terça-feira, 31 de dezembro de 2013

TJCE: Congratulação pelos 25 anos de ordenação do Pe. Geovane Saraiva




Papa defende «redescoberta da fraternidade» na economia

Dia Mundial da Paz: 

Francisco aborda consequências da crise económica, da pobreza e do egoísmo

D.R.
Cidade do Vaticano, 31 dez 2013 (Ecclesia) – O Papa apela à “redescoberta da fraternidade” na economia e à mudança de “estilos de vida”, na mensagem para o Dia Mundial da Paz 2014, que se celebra a 1 de janeiro.
“As sucessivas crises económicas devem levar a repensar adequadamente os modelos de desenvolvimento económico e a mudar os estilos de vida”, refere o documento, dedicado ao tema ‘Fraternidade, fundamento e caminho para a paz’.
Francisco considera que as “graves crises financeiras e económicas” da atualidade têm a sua origem no “progressivo afastamento do homem de Deus e do próximo, com a ambição desmedida de bens materiais” e o “empobrecimento das relações interpessoais e comunitárias”.
Estas situações “impeliram muitas pessoas a buscar o bem-estar, a felicidade e a segurança no consumo e no lucro fora de toda a lógica de uma economia saudável”.
O Papa admite que se verifica uma redução da “pobreza absoluta”, no mundo de hoje, mas recorda o “grave aumento da pobreza relativa, isto é, de desigualdades entre pessoas e grupos que convivem numa região específica ou num determinado contexto histórico-cultural”.
“São necessárias políticas eficazes que promovam o princípio da fraternidade, garantindo às pessoas – iguais na sua dignidade e nos seus direitos fundamentais – acesso aos ‘capitais’, aos serviços, aos recursos educativos, sanitários e tecnológicos, para que cada uma delas tenha oportunidade de exprimir e realizar o seu projeto de vida”, observa.
Francisco defende ainda a necessidade de políticas que sirvam para “atenuar a excessiva desigualdade de rendimentos”.
O texto refere-se ao “dever de solidariedade, que exige que as nações ricas ajudem as menos avançadas”, ao “dever de justiça social, que requer a reformulação em termos mais corretos das relações defeituosas entre povos fortes e povos fracos” e o dever de “caridade universal”, que implica “a promoção de um mundo mais humano para todos”.
O Papa espera que a atual crise, “com pesadas consequências na vida das pessoas”, possa ser também uma ocasião para “recuperar as virtudes da prudência, temperança, justiça e fortaleza”.
“Elas podem ajudar-nos a superar os momentos difíceis e a redescobrir os laços fraternos que nos unem uns aos outros, com a confiança profunda de que o homem tem necessidade e é capaz de algo mais do que a maximização do próprio lucro individual”, explica.
Francisco deixa votos de que estas virtudes levem as pessoas a construir uma sociedade “à medida da dignidade humana”.
“Em muitas sociedades, sentimos uma profunda pobreza relacional, devido à carência de sólidas relações familiares e comunitárias; assistimos, preocupados, ao crescimento de diferentes tipos de carências, marginalização, solidão e de várias formas de dependência patológica”, alerta.
Segundo o Papa, esta pobreza apenas pode ser superada através da “redescoberta e valorização de relações fraternas no seio das famílias e das comunidades”, bem como do “desapego vivido por quem escolhe estilos de vida sóbrios e essenciais”.
OC

Papa denuncia «guerras» financeiras

Dia Mundial da Paz: 

Francisco recorda situações de desigualdade, pobreza e injustiça

D.R.
Cidade do Vaticano, 31 dez 2013 (Ecclesia) – O Papa denuncia as consequências da “tragédia da exploração do trabalho” e das “guerras" económico-financeiras, na mensagem para o Dia Mundial da Paz 2014, que se celebra a 1 de janeiro.
“Penso nos tráficos ilícitos de dinheiro como também na especulação financeira que, muitas vezes, assume expressões predadoras e nocivas para sistemas económicos e sociais inteiros, lançando na pobreza milhões de homens e mulheres”, escreve Francisco, num documento dedicado ao tema ‘Fraternidade, fundamento e caminho para a paz’.
Nesse contexto, o Papa fala em “guerras menos visíveis, mas não menos cruéis” do que os conflitos armados, que acontecem “nos campos económico e financeiro com meios igualmente demolidores de vidas, de famílias, de empresas”.
A primeira mensagem do atual pontificado para esta celebração anual promovida pela Igreja Católica aponta o dedo a “inúmeras situações de desigualdade, pobreza e injustiça”, considerando que as mesmas “indicam não só uma profunda carência de fraternidade mas também a ausência duma cultura de solidariedade”.
“As novas ideologias, caraterizadas por generalizado individualismo, egocentrismo e consumismo materialista, debilitam os laços sociais, alimentando aquela mentalidade do ‘descartável’ que induz ao desprezo e abandono dos mais fracos, daqueles que são considerados ‘inúteis’, lamenta o Papa.
Francisco alerta para o aumento de um relacionamento humano “pragmático e egoísta”, em que cada um se deixa guiar pela “avidez do lucro” e pela “sede do poder”.
“É necessário encontrar o modo para que todos possam beneficiar dos frutos da terra, não só para evitar que se alargue o fosso entre aqueles que têm mais e os que devem contentar-se com as migalhas, mas também e sobretudo por uma exigência de justiça e equidade e de respeito por cada ser humano”, sustenta.
A mensagem alude à “corrupção que hoje se difunde de maneira capilar”, pedindo à comunidade política para "agir de forma transparente e responsável".
"A fraternidade gera paz social, porque cria um equilíbrio entre liberdade e justiça, entre responsabilidade pessoal e solidariedade", frisa.
O documento reforça os apelos papais em favor de um compromisso global contra a fome.
“É mais que sabido que a produção atual é suficiente e todavia há milhões de pessoas que sofrem e morrem de fome, o que constitui um verdadeiro escândalo”, insiste Francisco.
Segundo Papa, o “necessário realismo” da política e da economia não pode reduzir-se a um “tecnicismo sem ideal, que ignora a dimensão transcendente do homem”.
“Quando falta esta abertura a Deus, toda a atividade humana se torna mais pobre, e as pessoas são reduzidas a objeto passível de exploração”, adverte.
Francisco sublinha que a fraternidade é o “fundamento principal” da paz e apela a uma atitude de “de serviço às pessoas, incluindo as mais distantes e desconhecidas”.
“O serviço é a alma da fraternidade que edifica a paz”, acrescenta.
O Dia Mundial da Paz começou a ser celebrado anualmente a 1 de janeiro durante o pontificado do Papa Paulo VI, em 1968, e a mensagem para esta jornada é enviada às dioceses e às embaixadas de todo o mundo.
OC

