segunda-feira, 30 de junho de 2014

Brasil passa sufoco e vence nos pênaltis

FOTOS: Mineirão recebe 'seleção'
 de musas para Brasil x Chile (Mateus Baranowski/G1)
Marquezine vai
 à arquibancada no Mineirão... (Jefferson Bernardes/Vipcomm)


As Cartas.


Não sei em qual lugar da montanha estou, mas a fé não faltará. 


Janne Lopes*
Há alguns dias, ao acordar, como de costume, falei com Deus, levantei-me e fui até a janela. Quando a abri, vi que o dia estava chuvoso. Um dia frio. Fiquei lá por alguns minutos, olhando as folhas caídas no chão molhado e ouvindo o barulho da rua. A brisa fria que encontrava o meu rosto trazia o cheiro de terra molhada, cheiro de paz. As plantas estavam cobertas de orvalho. As gotas d'água, que caiam do telhado, faziam música. Desse tipo de música que toca a alma da gente. Os pássaros estavam quietos... quase um convite a ficar quieta também no meu canto. Os pensamentos foram longe. O orvalho, o vento, os sons, os pássaros... Um dia vestido de água. Vez em quando faz bem ter dias assim. Eu sei que o sol está lá.

De repente, o cheiro de café desviou meus pensamentos. Apressei-me para o banho. Enquanto eu vestia uma roupa, meus olhos passearam pelo quarto... A velha caixinha de madeira num canto do armário pedia para ser aberta. A caixinha onde guardo as cartas que recebi de minha avó.

Sem dúvida,  era um dia para recordar. Um dia perfeito para ler cartas.  Após tomar o café e participar da conversa que acontecia na cozinha, voltei para o quarto, peguei a caixinha e acomodei-me na cama. Algumas cartas, pétalas de flores secas e um terço com algumas contas quebradas, de muitas Ave-Marias, de uma vida de oração. Os papéis velhos, amarelados pelo tempo, já impregnados com o cheiro da madeira são provas de um amor que não fenece, de um coração que ficou aqui. Testemunhas do que está gravado em outra caixinha... Esta que bate, que dói e que cabe um mundo. São provas de que a tinta das esferográficas foi além.

Minha avó morava no interior do estado e eu fui estudar na capital. Não tínhamos telefone. Nesse tempo, esse aparelho fantástico, que nos faz ouvir a voz de quem está longe, era um artigo de luxo. Na falta de telefone, nossas vozes ecoavam nos papéis e adentravam nossas almas. Eu sentia o cheiro do talco que ela usava, misturado às pétalas que enfeitavam as cartas. Era uma espécie de ritual... um desejo de perfumar a vida, as dores, as alegrias, a saudade... um jeito de criar a presença. Ainda posso ouvir a sua voz tão querida em cada palavra escrita, do jeitinho que ela sabia. Pouco sabia, mas me bastava. Não entendia muito de gramática. Entendia bem de costurar, de cuidar... um talento incrível. É um mistério o sentimento que faz com que nos encantemos por outra vida como se fosse a nossa. Que nos faz felizes como a flor que treme orvalhada. Ser alimento. Isso é grande.

Há muita beleza no ato de enviar e receber cartas.  Às vezes, as notícias eram boas,  outras vezes não. Boas ou ruins, as lágrimas sempre me faziam companhia. Nesses momentos, eu partia para onde está o meu coração, como faço agora. Entendo bem o que disse Rubem Alves: "... Cartas são escritas não para dar notícias, não para contar nada, mas para que mãos separadas se toquem ao tocarem a mesma folha de papel". Isso era tudo. É tudo.Aleatoriamente, peguei uma carta. É uma carta muito especial, de um tempo de muito desânimo. Eu pensava em desistir. Estava longe de casa e ainda pouco acostumada à vida na capital. Um peixe fora d'água. Uma menina, apenas uma menina querendo voltar para aquele lugar onde era tudo mais fácil, onde havia o calor do colo materno, o conforto da segurança. Todo esse sentimento era enviado para ela através das cartas. E eu rezava para que a resposta fosse: "Volte". Pelo contrário, ela dizia: "Fique aí. E seja forte". Uma carta repleta de mil palavras de força e incentivo. Ela tinha razão. Eu sentia medo do novo, das mudanças. Chorei muito, mas fiquei e enfrentei cada medo com coragem. Tantos ensinamentos... Minha avó era uma mulher cheia de virtudes. Ler: "Minha filha, não há montanha alta demais quando botamos fé na subida. Nunca desista de lutar. Tenha coragem. Você pode", era tudo que eu precisava. Ela acreditava em mim mais do que eu. Assim, tive que aprender a acreditar também. 

