segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Degradação ambiental tem relação com 12 milhões de mortes no mundo

 domtotal.com
Poluição nas águas, no solo e no ar é responsável por 9 milhões dessas mortes.
'Nosso objetivo comum deve ser o de adotar ações que reduzam a poluição drasticamente'
'Nosso objetivo comum deve ser o de adotar ações que reduzam 
a poluição drasticamente' (Reuters/Yves Herman)

A terceira Assembleia Ambiental das Nações Unidas (UNEA), realizada na última semana no Quênia, emitiu um alerta: o ser humano está envenenando o meio ambiente a si próprio em uma proporção alarmante. A degradação ambiental está relacionada a 12,6 milhões de mortes por ano no mundo, e poluição nas águas, no solo e no ar é responsável por 9 milhões dessas mortes. Mas 6.5 milhões delas são decorrentes apenas da poluição do ar.  

Segundo o ministro do meio ambiente e energia da Costa Rica, Edgar Gutiérrez, que presidiu a assembleia com representantes de mais de 100 países, não dá mais para empurrar o problema com a barriga ou tentar ignorar sua gravidade. “Nosso objetivo comum deve ser o de adotar ações que reduzam a poluição drasticamente. Apenas através de fortes ações coletivas, podemos dar início à limpeza do planeta e salvar um número imensurável de vidas”, afirmou.

Centro do problema

O relatório usado como base das discussões demonstra que 80% das cidades no mundo estão acima dos padrões de qualidade do ar da ONU. Várias capitais brasileiras fazem parte dessa realidade sombria, como São Paulo, cujo nível de poluição está 90% acima do considerado seguro. Mas se as cidades são parte do problema, também são a solução. A própria assembleia da ONU vem discutindo um plano para lidar com a poluição que passa, invariavelmente, pelo setor de transportes.

'Nós mesmos, aqui no Greenpeace, já denunciamos em nossos estudos como essa poluição assassina é alimentada pela queima do diesel dos ônibus do transporte público na capital paulistana. Os números são igualmente alarmantes: cerca de 4 mil mortes ao ano e um custo de perda de produtividade (decorrente das mortes) de R$ 54 bilhões até 2050, além dos gastos milionários com internações no sistema público de saúde'. 


Greenpeace

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