Papa pede «fraternidade» para enfrentar «globalização da indiferença»

Dia Mundial da Paz: 

Francisco destaca importância da «paternidade» divina para criar vínculos entre irmãos

D.R.
Cidade do Vaticano, 31 dez 2013 (Ecclesia) – O Papa Francisco destaca a importância de uma “paternidade” comum na humanidade para travar a “globalização da indiferença”, na mensagem para o Dia Mundial da Paz 2014, que se celebra a 1 de janeiro.
“As próprias éticas contemporâneas mostram-se incapazes de produzir autênticos vínculos de fraternidade, porque uma fraternidade privada da referência a um Pai comum como seu fundamento último não consegue subsistir”, refere o documento, dedicado ao tema ‘Fraternidade, fundamento e caminho para a paz’.
Francisco sublinha que o número cada vez mais maior de ligações e comunicações que envolvem o planeta “torna mais palpável a consciência da unidade e partilha dum destino comum entre as nações da terra”.
Esta realidade mostra a “a vocação” da humanidade a “formar uma comunidade feita de irmãos que se acolhem mutuamente e cuidam uns dos outros”.
“Contudo, ainda hoje, esta vocação é muitas vezes contrastada e negada nos factos, num mundo caracterizado pela ‘globalização da indiferença’ que lentamente nos faz ‘habituar’ ao sofrimento alheio, fechando-nos em nós mesmos”, refere o Papa.
A primeira mensagem do pontificado para esta celebração anual da Igreja Católica insiste na necessidade de uma “paternidade transcendente” que reforce a “fraternidade entre os homens, ou seja, o fazer-se ‘próximo’ para cuidar do outro”.
“O amor de Deus, quando é acolhido, torna-se no mais admirável agente de transformação da vida e das relações com o outro, abrindo os seres humanos à solidariedade e à partilha ativa”, acrescenta.
O Papa formula a todos, indivíduos e povos, “votos duma vida repleta de alegria e esperança”, falando no “anseio duma vida plena que contém uma aspiração irreprimível de fraternidade”.
Os outros, precisa, não são “inimigos ou concorrentes”, mas irmãos a “acolher e abraçar”.
“A consciência viva desta dimensão relacional leva-nos a ver e tratar cada pessoa como uma verdadeira irmã e um verdadeiro irmão; sem tal consciência, torna-se impossível a construção duma sociedade justa, duma paz firme e duradoura”, observa.
Francisco destaca, a este respeito, que a família é a “fonte de toda a fraternidade” e que na “família de Deus” todos são filhos de um mesmo pai, pelo que não há “vidas descartáveis”.
“Em Cristo, o outro é acolhido e amado como filho ou filha de Deus, como irmão ou irmã, e não como um estranho, menos ainda como um antagonista ou até um inimigo”, sublinha a mensagem.
O texto defende que ninguém pode ficar “indiferente” perante a sorte dos irmãos e evoca, a esse respeito, a história bíblica de Abel e Caim, na qual se “põe em evidência o difícil dever, a que todos os homens são chamados, de viver juntos, cuidando uns dos outros”.
“A narração de Caim e Abel ensina que a humanidade traz inscrita em si mesma uma vocação à fraternidade, mas também a possibilidade dramática da sua traição. Disso mesmo dá testemunho o egoísmo diário, que está na base de muitas guerras e injustiças”, pode ler-se.
Francisco cita o Papa emérito Bento XVI, para quem a globalização faz “vizinhos”, mas não faz “irmãos”.
“Que Maria, a Mãe de Jesus, nos ajude a compreender e a viver todos os dias a fraternidade que jorra do coração do seu Filho, para levar a paz a todo o homem que vive nesta nossa amada terra”, conclui.
OC

Papa Francisco apela ao desarmamento nuclear e ao respeito pelos Direitos Humanos

Mensagem para o Dia Mundial da Paz 2014 lembra vítimas do tráfico de pessoas e pede fim da violência

