede em Genebra, Suíça, o CMI congrega mais de 340 igrejas e denominações que representam mais de 500 milhões de fiéis presentes em mais de 120 países. Entre seus membros estão igrejas protestantes e ortodoxas, além de algumas denominações independentes. A Igreja Católica não faz parte da organização.

A Federação Luterana Mundial conta com 142 igrejas-membro em 79 países ao redor do mundo, com 70 milhões de fiéis. A Comunhão Mundial das Igrejas Reformadas representa igrejas com mais de 80 milhões de membros, sendo a quarta maior comunhão cristã no mundo, depois da Igreja Católica, da Aliança Batista Mundial e a Igreja Ortodoxa Oriental. Ela tem 225 denominações como membros em 108 países.
Leia a seguir a programação de Lula em seu giro europeu:

A viagem à França ocorre a convite da prefeita de Paris, Anne Hidalgo, para entrega do título de cidadão honorário da capital francesa a Lula. A honraria, concedida enquanto o ex-presidente ainda era mantido preso político em Curitiba, reconhece o legado de Lula no combate à miséria e sua luta contra a fome.

Em Paris, Lula deve se reunir com lideranças políticas, partidos, sindicatos e intelectuais franceses. Na terça-feira (3), o ex-presidente participa do Festival Lula Livre em Paris, no Teatro do Sol, às 19h30. O evento também vai contar com a presença da ex-presidenta Dilma Rousseff e de Fernando Haddad. 

Em visita a Genebra no dia 6, Lula se encontrará com representantes do Conselho Mundial das Igrejas (CMI), que congrega mais de 340 igrejas em mais de 120 países. Na pauta, o ex-presidente deve abordar a desigualdade social, tema  central do encontro com o papa Francisco no Vaticano. Ainda na Suíça, o ex-presidente participa de encontro com representantes de sindicatos globais.

Já em Berlim, Lula vai se reunir com lideranças políticas e com representantes do movimento sindical alemão. No dia 9, o ex-presidente participa de Encontro em Defesa da Democracia no Brasil, ato público em que deve encontrar representantes dos comitês internacionais Lula Livre.

Podcast: Aviso divino na Quaresma


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Por Pe Geovane Saraiva

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

Campeonato de futebol do Vaticano para padres e seminaristas chega à 14ª edição

Cidade do Vaticano, 28 fev 2020 (Ecclesia) – A 14ª edição do campeonato de futebol do Vaticano para padres e seminaristas, a ‘Clericus Cup’, vai ter início a 7 de março, com 16 equipas, incluindo a “Aliança Luso-Brasileira”.
A competição reúne 330 jogadores de 70 nacionalidades, com organização do Centro Desportivo Italiano (CSI); os jogos decorrem até 30 de maio.
O lema da nova edição do torneio é ‘Pray and Play’ (reza e joga), visando “evangelizar também através dos valores do desporto”.
Monsenhor Melchor Sanchez de Toca, subsecretário do Conselho Pontifício para a Cultura, convidou os atletas a “aproveitar esta ocasião especial para fazer do desporto uma parte integrante do trabalho pastoral”.
A organização admite que, se houver um agravamento da epidemia do coronavírus na Itália, a competição pode parar.
A Clericus Cup tem um site, com vídeos, fotos, classificação, calendários e todas as novidades do campeonato de futebol clerical.
OC

Eduardo Bolsonaro ataca Sheherazade e Mônica Bergamo por causa do 'Facada Fest'

“Os mesmos que nos acusam de intolerantes e ditatoriais estimulam deliberadamente uma próxima tentativa de assassinato contra meu pai", escreveu o deputado no Twitter, depois que as jornalistas ironizaram o pedido de inquérito de Sergio Moro contra artistas punk de Belém (PA)
28 de fevereiro de 2020, 16:27 h Atualizado em 28 de fevereiro de 2020
Jornalistas ironizaram o Facada Fest
Jornalistas ironizaram o Facada Fest (Foto: Reprodução | Câmara dos deputados)

247 - O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) atacou as jornalistas Rachel Sheherazade e Mônica Bergamo por ironizarem o pedido de inquérito do ministro da Justiça, Sergio Moro, contra artistas punk de Belém (PA). O grupo é responsável pelo evento de rock “Facada Fest” e usou ilustrações satíricas contra Jair Bolsonaro para divulgar o festival.

