quarta-feira, 15 de março de 2017

Melhorar qualidade do ar evitaria 3 milhões de mortes por ano na China

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A exposição é particularmente prejudicial para as mulheres e os maiores de 60 anos.
A China poderia evitar cerca de três milhões de mortes prematuras por ano.
A China poderia evitar cerca de três milhões de mortes prematuras por ano. (AFP/Arquivos)

A China poderia evitar cerca de três milhões de mortes prematuras por ano reduzindo a poluição atmosférica ao nível recomendado pela OMS, segundo um estudo publicado na quarta-feira.

O estudo, publicado no British Medical Journal, foi realizado por pesquisadores chineses em 38 grandes cidades onde vivem 200 milhões de pessoas, entre janeiro de 2010 e junho de 2013.

Durante esse período, a concentração diária de partículas finas PM10 emitidas principalmente por veículos, calefação e agricultura, atingiu em média 92,9 microgramas por metro cúbico de ar nas 38 cidades.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda uma média anual de 20µg/m3, apesar de que 80% das pessoas que vivem em zonas urbanas no mundo estão expostas a níveis de poluição que ultrapassam esse limite, segundo dados do ano passado.

As partículas PM10 são especialmente perigosas porque podem se instalar nas vias respiratórias.

O estudo, dirigido por Zhou Maigeng, do Centro de Controle de Doenças de Pequim, revelou que uma alta da concentração de PM10 da ordem de 10µg/m3 estava associada a um aumento de 0,44% no número de mortes por dia.

A exposição é particularmente prejudicial para as mulheres e os maiores de 60 anos, segundo o estudo.

A poluição também tem um impacto nas doenças cardiovasculares, com um aumento de 0,62% nas mortes para cada aumento de 10µg/m3.

Os pesquisadores chegaram ao dado de três milhões de mortes prematuras evitáveis por ano a partir de um cálculo com base na população chinesa, de 1,3 bilhão de pessoas.

Mas alertaram que este dado está provavelmente subestimado, porque o efeito da poluição atmosférica pode ser maior nas zonas rurais e porque as PM10 têm efeitos principalmente a longo prazo.


AFP

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