Hoje, eu sei... o véu que veste a minha alma é de esperança. Foi costurado cuidadosamente pelo tempo das dificuldades, das alegrias e, sobretudo, pelas lições aprendidas em um “livro”, de único exemplar, chamado "Maria, minha avó". Nesse "livro", aprendi que o amor é isto: colocar em meu peito um coração que não é o meu... O meu está lá, está ali... E por estar, enche-me de vida.
Carrego em mim tudo o que aprendi com ela, o valor da gratidão, da  amizade, do amor, do respeito, da honestidade e da solidariedade. Minha avó falava da importância de olhar para os outros e mostrar o coração. De dar lugar ao amor, à confiança, à segurança... Ela dizia que pelo caminho eu encontraria pessoas de todos os tipos, algumas me fariam bem, outras não. E que a justiça divina não falha, que a paciência e o tempo trazem todas as respostas, colocam as coisas no lugar.

Reler cada palavra desta carta me fez recordar dos dias lindos, dos abraços, do silêncio que falava, do olhar cuidadoso. Alimentou em mim a certeza de que dias muito mais lindos virão. A certeza de que não paro aqui. Jamais desistirei de lutar. Não sei em qual lugar da montanha estou, mas a fé não faltará. Se, por qualquer que seja a razão, eu escorregar e descer um passo, em seguida subirei dois. É para o alto que vou. É para frente que caminho.

As cartas estão todas aqui... As que leio e as que sinto, guardadas em suas respectivas caixinhas...  Sempre serão lidas, sempre serão força, sempre serão voz, sempre serão luz... Testemunhas. O tempo não apaga.
E o dia chuvoso e frio fora aquecido... Toquei as mãos daquela que é amada, que se foi, que está!

'Transformers' arrecada US$100 milhões na estreia

Quarto filme da série teve o melhor fim de semana de estreia do ano.

Por Ronald Grover e Chris Michaud

Los Angeles/Nova York - "Transformers: Age of Extinction", o quarto filme da série de filmes sobre robôs que salvam o planeta, levantou US$ 100 milhões em bilheteria, no melhor fim de semana de estreia do ano.
"22 Jump Street", estrelado por Channing Tatum e Jonah Hill, ficou em segundo lugar com 15,4 milhões de dólares em sua terceira semana nas salas de cinema, de acordo com estimativas do estúdio. O filme de animação "Como Treinar o Seu Dragão 2" levou o 3 º lugar, com vendas de 13,1 milhões dólares para o período de sexta a domingo nos cinemas norte-americanos e canadenses.

Confira o trailer e o local em que o filme está passando.
Reuters

E aos que mordem a alma, o quê?

A sociedade seria melhor se fosse severa com as mordidas morais, que doem e humilham.

Por Juan Arias*

São os que ferem com sua intolerância, seu racismo e sua falta de sensibilidade social, os mordedores dos direitos dos outros.

O castigo dado ao jogador do Uruguai, Luis Suárez, por ter dado uma dentada no ombro de um colega de trabalho italiano foi rápido, exemplar, severo e sem direito a apelação. Um castigo que atingiu toda a seleção celeste.

Não entro na polêmica sobre o possível excesso da Fifa. Psicólogos, psiquiatras e psicanalistas já analisaram ativa e passivamente essa mania feia de Suárez por morder seus companheiros de profissão. É uma disfunção de comportamento da qual Suárez deverá se tratar. A justiça esportiva estava, no entanto, obrigada tomar uma atitude. E o fez com rapidez.

O que eu gostaria é de sentenças igualmente severas e fulminantes fossem aplicadas em nossa sociedade a todos aqueles, sejam pessoas ou instituições, que mordem nossa alma, nossos legítimos direitos e até nossos sentimentos mais íntimos.

Há alguns dias, acho que contei em outra coluna, um cachorro me mordeu enquanto eu caminhava pela rua. Ele cravou todos os dentes no meu pulso, que acabou sangrando. Doeu. Mas o que me causou ainda mais dor foi a atitude do dono do cachorro, um senhor educado, que conversando comigo me revelou: "Meu cachorro está com todas as vacinas em dia e não costuma morder, mas, isso sim, ele odeia negros". Sua confissão fez sangrar a minha alma de branco, sem que ele precisasse me cravar seus dentes. E ele disse com uma voz tranquila, como se tivesse me dito algo normal. Que teria de estranho que seu cachorro odiasse negros? Não tenho dúvidas de que o cachorro havia absorvido os sentimentos racistas do dono. Não são os negros e pardos, para essas pessoas, pouco mais do que uma espécie de cachorro que fala?