“Os mesmos que nos acusam de intolerantes e ditatoriais ESTIMULAM deliberadamente uma próxima tentativa de assassinato contra meu pai. Não se trata de apoio ou não ao Presidente, de respeitá-lo ou não. Aqui estamos na esfera criminal e não na de debate político. Teucu é pouco!”, escreveu o parlamentar no Twitter.

A “Facada Fest” foi parar nos trending topics (assuntos mais comentados) do Twitter nesta sexta-feira (28). A jornalista Mônica Bergamo chamou o fato de “sucesso”. Sheherazade publicou as ilustrações do grupo punk contra Bolsonaro e ironizou: “peço que não retuítem, pela honra do nosso presidente”.

Com a mensagem, Eduardo insinua que o grupo de punks criou o festival por conta da "facada" de Bolsonaro durante a campanha de 2018. Segundo a Fórum, no entanto, o festival acontece desde 2017, antes do episódio. 

Aprovação de Sérgio Moro continua despencando, segundo a Paraná Pesquisas

Projeto presidencial de Sérgio Moro vai ficando cada vez mais distante, diz Paraná Pesquisas.
O instituto Paraná Pesquisas afirma que a aprovação do ministro da Justiça, Sérgio Moro, continua ladeira abaixo.

Em nova rodada de pesquisas, o ex-juiz da Lava Jato agora tem 25,9% de ótimo e 28,6% de bom. Para fins de totalização, a aprovação de Moro é de 54,5%.

A aprovação de Sérgio Moro era de 82,6% em novembro de 2018, antes de assumir o cargo, segundo a Paraná Pesquisas.

Em dezembro de 2019, o ministro da Justiça já tinha despencado para 59,5% de aprovação.

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Regina Duarte não foi consultada sobre as demissões na Fundação Palmares

Ao defender Bolsonaro, Moro leva invertida de jornalista

Sérgio Moro já faz “test drive” para um novo golpe

A queda de Sérgio Moro, até hoje, foi de 28,1% no período de um ano e quatro meses.

Se continuar nesse ritmo, Moro chegará em 2022, ano de disputa presidencial, com devendo popularidade e aprovação.

A Paraná pesquisas fez a seguinte pergunta para 2.117 eleitores: “O trabalho do Ministro Sergio Moro no Ministério da Justiça está sendo ótimo, bom, regular, ruim ou péssimo?”

A sondagem foi realizada em 26 Estados, no Distrito Federal, e em 162 municípios brasileiros entre os dias 13 a 17 de fevereiro de 2020. A margem de erro é de 2% para mais ou para menos.

Sem confiança em Guedes e Bolsonaro, investidores já tiraram R$ 34 bi da bolsa em 2020

Com a economia comandada pela dupla Jair Bolsonaro e Paulo Guedes patinando e sem dar mostras de reaquecimento,os estrangeiros já retiraram R$ 34,908 bilhões do mercado acionário brasileiro. Na última quarta-feira (26) a saída chegou a R$ 3,068 bilhões, maior retirada já feita em um único dia por investidores estrangeiros desde 1994
28 de fevereiro de 2020, 13:57 h Atualizado em 28 de fevereiro de 2020

(Foto: Reuters)

247 - A bolsa de valores (B3) registrou na última quarta-feira (26) a saída de R$ 3,068 bilhões, maior retirada já feita em um único dia por investidores estrangeiros desde 1994. Ao longo dos dois primeiros meses do ano, os estrangeiros já retiraram R$ 34,908 bilhões do mercado acionário brasileiro. 

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Retirada acontece em meio à paralisação da economia resultante da instabilidade política do governo Jair Bolsonaro, do fracasso da política econômica comandada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, e meio ao pânico do mercado financeiro mundial provocado pela disseminação do coronavírus. 

Também na quarta-feira, o Ibovespa despencou, registrando uma queda de 7%, indo aos 105.718,29 pontos, e um giro financeiro de R$ 33,2 bilhões. Em fevereiro, a saída de recursos estrangeiros da bolsa de valores acumula um déficit R$ 15,750 bilhões. 