D.R.
Cidade do Vaticano, 31 dez 2013 (Ecclesia) – O Papa defende a necessidade de um desarmamento “nuclear e químico”, pedindo total respeito pelos Direitos Humanos, na mensagem para o Dia Mundial da Paz 2014, que se celebra a 1 de janeiro.
“Faço meu o apelo lançado pelos meus predecessores em favor da não-proliferação das armas e do desarmamento por parte de todos, a começar pelo desarmamento nuclear e químico”, refere o documento, dedicado ao tema ‘Fraternidade, fundamento e caminho para a paz’.
O Papa justifica a posição pelo facto de uma circulação de armamentos em “quantidade tão grande como a atual” servir para que se encontrem “novos pretextos para iniciar as hostilidades”.
O texto recorda que ao longo do último ano muitas pessoas continuaram a viver a “experiência dilacerante da guerra”, que constitui “uma grave e profunda ferida infligida à fraternidade”.
“Por este motivo, desejo dirigir um forte apelo a quantos semeiam violência e morte, com as armas: naquele que hoje considerais apenas um inimigo a abater, redescobri o vosso irmão e detende a vossa mão”, pede o Papa
“Renunciai à via das armas e ide ao encontro do outro com o diálogo, o perdão e a reconciliação para reconstruir a justiça, a confiança e esperança ao vosso redor”, acrescenta.
Francisco convida a comunidade internacional a um esforço conjunto para fazer cessar quaisquer hostilidades, “todo o abuso e violação dos direitos fundamentais do homem”.
A mensagem lamenta que muitos conflitos que se “consumam na indiferença geral” e deixa uma saudação de solidariedade pessoal, por parte do Papa, e de toda a Igreja aos que “vivem em terras onde as armas impõem terror e destruição”.
A Igreja, diz Francisco, que dar voz e apoio às “vítimas indefesas das guerras esquecidas, através da oração pela paz, do serviço aos feridos, aos famintos, aos refugiados, aos deslocados e a quantos vivem no terror”.
A mensagem papal adverte para a violação sistemática de “direitos humanos fundamentais, sobretudo dos direitos à vida e à liberdade de religião”.
Nesse contexto, alude ao “exemplo preocupante” do “dramático fenómeno do tráfico de seres humanos”, ao “drama dilacerante da droga”, à “devastação dos recursos naturais”, às “condições desumanas de muitos estabelecimentos prisionais” e à “prostituição que diariamente ceifa vítimas inocentes, sobretudo entre os mais jovens”.
“Penso no abominável tráfico de seres humanos, nos crimes e abusos contra menores, na escravidão que ainda espalha o seu horror em muitas partes do mundo, na tragédia frequentemente ignorada dos emigrantes sobre quem se especula indignamente na ilegalidade”, prossegue o Papa.
O texto condena ainda a criminalidade organizada, considerando que a mesma “ofende gravemente a Deus” e “prejudica os irmãos”, ainda mais quando “tem conotações religiosas”.
Na sua primeira mensagem para o Dia Mundial da Paz, Francisco afirma que os acordos internacionais “não bastam por si sós para preservar a humanidade do risco de conflitos armados”.
“É precisa uma conversão do coração que permita a cada um reconhecer no outro um irmão do qual cuidar e com o qual trabalhar para, juntos, construírem uma vida em plenitude para todos”, sustenta.
OC

2014: Santuários de Fátima e de Cristo Rei assinalam a passagem de ano


Momentos de oração e convívio são propostas para um «réveillon» diferente

D.R.
Lisboa, 31 dez 2013 (Ecclesia) – Os santuários de Fátima e de Cristo Rei (Almada) vão assinalar a passagem de ano com momentos de oração e convívio.
No Santuário de Fátima, as celebrações começam hoje às 22h00 com uma missa de Ação de Graças na Basílica da Santíssima Trindade.
Depois da missa, os peregrinos presentes em Fátima podem participar numa procissão para a Capelinha das Aparições, onde se vai rezar o terço.
Após o toque da meia-noite, nos sinos da basílica, o Santuário de Fátima propõe uma oração de “consagração ao Imaculado Coração de Maria” e um “gesto da paz”.
Por volta da meia-noite e trinta, já em 2014, vai ser servido um chá-convívio, segundo o programa disponível na página da internet do Santuário de Fátima.
Em Almada, no Santuário de Cristo Rei o programa de passagem de ano começa às 21h30 com a celebração de uma eucaristia, seguindo-se uma adoração eucarística e uma oração de ação de graças.
Segundo o programa disponível no portal da internet do Santuário de Cristo Rei, a entrada em 2014 à meia-noite passa “por assistir no miradouro ao fogo-de-artifício lançado em Lisboa e em Almada”.
As celebrações de Ano Novo seguem depois com um convívio que vai ter um lanche oferecido pelo Santuário do Cristo Rei.
MD

Comunidade de Taizé: a alegria e a oração dos jovens europeus


Estrasburgo (RV) - Milhares de jovens de toda a Europa encontram-se em Estrasburgo, na França, no 36ª Encontro da Comunidade de Taizé, que se conclui esta quarta-feira, 1º de janeiro. Os jovens, acolhidos pelas famílias, vivem nestes dias momentos de oração e reflexão. São muitas as mensagens enviadas para este encontro.

Além da mensagem do Papa Francisco, chegou aos participantes, entre outras, a do Metropolita de Volokolamsk, Hilarion, que traz a saudação do Patriarca de Moscou e de todas as Rússias Kirill.

Na mensagem recorda-se que a união da humanidade em torno de interesses puramente econômicos é irrealizável, mas que aquilo que é impossível para o homem é possível para Deus. De fato, Cristo transforma aqueles que o amam em "homens novos".