Nossa sociedade melhoraria se a justiça fosse severa e inapelável, como foi com o jogador, com todas as mordidas morais, que não fazem sangrar, mas doem e humilham mais que as da boca.

Cada criança morta por uma bala perdida em qualquer favela do mundo é uma lágrima no coração de sua mãe.

Toda vez que uma mulher é considerada inferior a um homem, como o senhor do cachorro considerava os negros, estamos mordendo na carne dela, se não ainda mais fundo.

Ou quando as leis a impedem de decidir sobre sua liberdade sexual e sobre seu corpo. Cada estupro que acontece é mais feroz que a mordida do jogador. Assim como cada violência contra ela no núcleo de sua família. Vários maridos não apenas as mordem fisicamente, como também as matam. Na Espanha, uma a cada dois dias. E no Brasil? Cada injustiça social, cada criança que perde a chance de desenvolver suas capacidades por falta de recursos públicos, está sendo mordida em sua alma.

Cada analfabeto em um país rico e em desenvolvimento, na era da internet e das maiores invenções de estudo e aprendizagem, é uma violência muito maios do que morder o ombro de um jogador.

Cada dentada no dinheiro público roubado nas orgias da corrupção é outra violência social e moral.

Os que esperam meses na mesa para poder se curar estão sendo mordidos em um de seus direitos mais legítimos.

Quando o Rei da Espanha que acaba de abdicar de seu trono em favor de seu filho, o hoje Felipe VI, cometeu o deslize de ir para a África dar-se o luxo de matar um elefante, a ação lhe cursou 75 mil dólares (cerca de R$ 165 mil). Ele pediu perdão, e uma mulher escreveu no meu blog. Ela dizia que, com a metade daquele dinheiro, poderia salvar a vida de sua filha de cinco anos com uma doença que só podia ser tratada nos Estados Unidos e que ela carecia de recursos para isso.

Tomara que a justiça chegue a ser tão severa não apenas no futebol com jogador que morde o companheiro, algo condenável, mas também com todos os políticos, banqueiros, especuladores financeiros e tantos quantos mordam a dignidade humana.

Que seja também com todos os que usam seus dentes afiados para defender os preconceitos raciais ou de gênero, algo que deixa nas pessoas a marca do sofrimento da alma, que não são menores que os do corpo, porque além de doer, eles humilham. Também se morde com a língua do desprezo ao próximo.

Não me dão os vampiros de verdade. Os que me dão medo são os falsos, os simbólicos, os que fingem e oferecem proteção enquanto, nas noites sombrias de suas especulações mafiosas, alimentam-se com o sangue roubado dos mais desprotegidos, impedindo-lhes às vezes até de poderem sobreviver como seres humanos.

Haverá alguma vez, para esses vampiros da alma, justiça de verdade, rápida e severa quanto a imposta ao jogador do Uruguai? Desta justiça nós sentimos falta, até mesmo no seio de nossas brilhantes democracias, roucas de tanto proclamar a defesa dos direitos humanos, e que depois eternizam os processos judiciais com seus eternos rituais burocráticos, apelações infinitas e enredos jurídicos quando se trata dos imputados do poder.

Precisaremos também aqui exigir para esses vampiros de luxo uma justiça “padrão Fifa”?
*Juan Arias é correspondente no Brasil do El País, onde este artigo foi publicado originalmente.

Está provada a nacionalidade de Deus

Aquela trave, à direita das cabines de rádio e TV, entrou para a história como aliada do futebol brasileiro.

Por Carlos Eduardo Leão*

Estou escrevendo, logo estou vivo. Sim, porque depois de Brasil x Chile sobreviver é mais um sinal da nacionalidade de Deus. Francisco é argentino mas Deus... Ah, esse é brasileiro! Aquela trave, à direita das cabines de rádio e TV, deveria ser levada para a nossa futura Catedral Cristo Rei. E Niemeyer, de onde estiver, há de inspirar os discípulos que o ajudaram no projeto para posicioná-la num lugar de destaque. Eu a colocaria no altar-mor, pois nela estão as impressões digitais da sagrada "la mano de Diós".

Talvez sejamos a nação mais exigente, mais dona da verdade e mais intransigente com as coisas do futebol. A impressão que se tem é que nascemos quase todos técnicos. Os outros poucos restantes nascem críticos ou comentaristas. Somos impiedosos com os que erram passes, violentos com os que perdem pênaltis, carrascos com os técnicos, impacientes com times em ascensão, intransigentes com as falhas individuais ou coletivas como se só nós existíssemos em campo ou como se fôssemos os invencíveis e infalíveis astros da bola.

