terça-feira, 25 de julho de 2017

Papa Francisco pede o consolo de Deus para os pais de Charlie Gard

Charlie Gard junto com seus pais, Chris e Connie. Foto: Facebook

Vaticano, 24 Jul. 17 / 03:30 pm (ACI).- O Papa Francisco, que acompanhou atentamente o caso de Charlie Gard, expressou sua proximidade aos pais do bebê “neste momento de imenso sofrimento”, após a decisão de finalizar sua longa batalha judicial e deixar “nosso filho ir e que esteja com os anjos”.

Greg Burke, diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, assinalou hoje em um comunicado que “o Papa Francisco está rezando por Charlie Gard e por seus pais e se sente particularmente próximo a todos neste momento de imenso sofrimento”.

“O Santo Padre pede que todos se juntem em oração para que eles possam encontrar consolo e o amor de Deus”, assinalou Burke.

Chris Gard e Connie Yates, pais de Charlie, de 11 meses, anunciaram hoje que pararão sua batalha judicial contra o hospital britânico Great Ormond Street, pois a deterioração da saúde do bebê chegou a um ponto “sem retorno” e o tratamento experimental que buscavam já não é viável.

Em uma mensagem à imprensa, os pais do bebê indicaram que, “como dedicados e amorosos pais de Charlie, decidimos que não é mais do melhor interesse dele continuar com o tratamento e deixaremos nosso filho ir e que esteja com os anjos”.

Charlie Gard foi internado em setembro de 2016 no hospital Great Ormond Street de Londres (Reino Unido). No centro médico, foi diagnosticado com síndrome de esgotamento mitocondrial, uma doença genética rara que causa a fraqueza muscular progressiva e pode provocar a morte no primeiro ano de vida.

Seus pais conseguiram arrecadar mais de um milhão de dólares para levar seu filho aos Estados Unidos a fim de receber um tratamento experimental. Entretanto, o hospital britânico evitou esta decisão e, após uma extensa batalha judicial, obteve a permissão do Tribunal Europeu de Direitos Humanos para desligar os aparelhos de Charlie.

Recentemente, novas evidências fizeram com que o hospital pedisse a reconsideração do caso ante um julgamento, e a Câmara de Representantes dos Estados Unidos aprovou dar a cidadania norte-americana a Charlie a e seus pais para que pudessem viajar e realizar o tratamento. Mas, já era muito tarde.

As análises mais recentes da saúde de Charlie, indicaram seus pais, revelam que sua doença chegou a um ponto “sem retorno”.

“Agora, vamos passar nossos últimos preciosos momentos com nosso filho Charlie, que lamentavelmente não chegará ao seu primeiro aniversário, em apenas duas semanas”, assinalaram seus pais e pediram privacidade.

Ao finalizar sua mensagem, os pais do bebê lhe asseguraram: “Amamos muito você. Sempre o amamos e sempre o amaremos, e lamentamos que não pudemos te salvar você”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário