quinta-feira, 11 de maio de 2017

Francisco pede aos policiais que compareçam sem armas durante sua viagem à Colômbia

domtotal.com
Papa quer ficar o mais próximo possível aos fiéis do país durante a sua visita em setembro.
Colombianos por ocasião do acordo que pôs fim a guerra com as FARC.
Colombianos por ocasião do acordo que pôs fim a guerra com as FARC. (Leonardo Munoz/ EPA).

A reconciliação entre protagonistas e vítimas da guerrilha, assim como com Deus e com a terra, é a mensagem da viagem que o Papa Francisco realizará em setembro na Colômbia, não só com palavras, mas com gestos. Por exemplo, pedindo à polícia que garantirá sua segurança durante a estadia que cumpra seu dever desarmados, segundo eles mesmos deram a conhecer.

Uma delegação conjunta de equipes de segurança, logística e meios de comunicação da Santa Sé visitou a Colômbia nesta semana para concluir a definição dos detalhes da visita de Francisco entre os dias 6 e 10 de Setembro no que será sua única viagem do ano para a região.

Confirmou-se que o Pontífice irá conduzir, na cidade de Villavicencio, um encontro marcado pela "reconciliação entre os irmãos colombianos, com Deus e com a terra", como adiantou o arcebispo local, Dom Oscar Urbina Ortega, em um vídeo divulgado pela diocese.

Apesar de dos principais pontos da agenda serem definindo nas próximas semanas, Télam já confirmou alguns dos eventos mais importantes da viagem na qual o Papa visitará Bogotá, Villavicencio, Medellín e Cartagena.

O Pontífice dormirá todas as noites na nunciatura apostólica em Bogotá e de lá fará as viagens diárias para o resto do país, em um modelo "radial" de visitas que evoca aquele já utilizado no México em fevereiro de 2016.

Francisco sairá de Roma no dia 6 de manhã em um avião da Alitalia e chegará nessa mesma tarde ao país sul-americano com o lema "dar o primeiro passo", referindo-se à etapa em que se encontra o acordo pós-paz.

A agenda vai começar muito cedo no dia seguinte, com a tradicional reunião das autoridades civis e, portanto, o papa visitará também o presidente Juan Manuel Santos. Neste ato receberá as chaves da cidade antes da reunião com o clero local e, em seguida, fará o primeiro de seus discursos frente a milhares de pessoas na Catedral da capital.

Naquele dia, depois de ter seu tempo de oração mariana diante da Virgem de Chiquinquirá, especialmente levada à capital para a visita papal, ele celebrará sua primeira missa nas terras do café, no que será a terceira visita de um Papa a Colômbia (Paulo VI estava em 1968 e João Paulo II em 1986).

No dia 8, Francisco chegará às 9 da manhã de avião na cidade de Villavicencio para liderar uma "encontro de reconciliação" que envolverá pessoas vítimas do conflito armado entre o governo e os guerrilheiros. Estes acordos começam a dar seus resultados; o país começa a superar o conflito depois do acordo assinado no ano passado entre a administração do presidente Santos e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC). Junto das vítimas também participarão membros da organização guerrilheira.

No dia seguinte, o Papa estará em Medelín, onde celebrará uma missa no Aeroporto Olaya Herrera, o segundo da cidade, no noroeste do país, que poderia acolher entre 800.000 e um milhão de fiéis.

De acordo com os dados adiantados pela equipe do pontífice nesta semana, Jorge Bergoglio viajará no dia 10 a Cartagena, onde celebrará Missa "na parte não turística, mas em um bairro pobre, em um espaço perto do mar", confirmaram fontes.

Por último, ainda está por se definir se haverá ou não lugar para uma visita relâmpago a Mocoa, onde uma série de alagamentos deixaram mais de 250 mortos no início de abril deste ano. O Papa voltará a Roma em um voo da Avianca na tarde do dia 10, chegando na manhã do dia seguinte no aeroporto de Ciampino, na capital italiana.

O Papa Francisco pediu aos mil policiais que vão cuidar de sua segurança durante sua visita à Colômbia desempenharem seu dever desarmados, segundo foi noticiado na imprensa nacional esta segunda-feira após uma reunião de coordenação com o Vaticano.

Segundo as autoridades, foi acordado que a segurança do Papa seria rigorosa, mas sem armas de fogo, correspondendo aos desejos do Bispo de Roma.

De acordo com informação da Radio Caracol, o Papa não quer impedimentos para sua mobilização e pretende ser o mais próximo possível dos fieis colombianos durante sua visita agendada para o dia 06 de setembro.

A reunião de trabalho foi liderada por Domenico Giani (Itália), inspetor geral do Corpo da Gendarmaria do Estado do Vaticano e guarda-costas pessoal de Francisco em suas turnês ao redor do mundo.

Do lado colombiano, o encarregado foi o general Óscar Naranjo, Vice-Presidente da República, que atuará como porta-voz da segurança da visita papal.

Compareceu também o geral Jorge Hernando Nieto, Diretor Nacional da Polícia, que assinou em 2016 um acordo de cooperação em matéria de segurança com Giani em Roma, na sede do Vaticano.

Os milhares policiais que cuidarão do máximo dignitário da Igreja Católica estarão à paisana, provindos do Departamenteo Central de Polícia Judicial e Inteligência e da Seção de Investigação Criminal e Interpol.

Assinalou-se que para os deslocamentos do Papa pelo país, o governo providenciará cinco papamóveis, que foram montados na Colômbia.

Os jornais locais também comentaram que, a propósito de sua visita, que o chefe da segurança papal revisou todas as rotas onde o Sumo Pontífice passará nas cidades de Villavicencio, Medelín, Cartagena e Bogotá.


Religión Digital
Tradução: Ramón Lara

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