quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Astrônomos criticam lançamento de 'estrela artificial'

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A esfera, batizada pela empresa de 'Estrela da Humanidade', pode ser vista a olho nu de qualquer lugar do planeta.
Enquanto estiver no céu, a estrela artificial será o objeto mais brilhante do céu, segundo informações do jornal britânico
Enquanto estiver no céu, a estrela artificial será o objeto mais brilhante do céu, segundo informações do jornal britânico "The Guardian". (Divulgação).

Uma empresa da Nova Zelândia enviou ao espaço há alguns dias uma "estrela artificial", com o objetivo de divulgar seu primeiro lançamento de satélites. Mas o objeto, semelhante a uma grande esfera espelhada de pista de dança, está enfurecendo astrônomos, que qualificaram a iniciativa de "vandalismo" e "pichação astronômica".

A esfera, batizada pela empresa de "Estrela da Humanidade", pode ser vista a olho nu de qualquer lugar do planeta e ficará em órbita por nove meses, completando uma volta ao redor da Terra a cada 90 minutos. Enquanto estiver no céu, a estrela artificial será o objeto mais brilhante do céu, segundo informações do jornal britânico "The Guardian".

A partir de uma remota fazenda no interior da Nova Zelândia, a empresa de exploração espacial local Rocket Lab lançou seu primeiro foguete ao espaço. Mas, além de colocar em órbita alguns satélites convencionais, o lançamento espacial inédito no país também serviu para enviar secretamente uma "Estrela da Humanidade".

A esfera de cerca de 1 metro de diâmetro é feita de fibra de carbono e se compõe de 65 painéis altamente reflexivos. Segundo a empresa, a superfície brilhante reflete os raios do Sol de volta para a Terra, criando uma forte fonte de luz brilhante que tem a aparência de uma estrela com grande brilho.

A cerca de 500 quilômetros de altitude, a esfera viaja no espaço em uma velocidade 27 vezes mais rápida que a do som, girando rapidamente. Depois de nove meses, sua órbita deverá começar a decair e ela entrará de volta na atmosfera, sendo completamente desintegrada. De acordo com o fundador e presidente da empresa, Peter Beck, o feito é um passo "quase sem precedentes" na exploração comercial privada.

Mas vários astrônomos parecem não ter gostado da ideia. Caleb Scharf, diretor de Astrobiologia da Universidade Columbia (EUA), comentou o caso na revista "Scientific American". "A maior parte de nós não acharia bonitinho se eu pregasse uma grande luz estroboscópica em um urso polar, ou se eu exaltasse o slogan da minha empresa em toda a perigosa parte superior do Everest. Colocar uma esfera brilhante no céu parece igualmente abusivo", disse.

De acordo com o que falou ao "The Guardian", o pesquisador Richard Easther, da Universidade de Auckland (Nova Zelândia), o objeto ajuda a agravar o problema da poluição luminosa, o que já é uma grave preocupação para os cientistas que trabalham com a observação do céu.


Agência Estado


Eclipse total lunar – Super Lua, Lua de Sangue e Lua Azul

DEIXOU OS MARINHO: Cristina Serra Deixa A TV Globo Após 26 Anos; CONFIRA!

Por Redação Click Política  Em 31 jan, 2018


Parece que as saídas de jornalistas consagrados da TV Globo ainda não chegaram ao fim. Depois de Carla Vilhena, William Waack (que foi demitido) e Evaristo Costa, foi a vez de Cristina Serra dar adeus à emissora dos Marinho. Por meio do Facebook, a profissional comunicou a saída da TV e afirmou que “a vida abre novas trilhas”.

“Depois de 26 anos, encerro hoje meu contrato com a Rede Globo. Aos amigos e parceiros que tanto me ensinaram, com generosidade e enorme competência, meu mais afetuoso muito obrigada. A vida abre novas trilhas. A elas, pois. E, como eu vivo dizendo ao meu filho: vamos em frente! Com coragem e alegria. Sempre”, escreveu.

A jornalista é natural de Belém (PA), mas teve quase que a totalidade da carreira feita em Brasília. Foi correspondente, âncora de telejornais locais e, por fim, estava nos debates do Programa do Jô.

Click Política com o Metrópoles

O túmulo de São Pedro no subsolo da Basílica vaticana

(continuação do post anterior: Testemunho unânime da Tradição sobre a presença dos ossos de São Pedro no Vaticano)
O papa Pio XII dispôs uma escavação arqueológica sob o altar-mor da Basílica Vaticana. Essa aconteceu entre 1939 e 1949 e foi levada a cabo por quatro estudiosos de arqueologia, arquitetura e história da arte.

Tratou-se de Bruno Maria Apollonj-Ghetti; Pe Antonio Ferrua, S.J.; Enrico Josi e Pe. Engelbert Kirschbaum, S.J.; sob a direção de dom Ludwig Kaas, secretário da Insigne Fábrica de São Pedro.

Eles encontraram o monumento de Constantino, um paralelepípedo com cerca de três metros de altura, revestido de mármore pavonáceo e pórfiro.

Escavando ao longo dos lados do monumento constantiniano encontraram debaixo dele o túmulo de Pedro.

As escavações revelaram uma pequena capela, formada por uma mesa sustentada por duas pequenas colunas de mármore e apoiada num muro rebocado e pintado de vermelho (o chamado “muro vermelho”) em posição correspondente à de um nicho; no chão, diante do nicho, sob uma pequena laje, um túmulo escavado diretamente na terra.

Túmulo de São Pedro desde a nave central da basílica
A pequena capela, que pode ser datada do século II, logo foi identificada como sendo o “troféu de Gaio”.

Tratava-se do mais primitivo túmulo que guardou originalmente as relíquias.

Mas o túmulo encontrado estava vazio, pois as relíquias foram transferidas posteriormente.

O monumento constantiniano havia englobado também uma outra estrutura, ao lado da capela, um pequeno muro perpendicular ao “muro vermelho”.

Esse pequeno muro foi denominado “muro dos grafitos”, pois, na face oposta à capela, continha um grande número de grafitos sobrepostos uns aos outros, anteriores ao próprio Constantino.

No interior do pequeno muro, havia sido escavado em tempos antigos, seguramente depois da inserção dos grafitos e antes do arranjo definitivo do monumento constantiniano, um lóculo em forma de paralelepípedo revestido de mármore em toda a base e, até uma certa altura, nos quatro lados, um dos quais, o ocidental, terminava justamente no “muro vermelho”.

Segundo a reconstrução elaborada mais tarde pela arqueóloga Margherita Guarducci, desse lóculo havia sido retirada grande parte do material que continha.

“Pedro está aqui”
Dali provém um importantíssimo documento. Trata-se um fragmento extremamente pequeno (3,2 x 5,8 cm) de reboco vermelho, sobre o qual está grafitado, em grego, a expressão “PETR[Oc] ENI”, ou seja, “Pedro está aqui”.

Túmulo de São Pedro, visto desde a cripta
Os estudos de Guarducci entre 1952 e 1965, levaram à decifração dos grafitos mostrando que estes continham uma ampla série de invocações a Cristo, a Maria e a Pedro, sobrepostas e combinadas.

Os mesmos estudos, compostos de pesquisas complexas e bem articuladas, realizadas com o máximo rigor científico, permitiram constatar que nesse lóculo tinham ficado as relíquias de Pedro depois de retiradas do túmulo escavado na terra.

Onde estavam então as relíquias?
Encontravam-se numa pequena caixa extraída daquele mesmo lóculo durante as excavações dos cientistas e guardada nas dependências das Grutas Vaticanas.

Depois de analisados, os restos mortais revelaram-se pertencentes a um só homem, de compleição robusta, que morrera em idade avançada.

Tinham incrustações de terra e mostravam terem sido envolvidas num pano de lã colorida de púrpura, com trama de ouro.

As relíquias eram compostas de fragmentos de todos os ossos do corpo, exceto dos ossos dos pés, dos quais não havia o menor vestígio.

Esse pormenor, realmente singular, não podia deixar de trazer à memória a circunstância da crucifixão inverso capite (de cabeça para baixo), atestada por antiga tradição como símbolo da humildade de Pedro.

Os resultados desse tipo de crucifixão, ou seja, a separação dos pés, eram visíveis nos restos do corpo encontrado.

Crucifixão de São Pedro. Massaccio, Pisa
A mesma circunstância correspondia perfeitamente a um conhecimento bem sólido, do ponto de vista histórico: o do costume romano de tornar espetaculares as execuções dos condenados à morte.

O cadáver dos executados, privado do direito de sepultura, era abandonado no lugar do suplício.

Foi o que ocorreu a Pedro, levado à morte sem nenhuma distinção, entre muitos outros; só quando foi possível recuperar o corpo é que o apóstolo foi sepultado na terra, da maneira mais humilde – provavelmente às pressas, no lugar mais próximo à disposição.

O arqueólogo Antônio Ferrua descobriu ainda características das substâncias químicas contidas na ossada, pertencente a um homem que viveu a maior parte de sua vida próximo do Lago de Tiberíades, na Galileia.

Por fim, no encerramento do Jubileu de 1950, Pio XII deu o anúncio do reconhecimento da sepultura de Pedro, que uma tradição antiquíssima e unânime também atestava, e a ciência arqueológica confirmava.