ONU e Anistia: deterioração dos direitos humanos sob Bolsonaro

ONU e Anistia destacam deterioração dos direitos humanos sob Bolsonaro
Dois relatórios apontam para ataques ao meio ambiente e às populações amazônicas
'Povos indígenas e comunidades quilombolas sofreram crescente pressão de invasões ilegais de terra', mostra relatório
'Povos indígenas e comunidades quilombolas sofreram crescente pressão de invasões ilegais de terra', mostra relatório (Mario Vilela/Funai)

A situação dos direitos humanos e ambientais no Brasil desde a posse do presidente Jair Bolsonaro foi alvo de críticas de dois importantes relatórios divulgados nesta quinta-feira (27), que apontam para a deterioração dos mecanismos de proteção dos cidadãos. A organização de defesa dos direitos humanos Anistia Internacional divulgou o documento "Direitos Humanos nas Américas: retrospectiva 2019", no qual afirma que Bolsonaro colocou em prática em seu primeiro ano de governo uma retórica abertamente contra os direitos humanos e enfraqueceu as medidas de proteção à floresta amazônica e aos povos indígenas.

Mais tarde, em sessão no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, a alta-comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, leu relatório sobre ameaças aos direitos humanos ao redor do mundo. Na leitura, ela reafirma as denúncias da Anistia, ao declarar que o Brasil vive um contexto de ataques contra os defensores dos direitos humanos, além de reversões em políticas de proteção ao meio ambiente.

De acordo com Bachelet, populações indígenas e quilombolas estão especialmente vulneráveis no Brasil. Ela citou assassinatos de líderes indígenas e tomadas de territórios de quilombos como exemplos dessa vulnerabilidade. "Os ataques estão ocorrendo em um contexto de retrocesso das políticas de proteção ao meio ambiente e dos direitos dos povos indígenas, o que inclui a tomada de terras de afrodescendentes", disse Bachelet. "Há um esforço para deslegitimar o trabalho da sociedade civil e dos movimentos sociais", concluiu.

Anistia

De acordo com o documento da Anistia, "a retórica abertamente antidireitos humanos desenvolvida pelo presidente Bolsonaro na campanha eleitoral de 2018 foi posta em prática por meio de medidas administrativas e legislativas", o que resultou em aumento do desmatamento da Amazônia e enfraquecimento dos povos indígenas e de defensores dos direitos humanos.

A organização não governamental destacou as queimadas ocorridas na Amazônia, que chamaram a atenção do mundo para as políticas do governo em relação à preservação da floresta. Bolsonaro foi criticado por líderes internacionais, em especial pelo presidente da França, Emmanuel Macron, diante da alta nos focos de incêndio na região.

De acordo com a Anistia, algumas evidências apontaram para uma associação das queimadas com interesses do agronegócio. "Os incêndios devastadores na Amazônia foram o sintoma de uma crise mais ampla de desmatamento ilegal e invasão de terra", disse a ONG, acrescentando que o governo também falhou em cumprir sua obrigação de proteger os povos indígenas.

Entre medidas adotadas pelo governo que enfraquecerem os indígenas e a preservação ambiental, segundo a Anistia, estão a perda de importância da Funai e do Ibama. "Os povos indígenas e comunidades quilombolas sofreram crescente pressão de invasões ilegais de terra por madeireiros e outros interesses comerciais. A fiscalização do governo nessas comunidades isoladas foi reduzida e, em alguns casos, não existente. Além disso, líderes comunitários e defensores dos direitos humanos foram ameaçados e atacados", afirmou.

Procurado, o Palácio do Planalto não respondeu de imediato a um pedido de comentário sobre o documento da Anistia.

Forças de segurança

O relatório também citou uma abordagem mais linha-dura adotada pelas forças de segurança no primeiro ano de governo Bolsonaro, que resultou em um aumento da violência –incluindo mortes dos próprios policiais, segundo o documento.

A Anistia também denunciou ataques e ameaças contra defensores dos direitos humanos e citou como exemplo de impunidade o assassinato da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (PSOL), cujos mandantes ainda não foram descobertos quase dois anos após o crime.

Reuters/Agência Estado/Dom Total

Desemprego voltou a subir em 2020, diz IBGE



Em 2016, vésperas do golpe, diziam que era só tirar Dilma Rousseff para gerar empregos, derrubar o preço do dólar e dos combustíveis; era tudo mentira, como se vê.