Também o Arcebispo de Cantuária e Primaz da Comunhão Anglicana, Justin Welby, dirigiu uma mensagem na qual convida a pedir a Cristo, todos os dias, a graça de viver a Sua vida em nós de modo que todos possam ver que a melhor coisa que podemos fazer é encontrar Jesus Cristo. (RL)

Rádio Vaticano 

Ano novo feliz? - Dom Walmor Oliveira de Azevedo*

“Feliz Ano Novo” é o augúrio contido nos votos tradicionalmente feitos, no desejo de cada coração e, particularmente, nas urgências e demandas que os variados cenários da sociedade estão gritando em alta voz. Ano Novo pela contagem de um dia após o outro não é novidade. O tempo passa inexoravelmente. Ninguém o detém e ele corre talvez ainda mais veloz na atualidade. São avalanches de solicitações, possibilidades, necessidades criadas, mas pouca interioridade.

Os grandes mestres ensinam que o tempo é, sobretudo, uma questão de interioridade. Se tudo é centrado na exterioridade e nas aparências, o tempo não só passa muito rápido como também de maneira pouco aproveitável. Desse modo, a cidadania fica comprometida, habitua-se a superficialidades e, lamentavelmente, o tempo da vida é compreendido como momento para se buscar o atendimento de interesses mesquinhos. Sem interioridade, adota-se um modo egoísta de viver, sem comprometimentos com a ordem social e com a lúcida exigência para as dinâmicas políticas.

O desejo de “Feliz Ano Novo”, para além da formalidade, uma expressão automática, até maquinal, para ser realidade, precisa de algo mais. É urgente cultivar uma nova sensibilidade social e política, formatando de maneira nova a cidadania. A “novidade” do “ano novo” depende do sentido social que alavanca e impulsiona a condição cidadã de cada indivíduo. Esse sentido inclui desde a educação de não jogar um papel de bala fora do cesto de lixo até a esperada competência e velocidade indispensáveis nas ações dos que governam, dos que têm maiores responsabilidades como construtores da sociedade pluralista.

O profeta Isaías, para despertar a consciência do povo, ação insubstituível para a novidade no tempo, fala do sentimento e do propósito de Deus a ser também assumido por todos os cidadãos de boa vontade. Ele compartilha que Deus, por amor, não descansa enquanto não surgir na sociedade, como luzeiro, a justiça, e não se acender nela, como uma tocha, a salvação. Deste modo se desenha o caminho para desdobramentos que possam trazer o novo, na contramão de interesses meramente grupais, partidários e religiosos, algumas vezes mesquinhos e alienantes.

O ano de 2014 não pode se resumir ao período eleitoral, considerada a sua importância decisiva, e nem simplesmente na festa da Copa do Mundo. Deve se constituir nesse tempo que se inicia uma chance para que os políticos não esgotem suas ações em meandros partidários, visando interesses próprios e de apoiadores. O sinal estará dado na qualidade do discurso, que deve ultrapassar o conservadorismo de ataques mútuos ou de armação de ciladas. A hora é de propor ações e programas com comprovada autoridade política, a partir do entendimento de que o povo é o verdadeiro detentor da soberania.

Esta compreensão inclui, pois, a competência e a sensibilidade requeridas para priorizar as necessidades do povo. Nesse sentido, ainda longo é o caminho e necessários são os ajustamentos nas práticas executivas governamentais. Nota-se uma falta de sensibilidade social e embasamento humanístico, nos mais diversificados setores, inviabilizando atendimentos básicos, como transporte, moradia, saúde, educação, lazer. A burocratização e a redução de tudo a números, analisados e tratados nos escritórios, comprovam essa falta de sensibilidade.  Revelam ausência de formação humanística que estreita a própria cidadania, permitindo uma satisfação a partir de indicadores que, mesmo volumosos, não podem camuflar a aflição dos outros, particularmente dos mais pobres e sofredores.

As estratégias e metas são importantes nas definições e nas escolhas. Imprescindível é o cultivo da sensibilidade social, à luz da fé e inspirada por um alto sentido de cidadania. Caso contrário, “chove-se no molhado” e não se verificam avanços globais, com o necessário envolvimento de todos. Em busca do novo para o Ano Novo, vale ter em conta a indicação do Papa Francisco, para quem crê e para quem quer honrar sua cidadania. O Papa sublinha que cada cristão, cidadão e comunidade tem o dever, se quiser gerar o novo, de ser instrumento de Deus e da cidadania, a serviço da libertação e da promoção dos pobres. Essa é a única via de capacitação para contribuições relevantes no diálogo em vista da paz social. Se todos seguirem essa indicação, 2014 poderá ser, efetivamente, um “Ano Novo”.

*Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, é doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma (Itália) e mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico, em Roma (Itália). Membro da Congregação do Vaticano para a Doutrina da Fé. Dom Walmor presidiu a Comissão para Doutrina da Fé da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), durante os exercícios de 2003 a 2007 e de 2007 a 2011. Também exerceu a presidência do Regional Leste II da CNBB - Minas Gerais e Espírito Santo. É o Ordinário para fiéis do Rito Oriental residentes no Brasil e desprovidos de Ordinário do próprio rito. Autor de numerosos livros e artigos. Membro da Academia Mineira de Letras. Grão-chanceler da PUC-Minas. 

Economia baseada em racionalidade ambiental



A economia baseada na racionalidade ambiental deve salvaguardar o espaço natural (Foto: Reprodução)
Marcus Eduardo de Oliveira
É preciso construir outra economia baseada em uma racionalidade ambiental, diz economista.