“Nos subterrâneos da Basílica Vaticana estão os fundamentos da nossa fé. A conclusão final dos trabalhos e dos estudos responde um claríssimo ‘sim’: o túmulo do Príncipe dos Apóstolos foi encontrado”.

Porém, as investigações prosseguiram.

O túmulo de São Pedro no subsolo da Basílica vaticana (em inglês, legendado em português)

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O subsolo da Basílica de São Pedro. Um dos maiores tesouros da fé cristã, as relíquias do primeiro Papa, São Pedro. Trecho do documentário THE HIDDEN WORLD, da BBC. postado por Leandro Caprioti Manso no Facebook.

(via Ciência confirma Igreja)

Papa: ouvido, coração e mãos: o itinerário da Palavra de Deus

Papa na Audiência Geral
"A Palavra de Deus faz um caminho dentro de nós. A escutamos com os ouvidos, passa pelo coração, não permanece nos ouvidos, deve ir ao coração e do coração passa às mãos, às boas obras. Este é o percurso que faz a Palavra de Deus: dos ouvidos ao coração e às mãos", disse o Santo Padre.
Cidade do Vaticano

"Como poderíamos enfrentar a nossa peregrinação terrena, com as suas dificuldades e as suas provas, sem ser regularmente nutridos e iluminados pela Palavra de Deus que ressoa na liturgia?"

Ao dar continuidade a sua série de catequeses sobre a Santa Missa, o Papa Francisco falou na Audiência Geral desta quarta-feira, a 4ª de 2018 e a 213ª de seu Pontificado, sobre a Liturgia da Palavra, "que é uma parte constitutiva porque nos reunimos justamente para escutar o que Deus fez e pretende ainda fazer em nós".

"É uma experiência que acontece "ao vivo" e não por ouvir dizer - explicou o Santo Padre aos fiéis presentes na Praça São Pedro - porque quando na Igreja se lê a Sagrada Escritura, é Deus mesmo que fala ao seu povo e Cristo, presente na sua palavra, anuncia o Evangelho".

O Papa alertou então, que muitas vezes enquanto se lê a Palavra de Deus, se fazem comentários sobre como o outro se veste ou se comporta. Ao invés disto, "devemos escutar, abrir o coração porque é o próprio Deus que nos fala e não pensar em outras coisas ou em falar de outras coisas. Entenderam? Não acredito que aconteça muito, mas explicarei o que acontece nesta Liturgia da Palavra":

"As páginas da Bíblia deixam de ser um escrito para tornarem-se palavra viva, pronunciada por Deus. É Deus que por meio do que se lê nos fala e interpela a nós que escutamos com fé (...). Mas para escutar a Palavra de Deus, é preciso ter também o coração abertopara receber a palavra no coração. Deus fala e nós nos colocamos em escuta, para depois colocar em prática o que ouvimos. É muito importante ouvir. Algumas vezes não entendemos bem porque existem algumas leituras um pouco difíceis. Mas Deus nos fala o mesmo em outro modo: em silêncio e ouvir a Palavra de Deus. Não esqueçam isto. Na Missa, quando começam as leituras, ouvimos a Palavra de Deus".

"Temos necessidade de escutá-lo!", enfatizou o Papa. "É de fato uma questão de vida, como bem recorda a incisiva expressão «nem só de pão o homem viverá, mas de toda a palavra que procede da boca de Deus»".

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 Neste sentido, "falamos da  Liturgia da Palavra como da "mesa" que o Senhor prepara para alimentar a nossa vida espiritual".

A mesa litúrgica é abundante, "abre mais largamente os tesouros da Bíblia", do Antigo e do Novo Testamento, porque neles é anunciado pela Igreja o único e idêntico mistério de Cristo:

"Pensemos na riqueza das leituras bíblicas oferecidas pelos três ciclos dominicais que, à luz do Evangelhos Sinóticos, nos acompanham no decorrer do ano litúrgico, uma grande riqueza".

O Papa chamou a atenção para a importância do Salmo responsorial, "cuja função é favorecer a meditação do que foi escutado na leitura que o precede".

"É bom que o Salmo seja valorizado com o canto, ao menos  do refrão", observou Francisco, acrescentando que também as leituras dos dias feriais constituem "um grande nutrimento para a vida cristã".

O Santo Padre explicou então que "as leituras da Missa, variadamente ordenadas segundo as diferentes tradições do Oriente e Ocidente, estão contidas nos Lecionários":

"A proclamação litúrgica das mesmas leituras, com os cantos deduzidos da Sagrada Escritura, exprime e favorece a comunhão eclesial, acompanhando o caminho de todos e de cada um".

Neste sentido - explica - "se entende porque escolhas subjetivas, como a omissão de leituras e a sua substituição com textos não bíblicos, são proibidas":

"Isto de fato empobrece e compromete o diálogo entre Deus e o seu povo em oração. Pelo contrário, a dignidade do ambão e o uso do lecionário, a disponibilidade de bons leitores e salmistas. Mas procurem bons leitores, eh!, aqueles que saibam ler, não aqueles que leem e não se entende nada, eh! é assim, eh! Bons leitores, eh! Devem se preparar e ensaiar antes da Missa para ler bem. E isto cria um clima de silêncio receptivo".

A Palavra do Senhor é uma ajuda indispensável para não nos perdermos, nos nutre e nos ilumina, nos ajudando assim a enfrentarmos as dificuldades e as provas de nossa peregrinação terrena.

Mas "não basta ouvir com os ouvidos, sem acolher no coração a semente da divina Palavra, permitindo a ela dar fruto":

"A ação do Espírito, que torna eficaz a resposta, tem necessidade de corações que se deixem trabalhar e cultivar, de modo que aquilo que é ouvido na Missa passe para a vida cotidiana, segundo a advertência do apóstolo Tiago: «Sede cumpridores da palavra e não apenas ouvintes; isto equivaleria a vos enganardes a vós mesmos»."

"A Palavra de Deus faz um caminho dentro de nós. A escutamos com os ouvidos, passa pelo coração, não permanece nos ouvidos, deve ir ao coração e do coração passa às mãos, às boas obras. Este é o percurso que faz a Palavra de Deus: dos ouvidos ao coração e às mãos. Aprendamos estas coisas. Obrigado.”

O que Jesus entendia - e os cientistas podem aprender - sobre o significado da boca?

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Cristo, se junta a nós de maneira surpreendente e nova, nos elementos mais naturais: saborear, falar e beijar.
A pessoa que realmente entendeu o que os beijos significam foi aquela mulher que ungiu com eles os pés de Jesus.
A pessoa que realmente entendeu o que os beijos significam foi aquela mulher que ungiu com eles os pés de Jesus. (Lesly Juarez/ Unsplash)
Por Chade Engelland

Se um biólogo distraído ou um cientista exótico estudassem a boca humana, sem prestar atenção à experiência humana, eles poderiam facilmente concluir que essas mandíbulas, dentes e língua são funcionalmente equivalentes à boca de qualquer outro animal: um orifício para ingerir e para digerir. Tais cientistas ficariam bastante surpresos quando a mandíbula se move e a língua se desenvolve e acaba tudo entrando em um complexo de comunicação mundial.

Comer, mastigar e assimilar, falar e colocar os pensamentos para ser recebidos pelas pessoas. Esses atos são surpreendentemente diferentes e, no entanto, ocorrem graças à mesma boca. Talvez seja mais estranho que ela também possa dizer: "Eu amo você". Pode, ainda, expressar esse amor, mantendo o silêncio, roubando e dando um beijo.

Mas a boca também é para outras coisas incomuns. A boca é uma galeria na qual apreciamos as obras comestíveis de artistas humanos, os pratos que os chefs nos servem, participamos de muitas e deliciosas misturas de sabores. Uma vez que o alimento é engolido, seu papel passa para o aspecto biológico. A boca é o lugar para a ação humana de comer: saborear.

Ao falar, as bocas expressam nossos pensamentos para que possam ser ouvidos pelos outros. Esta possibilidade é especificamente humana na medida em que não estamos lidando com gritos e gemidos, mas uma fala que representa o mundo no qual vivemos com outros. Quando alguém diz: "Eu ainda não consigo esquecer essa delícia que foram os tacos mexicanos da noite passada", nossos pensamentos não se voltam para a boca do falante, mas para o delicioso sabor dos tacos.

Quando somos beijados, não nos dedicamos a pensamentos sobre o mundo, mas prestamos homenagem à presença física de um ente querido: "Estou feliz que você está aqui, e fico ainda mais feliz que você esteja aqui comigo". É verdade que cães e outros animais também beijam, mas o beijo humano é entretecido com a fala e, assim, assume uma aparência diferente. Os lábios que podem falar de todo o universo em silêncio para prestar homenagem à pessoa presente aqui.

Jesus mostra um profundo apreço por essas três funções únicas da boca humana. Primeiro, ele diz aos discípulos que sejam o sal da terra. Se houver significado nessa metáfora, é bom que o sal melhore o sabor da nossa comida e nos permita saboreá-la ainda mais (Mt 5,13). Além disso, Jesus fez vinho e até cozinhou peixe que podemos imaginar que ficou delicioso, como bem podemos imaginar uma comida saborosíssima.