A coisa é tão séria que, se conseguirmos o tão sonhado Hexa, os que nasceram críticos ou comentaristas de futebol hão de meter o pau na forma como Thiago Silva erguerá a Taça. Certamente criticarão a volta olímpica se for feita no sentido anti-horário sob a alegação de que a vida é pra frente e não um retrocesso como a forma escolhida para o desfile de verdadeiros campeões.

Dito isso, convido os que me leem para uma reflexão mais intimista, quase uma mea culpa em relação ao futebol e à nossa Seleção. Eu não queria estar no lugar deles. Embora sejam astros regiamente remunerados e com alguma experiência internacional, são, a maioria, meninos de vinte poucos anos sobre os quais colocamos toda a responsabilidade de uma conquista exigida por duzentos milhões. Eles são humanos, são igualmente brasileiros, têm suas famílias, pagam seus impostos, emocionam-se como nós, sofrem do mesmo modo e, bem ou mal, estão fazendo o seu melhor dentro de uma pressão estratosférica a eles imputada, principalmente pela mídia especializada, quase sempre impiedosa, tendenciosa, passional e, por essa máxima razão, pouco profissional.

Tenho minhas dúvidas se é realmente vantagem uma Copa do Mundo em casa. A não ser por um scratch fenomenal, bem treinado, competitivo e decisivo, o que não é o nosso caso, pode haver algum benefício, principalmente em relação à torcida. A nossa, diga-se de passagem, tem dado verdadeira demonstração de incompetência e perdendo de goleada para as rivais sul-americanas.

Musiquinhas cafonas, sonolentas aliadas a um refrão chocho de "O campeão voltou" não animam ninguém. E se pensarmos que somos o país do samba e carnaval, a nossa torcida está mais para charanga de várzea do que para o décimo segundo jogador que faria toda a diferença nas nossas arenas superfaturadas. No Mineirão, a coisa melhorou um pouquinho, mas longe do ideal.

A Seleção 2014 é uma das mais fraquinhas de nossa prodigiosa história. Mas é o que temos e cabe a nós incentivá-la. Imaginem o que se passa na cabeça de nossos jogadores. Copa do Mundo no Brasil e vinte e três homens defendendo a nossa honra, a nossa reputação, a nossa maior alegria. Embora abaixo da crítica, o jogo contra o Chile serviu para mostrar que nossos guerreiros superaram-se em garra, vontade e grande equilíbrio emocional na hora dos pênaltis. Por essa razão e pelas histórias de superação em outras Copas, como a Itália de 82, mantenho-me otimista e desejoso de ver o Brasil campeão do mundo.

Nem mesmo a certeza de que a derrota da Seleção seria decisiva para a mudança política que urge na nossa história me faria torcer contra ela. A importância da Seleção Brasileira de futebol na vida da nação faz com que ela se junte ao hino, à bandeira, ao brasão da república e ao selo nacional como o quinto símbolo pátrio. Certamente, a sua vitória nos renovará em patriotismo e nos dará força suficiente para a mais importante troca de pensamento político da história republicana.

Ao Hexa, Brasil! E a tudo de bom que ele nos trará!
*Carlos Eduardo Leão é médico e cronista.

Asma: de olho no inverno

A doença não tem cura, mas a grande maioria dos pacientes controla a doença com o tratamento.

