segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

A engraçada história com a qual o Papa deu uma lição aos bispos no Peru

Foto: Bohumil Petrik / ACI Prensa

Lima, 22 Jan. 18 / 09:30 am (ACI).- Em seu encontro com os bispos do Peru, no domingo, 21 de janeiro, o Papa Francisco compartilhou uma história singular que provou risadas e deu uma grande lição aos presentes.

O Santo Padre compartilhou a história de um bispo na Itália em processo de canonização, que se destacava por seu caráter paternal. Cada vez que ordenava um sacerdote “colocava muito óleo em suas mãos”.

As pessoas “se perguntavam por que”, ao que o Papa respondeu: “Para que o dinheiro não grude”. O relato, que causou a risada dos bispos, foi compartilhado quando sublinhava a importância que devia ter na vida dos pastores a paternidade.

O Papa explicou que “um pai, uma mãe, sabe como conduzir os conflitos de seus filhos”.

“E quando vê, por exemplo, que o filho, pelo cheiro, já começou com a droga, (o pai ou a mãe) chora, sofre”, assinalou.

Entretanto, não recorre a um livro que lhes digo o que fazer, mas se aproximam de seu filho, “coloca-se ao lado, fala com ele, escuta-o”.

Nesse sentido, o Pontífice afirmou que, com o Sacramento da Ordem, todos os Bispos têm “a graça da paternidade”.

“Se algum de nós não a exercita ou se esqueceu disso, ou busca outros caminhos para contatar-se com suas curas, já perdeu a batalha”, advertiu.

Francisco acrescentou que, “sem paternidade, os presbíteros se desgastam, ou (os padres) têm medo do bispo, ou se afastam do bispo, afastam-se entre eles... não seu, ou mentem para o bispo, quantas vezes, não?”.

Por isso, continuou o Santo Padre, “talvez nos faça bem, às vezes, examinarmo-nos sobre nossa paternidade”, cujo primeiro recurso “é a proximidade”.

Então, recordou São Toríbio de Mogrovejo, cujos sacerdotes “não eram mais anjinhos do que os nossos, mas era pai e quando tinha que apertar o torniquete, apertava-o, mas aceitavam porque o sentiam como pai”.

“É verdade que há situações em que se deve recorrer a medidas disciplinares”, refletiu o Papa, que convidou os bispos a que, mesmo nessas situações, sejam pais.

“Um conselho que lhes daria, nunca tomem uma decisão irreversível... com um sacerdote sem um processo que o garanta, porque o pai também tem que ser justo”, expressou.

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