Em segundo lugar, ele ressalta que não é o que colocamos na nossa boca (a nossa comida), o que pode nos tornar impuros, mas o que sai de nós, as palavras da nossa boca (nosso discurso) (Mc 7, 18-23).

Em terceiro lugar, ele chama a atenção para a ação paradoxal de Judas: "Judas, você trairá o Filho do Homem com um beijo?" (Lc 22, 48). A pessoa que realmente entendeu o que os beijos significam foi aquela mulher que ungiu seus pés com eles, pois ao contrário do dono da casa, ela o recebeu amorosamente com muitos beijos (Lc 7, 45-47).

Mas há uma quarta dimensão que o Senhor apresenta. Jesus diz: "Tomai e comei; este é o meu corpo". Ao fazê-lo, ele sem dúvida está atento às outras funções da boca humana - saborear, falar e beijar: "Ao mastigar este corpo, você receberá a vida de amor em você. Por seu 'Amém' você reconhece que eu sou a origem de tudo que está aqui presente para sua recepção. Ao me receber com um beijo sob o teto da boca, você pode saborear o sal do sal, o amor que torna o mundo glorioso. Este é o alimento que satisfaz a fome mais profunda; é o amor pelo que eu lutei, e que com alegria oferecemos para fortalecer a vida".

Perante tal oferta, fazemos bem em abrir a boca e falar: "Senhor, não sou digno de que entreis na minha casa, mas diz só uma palavra e a minha alma será curada". Emprestando as palavras do centurião neste contexto e transfigurando seu significado. Aqui não estamos orando pela cura, para que Cristo não precise vir até nós. Estamos rezando para nos curar de longe para que possamos recebê-lo em casa. Não simplesmente que ele possa vir a nossa casa, mas que possa vir para a casa que somos nós mesmos. Não que ele possa vir abaixo do telhado da nossa casa, mas que ele possa vir abaixo do telhado da nossa boca. Não para que ele possa curar um servo, mas para que ele possa curar o nosso próprio eu. Não para que possamos ser restaurados para a vida mortal, mas para que possamos ser enxertados em sua vida eterna.

Então, tendo dito "Amém" e tendo aberto a boca para recebê-lo, fazemos bem em saborear em silêncio quando nos lembramos das palavras de nosso Senhor: "Desde o momento em que entrei, ela não deixou de beijar meus pés" (Lc 7, 45).

Que a boca sirva esta quarta função, para receber o Senhor eucarístico, é surpreendente. Mas se estivermos verdadeiramente conscientes da variedade surpreendente de coisas para as quais nossas bocas servem, perceberemos que, por mais estranho que seja, não é tão assim. Ao contrário, Cristo, se junta a nós de maneira surpreendente e nova, nos elementos mais naturais: saborear, falar e beijar.

Não deixamos algo de fora? As bocas fazem ainda mais: cantam, riem e sorriem. Elas expressam nosso humor, revelam nossas brincadeiras e testemunham nossa busca de alegria. Quando essa alegria chega, não diluída, concentrada e sem fim, nossa boca entra em erupção alegremente e espontaneamente com louvor. A alegria do riso vai tocar. O que recebemos na Eucaristia é uma antecipação desse acontecimento celestial.

À medida que perdemos de vista a totalidade do humano e nos tornamos 'biólogos' distraídos ou 'cientistas' alienados, à medida que a verdade de nossos corpos é identificada com a fisiologia, à medida em que isso acontece, não seremos mais capazes de compreender não apenas o significado da Vida cristã, mas também o significado da vida humana em geral. Desta forma, meditar em todas as dimensões da Eucaristia pode nos levar a restaurar o nosso apreço por todas as funções da boca humana e assim nos dar uma sensação mais rica do que significa ser o tipo de seres que somos.


America Magazine - Tradução: Ramón Lara

E se o céu não for uma verdade, terá valido a pena ser cristão?

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Para vários cristãos, toda a vida em busca de se fazer o bem só faz sentido se após ela houver algum tipo de recompensa.
A ideia de um morar no céu é mais gnóstica do que cristã.
A ideia de um morar no céu é mais gnóstica do que cristã. (Reprodução/ Pixabay)
Fabrício Veliq*

É muito comum no Cristianismo evangélico e carismático se ouvir a respeito do céu. Seja nas diversas pregações, seja nos diversos hinos que se cantam, o discurso a respeito da morada celestial se faz presente em diversas cerimônias e rituais realizados nas igrejas espalhadas pelo mundo. Juntamente com o discurso a respeito da morada celestial, que, em algumas pregações, podem até variar de tamanho dependendo do quão íntimo e bom você foi nessa Terra, está também aquele que diz que é necessário fazer boas obras para poder ser galardoado no dia do julgamento final. Assim, quanto melhor você for ao mundo, melhor será sua recompensa na glória.

Esse tipo de pensamento, no entanto, nos leva a perguntar: e se o céu não for uma verdade, terá valido a pena ser cristão? A pergunta, por maior espanto que possa trazer, se justifica se assumirmos aquilo que falamos no parágrafo anterior. Afinal, toda a vida em busca de se fazer o bem, para vários cristãos, só faz sentido se após ela houver algum tipo de recompensa a ser alcançada e que, para muitos, se trata de mansões celestiais e ruas de ouro para se andar nelas.

A ideia de um morar no céu, contudo, está mais para uma ideia gnóstica do que para uma ideia cristã. O Reino de Deus, como dizem diversos textos bíblicos não é um lugar para onde se vai, antes, é algo que vem da parte de Deus, como deixa bem claro tanto o último capítulo do Apocalipse, como também a própria oração do Pai Nosso, ensinada por Jesus. Dessa forma, o Reino de Deus não deve ser entendido como um lugar nas nuvens ou acima do Universo, mas sim como a nova criação de todas as coisas, onde Deus, em seu amor, reina sobre ela.

Dito isso, um discurso que se diz cristão e que se preocupa somente em ser um meio para se alcançar uma morada no céu se revela como o contrário daquilo que Jesus viveu e pregou. A vida de Jesus, que coincide com sua pregação, revela um Deus que ama e está disposto a se doar por aqueles e aquelas a quem ama. Isso nos mostra que o amor, longe de buscar uma recompensa, busca o outro pelo outro e não pelo que ele pode dar de volta. Um Cristianismo que nasce a partir dessa perspectiva deveria, então, ao invés de preocupar-se com as recompensas advindas das boas obras, mostrar que as boas obras são consequências de ter sido alcançado pelo amor do próprio Deus.

Ao fazer isso, esse Cristianismo mostra que a pregação de Jesus não tem a ver com as recompensas de uma vida digna, antes, com o amor que se doa e que se importa com as pessoas e com a criação.

Ao pensar assim, a própria ideia do céu como lugar em que se vai morar no caso de ter tido um bom comportamento se torna sem sentido e até mesmo irrelevante, uma vez que se compreende que o céu (que na tradição bíblica nada mais é que outro nome do próprio Deus) se realiza ali onde Deus é profundamente experimentado.

Se o céu é compreendido como uma recompensa pelas boas obras que se faz, então ser cristão é somente um financiamento terreno assumido por alguns, visando uma morada celestial ao final da vida.

 Se, porém, ele é compreendido como o experimentar da profunda presença de Deus que transforma vidas, ser seguidor de Cristo se torna uma possível resposta dada ao amor de Deus, pelo qual fomos alcançados, o que implica amar ao próximo e viver uma vida disposta a se doar por ele, sem esperar nenhuma recompensa por isso, como é próprio de todo amor que se revela como verdadeiro.

*Fabrício Veliq é teólogo. Mestre e doutorando em teologia pela Faculdade Jesuíta de Belo Horizonte (FAJE), doutorando em teologia na KatholiekeUniversiteit Leuven - Bélgica, formado em matemática, graduando em filosofia pela UFMG e graduando em Teologia pela UMESP. Membro do grupo de pesquisa Fundamental andPoliticalTheology em KU Leuven e do Grupo de Pesquisa Estudos de Cristologia da FAJE. Ministra cursos de teologia no cursos de Teologia para Leigos do Colégio Santo Antônio, ligado à ordem Franciscana, no Centro de Formação e Cultura em Divinópolis e é também professor voluntário no CITEP na Faculdade Jesuíta de Belo Horizonte. É protestante e ama falar sobre teologia em suas diversas conversas por aí, tanto presenciais, como online. Seu blog, caso queiram conhecer mais de seus textos, é www.fveliq.blogspot.com. Seu e-mail, caso queiram entrar em contato, é fveliq@gmail.com

O Ocidente, sem Cristo, caiu na tolice e na escuridão

  Dom Henrique | Jan 30, 2018
CC
"Surpreso, fiquei sabendo de pessoas que vivem ali à espera dos extraterrestres, chegando mesmo a rezar para eles..."