Dificilmente iremos ingressar num novo tempo de prosperidade saudável e economicamente desejável com possibilidades de bem-estar estendido a todos se não mudarmos o quanto antes o foco e o direcionamento da atividade econômica baseando-a em uma racionalidade ambiental. 

Quem diz isso é o economista Marcus Eduardo de Oliveira, nosso entrevistado dessa semana. Crítico severo em relação ao comportamento da macroeconomia tradicional que enaltece o mercado e as mercadorias, fazendo vistas grossas à questão ambiental, Marcus de Oliveira diz que “o modelo econômico praticado em larga escala pelo menos nos últimos 110 anos já se esgotou, e chegou o momento da reversão, até mesmo porque, até hoje, esse modelo gerou uma distribuição muito desigual dos ganhos”.

Os números da desigualdade socioeconômica parecem mesmo comprovar o argumento do economista. 

Em relação a isso, Oliveira ponderou que “atualmente, apenas 20% da população mais rica do mundo utilizam ¾ dos recursos naturais, numa situação em quase metade da população (3 bilhões de pessoas) ou está diretamente na pobreza ou habita nos limites dessa. Ora, isso é fruto de um modelo que priorizou o crescimento de forma exagerada, beneficiando poucos, sem o devido controle e cuidado para com a questão ambiental, em detrimento daqueles que mais necessitam. Resultado? Hoje temos 1 bilhão de estômagos vazios vivendo num meio ambiente caótico, fruto da degradação praticada pela voracidade desse crescimento econômico que, na prática, gera mais estragos que benefícios. Por isso, é urgentemente necessário se pensar numa nova etapa da economia”.

Para Marcus de Oliveira “uma nova economia centrada em uma base de racionalidade ambiental deve dar conta também, além do óbvio que é salvaguardar o espaço natural, de ser inclusiva, criando mecanismos para acabar com a vergonha de ainda termos esse contingente de um bilhão de estômagos vazios vagando pelo mundo”.

Essa nova economia centrada na racionalidade ambiental, com baixo carbono, deve passar pela geração e expansão dos chamados empregos verdes, potencializando a mão de obra em tarefas que demonstrem zelo pela questão ambiental. 

No caso específico do Brasil, os últimos dados apontam para a existência de 3 milhões de pessoas empregadas em atividades de empregos verdes.

“O caminho de qualquer economia que prioriza e faz de tudo para atender aos ditames do mercado que clama por mais produção e mais consumo, atingindo picos de crescimento inimagináveis é previamente conhecido: destruição ambiental, desmatamento, poluição, queimadas, escassez ecológica, extinção das espécies, emissão de gases de efeito estufa, entre outros”, ponderou o economista.

Autor de vários artigos sobre a relação da atividade econômica com a natureza, Marcus Eduardo de Oliveira ressaltou a importância da perspectiva ambiental no contexto econômico dizendo que “somos levados a pontuar um fato inexorável: a economia está ´dentro´ de algo muito maior chamado meio ambiente. Não se pode pensar a economia fora disso. Sem sistema ecológico não há economia. Assim, é de fundamental importância a racionalidade ambiental nos entornos da atividade econômica”. 

Toda essa questão envolvendo a necessidade de se atingir crescimento econômico versus a capacidade da natureza em oferecer recursos naturais tem se acirrado nos últimos tempos por conta das mais diversificadas fases de desequilíbrio ambiental verificado em quase todas as partes do mundo.

Oliveira, por fim, comentou que “crescimento é a expansão das bases físicas da economia (fazer mais), o que significa aumentar a pressão sobre os recursos naturais, ao passo que desenvolvimento é assegurar melhorias nas condições de vida (viver melhor). O primeiro conceito se prende ao lado quantitativo (mais); já o segundo se refere ao aspecto qualitativo (melhor). Pensar uma nova etapa da vida econômica significa pensar, antes, na vida ecológica, salvando o planeta para o bem de todos nós”, concluiu o economista.
Notas: Entrevista de Marcos Educardo de Oliveira concedida ao jornalista do Diário do Oeste, Ricardo Pereira
Marcus Eduardo de Oliveira é economista e professor de economia da FAC-FITO e do UNIFIEO, em São Paulo. Contato: prof.marcuseduardo@bol.com.br