Aproximadamente 300 milhões de pessoas no mundo são acometidas pela asma. A sua prevalência varia conforme a região analisada em decorrência da interação de fatores genéticos e ambientais. Os casos sintomáticos, especialmente nesta época do ano, tendem a aumentar. As baixas temperaturas e a descontinuidade do tratamento no verão são alguns dos fatores. Por outro lado, o aumento do diagnóstico também parece estar relacionado com a maior conscientização da população e da classe médica, contribuindo para este panorama.Segundo a doutora Regina Carvalho Pinto, vice-presidente da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT), manter a população informada sobre os sintomas e os cuidados para a prevenção da asma, assim como oferecer acesso gratuito aos medicamentos, são importantes para o controle efetivo da doença.
“A asma pode ser classificada quanto à gravidade e ao controle, auxiliando no planejamento do tratamento. Na maioria dos casos, há um componente alérgico que causa inflamação nos brônquios, dificultando a passagem de ar e levando a sintomas como falta de ar, chiado no peito e tosse. Pode ocorrer em adultos e idosos, mas na maioria dos casos os sintomas começam na infância”, explica a médica pneumologista.
Segundo a especialista, os sintomas da asma geralmente se manifestam na infância, podem cessar na adolescência e voltar na vida adulta. No entanto, há casos de aparecimento dos sintomas apenas na fase adulta, podendo cursar com maior gravidade da doença. Para o tratamento, é importante uma investigação dos fatores que contribuíram para o seu surgimento e evitá-los.
É importante ressaltar que a doença não tem cura, mas a grande maioria dos pacientes controla a doença com o tratamento, que compreende afastamento dos fatores que desencadeiam os sintomas e o uso de medicamentos broncodilatadores e corticoides, por via inalatória.
Asma ou bronquite?
A asma é equivocadamente chamada de bronquite por grande parte da população. No entanto, são duas doenças diferentes.
Ao contrário da bronquite crônica, a asma é uma doença com componente genético, desencadeada por uma série de fatores, principalmente o alérgico, em pessoas que já possuem essa predisposição. O contato com poeira, mofo, epitélio de animais, gases e vapores presentes no ambiente de trabalho e alguns medicamentos podem interferir no aparecimento da doença.
Já a bronquite crônica é uma doença pulmonar resultante da exposição constante a substâncias como fumaça de cigarro, queima da biomassa ou outros produtos químicos, levando à inflamação dos brônquios. Geralmente as células que participam dessa inflamação são diferentes das células da asma. Falta de ar e tosse com secreção (conhecida como pigarro) são algumas das consequências da doença.
Como diagnosticar?
A confirmação do diagnóstico é realizada através do exame de espirometria, que mede a capacidade pulmonar através de um sopro, explica a doutora Regina.
“Infelizmente ainda temos deficiência de disponibilidade do equipamento para atender toda a população. Há necessidade de equipar os serviços além de informar a população e os médicos sobre a importância de realizar o exame.”
O exame é rápido, indolor, não requer qualquer preparo mais específico e tem o resultado imediato. São raras as contra-indicações para realizá-lo, explica a médica.
Diagnóstico em crianças
O diagnóstico na infância apresenta algumas dificuldades pela própria inabilidade da criança em relatar os sintomas e realizar a espirometria, especialmente abaixo dos 6 anos de idade. Devem chamar a atenção dos pais cansaço excessivo durante esforço, como na prática de atividade física, bem como sintomas em contato com poeira e mofo e nas mudanças climáticas.
Também é necessária uma avaliação do quadro clínico por meio de exame físico e verificação de existência de antecedência familiar. Nas crianças pequenas, o médico deverá fazer o acompanhamento durante o crescimento para confirmar o diagnóstico.
Onde encontrar tratamento?
O Sistema Único de Saúde (SUS) dispõe, por meio de um programa de distribuição gratuita, os medicamentos necessários para asmáticos. Na lista, estão inclusos corticóides e broncodilatadores, que podem ser retirados, com prescrição médica, em Unidades Básicas de Saúde (UBSs), Farmácia Popular e Programas de Medicamentos especiais. A obtenção de alguns destes medicamentos é realizada através do preenchimento de uma ficha cadastral pelo médico e entrega de cópia do exame de espirometria.
Acontece Comunicação e Notícias

Mensagem de Bartolomeu I a Francisco

 Ecumenismo > 2014-06-30 18:22:06 
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Cidade do Vaticano (RV) – “Conservemos no nosso coração, como um tesouro precioso, a recordação dos nossos recentes encontros em Jerusalém e em Roma, que renovaram e selaram ulteriormente nossas ligações fraternas, confirmando também o nosso desejo de continuar o caminho para a nossa plena união e comunhão, desejada pelo Senhor”. Foi o que escreveu o Patriarca Ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu I, em uma carta pessoal dirigida ao Papa Francisco por ocasião da Solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo.

Na carta, o Patriarca Ecumênico evocou a viagem à Terra Santa por ocasião do 50º aniversário do abraço entre Paulo VI e Atenágoras e expressou a sua gratidão pela iniciativa de oração pela paz promovida no Vaticano, reunindo os Presidentes de Israel e Palestina, evento por ele definido como “comovente”.

Bartolomeu I, por fim, eleva a sua oração para que o Papa Francisco possa “continuar a sua preciosa liderança e serviço no mundo moderno, inspirando a todos” com as virtudes da sua personalidade e amor “para Deus e para a humanidade”. (JE)

Rádio Vaticano 

Que Ele cresça e eu diminua

Padre Geovane Saraiva*
Jeremias foi o profeta, que passou uma barra pesadíssima, vivenciando com maior intensidade a rejeição e a perseguição, numa situação inigualável, comparada aos demais profetas. Chamado a falar de Deus e em nome de Deus, numa época marcada pelo negativismo, às vésperas da ruína do reino de Judá (século VI a.C). Ele foi perseguido por seus algozes, preso, maltratado, porque sua missão consistia em plantar a esperança, extirpando a maldade ao “arrancar e destruir, exterminar e demolir, construir e plantar”, numa forte mensagem demolidora e devastadora.