Vi na televisão um programa sobre a Chapada dos Veadeiros. Surpreso, fiquei sabendo de quantas pessoas vivem ali à espera de um contato com extraterrestres. Um desses devotos dos ETs vive numa verdadeira disciplina ascética, preparando-se para o encontro com os seres de outros planetas; é vegetariano, vive na pobreza e fez voto de castidade; chega mesmo a rezar para eles…

Como é louca a humanidade! Como é desorientada a nossa civilização ocidental! Primeiro, a partir do século XVIII, declaramos que o homem se tornara adulto e emancipado. Era necessário matar toda verdade religiosa e tudo quanto não coubesse na cachola miúda da razão humana. Assim, negou-se toda religião sobrenatural, toda revelação de Deus a Israel e inventou-se, no Ocidente, um deus distante, teórico, Arquiteto do Universo, distante, frio e inútil… Depois, nosso Ocidente negou Deus de vez: era preciso matar Deus – dizia-se – para que o homem vivesse de verdade. Assim, esta nossa civilização ocidental, colocou o homem no trono que pertence somente a Deus.

Esta razão endeusada e este homem no centro de tudo (na escola no ensinaram o absurdo que foi um ótimo negócio passar do teocentrismo medieval para o antropocentrismo do renascimento, como se o homem fosse Deus e Deus fosse apenas um detalhe…) levaram o Ocidente a duas guerras crudelíssimas, com mais 70 milhões de mortos… Depois das guerras (do nazismo em nome da razão, do fascismo em nome da racionalidade, do marxismo em nome da ciência e da história), veio a ressaca: não se crê mais em nada: nem no Deus revelado, nem na razão, nem nas instituições, nem nos grandes projetos…

Agora, não é mais o homem no centro; é somente o indivíduo, sozinho, fechado, egoísta, com uma ilusãozinha, uma moralzinha, um projetozinho, um deusinho segundo a sua imagem e semelhança medíocre e escrava de mil paixões…

No vazio de Deus, na negação do cristianismo, o Ocidente encontra-se perdido – alegremente perdido, bebadamente iludido e inconsciente de sua perdição! Procura-se desesperadamente encher o vazio existencial e encontrar um sentido para a vida no consumismo, no poder a qualquer custo, nas drogas, no endeusamento da natureza, no turismo desenfreado, nas seitas, na promiscuidade, na busca frenética pelo prazer e a autoafirmação… É assim: tire Deus, apague o Cristo da consciência do nosso Ocidente e fica somente o vazio, um homem infantilizado, presa das velhas práticas pré-cristãs…

Era para ser claro, palpável: sem Deus, o homem definha, o homem torna-se menos homem. Fomos, todos nós, feitos para o Infinito, para o Absolutamente Outro, o Eterno, e somente nessa abertura encontramos o Sentido, a Direção, o Eixo da nossa existência. O homem não é fruto da natureza; o homem é fruto do Autor na natureza, que nela impregna um desígnio, um sonho de amor: o homem é imagem de Deus, criado para Deus, com um coração que não se contenta com menos que Deus! Tire Deus e endeuse o que não é Deus; elimine o Deus verdadeiro e torne-se escravo de mil ídolos mentirosos!

O cristianismo, na Antiguidade, vencendo o paganismo, deu ao Ocidente a firmeza conceitual e a clareza de visão da vida e do mundo que permitiram o surgimento de uma civilização que tornou-se planetária. Esse Ocidente volta as costas para o Cristo e torna-se presa de todos os infantilismos e escravidões dos quais o cristianismo o havia libertado: desprezo pela vida humana, adoração infantilóide na natureza, falta de sentido para a existência, angústia, medo do sofrimento e da morte…

Que você, meu Amigo, tenha certeza: ainda haveremos de ver muita coisa! A tolice tem ares de sabedoria; a superstição tem pose de religião; a loucura tem fama de profunda lucidez…

Pobre homem, pobre Ocidente! Quanto precisamos de Deus; quantos temos necessidade daquele que é o Caminho, a Verdade e a Vida!

Dom Henrique Soares da Costa

Bispo de Palmares, PE

China: Santa Sé nega «divergências» na Cúria Romana quanto ao rumo da Igreja Católica no país

Jan 30, 2018 - 16:04

Vaticano realça a importância de afastar qualquer «confusão e controvérsia»

Cidade do Vaticano, 30 jan 2018 (Ecclesia) – O Vaticano negou hoje qualquer “divergência de pensamento e ação entre a Santa Sé e os seus colaboradores na Cúria Romana”, relativamente ao diálogo desenvolvido com a China.

Num depoimento divulgado esta terça-feira, o diretor da sala de imprensa da Santa Sé, Greg Burke, realça que “o Papa está em constante contacto com os seus colaboradores, em particular com a Secretaria de Estado do Vaticano, e é informado de forma detalhada e fiel acerca da situação da Igreja Católica na China e sobre o diálogo em curso” com aquele país.

O porta-voz do Vaticano salienta que esta é uma matéria que Francisco “acompanha com especial atenção”.

Nesse sentido, o Vaticano considera “surpreendente e lamentável que o contrário seja afirmado por pessoas dentro da própria Igreja, dando assim azo a confusão e controvérsia”, pode ler-se.

Esta declaração da Santa Sé surge um dia depois do bispo emérito de Hong Kong, cardeal Joseph Zen Ze-kiun, ter dado conta de que a Santa Sé havia pedido a um bispo que renunciasse ao cargo para dar lugar a um prelado mais do agrado do Governo chinês.

D. Joseph Zen escreve que se este género de concessões por parte da Santa Sé são para “chegar a um acordo e evitar um cisma” na China, essa divisão já “está lá, na Igreja independente” controlada pelo Governo, a Associação Patriótica Católica (APC).

O mesmo cardeal conta que o Papa Francisco, ao ser confrontado com esta questão, disse que iria analisar esta questão e o exortou a não acreditar em outro “caso Mindszenty”.

Com este nome, o Papa argentino quis referir-se ao caso do cardeal húngaro Joszsef Mindszenty, arcebispo de Budapeste durante a ditadura comunista na Hungria, que foi preso, escapou para os Estados Unidos da América em 1956.

E que depois alegadamente devido à pressão do regime húngaro, o Vaticano teria permitido a sua substituição por um bispo mais querido pelo governo.

As relações diplomáticas entre a China e a Santa Sé terminaram em 1951, após a expulsão de todos os missionários estrangeiros, muitos dos quais se refugiaram em Hong Kong, Macau e Taiwan.

Em 1952, o Papa Pio XII recusou a criação de uma Igreja chinesa, separada da Santa Sé e, em seguida, reconheceu formalmente a independência de Taiwan, onde o núncio apostólico (embaixador da Santa Sé) se estabeleceu depois da expulsão da China.

A APC foi criada em 1957 para evitar “interferências estrangeiras”, em especial da Santa Sé, e para assegurar que os católicos viviam em conformidade com as políticas do Estado, deixando assim na clandestinidade os fiéis que reconhecem a autoridade do Papa.

JCP

Lula mantém vantagem após condenação

Datafolha

Em cenário sem o petista, Jair Bolsonaro lidera seguido por Marina Silva

Publicado em 31/01/2018 às 08h38
Agência O Globo
O ex-presidente Lula segue com vantagem mesmo após condenação
O ex-presidente Lula segue com vantagem mesmo após condenação
Foto: Ricardo Stuckert.

Pesquisa Datafolha divulgada nesta quarta-feira mostra que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mesmo condenado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), manteve vantagem sobre os demais pré-candidatos à Presidência da República. Segundo o levantamento, que foi realizado na segunda e na terça-feira, o petista tem até 37% das intenções de voto. No entanto, a briga por uma vaga fica acirrada caso Lula seja impedido de disputar a eleição — a condenação na segunda instância do Judiciário o enquadra na Lei da Ficha Limpa.



Lula lidera o primeiro turno em todos os cenários em que seu nome é colocado, com percentuais que variam de 34% a 37%.

Em um cenário sem Lula, Bolsonaro aparece com 18%, seguido por Marina (13%), Ciro Gomes (10%), Alckmin (8%) e Luciano Huck (8%).

SEGUNDO TURNO

No segundo turno, Lula venceria o tucano Geraldo Alckmin por 49% a 30%; a ex-senadora Marina Silva (Rede) por 47% a 32%; e o deputado Jair Bolsonaro (PSC) por 49% a 32%.

Nas simulações de segundo turno, Bolsonaro também seria derrotado por Marina Silva (42% a 32%) e Alckmin (35% a 33%).

O Datafolha fez 2.826 entrevistas em 174 municípios. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou menos. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número BR 05351/20018. O levantamento foi divulgado pelo jornal "Folha de S.Paulo".

TRANSFERÊNCIA DE VOTO

O Datafolha também mostra que Lula perdeu pontecial de transferência de voto. Em novembro, o percentual de eleitores que não votariam no político apoiado por Lula era de 48%. A pesquisa desta quarta-feira registra 53% de rejeição a qualquer nome indicado pelo ex-presidente.

Apesar da queda, a influência de Lula não pode ser desconsiderada como cabo eleitoral. Isso porque 27% dos entrevistados ressaltam que o ex-presidente "com certeza" influenciaria suas escolhas, e 17% afirmam que "talvez" seguissem a indicação do petista.

O Datafolha também levantou como seria a performance do juiz Sérgio Moro, responsável pela condenação de Lula na primeira instância, no ano passado. Segundo a pesquisa, 50% dos entrevistados não votariam no candidato apoiado pelo magistrado, enquanto 25% confirmaram que seguiriam a indicação dele. Outros 22% admitiam a possibilidade de ouvi-lo e votar com ele.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, por sua vez, garante o voto de 11% dos eleitores aos seus apadrinhados. Outros 22% estudariam votar no nome apoiado pelo tucano. Mas 64% dos entrevistados rejeitam a indicação do líder do país entre 1995 e 2002.

