terça-feira, 31 de outubro de 2017

500 anos da Reforma protestante: 7 coisas que todo católico deve saber

Martinho Lutero/ Crédito: Wikimedia Commons

REDAÇÃO CENTRAL, 31 Out. 17 / 10:30 am (ACI).- Hoje se recorda os 500 anos da Reforma Protestante, por esta razão, o Grupo ACI apresenta 7 dados essenciais que resumem as causas e consequências desse período histórico iniciado por Martinho Lutero no século XVI.

1. A origem da palavra protestante

A palavra “protestante” vem dos príncipes alemães que fazem um “protesto” contra o imperador do Sacro Império Romano, Carlos V, que se negava aos chamados à reforma luterana dentro da Igreja Católica.

Por essa razão, as pessoas que defendiam essas posições ou que se aderiam a elas começaram a serem chamadas de protestantes.

2. Martinho Lutero é a figura mais influente da Reforma Protestante

Em 31 de outubro de 1517, o frade agostiniano Martinho Lutero se rebelou contra a Igreja quando publicou as suas “95 teses” sobre a penitência e o uso das indulgências na porta do Palácio de Wittenberg, na Alemanha.

Mais tarde, Lutero desenvolveu os 95 princípios da sua doutrina, chegando a uma doutrina diferente da fé católica.


Deixou a vida religiosa e se casou com uma ex-religiosa e durante a sua vida atacou duramente o papado e provocou várias revoltas.

3. A Reforma não teve só motivações religiosas

Embora a venda de indulgências fosse considerada por Lutero como uma das principais razões da sua ruptura com a Igreja Católica, houve outras razões históricas que permitiram a Reforma Protestante.

Entre estas, o Cisma do Ocidente (1378 a 1417) que reduziu em grande medida a reputação da Igreja Católica e fez com que muitas pessoas questionassem a legitimidade do Papa; o início do período do Renascimento que questionou o pensamento tradicional; a ascensão dos estados nacionais e monarcas que queriam o poder absoluto da sua nação, como Henrique VIII, que se separou da Igreja em 1534.

4. Os postulados do protestantismo de Lutero

Lutero desenvolve a crença de que o homem é salvo somente pela fé em Cristo e que, portanto, não tem a obrigação de fazer boas obras.

Esta crença equivocada é conhecida historicamente como a doutrina da justificação somente pela fé (Sola Fide).

O luteranismo também rechaça totalmente a primazia do Papa e afirma que a Bíblia é a única fonte de autoridade. Rechaça ainda a intercessão dos santos e da Virgem Maria, a veneração das imagens, a existência do purgatório.

4. Lutero foi excomungado

A bula Exsurge Domine de 1520 do Papa Leão X foi a primeira resposta do pontificado que condenou Lutero e o ameaçou com a excomunhão.

Em janeiro de 1521, ao não se retratar, Lutero foi excomungado e logo depois condenado na Dieta de Worms, um congresso imperial convocado pelo imperador do Sacro Império Romano-Germânico, Carlos V.

5. João Calvino funda a segunda religião principal do protestantismo

As ideias de Lutero se estenderam por toda a Europa. Como consequência, o teólogo francês João Calvino fundou a segunda religião principal do protestantismo chamada “Calvinismo”, em Genebra em 1541.

Calvino considera que todos os sacramentos da Igreja Católica deveriam ser eliminados, incluindo os dois que Lutero manteve: o Batismo e a Eucaristia (esta é concebida de maneira diferente), o que levou à formação de outras denominações como presbiterianos, anglicanos, anabatistas e congregacionalistas.

6. As ideias da Reforma foram expandidas pela imprensa

Sem a criação da imprensa de Johannes Guttenberg, as novas ideias protestantes não teriam conseguido se estender pela Europa em grande escala.

7. A Reforma causou guerras de religião

A Reforma provocou uma série de guerras religiosas que finalmente culminaram na Guerra dos Trinta Anos (1618-1648), que devastou grande parte do território atual da Alemanha.

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