domingo, 21 de maio de 2017

Bispos católicos exigem «rigorosa apuração» das suspeitas de corrupção que envolvem Michel Temer


Agência Ecclesia 20 de Maio de 2017, às 13:04        Foto: @ Reuters

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Atual chefe de Estado está a ser acusado de ter autorizado um suborno ao antigo líder da Câmara dos Deputados


Brasília, 20 mai 2017 (Ecclesia) - A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) emitiu um comunicado acerca da polémica instalada à volta do presidente brasileiro, Michel Temer, depois do atual chefe de Estado ter sido gravado alegadamente a autorizar um suborno ao antigo líder da Câmara dos Deputados.

No referido documento da CNBB, publicado online, os bispos católicos daquele país lusófono referem que "acompanham com espanto e indignação as graves denúncias de corrupção acolhidas pelo Supremo Tribunal Federal" e defendem uma "rigorosa apuração" dos factos e, se for caso disso, a chamada à responsabilidade dos "autores dos atos ilicitos".

Os responsáveis católicos salientam que "segundo a Constituição, todo o servidor público, principalmente os que detêm elevadas funções, devem manter uma conduta integra, sob pena de não poder exercer o cargo que ocupa".

Depois da anterior presidente do Brasil, Dilma Rousseff, ter caído devido a casos de alegada corrupção, agora é o seu sucessor, Michel Temer, que enfrenta a perspetiva de uma nova destituição.

Para a CNBB, a superação da grave crise vivida no Brasil exige o resgate da ética na política que desempenha papel fundamental na sociedade democrática".

"Urge um novo modo de fazer política, alicerçado nos valores da honestidade e da justiça social", salientam os bispos católicos do Brasil, que terminam a sua nota pedindo a todas as "comunidades que participem responsável e pacificamente na vida política, contribuam para a realização da justiça e da paz e rezem pelo Brasil".

O antigo líder da Câmara dos Deputados que está envolvido neste caso é Eduardo Cunha, membro do Partido do Movimento Democrático Brasileiro, de Michel Temer, e que está atualmente a cumprir uma pena de 15 anos de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, no âmbito da Operação 'Lava Jato'.

JCP

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