Com João Batista, milagroso filho de Isabel, a coisa novamente se repete, na brutalidade e crueldade do crime, o qual morreu testemunhando sua fé, ao denunciar mentiras e injustiças da corte. Ele que preparou um povo bem disposto para o início da missão pública de Jesus, dizendo com todas as letras que ele mesmo caminharia à frente do Filho de Deus, anunciando que os sinais dos tempos chegaram e as promessas anunciadas por Zacarias estavam para se realizar. O seu vibrante convite foi o de acordar o povo do sono, muitas vezes profundo, para reconhecer o Salvador da humanidade anunciado como o sol que veio nos visitar.

Neste contexto não podemos esquecer o Papa Francisco, ao recordar a importância de se praticar a caridade com o próximo, ao propor a "dar esperança aos que a perderam e de acolher os excluídos". O Sumo Pontífice também se referiu ao dom que Jesus deu aos católicos, no dia em que se celebrou a solenidade do Corpo e Sangue de Cristo – Corpus Christi. "Jesus não veio ao mundo para dar qualquer coisa, e sim para dar a sua própria vida como alimento aos que têm fé nele", afirmou aos 19/06/2014.

Já no sábado, dia 21, o Papa Francisco desembarcou em Cassano, região da Calábria, sul da Itália. Lá foi acolhido pelos peregrinos no estádio da cidade, onde recebeu o carinho de milhares de crianças. Nas arquibancadas, grupos folclóricos vestidos com trajes típicos entoaram canções e ao som de tambores, dançaram a conhecida ‘tarantella’ para o Romano Pontífice, que faz-nos recordar não somente o maior entre os nascidos de mulher, João Batista, que desejava ardentemente que a fama de Jesus crescesse e não a sua. Queria criar uma consciência na qual a humanidade percebesse ser instrumentos de Deus no mundo, fazendo de tudo para enaltecer a realeza de Deus, daí usar a expressão emblemática, na direção da humildade, despojamento, anonimato e último lugar: "É necessário que ele cresça e eu diminua" (Jo 3, 29), no mesmo rigor do profeta Jeremias, no contexto dramático da perseguição e da rejeição (bullying).

João Batista, que recebeu a incomensurável missão de testemunhar o Salvador da humanidade, como luz redentora, preparou um povo bem disposto a acolhê-lo. Anunciando que para vivermos bem e realizados, é necessário que se faça seguir Jesus de Nazaré, a partir da exigência, que tem origem no seu projeto de amor para conosco, através da experiência central e decisiva, na obediência ao projeto do Pai em favor da humanidade, a exemplo do Papa Francisco, ao condenar qualquer forma de tortura e aqui recordo a assertiva do Apóstolo Paulo: “Vós participastes, com efeito, do sofrimento dos prisioneiros e aceitastes com alegria a espoliação dos vossos bens, certos de possuir uma fortuna melhor e durável. Não percais, pois, a vossa segurança, que tamanha esperança merece” (Hb 10, 34-35).

Um homem foi enviado por Deus, e o seu nome se chamava João. O Evangelho de São João, logo no início, depois do prólogo, trata do batismo realizado por João no Rio Jordão, batizando o autor do batismo nas águas santificadas, tendo como ponto alto o seu encontro com Jesus, que ao ver Jesus passar, reconheceu-o imediatamente, assim como o havia reconhecido, pulando de alegria e felicidade, quando ainda estavam nos ventres de suas mães, então assim se expressou: “Eis o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo” (Jo 1, 29), diante da Jornada Internacional das Nações Unidas para apoiar as vítimas de tortura, neste dia 26 de junho quando Santo Padre, nesta circunstância vivida em Cassano, “Reiterou a firme condenação de qualquer forma de tortura".

A solenidade de um homem, que de acordo com a afirmação da palavra de Deus: "Ele será grande diante do Senhor; estará cheio do Espírito Santo desde o seio materno, e muito se alegrarão com seu nascimento (Lc 1, 15.14), renove o nosso sonho da cidade que há de vir, a Jerusalém Celeste.