O desemprego voltou a assombrar os trabalhadores brasileiros com o aumento de desocupados em janeiro de 2020, segundo divulgou nesta sexta (28) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A taxa de desemprego no Brasil ficou em 11,2% no trimestre encerrado em janeiro, atingindo 11,9 milhões de pessoas, de acordo com a Pesquisa Nacional Por Amostra de Domicílios Contínua Mensal (PNAD Contínua).

Na comparação com o trimestre encerrado em dezembro, quando a taxa foi de 11%, houve alta de 0,2 ponto percentual.

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A pesquisa do IBGE/PNAD revela ainda que 1,9 milhão de pessoas entraram na estatística de desocupados em apenas um ano.

A informalidade atingiu 40,7% da população ocupada, o que representa 38,3 milhões de trabalhadores informais. Há 1 ano atrás, no entanto, a taxa era menor, de 40,6%.

O levantamento que veio à tona hoje mostra que a população subutilizada no país ainda soma um total de 26,4 milhões de pessoas.

A pesquisa IBGE/PNDA Contínua não captou a catarse do coronavírus, novo mantra da velha mídia para justificar o fracasso das reformas e do projeto neoliberal no Brasil.

O cenário de aumento do desemprego se soma agora à disparada do dólar, o que gera mais tensão em Jair Bolsonaro (sem partido) e deixa o ministro da Economia, Paulo Guedes, praticamente com um pé fora do governo. Que Deus o tenha!

Reforma administrativa, o novo ‘conto do vigário’ de Bolsonaro, Guedes e velha mídia

Congresso, mídia e Bolsonaro falam a mesma língua quando o assunto é retirar direitos do povo.
O governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) é uma mentira do início ao fim, com o apoio da velha mídia. Tudo vale para retirar direitos. Até mesmo fazer a sociedade cair no ‘conto do vigário’.

Provavelmente, o leitor já ouviu antes que:

a reforma trabalhista vai gerar 4,3 milhões de novos empregos;
a reforma da previdência vai gerar 6 milhões de novos empregos;
a reforma administrativa vai melhorar os serviços públicos; e
se todas as reformas forem aprovadas, o dólar vai cair.
Nunca se mentiu tanto em tão pouco tempo com o objetivo de ludibriar o povo brasileiro. Nunca foi arrancado tantos direitos dos trabalhadores e da população em tão curto espaço de tempo.

A velha mídia, que não critica o desastre na economia, passou a campanha garantindo que se o eleitor votasse em Bolsonaro quem governaria o Brasil seria o ministro Paulo Guedes. Está aí a M…

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A reforma administrativa de Bolsonaro e Guedes tem os seguintes objetivos:

eliminar o Regime Jurídico Único (RJU);
acabar com a estabilidade do servidor;
extinguir a garantia de irredutibilidade salarial;
permitir a redução de salário e de jornada;
ampliar o estágio probatório;
reduzir o salário de ingresso no serviço público;
proibir as progressões e promoções automáticas;
ampliar o tempo de permanência na carreira; e
criar carreirão transversal, cujos servidores serão contratados pela CLT e distribuídos para os órgãos governamentais.
A reforma administrativa tem o condão de desmontar o serviço público para garantir o superávit primário (recursos usados para o pagamento dos juros). Ou seja, garantir a remuneração de especuladores em detrimento da qualidade do atendimento na saúde, na educação, no INSS, por exemplo.

A mídia e o governo, sempre juntos, tentam aplicar um novo ‘conto do vigário’ ao afirmar uníssonos que a reforma administrativa é fundamental para que o Estado não seja “cooptado por interesses ilegítimos”.

Acredita quem quiser nessa mentirada. A questão é patológica, portanto.

Com elogio, Bolsonaro mata a credibilidade da CNN Brasil antes mesmo da estreia

Ao condenar a mídia corporativa tradicional e defender o jornalismo da CNN, que ainda nem estreou, Jair Bolsonaro deixa claro que a franquia brasileira da emissora faz parte de um projeto político de poder da extrema-direita no Brasil
28 de fevereiro de 2020, 07:58 h Atualizado em 28 de fevereiro de 2020
(Foto: Isac Nóbrega/PR | Divulgação)

247 - Em sua live desta quinta-feira nas redes sociais, Jair Bolsonaro elogiou a CNN e mostrou que tem elevada expectativa do início da operação da rede americana no Brasil. . "Está para ser inaugurada uma nova TV no Brasil, a CNN Brasil. Pelo que estou sabendo vai ser uma rede de televisão diferente aí da Globo", disse. 