PLANEJE SEU ANO NOVO

É chegado o fim do ano. Novo tempo vai começar. Renascem em nós novas esperanças. E quando chega a meia noite do dia 31 de dezembro, a festa de acolhida do ano novo explode em gritos de alegria e oração: feliz ano novo! É a celebração do fim de um tempo e o início de outro. A troca de presentes, os desejos de “boas festas”, as brincadeiras em forma de simpatias, as vestes brancas e até guloseimas específicas, fazem parte desse momento inaugural de um ano novo.
Costumamos planejar novos passos com atitude forte e decidida: neste ano vou cuidar mais da minha saúde; vou estudar com mais afinco; vou ser mais organizado em minhas tarefas; não vou gastar dinheiro com supérfluos... Mas, passados alguns dias, a magia do ano novo vai se perdendo e a rotina volta a insistir; o cansaço do trabalho, o desgaste nas relações, o stress e outros problemas pessoais vão trazendo de volta a mesmice da vida; esquecemos os projetos e objetivos elaborados no rito de passagem do ano. Assim, corremos o risco de não realizar os sonhos planejados. O pior é quando esquecemos o planejamento anterior e traçando planos para o futuro sem sequer avaliarmos o ano que passou. Isso acontece com quem não sabe aonde quer chegar.
Surge assim a necessidade de reservar um momento para o planejamento pessoal de vida. Trata-se de colocar no papel os sonhos que queremos realizar, traçar metas, objetivos, estratégias para o ano: o que necessito realizar? Quando? Onde? Como fazer?
Quem planeja suas ações, tem consigo a direção da sua existência, embora nem sempre seja possível guiar a vida para onde desejamos. Quem se deixa levar pelo acaso, assume as consequências de um futuro medíocre.
Antes de começar o seu ano novo, tome uma decisão firme e positiva de fazer no presente a base para o seu futuro. Avalie e planeje, com o cuidado de traçar estratégias possíveis de serem concretizadas. Em algum momento do ano, é preciso avaliar o desempenho do plano de vida e se preciso for, dar novos rumos a ele. Assim como a semente plantada no campo necessita ser cultivada, nossos sonhos e planos também devem ser bem cuidados: só assim poderão germinar, nascer, crescer e dar frutos.
Essencial nesse processo é a confiança na Luz Divina, que ilumina nossos passos e encaminha nossos planos. Não se trata de entregar a Deus toda a responsabilidade dos rumos de nossa existência, como se não tivéssemos nada com isso. Ao mesmo tempo, não podemos deixar o curso de nossa história sob a ação do acaso e do destino. Precisamos tomar nas mãos a responsabilidade de construir a história, guiados e iluminados por Deus. O tempo é de Deus, a Ele devemos nossa existência e para Ele voltaremos. Precisamos planejar a vida para oferecer o melhor de nós mesmos para a construção de uma história bem feita. Planejar o tempo é dar impulso ao projeto de Deus em nós.
Um bom ano novo vai depender dos sonhos que planejamos agora, do cultivo durante o ano e da abertura à força inspiradora de Deus na realização dos projetos. Que você comece bem o ano novo e receba muitas bênçãos de Deus para os seus sonhos. É só começar!

Aparecida será sede do 1º Congresso Americano da Infância Missionária

A cidade de Aparecida sediará o 1º Congresso Americano da Infância Missionária. O evento continental acontecerá entre os dias 23 e 25 de maio e pretende reunir cerca de 700 assessores e coordenadores das Américas e do Brasil.
Foto de: Divulgação
Congresso acontecerá em Aparecida (SP)
O tema central do congresso é: "IAM da América a serviço da missão" e o lema: "Vocês são meus amigos"! (Jo 15,14).
O encontro é direcionado a assessores da Infância Missionária com pelo menos dois anos de caminhada e idade mínima de 18 anos.
O Brasil participa com 500 vagas. As restantes serão preenchidas por estrangeiros. As inscrições serão feitas via coordenação estadual da IAM (Infância Adolescência Missionária) e os estrangeiros via POM (Pontifícias Obras Missionárias) Nacional do Brasil até o dia 31 de março de 2014.
Fonte: Pontifícias Obras Missionárias

Novas vozes no Brasil: Políticos, uma reflexão mais profunda

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                                                                            Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula
Luiz Inácio Lula da Silva 
Muitos acham que esses movimentos significam a negação da política. Eu acho que é justamente o contrario: eles indicam a necessidade de se ampliar ainda mais a democracia e a participação cidadã. De renovar a política, aproximando-a das pessoas e de suas aspirações cotidianas.

Eu só posso falar com mais propriedade sobre o Brasil. Há uma ávida nova geração em meu país, e eu creio que os movimentos recentes são, em larga medida, resultado das conquistas sociais, econômicas e políticas obtidas nos últimos anos. O Brasil conseguiu na última década mais que dobrar o número de estudantes universitários, muitos deles vindos de famílias pobres. Reduzimos fortemente a pobreza e a desigualdade. São grandes feitos, mas é também absolutamente natural que os jovens, especialmente aqueles que estão obtendo o que seus pais nunca tiveram, desejem mais.

Estes jovens tinham 8, 10,12 anos quando o partido que eu ajudei a criar, o PT, junto com seus aliados, chegou ao poder. Não viveram a repressão da ditadura nos anos 60 e 70. Não viveram a inflação dos anos 80, quando a primeira coisa que fazíamos ao receber um salário era correr para um supermercado e comprar tudo o que fosse possível antes que os preços subissem no dia seguinte. Também tem poucas lembranças dos anos 90, quando a estagnação e o desemprego deprimiam o nosso país. Eles querem mais. E é compreensível que seja assim. Tiveram acesso ao ensino superior, e agora querem empregos qualificados, onde possam aplicar o que aprenderam nas universidades. Passaram a contar com serviços públicos de que antes não dispunham, e agora querem melhorar a sua qualidade. Milhões de brasileiros, inclusive das classes populares, puderam comprar o seu primeiro carro e hoje também viajam de avião. A contrapartida, no entanto, deve ser um transporte público eficiente e digno, que facilite a mobilidade urbana, tornando menos penosa e estressante a vida nas grandes cidades.

Os anseios dos jovens, por outro lado, não são apenas materiais. Também querem maior acesso ao lazer e à cultura. E, sobretudo, reclamam instituições politicas mais transparentes e limpas, sem as distorções do anacrônico sistema partidário e eleitoral brasileiro, que até hoje não se conseguiu reformar. É impossível negar a legitimidade de tais demandas, mesmo que não seja viável atendê-las todas de imediato. É preciso encontrar fontes de financiamento, estabelecer metas e planejar como elas serão gradativamente alcançadas.