*Padre da Arquidiocese de Fortaleza, escritor, colunista, blogueiro, membro da Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza, da Academia de Letras dos Municípios do Estado Ceará (ALMECE) e Vice-Presidente da Previdência Sacerdotal - Pároco de Santo Afonso - geovanesaraiva@gmail.com



precisamos um dia nos conhecermos pessoalmente para um bom papo, pois quero desfrutar de suas sábias palavras.
Psicanalista e Advogado

Pastor das Letras

Paulo Eduardo Mendes*
Casta inspiração de um escritor clérigo. Outra vez sob os holofotes dos comentários de livros bons. Enfocamos o escritor Geovane Saraiva em mais um livro onde a expressão vocabular surge bem colocada para tecer loas a Jorge Mário Bergóglio – O papa Francisco. “Francisco – Um Sinal para o Mundo” revela a grandeza dessa feliz escolha do novo papa. No prefácio de Gilmaíse Mendes ela ressalta o pastor das letras ao dissertar sobre o talento inexcedível do padre Geovane pela forma proativa da sua trajetória no mundo maravilhoso das letras. O autor integra a Academia de Letras dos Municípios do Estado do Ceará e a Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza, com êxito reconhecido por todos os que se postam na leitura dos seus livros de agradável literatura solidária. No texto, o autor escreve num registro de precisão matemática para somar os valores do novo papa como “a melhor notícia dos últimos tempos”. Fator preponderante dos seus escritos é saber do trânsito livre do seu homenageado nos quadrantes de todas as religiões. É assim o padre Geovane escrevendo na sutileza do reconhecimento das personalidades da sua convivência com a sede eleita do seu mundo cristão. Coerência sem necessidade de retoques. O leitor encontra compreensão e fidelidade nos livros de Geovane. O livro é o encontro com a harmonia na linguagem de amor ao próximo que nos faz repetir dom Helder Câmara, na simplicidade de um recado grandioso: “Não pares. Não, não pares. É graça divina começar bem. É graça maior persistir na caminhada certa, manter o ritmo... mas a graça das graças é não desistir nunca”.

*Jornalista, Juiz de Direito e Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza - AMLEF

O Papa Francisco recebe o rei Relipe VI e a rainha Letizia da Espanha nesta segunda-feira (30

Francisco recebeu o rei e a rainha da espanha nesta segunda (30).
Felipe VI contou ao Papa como foi a transição na coroa espanhola.

Da EFE
O Papa Francisco recebeu nesta segunda-feira os reis da Espanha com uma recepção cordial, na qual não faltaram as brincadeiras, e Felipe VI se despediu do pontífice "com a esperança de vê-lo na Espanha", após contar que a substituição na coroa foi "muito intensa", mas que viveu o processo "tranquilo".
Antes de entrar na biblioteca particular do papa para a reunião, que durou cerca de 40 minutos, Dom Felipe se dirigiu ao papa para perguntar, sorrindo, "Os coroinhas antes?", em alusão à recente visita ao Vaticano dos reis Juan Carlos e Sofia, quando o pontífice, com a mesma expressão, disse para passarem antes dele.
"Ah é, seu pai contou?", respondeu, sorrindo, o papa, antes de ceder a passagem a Felipe VI e à rainha Letizia.
O Papa Francisco recebe o rei Relipe VI e a rainha Letizia da Espanha nesta segunda-feira (30) no Vaticano (Foto: Alessandro Bianchi/Reuters)O Papa Francisco recebe o rei Relipe VI e a rainha Letizia da Espanha nesta segunda-feira (30) no Vaticano (Foto: Alessandro Bianchi/Reuters)

Imigrantes morrem enquanto viajavam de barco perto da Itália

Vítimas estavam amontoadas em uma parte estreita da embarcação.
Navio de guerra italiano faz escolta do barco até o porto de Pozzallo.

Da EFE
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Imigrantes são resgatados de barco que levava cerca de 600 pessoas na costa da Itália. Cerca de 30 morreram asfixiados (Foto: Marinha da Itália/AP)Imigrantes são resgatados de barco que levava cerca de 600 pessoas na costa da Itália. Cerca de 30 morreram asfixiados (Foto: Marinha da Itália/AP)
Cerca de 30 imigrantes morreram aparentemente asfixiados em um barco resgatado pela Marinha italiana neste domingo (29) no canal da Sicília no qual viajavam mais de 600 pessoas procedentes do norte da África, informou a imprensa local.
Aparentemente as pessoas que morreram, entre 27 e 30 anos de idade, estavam amontoados em uma parte estreita da embarcação, que agora é escoltada por uma embarcação de guerra italiana até o porto de Pozzallo, aonde se espera que chegue a manhã deste segunda-feira (30).
Entre os resgatados há duas mulheres grávidas, segundo a agência "Ansa" e o jornal "La Repubblica".
Desde sexta-feira passada, e excetuando esta última intervenção, as embarcações da Marinha militar e da Guarda Litorânea da Itália socorreram sete barcos e salvou 1.654 pessoas que iam a bordo procedentes do litoral africano, segundo as fontes.
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Pé-frio convicto já foi a seis Copas e nunca viu o Brasil ganhar

Fama do Claudine vem desde a Copa da Espanha, em 1982. Já o estudante Otávio resolveu assistir ao último jogo do Brasil sozinho, para não dar azar.