"Torço para que isso seja real, realmente, para que a gente possa destinar aqui, fazer com o que os nossos ministros vão dar entrevista para essa televisão e não para televisão que quando acaba, como a Globo, que é comum: ouve meus ministros, alguns não falam, é direito não falar, acaba a entrevista, mas dá a entender que aquele ministro é um bom ministro apesar do presidente", prosseguiu. 

Ao mesmo tempo, o ocupante do Palácio do Planalto defendeu o boicote a veículos da mídia corporativa nacional. Ele instou a Fiesp a se incorporar à sua cruzada contra esses veículos. "Vou ter uma reunião na Fiesp em São Paulo, agora comecinho do mês que vem, vou falar com o empresariado lá, esse assunto vai voltar à tona. E o que vou falar para o empresariado lá? Até bom adiantar aqui, entre outras coisas, obviamente. Que esses jornais, essas revistas, revista Época, jornal Folha de S.Paulo, não anunciem lá, um jornal que só mente o tempo todo, trabalha contra o governo", afirmou. 

Por seu turno, o vice-presidente de canais pagos do Grupo Bandeirantes, Paulo Saad, disse nesta sexta-feira (21), acreditar que existe "um projeto político" por trás da criação da CNN Brasil.

Portugal: Relatório da Cáritas aponta «barreiras» no acesso à habitação, educação e cuidados de saúde

Organização católica apresenta cinco recomendações ao Governo para defender direitos sociais
Lisboa, 28 fev 2020 (Ecclesia) – Um novo relatório da Cáritas aponta “barreiras” no acesso à habitação, educação e cuidados de saúde emprego e outros serviços básicos em Portugal, que afetam particularmente “grupos de pessoas vulneráveis”.

A análise faz parte de um projeto europeu, o “Caritas CARES”, que analisou a situação em 16 países.
No documento são apresentadas cinco recomendações ao Governo e outras autoridades locais, como “promover níveis salariais decentes, inclusive nas medidas de criação de emprego, e ampliar a garantia de proteção social em caso de desemprego”.
A habitação acessível, com controlo dos preços de “venda, compra e arrendamento para os mais vulneráveis”, e a promoção de “serviços de creche com preços acessíveis” são outras recomendações.
A Cáritas sublinha ainda a necessidade de apoiar a descentralização e aumentar o envolvimento dos atores locais na integração de migrantes e requerentes de asilo; a organização católica pede ainda um maior “apoio financeiro e a capacitação das organizações sociais no terreno”.
Para enfrentar esses desafios, o relatório da Cáritas Europa, onde Portugal está integrado, recomenda aos Estados-Membros que garantam o acesso aos direitos sociais, especialmente para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade”.
Em Portugal, todos os direitos sociais foram avaliados como “não totalmente acessíveis”, particularmente pelos grupos vulneráveis da população, com a pior classificação a corresponder ao acesso à habitação (1 em 5).
A Cáritas Portuguesa assinala que alguns grupos de pessoas vulneráveis enfrentam “barreiras e obstáculos consideráveis no acesso”.
Em causa estão “idosos, pessoas em idade ativa, crianças, jovens, sem-abrigo, pessoas com deficiência física e intelectual, minorias étnicas, requerentes de asilo e refugiados”.

O documento assinala que o país está em rápido envelhecimento, destacando como pontos positivos a queda da taxa de desemprego e a melhoria nos indicadores de pobreza e exclusão social.
Para além das cinco recomendações, o relatório assinala que a Comissão Europeia deve promover “o intercâmbio de boas práticas para enfrentar quaisquer barreiras legais e obstáculos burocráticos” que possam impedir ou dificultar o acesso aos serviços.
“A Cáritas acredita que uma mudança gradual em direção ao acesso universal a serviços, juntamente com uma abordagem individual personalizada na prestação de serviços, são etapas vitais para um combate efectivo à pobreza”, pode ler-se.
Antecipando a Semana Nacional Cáritas, que se assinala de 8 a 15 de março, a Cáritas Portuguesa e a Cáritas Europa apresentam o relatório nacional ‘Caritas Cares’, no dia 3 de março, às 09h30, no Centro de Congressos de Lisboa, Praça das Indústrias 1, 1300-307 Lisboa.
Na apresentação do relatório vão estar presentes Manuel Carvalho da Silva, do Centro de Estudos Sociais; Shannon Pfohman, diretora de Política e Advocacy na Cáritas Europa; a Cáritas Diocesana de Braga apresenta o projeto MakeBraga, como exemplo de boas práticas.
Para além das atividades locais, durante a Semana Nacional da Cáritas vai decorrer a apresentação do 1º Caderno de Intervenção Sociopolítica, no dia 10 de março, e o peditório público, entre os dias 12 e 15 de março.

Ao defender Bolsonaro, Moro leva invertida de jornalista


O jornalista Rodrigo Vianna deu um chega pra lá no ministro da Justiça, Sérgio Moro, que saiu em defesa do presidente Jair Bolsonaro no caso do inquérito contra músicos.

O ex-juiz negou que tenha sido o autor do inquérito contra punks de Belém (PA), que fizeram cartazes em que Bozo aparece empalado por um lápis, vomitando sobre uma floresta e comendo fezes. Os jovens participavam da Facada Fest.

Quatro organizadores do evento de rock são investigados por supostos crimes contra a honra do presidente Jair Bolsonaro, além de apologia ao homicídio.

“A iniciativa do inquérito não foi minha, como diz a Folha de S. Paulo, mas poderia ter sido”, disse Moro.

Segundo o ministro, publicar cartazes ou anúncios com o presidente ou qualquer cidadão empalado ou esfaqueado não pode ser considerado liberdade de expressão. “É apologia a crime, além de ofensivo”, completou.

É aí que Rodrigo Vianna entra em cena. O jornalista utiliza as barbaridades do próprio presidente Jair Bolsonaro para defender a liberdade de expressão do coletivo de artistas paraenses. Vamos pontuar para facilitar a compreensão dos bolsominions:

Alguém dizer que vai “fuzilar adversários” é apologia ao crime?
Alguém idolatrar a tortura e fazer a defesa da ditadura é apologia ao crime?
Alguém fazer a defesa do estupro (desde que a mulher seja bonita) é apologia ao crime?
Você é o capanga de um homem que faz apologia ao crime!

Bolsonaro cria confusão porque não sabe administrar o Brasil, diz Flávio Dino

O governador do Maranhão colocou o dedo na ferida, que é o despreparo de Jair Bolsonaro para o cargo que exerce
28 de fevereiro de 2020, 05:37 h Atualizado em 28 de fevereiro de 2020
(Foto: Gilson Teixeira / Valter Campanato - Agência Brasil)

247 – "Bolsonaro já criou confusão com governadores, jornalistas, artistas, parlamentares, membros da sua equipe, outros países. Tudo isso para tentar ocultar seu maior problema: não sabe administrar o Brasil. Crescimento pífio, desemprego, dólar nas alturas, paralisação administrativa", postou o governador do Maranhão em suas redes sociais. Confira o post de Flávio Dino e reportagem da Reuters:

(Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro usou sua transmissão semanal em uma rede social para reclamar que o Congresso não coloca em pauta projetos de autoria do governo e que o Judiciário toma decisões contrárias a medidas adotadas por sua gestão, mas defendeu “afinar a viola” com os demais chefes de Poderes.

As reclamações do presidente acontecem após o episódio revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo em que Bolsonaro compartilhou com contatos no WhatsApp vídeos feitos por terceiros que convocam para um protesto no dia 15 de março que tem como um dos motes ataques ao Congresso e ao Supremo Tribunal Federal (STF).

“Alguns falam que eu não tenho articulação com o Congresso. Realmente eu não consigo aprovar o que eu quero lá. Eu até gostaria que fosse colocado em pauta muita coisa, mas não é botado em pauta. É outro Poder que você tem que respeitar, é a regra do jogo”, disse Bolsonaro.

“Caducar medida provisória, não botar em pauta, é triste isso daí”, disse.