A democracia não é um pacto de silêncio. É a sociedade em movimento, discutindo e definindo suas prioridades e desafios, almejando sempre novas conquistas. E a minha fé é que somente na democracia, com muito dialogo e construção coletiva, esses objetivos podem ser alcançados. Só na democracia um índio poderia ser eleito Presidente da Bolívia, e um negro Presidente dos Estados Unidos. Só na democracia um operário e uma mulher poderiam tornar-se Presidentes do Brasil.

A história mostra que, sempre que se negou a política e os partidos, e se buscou uma solução de força, os resultados foram desastrosos: guerras, ditaduras e perseguições de minorias. Todos sabemos que, sem partidos, não pode haver verdadeira democracia. Mas cada vez fica mais evidente que as nossas populações não querem apenas votar de quatro em quatro anos, delegando o seu destino aos governantes. Querem interagir no dia a dia com os governos, tanto locais quanto nacionais, participando da definição das políticas públicas, opinando sobre as principais decisões que lhes dizem respeito.

Em suma: não querem apenas votar, querem ser ouvidas. E isso constitui um tremendo desafio para os partidos e os lideres políticos. Supõe ampliar as formas de escuta e de consulta, e os partidos precisam dialogar permanentemente com a sociedade, nas redes e nas ruas, nos locais de trabalho e de estudo, reforçando a sua interlocução com as organizações dos trabalhadores, as entidades civis, os intelectuais e os dirigentes comunitários, mas também com os setores ditos desorganizados, que nem por isso tem carências e desejos menos respeitáveis.

E não só em períodos eleitorais. Já se disse, e com razão, que a sociedade entrou na era digital e a política permaneceu analógica. Se as instituições democráticas souberem utilizar criativamente as novas tecnologias de comunicação, como instrumentos de dialogo e participação, e não de mera propaganda, poderão oxigenar – e muito – o seu funcionamento, sintonizando-se de modo mais efetivo com a juventude e todos os setores sociais.

No caso do PT, que tanto contribuiu para modernizar e democratizar a política brasileira e que há dez anos governa o meu país, estou convencido de que ele também precisa renovar-se profundamente, recuperando seu vinculo cotidiano com os movimentos sociais. Dando respostas novas a problemas novos. E sem tratar os jovens com paternalismo.

A boa noticia é que os jovens não são conformistas, apáticos, indiferentes à vida pública. Mesmo aqueles que hoje acham que odeiam a política, estão começando a fazer política muito antes do que eu comecei. Na idade deles, não imaginava tornar-me um militante político. E acabamos criando um partido, quando descobrimos que no Congresso Nacional praticamente não havia representantes dos trabalhadores. Inicialmente não pensava em me candidatar a nada. E terminei sendo Presidente da República. Conseguimos, pela política, reconquistar a democracia, consolidar a estabilidade econômica, retomar o crescimento, criar milhões de novos empregos e reduzir a desigualdade no meu país. Mas claro que ainda há muito a ser feito. E que bom que os jovens queiram lutar para que a mudança social continue e num ritmo mais intenso.

Outra boa notícia é que a Presidente Dilma Rousseff soube ouvir a voz das ruas e deu respostas corajosas e inovadoras aos seus anseios. Propôs, antes de mais nada, a convocação de um plebiscito popular para fazer a tão necessária reforma política. E lançou um pacto nacional pela educação, a saúde e o transporte público, no qual o governo federal dará grande apoio financeiro e técnico aos estados e municípios.

Quando falo com a juventude brasileira e de outros países, costumo dizer a cada jovem: mesmo quando você estiver irritado com a situação da sua cidade, do seu estado, do seu país, desanimado de tudo e de todos, não negue a política. Ao contrário, participe! Porque o político que você deseja, se não estiver nos outros, pode estar dentro de você.

E-book em homenagem ao papa Francisco, ao celebrar 77 anos, 17/12


                                                                    

Papa Francisco recorda as vítimas do incêndio de Cromañón



Cidade do Vaticano (RV) - Foi recordado nesta segunda-feira, em Buenos Aires, o 9° aniversário do incêndio na danceteria conhecida como "Cromañón", onde em 30 de dezembro de 2004 morreram 194 pessoas. 


A carta do Papa Francisco, endereçada ao Bispo de Gualeguaychú, Dom Jorge Lozano, Presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social (CEPAS), foi lida nesta segunda-feira, na Catedral de Buenos Aires, durante a missa celebrada pelo Arcebispo de Buenos Aires, Dom Mario Poli, Primaz da Argentina.

"Nestes dias em que se renova a esperança, não posso me esquecer dos jovens de Cromañón, seus pais e familiares. Sei que você, Dom Jorge Lozano, está muito próximo a eles e por isso, lhe peço para transmitir a cada um a minha recordação e proximidade. As feridas fazem mal e fazem ainda mais quando não são tratadas com ternura. Olhando o Menino Jesus, que é ternura, peço para eles este comportamento: saber tratar com cuidado e ternura as feridas. Elas estão ali e não se pode escondê-las e negá-las. Somente uma carícia suave, do nosso coração, em silêncio, com respeito, pode dar alívio. Sendo a ternura de Deus a ternura máxima, peçamos a Ele para que a cada um se aproxime o seu conforto caloroso de Pai e nos ensine a não ficar sozinhos e a continuar buscando a companhia dos irmãos. A todos vocês desejo um Santo Natal. Que Jesus abençoe a todos e a Virgem Maria cuide de todos vocês. Por favor, não se esqueçam de rezar por mim", conclui a nota do Santo Padre. (MJ)