Michel Temer é o cabo eleitoral mais impopular das opções estudadas pelo instituto: 87% dos eleitores rejeitam o candidato do presidente, apenas 4% acolheriam a indicação e 8% avaliaram a possibilidade.

7 frases para ser feliz como Dom Bosco


REDAÇÃO CENTRAL, 31 Jan. 18 / 08:00 am (ACI).- Diz-se que Dom Bosco era um santo alegre e que, mesmo quando tinha muitos problemas, demonstrava ainda mais alegria. Tudo isso como resultado de sua plena confiança na Providência Divina e em Nossa Senhora Auxiliadora.

Do muito que disse e escreveu Dom Bosco, apresentamos 7 frases do santo que podem ajudar a alcançar a felicidade.

1. “Alegria, Estudo, Piedade. Este é o grande programa. Se o seguir, poderá viver feliz e fazer muito bem à sua alma”.


2. “Se querem que nossa vida seja sempre alegre e tranquila procurem viver sempre na graça”.

3. “Querem estar sempre satisfeitos e risonhos? É a obediência a que nos leva a essa alegria”.

4. “Com a comunhão frequente os tornareis muito queridos por Deus e pelos homens, e Maria Santíssima os concederá a graça de receber os Santos Sacramentos ao fim da vida”.

5. “Ser bom não consiste em não cometer falhas, mas na vontade de corrigir-se”.

6. “Para trabalhar com sucesso, tenha caridade no coração e paciência na execução”.

7. “Faça o que pode, Deus fará o que não podemos fazer. Confie sempre em Jesus Sacramentado e em Nossa Senhora Auxiliadora e verá o que são milagres”.

Enviado do Papa Francisco ao Chile escutará acusações contra Dom Barros

Por Álvaro de Juana

Dom Charles J. Scicluna. Foto: The Church in Malta / Dom Juan Barros. Foto: Conferência Episcopal do Chile

VATICANO, 31 Jan. 18 / 05:00 am (ACI).- O Papa Francisco encarregou Dom Charles J. Scicluna, Arcebispo de Malta e Presidente do Colégio para o exame de recursos em matéria de delitos graves da Sessão Ordinária da Congregação para a Doutrina da Fé, de viajar ao Chile para ouvir algumas pessoas que manifestaram ter provas do suposto encobrimento de abusos por parte do Bispo de Osorno, Dom Juan Barros.

A Santa Sé anunciou na terça-feira, 30 de janeiro, a decisão do Pontífice de enviar Dom Scicluna para “ouvir as pessoas que manifestaram o desejo de submeter elementos em seu processo” em relação a Dom Barros.

Nas últimas semanas e depois da visita do Papa ao Chile, algumas pessoas se manifestaram contra a chegada do Pontífice em protesto pela gestão que a Igreja teve no país sul-americano diante de alguns casos de abusos sexuais de menores perpetrados pelo sacerdote Fernando Karadima, declarado culpado pelo Vaticano em 2011.

No dia 18 de janeiro, antes de celebrar a Missa no Campus Lobito, em Iquique, no norte do Chile, o Papa Francisco respondeu à imprensa sobre as acusações de encobrimento de abusos sexuais contra Dom Juan Barros.

“No dia que me trouxerem uma prova contra Dom Juan Barros, eu vou falar a respeito. Não há nenhuma prova contra ele. Tudo é calúnia. Está claro?”, disse o Santo Padre naquela ocasião.

Em outubro de 2015, o Papa Francisco reiterou o seu apoio à nomeação de Dom Juan Barros e encorajou os fiéis de Osorno a “não se deixarem levar por aqueles que querem provocar confusão, que buscam calúnia”.

Logo depois das declarações do Papa, o Cardeal Sean O'Malley, Prefeito da Comissão do Vaticano para a Tutela dos Menores e membro do Conselho que aconselha o Papa sobre a reforma da Cúria e outros assuntos, expressou seu desacordo com as palavras de Francisco.

Em um comunicado, o Arcebispo de Boston também assinalou que “é compreensível que as declarações do Papa Francisco” no “Chile tenham sido motivo de grande dor para os sobreviventes de abusos sexuais cometidos pelo clero ou algum outro perpetrador”.

O Purpurado acrescentou que “as palavras que levam a mensagem ‘se não pode provar suas acusações então não vão acreditar em você’ abandonam aqueles que sofrem repreensíveis violações criminais de sua dignidade humana e relegam os sobreviventes a um exílio desacreditado”.

Após a declaração do Cardeal O’Malley, o Santo Padre pediu desculpas pelas suas palavras durante a coletiva de imprensa no voo de volta a Roma, dizendo que estava errado na maneira como se expressou.

“O caso de Barros foi estudado, reestudado, e não há evidências. É o que quis dizer. Não tenho evidências para condenar”, disse o Santo Padre no voo papal em relação a Dom Barros.

“Com base nesse ‘não há evidências’, espero alguma evidência para mudar de posição, se não eu não aplico o princípio legal básico em todos os tribunais ‘nemo malus ni si probeto’, ninguém é culpado até que seja comprovado”.

“O que sentem os abusados? E com isso devo pedir desculpas, porque a palavra ‘prova’ feriu, feriu muitos abusados: ‘Ah, eu tenho que ir buscar a evidência disso?’. Não. É uma palavra de tradução do princípio legal, é ferida... E lhes peço perdão se os feri sem perceber. É uma ferida sem querer”, disse Francisco na coletiva de imprensa.

O Santo Padre disse que em Iquique “a palavra ‘prova’ foi a que me traiu e gerou confusão. Eu falaria de evidências. E claro, então eu sei que há muitas pessoas abusadas e que não podem trazer uma prova, não a têm. E que não podem, ou às vezes a têm mas têm vergonha, que cobrem e sofrem em silêncio”.

“Barros vai ficar lá se não encontro o modo de condená-lo. Não posso condená-lo se não tenho evidências. E há muitos modos de obter uma evidência”, concluiu sobre o assunto.

São João Bosco, fundador dos Salesianos


REDAÇÃO CENTRAL, 31 Jan. 18 / 04:00 am (ACI).- “Um só é meu desejo: que sejam felizes no tempo e na eternidade”, escreveu pouco antes de sua morte São João Bosco, cuja memória litúrgica é recordada neste dia 31 de janeiro. O fundador da Congregação Salesiana (os Salesianos) ficou também conhecido como patrono e mestre da juventude.

João Melchior Bosco Occhiena nasceu 16 de agosto de 1815 na aldeia del Becchi, perto de Morialdo em Castelnuovo (norte da Itália), em uma família muito humilde. Quando tinha dois anos, seu pai morreu e sua mãe, a Serva de Deus Margarida Occhiena, sendo analfabeta e pobre, foi responsável pela educação dos seus filhos.

Aos nove anos, João Bosco teve um sonho no qual viu uma multidão de meninos que brigavam e blasfemavam. Ele tentou silenciá-los com os punhos. Então, apareceu Jesus Cristo e lhe disse que devia ganhar os meninos com a mansidão e a caridade e que sua professora seria a Virgem Maria. A Mãe de Deus disse: “a seu tempo compreenderá tudo”.

Não conseguiu entender este sonho inicialmente, mas Deus mesmo o foi esclarecendo de diferentes maneiras com o tempo.

Dom Bosco teve que estudar e trabalhar ao mesmo tempo, com seu desejo de ser sacerdote. Ingressou no seminário de Chieri e conheceu São José Cafasso, que lhe mostrou as prisões e os bairros onde havia jovens necessitados. Foi ordenado sacerdote em 1841.

Iniciou o oratório salesiano, no qual todo domingo se reunia com centenas de meninos. No começo, esta obra não tinha um lugar fixo, até que conseguiram se estabelecer no bairro periférico de Valdocco. Depois de uma enfermidade que quase lhe custou a vida, prometeu trabalhar até o final por Deus através dos jovens.

São João Bosco se dedicou inteiramente a consolidar e estender sua obra. Deu alojamento a meninos abandonados, ofereceu oficinas de aprendizagem e, sendo um sacerdote pobre, construiu uma igreja em honra a São Francisco de Sales.

Em 1859, fundou os Salesianos, tomando como modelo São Francisco de Sales. Mais adiante, fundou as Filhas de Maria Auxiliadora e os Cooperadores Salesianos. Além disso, construiu a Basílica de Nossa Senhora Auxiliadora, em Turim, e a Basílica do Sagrado Coração, em Roma, somente com doações.

Partiu para a Casa do Pai um 31 de janeiro de 1888. Foi beatificado em 1929 e canonizado em 1924.

Papa adverte que não se pode substituir as leituras da Missa por textos não bíblicos

 
Papa Francisco em sua chegada à Praça de São Pedro.
 Foto: Daniel Ibáñez / ACI Prensa

VATICANO, 31 Jan. 18 / 08:25 am (ACI).- O Papa Francisco rejeitou a possibilidade de que na Missa se substitua as leituras do dia por textos não bíblicos e advertiu que se trata de uma prática proibida, porque “empobrece e compromete o diálogo entre Deus e seu povo em oração”.

O Santo Padre, depois de ter falado em catequeses anteriores dos ritos de início da Missa, refletiu na Audiência Geral desta quarta-feira, 31 de janeiro, sobre a Liturgia da Palavra, “uma parte constitutiva porque nos reunimos justamente para escutar o que Deus fez e pretende ainda fazer em nós”.

Em seu ensinamento, assinalou que “a proclamação litúrgica das mesmas leituras, com os cantos deduzidos da Sagrada Escritura, exprime e favorece a comunhão eclesial, acompanhando o caminho de todos e de cada um de nós”.

Por este motivo, determinadas decisões subjetivas que alteram a Liturgia da Palavra, “como a omissão de leituras e a sua substituição por textos não bíblicos são proibidas: isto de fato empobrece e compromete o diálogo entre Deus e o seu povo em oração”.

Pelo contrário, “a dignidade do ambão e o uso do lecionário, a disponibilidade de bons leitores e salmistas, um clima de silêncio, favorecem a experiência do diálogo entre Deus e a comunidade de crentes”.

Nesse sentido, destacou a importância de que aqueles que leiam as leituras na Missa, o façam bem: “Procurem bons leitores, aqueles que saibam ler, não aqueles que leem e não se entende nada. Devem se preparar e ensaiar antes da Missa para ler bem”.

Além disso, Francisco destacou “a importância do Salmo responsorial, cuja função é facilitar a meditação do que escutamos na leitura que o precede. É bom que o Salmo seja valorizado com o canto, ao menos do refrão”.

O Pontífice insistiu na importância que a Liturgia da Palavra tem na Missa: “Na Liturgia da Palavra, as páginas da Bíblia deixam de ser um escrito para tornarem-se palavra viva, pronunciada pelo próprio Deus que, aqui e agora, nos interpela a escutar com fé”.

“O Espírito – explicou – que falou por meio dos profetas e que inspirou os autores sagrados, faz com que a Palavra de Deus funcione realmente no coração, o que favorece que ressoe nos ouvidos. Para receber a Palavra de Deus, é preciso ter o coração aberto”.

Por isso, “é muito importante escutar. Algumas vezes não entendemos bem porque existem algumas leituras um pouco difíceis. Mas Deus nos fala o mesmo em outro modo: em silêncio e ouvir a Palavra de Deus. Não esqueçam isto. Na Missa, quando começam as leituras, ouçamos a Palavra de Deus”.

“Deus fala e nós escutamos para depois colocar em prática tudo o que escutamos”, afirmou.

“Temos necessidade de escutá-lo! É de fato uma questão de vida, como bem recorda a incisiva expressão ‘nem só de pão o homem viverá, mas de toda a palavra que procede da boca de Deus’”.

Esse é o motivo pelo qual “falamos da Liturgia da Palavra como da ‘mesa’ que o Senhor prepara para alimentar a nossa vida espiritual”.

O Papa insistiu que, enquanto se lê a Palavra, é preciso permanecer atentos e não se distrair. “Quantas vezes, enquanto se lê a Palavra de Deus, comenta-se ‘olha aquele lá, olha aquela lá’... e assim começam a fazer comentário. Deve-se fazer comentários enquanto se lê a Palavra de Deus? Não, porque se você está conversando com as pessoas, não ouve a Palavra de Deus. Quando se lê a Palavra de Deus na Bíblia, a Primeira Leitura, a Segunda, o Salmo responsorial, o Evangelho, devemos ouvir e abrir o coração, porque é Deus mesmo que nos fala, e não pensar em outras coisas ou falar de outras coisas”.

O Santo Padre finalizou sua catequese afirmando que na Liturgia da Palavra, o Espírito Santo age e, para que essa ação se torne eficaz, “são necessários corações que se deixem trabalhar e cultivar”.

terça-feira, 30 de janeiro de 2018

JUDICIÁRIO, O MAIS REACIONÁRIO DOS PODERES BRASILEIROS

ARTIGOS30 DE JANEIRO DE 2018
O Judiciário é uma casta de privilegiados. Não são eleitos, são inalcançáveis para o cidadão comum e ganham nababescamente.
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Por Roberto Malvezzi (Gogó)*
Desde a década de 80, pelo trabalho na Comissão Pastoral da Terra, temos nos defrontado com o poder Judiciário Brasileiro. E praticamente só temos más recordações. De 1985 a 2016 foram registrados 1834 assassinatos no campo, somente 112 foram levados a julgamento e, desses, somente 31 mandantes foram condenados e oito já foram soltos (Banco de Dados da CPT).

O Barão de Jeremoabo, escravista, tão autoritário quanto sagaz, adaptando Maquiavel à realidade sertaneja de seu tempo, já dizia: “aos amigos tudo, aos inimigos a lei”.

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O Judiciário Brasileiro é o mais classista e reacionário dos poderes brasileiros. Aqui pelo Nordeste, além de prefeitos, deputados, senadores, governadores, as famílias tradicionais sempre controlaram o judiciário com seus advogados, juízes, desembargadores e ministros. Portanto, um instrumento de preservação do poder das classes dominantes.

Hoje, com concurso para ingressar na carreira, temos alguns juízes que vieram de outros extratos sociais, mas continuam exceções. A única instância do Judiciário mais próxima dos trabalhadores era a Justiça do Trabalho, exatamente por isso está sendo extinta.

Aprendemos rapidamente que quem faz as leis é o poder econômico, embora sob a máscara do Legislativo. Mas, também, “quem aplica a lei é o juiz”. Numa cidade, a maior autoridade é o juiz. Se ele decidir lhe prender arbitrariamente, você não tem a quem recorrer, a não ser a instâncias superiores, espaço de seus amigos e colegas. Por isso, nosso povo morre de medo dos juízes. Somos capazes até de questionar Deus, mas não o juiz.

Esse poder de aplicar a lei ficou evidente agora no julgamento de Lula no TRF4. O caso de Lula passou à frente de 257 outros casos que estavam pendentes. O desembargador quis, funcionou.

Além do mais, o Judiciário é uma casta de privilegiados. Não são eleitos, são inalcançáveis para o cidadão comum e ganham nababescamente. O salário de cada um dos juízes que condenou Lula ultrapassa 30 mil reais líquidos (bruto chega a 40 ou até 50 mil reais), muitas vezes ultrapassando esse teto. Portanto, com essa remuneração, em dez meses qualquer um deles pode comprar um tríplex que a OAS teria dado a Lula.

Enfim, precisamos saber que atravessamos um golpe de estado, não um passeio na praia no final de semana. Porém, está claro que já passou da hora de montarmos uma estratégia de desmascaramento do judiciário, assim como fazemos com os outros poderes. Caso contrário, sempre estaremos a mercê de suas arbitrariedades.

OBS: Rosângela Morro celebrou o impedimento de Lula ir à Etiópia para um evento da FAO de combate à fome com a seguinte frase: “A liberdade tem limites que a Justiça impõe”.

Acontece que o programa brasileiro de combate à fome é referência no mundo, assim como o do combate à sede construído aqui no Nordeste pela Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA). Aqui reside o abismo que nos separa, isto é, enquanto algumas pessoas estão preocupadas em resolver a fome e a sede no mundo, outras celebram o boicote em nome da lei e da justiça.

*Roberto Malvezzi (Gogó) é agente da Comissão Pastoral da Terra.

A padroeira do Uruguai - Virgem dos Trinta e Três

Por no dia out 8th, 2008 sobre Maria, mãe de Jesus.

Nossa Senhora dos Trinta e Três 

A história mariana no Uruguai começou em 1726, ano da fundação de Montevidéu, com sua primeira igreja dedicada à Imaculada Conceição de Maria.

Durante a guerra da independência do país muitos fatos históricos revelaram a filial devoção dos uruguaios a Maria. 

Conta a história que antes da última batalha decisiva no Uruguai, em maio de 1823, sob o comando do general Juan Lavalleja, 33 soldados vindos do Brasil desfilaram diante do altar da Virgem de Luján del Pintado, na cidade de Florida, renovando o juramento de “Liberdade ou Morte”.
Em agosto do mesmo ano, a Assembléia dos Bispos, convocada pela igreja paroquial de Florida, declarou a independência nacional e decretou que a partir daquela data a Virgem receberia o nome de Virgem dos Trinta e Três, passando para a história o confiante e decidido gesto dos 33 valentes soldados. 

Inspirada na Assunção de Murillo, sua estatueta, de 36 cm apenas, foi esculpida por um indígena, que a expôs à veneração numa ermida na Serra do Pintado, próxima a uma aldeia jesuíta. Com a partida dos jesuítas surgiu ao seu redor um pequeno centro habitado, Vila de Luján del Pintado, que mais tarde tornou-se paróquia. 

Trasladada para a cidade de Florida, a pequena imagem traz hoje em uma lápide a histórica inscrição: “Diante desta imagem de Nossa Senhora de Luján del Pintado, os trinta e três inclinaram sua bandeira tricolor; a Ela também invocaram os Convencionais da Independência”. 

Em 21 de novembro de 1962, a Virgem dos Trinta e Três foi proclamada pela Santa Sé Padroeira do Uruguai e, em 1° de abril de 1963, a catedral de Florida foi honrada com o título de Basílica Menor. Sua festa é celebrada no dia 8 de dezembro.

