quarta-feira, 24 de maio de 2017

Papa apresenta «terapia de esperança» de Jesus


Agência Ecclesia 24 de Maio de 2017, às 12:09        Foto: Lusa

Foto: Lusa
Francisco encontrou-se com milhares de pessoas na Praça de São Pedro


Cidade do Vaticano, 24 mai 2017 (Ecclesia) - O Papa Francisco encontrou-se hoje com milhares de pessoas na Praça de São Pedro, para a audiência pública semanal, e apresentou a “terapia de esperança” de Jesus que acompanha os momentos mais difíceis.

“Jesus caminha sempre connosco, sempre, também nos momentos mais dolorosos, nos momentos mais feios, também nos momentos da derrota. Ali está o Senhor e esta é a nossa esperança. Vamos em frente com esta esperança, porque Ele está ao nosso lado, caminhando connosco, sempre”, disse, na sua intervenção inicial, em italiano.

Após a audiência privada com o presidente dos EUA, Donald Trump, Francisco percorreu a Praça de São Pedro em papamóvel aberto, saudando em particular várias crianças.

O Papa prosseguiu o ciclo de catequeses sobre a esperança, que tem vindo a apresentar às quartas-feiras, partindo do relato do encontro, após o julgamento e execução de Jesus, deste com dois discípulos desanimados que seguiam de Jerusalém para Emaús.

Francisco disse que a comunidade cristã não se fecha numa “cidadela fortificada”, mas vive naturalmente “na estrada”, a caminho com os outros.

“Ali se encontra com as pessoas, com as suas esperanças e as suas desilusões, por vezes pesadas. A Igreja ouve as histórias de todos, à medida que emergem do cofre da consciência pessoal, para depois oferecer a Palavra da vida, o testemunho do amor, amor até à morte. E então o coração das pessoas volta a arde de esperança”, precisou.

O Papa deixou em particular uma saudação aos peregrinos vindos da Síria, da Terra Santa e do Médio Oriente, evocando as pessoas que vivem com “coração despedaçado por causa das guerras e das desilusões”.

Francisco observou que, na fé cristã, a verdadeira esperança passa pelas “derrotas” e que nos Livros Sagrados não se encontram histórias de “heroísmo fácil” nem “campanhas fulminantes de conquista”.

“Deus não gosta de ser amado como um General que leva o seu povo à vitória, aniquilando os adversários”, disse.

No final do encontro, o Papa saudou os peregrinos de língua portuguesa, “invocando para todos as consolações e luzes do Espírito de Deus”.

“Que, vencidos pessimismos e desilusões da vida, possam cruzar, juntamente com os seres queridos, o limiar da esperança que temos em Cristo ressuscitado. Conto com as vossas orações. Obrigado”, declarou.

As saudações finais deixaram ainda votos de paz para a “cara nação ucraniana”, perante militares deste país que tinham participado numa peregrinação internacional ao Santuário de Lourdes, França.

OC

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