Rádio Vaticano 

Não chores pelo teu passado, luta pelo teu presente

Não chores pelo que perdeste, luta pelo que tens. Não chores pelo que está morto, luta por aquilo que nasceu em ti. Não chores por quem te abandonou, luta por quem está contigo. Não chores por quem te odeia, luta por quem te quer. Não chores pelo teu passado, luta pelo teu presente. Não chores pelo teu sofrimento, luta pela tua felicidade. Com as coisas que vão nos acontecendo vamos aprendendo que nada é impossível de solucionar, apenas siga adiante" - Papa Francisco 




Quenianos vencem a São Silvestre

Prova masculina tem três primeiros colocados do país africano. Sueli Silva, na sexta colocação, e Giovani dos Santos, em quarto, são os melhores do Brasil no evento

Por São Paulo 
A supremacia queniana na São Silvestre ganhou dois novos capítulos na manhã desta terça-feira. Líder absoluta a partir da segunda metade da prova, Nancy Kipron resistiu à ameaça etíope na reta final e conquistou seu primeiro título em São Paulo com o tempo de 51m58s. Minutos depois, o compatriota Edwin Kipsang cruzou a linha de chegada em 43m48s para confirmar o bicampeonato entre os homens, acompanhado de outros dois quenianos. Entre os brasileiros, Sueli Silva, em sexto, e Giovani dos Santos, em quarto, foram os melhores colocados.
- Estou satisfeito com o resultado da corrida. Fui com os quenianos até onde deu, e teve um momento em que eu cheguei a encostar. Achei que dava para pegar o terceiro lugar, mas senti um problema na panturrilha, e graças a Deus consegui chegar em quarto. A gente vem trabalhando muito, os resultados estão aparecendo, e a nossa hora vai chegar. Achei que o terceiro seria nesta terça-feira, mas senti a panturrilha na subida e isso dificultou um pouquinho - disse Giovani, em entrevista à TV Globo.
giovani dos santos são silvestre (Foto: Marcos Ribolli)Giovani dos Santos sentiu dores na panturrilha, mas foi o brasileiro mais bem colocado na prova (Foto: Marcos Ribolli)

Com o resultado, o Quênia se isola ainda mais no ranking geral de vitórias da São Silvestre. O país africano possui 25 títulos contra 16 do Brasil. O jejum verde-amarelo agora dura três anos na prova masculina e sete na feminina. Os últimos campeões da casa no evento foram Marílson Gomes, em 2010, e Lucélia Peres, em 2006.
Kipron dispara na metade do percurso
Nos primeiros três quilômetros de prova as brasileiras Marluce Ferreira, Cruz Nonata e Maria Zeferina Baldaia conseguiram se manter no pelotão principal. Mas o ritmo forte das adversárias africanas fez com que as atletas da casa logo depois ficassem para trás. Sara Makena, da Tanzânia, e a queniana Maurine Kipchumba, vencedora da prova em 2012, se revezaram na ponta por um bom tempo até a também queniana Nancy Kipron disparar.
Vencedora da Corrida de Reis no início do ano e tricampeã da Volta da Pampulha, Kipron abriu larga vantagem sobre as rivais. Não havia nenhuma concorrente à vista, mas o cansaço fez a corredora olhar para trás com frequência para conferir se a margem continuava larga. Incentivada pelos torcedores na Avenida Paulista, ela viu a aproximação perigosa da rival etíope Kebede Gudeta. A largada, no entanto, estava próxima o suficiente para garantir a vitória em 51m58s.
são silvestre Nancy Kipron   (Foto: Marcos Ribolli)Nancy Kipron terminou a prova exausta e por pouco não foi alcançada por rival etíope (Foto: Marcos Ribolli)

No masculino, estratégia de equipe do Quênia

Entre os homens, Giovani dos Santos foi o único brasileiro a manter-se no pelotão principal durante os 15 km de percurso. Mas o jogo de equipe queniano ficou evidente o tempo todo, com três atletas do país africano se revezando na ponta. O mineiro até se arriscou em um sprint, mas não manteve o ritmo e viu Edwin Kipsang, vencedor da prova em 2012, arrancar na liderança. Com folga na ponta, ele completou o trajeto em 43m48s. Os compatriotas Mark Korir e Stanlei Koech chegaram em segundo e terceiro lugares, respectivamente.
Entre os cadeirantes, os primeiros a largarem na manhã desta terça-feira, Aline dos Santos Rocha foi a mais rápida entre as mulheres, enquanto Jaciel Antonio Paulino cruzou a linha de chegada em primeiro lugar na categoria masculina.
Edwin Kipsang são silvestre (Foto: Marcos Ribolli)Trabalho em equipe dos quenianos funciona, e Edwin Kipsang fatura o bicampeonato da São Silvestre (Foto: Marcos Ribolli)

Confira o tempo dos primeiros colocados

Feminino

1)Nancy Kipron - QUE - 51m58s
2) Kebede Gudeta - ETI - 52m06s
3) Jackline Juma Sakilu - 52m29s
4) Sara Makera - TZA - 52m40s
5) Delvine Meringor - QUE - 52m46s

Masculino
1) Edwin Kipsan - QUE - 43m48s
2) Mark Korir - QUE - 44m09s
3) Stanlei Koech - QUE - 44m29s
4) Giovani dos Santos - BRA - 44m50s
5) Abderrhime Elasri (MAR) - 45m28s 
são silvestre corrida 2013 (Foto: Marcos Ribolli)Edição de 2013 teve recorde de participantes: no total, 27.500 corredores entre profissionais e amadores (Foto: Marcos Ribolli)