terça-feira, 13 de junho de 2017

Gilberto Carvalho e o ministro do TCU José Múcio Monteiro Filho foram ouvidos na manhã desta terça-feira (13), em processo que envolve o ex-presidente.

Por Alana Fonseca e Thais Kaniak, G1 PR, Curitiba
13/06/2017 11h15  Atualizado há 3 horas
Moro ouve ministro do TCU e ex-chefe de gabinete de Lula em processo que envolve o ex-presidente  (Foto: Nacho Doce/Reuters)
Moro ouve ministro do TCU e ex-chefe de gabinete de Lula em processo que envolve o ex-presidente (Foto: Nacho Doce/Reuters)

O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância, ouviu, na manhã desta terça-feira (13), o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) José Múcio Monteiro Filho e o ex-chefe de gabinete do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Gilberto Carvalho.
Ambos foram ouvidos como testemunhas de defesa em uma ação penal que tem o ex-presidente como réu. Durante o depoimento, por videoconferência com Brasília, Carvalho disse que Lula "nunca quis ficar rico".
“O presidente Lula tem muitos defeitos, como qualquer ser humano. Agora, tem uma coisa: ele nunca quis ficar rico. Isso eu posso ter certeza. Posso afirmar porque acompanhei o dia a dia daqueles oito anos que estive ali”, afirmou.
Gilberto Carvalho também declarou que nunca presenciou, nem teve conhecimento, de Lula tratar sobre recursos destinados para si. “As empresas traziam assuntos de relevância para si e para o país”, afirmou o ex-chefe de gabinete.
Ele ainda garantiu não saber sobre alguma pessoa ter sido credenciada por Lula para tratar de valores e recursos.
José Múcio Monteiro Filho
Múcio já foi ouvido antes e, segundo Moro, o depoimento desta terça-feira considera o que foi dito anteriormente pelo ministro. A oitiva foi rápida, durou pouco mais de seis minutos e também foi feita por videoconferência com Brasília.
Múcio foi questionado pelos advogados sobre o período em que foi líder do governo de Lula, ao longo de 2007.
"Juntar a base, motivar a base para que votasse os temas de interesse do governo", explicou Múcio sobre a função. Ainda conforme o ministro, nunca houve uma orientação de Lula de cooptação de apoio parlamentar usando recursos ilícitos.
O ministro também afirmou que nunca presenciou algum fato que pudesse levar à conclusão de que Lula comandou a formação de um esquema criminoso de desvio de recursos públicos destinado a comprar apoio parlamentar de agentes políticos.

A acusação
Nesta ação penal, o Ministério Público Federal (MPF) acusa o ex-presidente de receber como propina um terreno onde seria construída a nova sede do Instituto Lula e um imóvel vizinho ao apartamento do petista, em São Bernardo do Campo.
De acordo com a força-tarefa da Lava Jato, esses imóveis foram comprados pela Odebrecht em troca de contratos adquiridos pela empresa na Petrobras. Lula responde, nesse processo, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
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