sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

Temer antecipa Bolsonaro e assina extradição de Cesare Battisti

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Temer toma a decisão dias antes de entregar o poder a Bolsonaro, eleito que já tinha avisado que extraditaria o italiano.
Com a decisão de Temer, a Itália consegue algo que vinha pedindo ao governo brasileiro há oito anos
Com a decisão de Temer, a Itália consegue algo que vinha pedindo ao governo 
brasileiro há oito anos (Nacho Doce/Reuters)

O presidente Michel Temer assinou no final da tarde desta sexta-feira (14) a extradição do italiano Cesare Battisti, condenado à prisão perpétua em seu país. A medida foi confirmada pelo Palácio do Planalto. Nessa quinta-feira (13), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux já havia determinado a prisão do italiano. 

Há mais de 2 anos da Presidência da República, Temer toma a decisão dias antes de entregar o poder a Jair Bolsonaro (PSL), eleito que já tinha avisado que extraditaria o italiano. 

Em 1988, Battisti foi condenado na Itália por quatro homicídios cometidos quando integrava o grupo Proletariados Armados pelo Comunismo. Ele chegou ao Brasil em 2004, onde foi preso três anos depois.

Battisti foi solto da Penitenciária da Papuda, em Brasília, em 9 de junho 2011. Ele voltou a ser preso em outubro do ano passado na cidade de Corumbá, em Mato Grosso do Sul, perto da fronteira do Brasil com a Bolívia. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), ele tentou sair do país ilegalmente com cerca de R$ 25 mil em moeda estrangeira. Após a prisão, Battisti teve a detenção substituída por medidas cautelares.

Com a decisão de Temer, a Itália consegue algo que vinha pedindo ao governo brasileiro há oito anos. O governo italiano pediu a extradição de Battisti, aceita pelo STF. Contudo, no último dia de seu mandato, em dezembro de 2010, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu que Battisti poderia ficar no Brasil, e o ato foi confirmado pelo Supremo.


Agência Brasil/Redação

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