sexta-feira, 28 de abril de 2017

Para 'El País', greve geral encontrou apoio inesperado; Planalto cita baixa adesão

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O "El País" também compara o movimento com a greve enfrentada em 2013 pela então presidente Dilma.
Milhares de trabalhadores protestam nesta sexta-feira
Milhares de trabalhadores protestam nesta sexta-feira (Força Sindical)

O jornal espanhol "El País" destacou em seu site nesta sexta-feira, 28, a repercussão da greve no Brasil afirmando que o movimento "desafia as reformas do governo brasileiro". "Os sindicatos decidiram desafiar (o presidente Michel Temer) nas ruas e nesta sexta-feira o submetem a uma prova de fogo com a convocação de uma greve geral que encontrou apoio inesperado além das tradicionais alas da esquerda", afirmou o diário.

O "El País" também compara o movimento com a greve enfrentada em 2013 pela então presidente Dilma Rousseff e diz que o atual movimento representa um "exame decisivo que pode marcar o futuro do presidente".

Já o jornal argentino "Clarín" destacou a "primeira greve geral no Brasil em 21 anos", com paralisação do transporte público nas principais cidades do País e incidentes e piquetes em alguns locais. O diário relatou confrontos entre o MTST e a Polícia Militar nas proximidades do aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo.

Planalto 

Apesar da repercussão internacional, a avaliação no Palácio do Planalto na manhã desta sexta-feira é de que a adesão à greve geral contra as reformas está sendo baixa e, por isso mesmo, auxiliares do presidente Michel Temer afirmam que a ideia inicial de escalar o ministro da Secretaria-Geral, Moreira Franco, para fazer um balanço do dia de manifestação está perdendo força. Pela manhã, o governo deixou sob responsabilidade do ministro da Justiça, Osmar Serraglio, as primeiras falas sobre o tema. 

O presidente chegou ao Planalto às 10 horas e conversou com Moreira sobre a situação desta sexta-feira. Depois reuniu-se com o ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy, e recebeu a ministra da Advocacia-Geral da União, Grace Mendonça.

Temer vai gravar nesta sexta um vídeo para circular apenas nas redes sociais com uma mensagem pelo Dia do Trabalho (1º). A ideia do presidente, que evitará a cadeia nacional de rádio e TV é fazer uma defesa das reformas trabalhistas e previdenciária. 

Segundo fontes, o vídeo vai repetir formatos que vêm sendo utilizados por Temer, com uma mensagem "curta e direto ao ponto".

Agência Estado/Redação

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