domingo, 30 de julho de 2017

VÍDEO! Seca grave na Itália leva ao corte do abastecimento de fontes históricas

  domtotal.com
A nova emergência que atinge a península italiana é fruto de uma temporada particularmente seca.
Foto mostra rio Po seco, em Piacenza, em 23 de junho de 2017.
Foto mostra rio Po seco, em Piacenza, em 23 de junho de 2017. (AFP).

A Itália registra uma das secas mais graves da sua história recente: dez regiões pedem que seja declarado o estado de calamidade natural, o campo denuncia danos consideráveis, Roma planeja racionar a água corrente e o Vaticano corta o abastecimento de suas fontes.

A nova emergência que atinge a península italiana é fruto de uma temporada particularmente seca.

Segundo os cálculos oficiais, nos últimos seis meses a Itália perdeu o equivalente a 20 bilhões de metros cúbicos de água, algo tão grande como o lago de Como, no norte do país.

Segundo a agência nacional de meteorologia, a Itália viveu neste ano a segunda temporada mais seca dos últimos 60 anos e recebeu 33% menos de chuvas em relação aos anos anteriores.

Cerca de 300 das famosas fontes públicas da capital já foram desligadas, e este número deve aumentar.

As fontes históricas dos escultores do século XVII Carlo Maderno e Gian Lorenzo Bernini na Praça de São Pedro estavam secas nesta terça-feira, após o Vaticano decidir cortar seu abastecimento.

A região do Lácio está considerando racionar a água em Roma a partir de sábado para 1,5 milhão de habitantes por até oito horas por dia, embora o prefeito da cidade seja contrário à proposta.

Apesar do ministro do Meio Ambiente, Gian Luca Galletti, desejar evitar qualquer alarmismo, as perdas no setor agrícola e pecuário já ultrapassam dois bilhões de euros.

A situação do rio Pó, o maior da Itália, do qual depende 35% da produção agrícola nacional, é preocupante. Seu nível baixou 50 centímetros em comparação com o do ano passado no mesmo período, segundo Coldiretti, o maior sindicato agrícola do país.

Dez das vinte regiões italianas pediram que se declare zona de desastre natural, o que implica a suspensão do pagamento de impostos para os agricultores e o acesso a um fundo de compensação.

Para alguns especialistas não se trata apenas dos efeitos das mudanças climáticas, mas também da má manutenção do sistema hídrico e dos abusos, como a criação de campos de golfe em terras desérticas.

Confira o vídeo As fontes secaram!

AFP

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