Desagravo ao Imaculado Coração de Maria

Virgem Santíssima e Mãe Nossa querida, tendo mostrado, um dia, à vossa serva o vosso Coração cercado de espinhos, que os homens ingratos a todos os momentos, vos cravam com blasfêmias e ingratidões, pedistes quem vos consolasse. Como filhos vossos, vos queremos honrar, amar e consolar sempre; mas hoje, especialmente, ao ouvir vossas amargas queixas, desejamos desagravar vosso maternal Coração que a impiedade dos homens ainda nestes dias fere com dura espada de dor. O vosso Jesus ainda hoje é tido por malfeitor e condenado à morte. Ainda é despojado de suas vestes, cuspido, flagelado e posto na cruz. E a vós, Virgem Dolorosíssima, como digna Mãe de Jesus, também tratam com a mesma ingratidão. Não querem que sejais Mãe de Deus, senão de simples homem, zombam de vossa incomparável dignidade e de tudo que é vosso. E os que mais sentis muitos dos vossos cristãos não vos estimam nem vos amam como Mãe. Virgem Santíssima, movidos pelos ardentes desejos de amar-vos como Mãe e promover uma terna devoção ao vosso Imaculado Coração, tão transpassado de dor, aqui nos prostramos a vossos pés, para vos mostrar a pena que sentimos pela dor que os homens vos causam e para repararmos com os nossos favores e afetos tantos pecados com que os vossos filhos pagam as finezas de vosso amor. Perdoai Senhora, a eles e a todos nós, que, se vós nos perdoardes, também Jesus nos perdoará. Convertei ao vosso amor tantos infelizes que, cegamente, vivem no erro; e em especial, lançai os olhos de Mãe misericordiosa para nós, vossos filhos, que queremos amar-vos na terra, cada vez mais, sendo verdadeiramente cristã, a fim de vos contemplarmos nas suaves delícias do céu, e para isto alcançar, lançai-nos a vossa bênção junto com a do vosso Filho Jesus. Assim Seja.

Clique em comentários e deixe também o seu ato de desagravo a Virgem Maria.

Minha benção fraterna.

Padre Luizinho,
Missionário Canção Nova.
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Chile cria rede de parques de 4,5 milhões de hectares na Patagônia

domtotal.com
A criação desta rede significa um aumento de 38,5% da superfície de parques nacionais e 81,1% do total de áreas protegidas no Chile.
A Cordilheira Paine, no parque nacional Torres del Paine, na Patagônia chilena, fotografada em 21 de fevereiro de 2016
A Cordilheira Paine, no parque nacional Torres del Paine, na Patagônia chilena, fotografada em 21 de fevereiro de 2016 (AFP/Arquivos).

O Chile vai criar uma rede de parques de cerca de 4,5 milhões de hectares na Patagônia para proteger e preservar o ecossistema e estimular o turismo nessa zona, segundo um decreto assinado nesta segunda-feira pela presidente Michelle Bachelet.

A nova rede abarcará oito áreas de uma superfície total aproximada de 4.519.713 hectares, que inclui zonas protegidas, novas anexações e as contribuições privadas como a do magnata americano falecido Douglas Tompkins, na Patagônia, no extremo sul do continente americano.

"O Chile tinha que dar este passo decidido para proteger e preservar nossa biodiversidade, as paisagens únicas, o habitat ao que estão associadas espécies nacionais em perigo como o alerce, o huemul (cervo endêmico) e a raposa-colorada", afirmou Bachelet após assinar o decreto na comuna de Cochrane, na região de Aysén, cerca de 1.600 km ao sul de Santiago.

A criação desta rede significa um aumento de 38,5% da superfície de parques nacionais e 81,1% do total de áreas protegidas no Chile.

A rede de parques também potencializará o turismo na Patagônia, a região chilena mais visitada por turistas e onde se encontra uma porcentagem significativa das áreas protegidas do país.

Bachelet disse que "78% dos turistas de longa distância consideram que a natureza é sua principal motivação para visitar o Chile", afirmou Bachelet.

Cerca de 400.000 hectares que são parte desta rede foram entregues ao estado chileno pelo falecido filantropo e empresário americano Douglas Tompkins, que viveu a partir da década de 1990 na Patagônia com a esposa Kristine, que esteve ao lado da presidente Bachelet durante a apresentação dos parques.


AFP

Frei Betto: 'A Igreja brasileira é tímida, perdeu o profetismo de tempos passados'

domtotal.com
Entrevista realizada por Luis Miguel Modino, por ocasião do 14° Intereclesial das CEBs.
Segundo frei Betto, 'o Papa Francisco não é o Papa de muitos bispos brasileiros, eles toleram, mas não apoiam'.
Segundo frei Betto, 'o Papa Francisco não é o Papa de muitos bispos brasileiros, 
eles toleram, mas não apoiam'. (Portal das CEBs)

O Brasil vive um momento de extrema importância histórica. A situação sociopolítica é cada vez mais preocupante. O julgamento do ex-presidente Lula em segunda instancia no dia 24 de janeiro, que aconteceu em Porto Alegre, só complica uma situação marcada pela tensão. [A entrevista aconteceu no dia 23, portanto, antes do julgamento].

Dentro dessa conjuntura, Frei Betto, uma das vozes mais autorizadas no Brasil no análise sociopolítico, faz uma valoração nesta entrevista sobre o momento que passa o pais, mostrando sua opinião sobre como pode ser resolvida a situação.

Frei Betto define a postura da Igreja católica, diante do momento pelo qual o país está passando como tímida, pouco profética, trazendo à memória a figura de bispos que se comprometeram com os mais pobres, chegando afirmar que existe uma distância entre o Papa Francisco e os bispos brasileiros, pois “muitos bispos brasileiros, eles toleram, mas não apoiam”.

No contexto do 14º Intereclesial das comunidades eclesiais de base, acontecido em Londrina, analiza o papel das CEBs, destacando sua grande importância na vida do país nas décadas de setenta e oitenta, e como elas podem ser instrumento que ajude a retomar muitos dos aspectos que sempre estiveram presentes na sociedade e na Igreja do Brasil.

Como vê hoje a situação sociopolítica do Brasil?

O Brasil vive una crise político, institucional muito forte desde que foi dado o golpe parlamentar depondo à presidente Dilma Rousseff, golpe esse que complementa uma estratégia da Casa Branca para destituir na América Latina os presidentes progressistas. Começou por Honduras, depois pelo Paraguai e agora pelo Brasil, e com isso temos um governo golpista, chefiado pelo presidente Temer, que não consegue chegar a 5% de aprovação da opinião pública e um grande impasse porque estão querendo criminalizar a figura do expoente máximo da base popular brasileira, que é o ex-presidente Lula, cujo julgamento em segunda instancia será hoje em Porto Alegre.

Então vamos ver o resultado. De qualquer forma acredito que ele não será impedido de ser candidato a presidente. A superação dessa crise vai depender de um lado das eleições desse ano, que ocorreram no fim do ano, eleições presidenciais, para governadores e também para o Congresso Nacional, e de outro lado nós temos um cenário muito curioso, que é a inércia do povo. Muitos me dizem principalmente amigos estrangeiros, por que não ocorrem aqui manifestações como aquela que houve recentemente na Argentina? Pela mesma razão que deveria haver no Brasil contra a Reforma da Previdência Social, por que não ocorrem manifestações para depor o presidente Temer, por que não ocorrem manifestações expressivas?

Porque, infelizmente, durante os treze anos do governo do PT não se trabalhou a politização do povo brasileiro, não se fez o que eu chamo alfabetização política. E com isso, nós temos hoje uma nação de consumistas e não de protagonistas políticos.

O que deveria ser feito desde os movimentos sociais, desde os partidos políticos, para recuperar essa dimensão política na sociedade?

Nós precisamos primeiro fortalecer os movimentos sociais, isso é o mais importante. Eles são o povo mais importante de toda a cadeia de mobilização social, muito mais que os partidos. O problema é que, uma vez no governo, o PT cortou alguns movimentos sociais importantes, como a CUT e a União Nacional dos Estudantes, que se tornaram muito mais do governo na base do que, o que deveria ser sempre, representantes da base junto ao governo.

Então, com isso, hoje nós temos movimentos sociais muito fragilizados, embora alguns tenham expressão nacional e capacidade de mobilização, e eu resalto dois, o MST, que é o Movimento Sem Terra, e o MTST, que é o Movimento Sem Teto, esses dois movimentos são os expoentes da mobilização popular no país. Mas deveríamos ter muito mais, pois o Brasil tem um enorme rede de movimentos sociais, movimentos negros, movimentos de mulheres, movimentos de luta por direitos, água, passarela, estrada, cisternas, toda uma infinidade de movimentos sociais, mas issos foram fragilizados por falta de um trabalho, a meio prazo, de alfabetização política, e hoje, se você pergunta, qual é a nossa tarefa prioritária?, a resposta é essa, aprimorar, investir, fortalecer os movimentos sociais.

O senhor falou sobre o Movimento Sem Teto. Corre o rumor que Guilherme Boulos, o líder desse movimento, poderia ser um futuro candidato à Presidência do Brasil?