Copa do Mundo que se preze não pode faltar a figura do velho e bom pé frio. E nesse quesito o roqueiro Mick Jagger já pode levantar a taça. A fama de pé frio vem da Copa de 2010.
Agora, em 2014, o vocalista dos Rolling Stones se superou. Foi às redes sociais desejar boa sorte para a Inglaterra no primeiro jogo. E no jogo seguinte, lá veio o velho Mick novamente. Inglaterra acabou desclassificada. Ele não parou por aí. A próxima vítima seria a seleção da Itália.
"A Itália vai conquistar a Copa do Mundo, viu?", disse o músico na ocasião.

Três dias depois, arrivederci, Itália. Quer um consolo Mick Jagger? Você não está sozinho. Achamos em Sorocaba, no interior de São Paulo, o Claudine.

“Dá meias de lã pra ele no Natal mas não adianta, o pé é frio mesmo”, diz um amigo de Claudine.
Desde 82, ele foi a quase todas as Copas do Mundo: nunca viu o Brasil ganhar. Nas duas únicas que não foi, Estados Unidos e Japão, o Brasil levou.
Fantástico: Você estava lá?
Claudine Alves Pereira: Não estava. Não tinha grana!
Tem também o Otávio, lá de Santa Maria, Rio Grande do Sul. É um gremista fanático. Toda vez que vai ao estádio o time dele perde. Agora na Copa, os amigos não querem ver o jogo com ele nem na TV.

“Eu assisti com uns amigos contra o México, empate”, conta o estudante de jornalismo Otávio Weis.
Mas de onde vem a expressão pé-frio? O termo nasceu da temperatura dos pés dos cadáveres, dos fracos e dos desnutridos. São eles os grandes azarados deste mundo, os verdadeiros pés-frios.

Fantástico: Nós temos um termômetro.
Esposa de Claudine: Não tá nem subindo.
Fantástico: É o pé mais gelado que existe!

A fama do Claudine vem de longe: desde 82. A primeira Copa que ele foi, na Espanha, o Brasil perdeu.

Fantástico: Você estava lá e o Brasil dançou?
Claudine: Dançou.

Depois: 86, 90, 98, 2006 e 2010. Só derrota.
“A França castigou a gente na Copa do México, na Copa da França, na Alemanha. E eu é que sou o pé-frio!”, brinca Claudine.

Mas será que esse fenômeno tem explicação? A astrologia tenta explicar. Claudia analisou o mapa astral do Otavio, lá de Santa Maria.
“Ele tem o Saturno no ascendente. Ele tem exatamente o planeta que é da retração. Achar que as coisas podem não dar certo”, explica a astróloga Cláudia Lisboa.

Recorremos a um numerólogo. No mapa numérico do Claudine e do Otávio deu 11.

“Se eles não viverem esse número 11 corretamente, eles são pessoas pé-frias, pessoas azaradas”, diz o numerólogo Roberto Machado.

Parece que tem energia desequilibrada.

Amiga de Claudine: Passa a mão no patuá.
Claudine: Eu não sou místico.
Amiga de Claudine: Passa a mão! Não vai ganhar!

Mas, para garantir, é melhor que eles fiquem longe dos estádios.

“O genro dele confessou comigo que conseguiu os ingressos na internet, mas tendo em vista o bem do Brasil ele falou que não conseguiu pra ele”, conta Sidney Agostinelli, amigo do Claudine.

“Eu diria para vocês que não existe pé-frio. São o que a gente chama de armadilhas das coincidências”, diz o psicólogo Marcelo Benvenuti.
Coincidência ou não, os pés-frios preferiram não arriscar. O Otávio viu o jogo contra o Chile sozinho em casa.
“Não me importo de assistir sozinho se for para ganhar. O que importa é ser campeão!", conta Otávio.

Claudine assistiu com a família, mas bem longe do estádio. Teve até blusa para esquentar o pé. Até que deu certo.