sexta-feira, 31 de julho de 2015

30 anos da morte do padre Ezequiel Ramim


PadreEzequiel_ramim-30anosmorte 244x270Em recordação aos 30 anos da morte do padre Ezequiel Ramim, assassinado em 1984 ao voltar de uma missão de paz na Fazenda Catuva, em Cacoal (RO), a Verbo Filmes produziu o documentário “EZEQUIEL RAMIN – O Mártir da Opção pelos Pobres” sobre a vida e trajetória do sacerdote, que dedicou sua vida aos mais pobres e injustiçados. O material foi feito em parceria com os Missionários Combonianos.
O coordenador do trabalho de divulgação da memória dos 30 anos da morte de Ezequiel, padre Rafael Vígolo, missionário comboniano de Porto Velho (RO), trabalha na divulgação nos municípios que compõem a diocese de Ji Paraná (RO), e afirma que o legado do padre está vivo.
“Percebo como a memória de Ezequiel continua viva no meio do povo. Assim como a vida de tantos outros mártires, o seu testemunho se tornou semente de novos cristãos, suscitando um compromisso renovado no seguimento de Cristo, que nos chama a abraçar uma missão profética e empreender caminhos de paz e justiça, em favor dos mais pobres e abandonados. Hoje há várias obras e atividades, tanto no campo social, quanto da evangelização, que nasceram e se inspiram na sua vida”, revela padre Rafael.
Uma moção de apoio foi lançada para a abertura do inquérito diocesano sobre o martírio do padre Ezequiel, que será dirigida a dom Bruno Pedron, bispo de Ji Paraná.
História
Padre Ezequiel, missionário comboniano, nasceu em Pádua, na Itália, em 1953 e chegou ao Brasil em 1983, na diocese de Ji Paraná. Na região, encontrou uma acentuada situação de desigualdade social decorrente da ausência de reforma agrária e uso da violência pelos grandes latifundiários, que grilavam terras para ampliar suas propriedades. O padre colocou-se então ao lado dos indígenas e pequenos trabalhadores rurais na luta pelo direito à terra, ao trabalho e à vida digna.
No dia 24 de julho de 1985, Ezequiel foi brutalmente assassinado quando voltava de uma missão de paz na Fazenda Catuva. Na companhia do presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Cacoal, ele havia ido falar com colonos ameaçados de despejo para que não partissem para o conflito. Enquanto voltava para casa, o carro em que viajava foi almejado de tiros.
Por CNBB – Com informações das Pontifícias Obras Missionárias

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