Parece que há uma tratativa para que ele saia candidato a presidente pelo PSOL, que é um partido de esquerda, e no segundo turno apoiaria o Lula. Ele tem conversado muito com Lula e Lula com ele, os dois são parceiros. Porque o Guilherme, como candidato a Presidente vai conseguir agregar um setor da esquerda que hoje não está disposto votar em Lula, devido às alianças que Lula fez no passado e ainda insiste fazer no futuro, com Renan Calheiros, com José Sarney, etc., que são caciques corruptos da política brasileira.

A Igreja, diante da situação política, através da Conferencia Nacional dos Bispos do Brasil, já tem emitido algumas notas. Pensa que é suficiente, pensa que a Igreja brasileira deveria ser mais profética?

A Igreja brasileira foi muito profética durante os anos da ditadura militar e a democratização a partir de 1985 até a década de noventa. A partir daí, com o pontificado de Jõao Paulo II e Bento XVI, esse profetismo desapareceu praticamente, e ainda não despontou de novo. Então nós temos uma Igreja tímida, que faz documentos tímidos, alguns até críticos ao governo Temer, como aquele que foi emitido contra a reforma trabalhista, mas não temos mais expoentes proféticos como Dom Pedro Casaldáliga, Dom Helder Câmara, Dom Paulo Evaristo Arns, Dom Fragoso, Dom Luiz Fernandes, bispos que realmente expressaram em público do amor naqueles que são, por força da desigualdade social e da exclusão, sem voz.

Porque essa timidez quando a gente vê que o Papa Francisco está sendo alguém que se posiciona claramente contra um sistema que ele qualifica como um sistema que mata?

Porque infelizmente, o Papa Francisco não é o Papa de muitos bispos brasileiros, eles toleram, mas não apoiam. Acham que o Papa Francisco é demasiadamente avançado. Então, por isso, não manifestam esse apoio que eu gostaria que a CNBB manifestasse sempre.

O Papa Francisco já promoveu três encontros de líderes mundiais de movimentos sociais, três. O Brasil, seguramente, é um dos países do mundo com maior número de movimentos sociais. A CNBB já deveria ter feito pelos menos um. Ou seja, ainda é uma conferencia episcopal tremendamente clericalizada, onde os leigos quase não tem nenhum espaço. Isso realmente mostra a falta do nosso profetismo.

A Igreja do Brasil promove nesse ano o Ano do Laicato. Desde esse ponto de vista, o Ano do Laicato é algo que fica dentro da Igreja ou uma coisa que tem uma implicação para fora?

Não, não, para dentro da Igreja. Não é um ano em que você tenha, por exemplo. Uma Igreja se manifestando a favor de leigos, católicos que participam da vida nacional e que deveriam ter todo o respaldo explícito da Igreja. A Igreja nem sequer respalda padres e religiosas que estão na linha de frente. Ou seja, não dá suficiente apoio a aqueles que estão mais envolvidos com os movimentos sociais.

A CNBB, por exemplo, deveria ter feito uma missa no assentamento do MTST em São Bernardo do Campo, donde tem oito mil pessoas ali alojadas debaixo de barracas. Não fez, deveria ter aproveitado o Natal para fazer uma grande celebração lá, mas os pastores evangélicos foram lá. Essa é a contradição que vivemos.

Estamos participando do 14º Intereclesial das Comunidades Eclesiais de Base. A Igreja da base, como poderia ajudar para que essas mudanças que o Papa Francisco tenta propor, tanto na Igreja como na sociedade, se tornem uma realidade, no mínimo nessa Igreja de comunidades, de base?

As comunidades de base, elas têm que crescer e isso têm que ser uma iniciativa dos leigos. Embora haja muitos padres e alguns bispos que apoiam, mas não vamos esperar que eles tomem a iniciativa sozinhos. É preciso que os leigos incrementem essa rede de comunidades, extremamente vital durante a década de 1970 e 80 no Brasil, contribuindo para derrubar a ditadura, contribuindo para a formação do PT, a CUT, o MST.

Lula varias vezes repetiu , as CEBs tiveram mais importância na capilaridade nacional do PT do que o movimento sindical, do que o movimento social.

Poderíamos dizer que com o tempo as CEBs se tornaram uma coisa mais intraeclesial?

Não, as CEBs não se tornaram, as CEBs elas perderam o apoio nos dois pontificados conservadores, de João Paulo II e Bento XVI, e com isso os bispos recuaram no apoio. E como a Igreja tem uma estrutura vertical, autocrática, isso teve reflexo nas CEBs. Inclusive já existem estudos que demonstram que o crescimento das igrejas evangélicas tem a ver com o recu das CEBs, enquanto os leigos encontravam nas CEBs o espaço para vivenciar sua fé e a sua prática missionária, as igrejas evangélicas não cresciam tanto. Muitos foram buscando nas igrejas evangélicas o que não encontraram mais na católica.

Frente a isso, muitos movimentos conservadores dizem que foi as CEBs o que provocou o crescimento das igrejas evangélicas.

Mas não é verdade, existem estudos científicos que demonstram o contrario, que o arrefecimentos das CEBs, o recu, corresponde ao crescimento das igrejas evangélicas. Isso é fato, o fato é que as CEBs foram uma força extremamente expressiva na história do Brasil nas décadas de setenta e oitenta.


Portal das CEBs

Sobre casar em aviões, curar e arrancar espigas no sábado

  domtotal.com
Nessa esteira, uma das marcas da popularidade de Jesus residia nas muitas 'violações' que ele teria cometido contra a Lei
Após o casamento celebrado durante o voo, Paula Podest e Carlos Ciufffardi sorriem.
Após o casamento celebrado durante o voo, Paula Podest e Carlos Ciufffardi sorriem. (AFP)
Por Tânia da Silva Mayer*

A fama de Jesus se espalhou por toda a parte graças aos seus gestos e palavras. Num tempo carente das tecnologias de comunicação que hoje conhecemos, o Nazareno se tornou “pop” graças ao boca a boca das pessoas que iam ao encontro dele. Sem dúvidas, em pouco tempo, Jesus se tornou famoso. Fosse hoje, estamparia capas de jornais e seus feitos seriam manchetes e dariam coberturas interessantes para os telejornais. Tanto no tempo de Jesus quanto no nosso, as notícias nem sempre correspondem aos fatos. Além do mais, continuam bastante perigosos os julgamentos irrefletidos e apressados dos acontecimentos cotidianos. Desobrigados de uma leitura evangélica da vida, tais julgamentos continuam conduzindo ao calvário quem se arrisca a parecer com o Mestre de nossas vidas.

A condenação de Jesus à morte se deu muito em razão da postura que assumiu na vida. Suas ações estiveram sempre convertidas a Deus e ao próximo. A fé em Deus que ele cultivou esteve sempre atravessada pelo respeito e a promoção da vida do outro próximo. Pensar e promover a vida das pessoas que estão a sua volta é consequência da obediência ao Deus da vida, que se gloria na mais vida do ser humano. Por essa razão, torna-se inaceitável apegar-se ou afugentar-se em aspectos formalistas e exteriores para justificar a não realização de uma ação em vistas da maior qualidade da vida.

Nessa esteira, uma das marcas da popularidade de Jesus residia nas muitas “violações” que ele teria cometido contra a Lei, muitas delas ocorridas no dia de sábado. Quem não se recorda da expulsão de um espírito impuro de um homem na sinagoga (cf. Mc 1,21-28)? Ou da cura de um homem cuja mão era seca (cf. Mc 3,1-6)? Ou ainda, da não proibição aos discípulos por arrancarem espigas no dia de sábado para se alimentar? Em todas essas ocasiões Jesus chama à consciência que o Sábado é para fazer o bem e devolver a dignidade da vida (cf. Mc 3,4). Jesus, como um judeu bastante piedoso, sabe que o Sábado é o dia para estar na companhia do Senhor. Portanto, não uma mera interrupção formal das atividades, em cumprimento do mandato da Lei mosaica, mas verdadeiro usufruto da dignidade criatural na realização da vocação primeira de comunhão com o Criador. Nesse sentido, o filho do Homem é Senhor do Sábado, pois suas ações estão em vistas de corroborar a plenificação da relação entre Deus e o ser humano.

Na esteira da alegria do Evangelho, o papa Francisco, cada dia mais “pop” por causa de suas palavras e atitudes, estas que não deveriam surpreender os cristãos e as cristãs contemporâneos, assistiu ao casamento de um casal de comissários de bordo durante um voo. Tal como no tempo de Jesus, estar à frente da lei, agindo com amor e misericórdia, ainda é motivo de burburinhos e escândalos entre pessoas e setores eclesiais apegados às rubricas. Em sintonia com a Palavra que parece orientá-lo, Francisco considerou um lugar nada usual para devolver os sonhos ou encontrar-se com o desejo verdadeiro de quem espera uma oportunidade para dar outros sentidos à vida. O casamento num avião só causa conflito em quem ainda não se antecipou à lei e ao burocrático de nossa legislação canônica e nossas práticas pastorais. No mais, o Evangelho está a serviço da vida e, como afirmou Francisco em entrevista, “os sacramentos são para as pessoas” e não o contrário. Entenderam?

*Tânia da Silva Mayer é mestra e bacharela em Teologia pela Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (FAJE); graduanda em Letras pela UFMG. Escreve às terças-feiras. E-mail: taniamayer.palavra@gmail.com.