quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Parte de geleira se desprende na Patagônia chilena

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'O mais singular, anedótico e chamativo é que este é um iceberg de dimensões maiores que as observadas' em desprendimentos anteriores nesta geleira.
O iceberg de 350 por 380 metros se desprendeu da geleira Grey, localizada no Parque Nacional Torres del Paine, um dos pontos turísticos mais visitados no sul do Chile, a cerca de 2.000 km de Santiago.
O iceberg de 350 por 380 metros se desprendeu da geleira Grey, localizada no Parque Nacional Torres del Paine, um dos pontos turísticos mais visitados no sul do Chile, a cerca de 2.000 km de Santiago. (CONAF/AFP).

Uma parte grande de uma geleira milenar da Patagônia chilena se desprendeu sobre um extenso lago, o que poderia pôr em risco a navegação na zona, informou nessa terça-feira (28) o Instituto Antártico do Chile (Inach).

O iceberg de 350 por 380 metros se desprendeu da geleira Grey, localizada no Parque Nacional Torres del Paine, um dos pontos turísticos mais visitados no sul do Chile, a cerca de 2.000 km de Santiago.

"O mais singular, anedótico e chamativo é que este é um iceberg de dimensões maiores que as observadas" em desprendimentos anteriores nesta geleira, disse Ricardo Jaña, glaciologista do Inach.

Em 2 de novembro foi registrada uma protuberância na geleira em "uma zona de instabilidade, o que teria lhe dado a liberdade de se desprender como um grande bloco", acrescentou o especialista.

Apesar do lago ser bastante extenso (cerca de 13 km), existe a probabilidade de que o iceberg "seja um obstáculo para a navegação caso se desintegre" em pedaços menores, acrescentou Jaña.

As causas do desprendimento não foram especificadas na informação difundida pelas autoridades.

Com mais de 24.000 geleiras - mais de 70% de todas as massas de gelo existentes na América do Sul -, o Chile é a terceira reserva mundial de água.

Cientistas do mundo todo alertam há décadas sobre o risco que as geleiras correm devido às mudanças climáticas, que provocaram perdas de volume de gelo.

Estudos indicam que a temperatura na Patagônia sobe dois graus Celsius a cada 100 anos, segundo o relatório do Inach.


AFP

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