Entre os projetos que foram alvos de reclamação do presidente estão as medidas provisórias que criava a carteira de estudante digital e a que acabava com a obrigatoriedade de empresas publicarem seus balanços financeiros em jornais de grande circulação. Essas duas MPs perderam validade sem serem votadas no Congresso.


Bolsonaro também reclamou que, segundo ele, pelo que soube, a Câmara dos Deputados não colocará em pauta um projeto de lei de autoria do Executivo que permite a mineração em terras indígenas e que a proposta que altera o prazo de cinco para dez anos o prazo de renovação da Carteira Nacional de Habilitação está parada.

“Lamento, gostaria de fazer muito mais coisas pelo Brasil, mas tem um problema”, disse. “Vou buscar fazer tudo aquilo que eu falei durante a campanha e falei que 90% do que eu quero passa pelo Parlamento, agora, o Parlamento nosso tem seus problemas”, afirmou, sem especificar quais seriam esses problemas.

Bolsonaro também reclamou de decisões da Justiça que reverteram a medida do governo que retirou radares de fiscalização móveis de velocidade das estradas e de uma decisão em primeira instância, posteriormente derrubada, que impediu a nomeação de Sergio Camargo para a Fundação Palmares.

A decisão se baseava no fato de Camargo, que é negro, ter feito no passado declarações apontadas como racistas. Afirmou, por exemplo, que a escravidão foi benéfica para os descendentes dos escravos.

“Parece que eu não posso mudar nada”, reclamou Bolsonaro na transmissão.

Apesar das reclamações —e das críticas que fez— o presidente disse que não criticaria o Parlamento ou o STF e falou em “afinar a viola” com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e do Supremo, Dias Toffoli.

“Não vou criticar o Parlamento, assim como não critico decisão do Supremo Tribunal Federal. Respeito os Poderes, agora tem coisas que tem que insistir”, afirmou.


Dólar sobe por culpa de Jair Bolsonaro, diz Miriam Leitão

A culpa não pode ser atribuída apenas ao coronavírus, diz a jornalista Miriam Leitão
28 de fevereiro de 2020, 05:31 h Atualizado em 28 de fevereiro de 2020
(Foto: Reprodução | PR)

247 – Por que o dólar sobe tanto no Brasil e faz com que o real seja uma das moedas que mais se desvalorizam no mundo? Jair Bolsonaro disse em sua live que a culpa é do coronavírus. A jornalista Miriam Leitão, no entanto, afirma que a culpa é também de Bolsonaro. "O dólar sobe porque há fatores estruturais — alguns positivos — no Brasil. E foi isso que o ministro Paulo Guedes tentou dizer naquela sua fala atrapalhada. Mas agora sobe porque há incerteza externa com o assustador avanço de uma doença nova que está parando hubs de produção. E sobe também porque no Brasil crises são criadas pelos próprio presidente Jair Bolsonaro", diz ela, em sua coluna. 

"Tudo isso está acontecendo diante de um pano de fundo cada vez mais complexo na economia internacional. O dólar já subiu 10% no ano, e a bolsa caiu 10%. Mas movimentos no mercado se formam e se desfazem. O problema é que a economia está indo para mais um ano de frustração de nível de crescimento, o mundo está mergulhado na incerteza, e o presidente inventa crises e ameaça as instituições. O risco maior é quando as crises se misturam", afirma ainda a jornalista.

Padre Reginaldo Manzotti está hospitalizado

Religioso passou mal depois de um evento de evangelização

Aassessoria de imprensa do Padre Reginaldo Manzotti divulgou nota em que confirma que o sacerdote está hospitalizado na cidade de Curitiba, PR, desde o dia 25 de fevereiro, terça-feira. 
A nota afirma que o Padre se sentiu mal quando retornava de Palmas, TO, onde participou de um evento de evangelização. Segundo a assessoria, Padre Reginaldo já apresentou melhora clínica, mas ainda está passando por exames e não tem previsão de alta. 
A nota ainda traz uma mensagem do padre, que pede orações aos fiéis: 
“Queridos filhos e filhas, sei da vossa imensa preocupação para comigo, sempre me acompanhando com orações e preces. Já estou recebendo o tratamento adequado e medicações e agora esperar que o quadro melhore. Conto com as vossas orações”.
Rezemos pela pronta recuperação do Padre Reginaldo Manzotti!