sábado, 19 de agosto de 2017

SER RELIGIOSO(A)


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O terceiro domingo do mês vocacional, celebrado na Igreja Católica, propõe a vocação à vida consagrada.
Por Dom Rodolfo Luís Weber*

O terceiro domingo do mês vocacional, celebrado na Igreja Católica, propõe a vocação à vida consagrada. As mulheres e homens chamados para esta opção de vida são conhecidos como irmã, irmão, freira, frei, religioso, religiosa, frade. Estão agregados em várias Ordens, Congregações, Sociedades, Institutos.
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Residem em conventos, mosteiros, casas religiosas, casas paroquiais. Alguns, vivem uma vida contemplativa em mosteiros, a maioria não. Cada família religiosa tem o seu carisma, o seu dom que indica o rumo dos trabalhos evangelizadores: educação, saúde, migrantes, apostolado, caridade etc. Uma análise da história universal, mesmo que superficial, não pode ser estudada e compreendida sem a presença e a atuação dos religiosos.

A vida religiosa é uma vida consagrada. A referência sempre é Cristo: o consagrado, o enviado ao mundo por Deus Pai. A consagração evidencia a doação integral de si a Deus, de serviço total a Ele e às pessoas. O sinal visível da consagração na vida religiosa é a profissão dos chamados conselhos evangélicos ou votos: pobreza, obediência e castidade.

O seguimento de Cristo é condição para cada cristão viver o batismo. A vida consagrada requer um seguimento mais radical, uma disponibilidade maior para viver o discipulado. A acolhida e a opção em viver os conselhos evangélicos orienta o seguimento. Escolher livremente o celibato por causa do Reino de Deus; a pobreza em ter os bens em comum e usá-los sobriamente e a obediência à vontade de Deus e aos projetos da família religiosa.

A vida religiosa é uma vida de comunhão. Em primeiro lugar a comunhão com Deus, fonte e origem de tudo e de todos. É a busca de Deus, é a busca do seu reino e da sua justiça, é vida de oração e contemplação, é intimidade. É comunhão com a Igreja enriquecendo-a com o carisma, participando da missão evangelizadora. A terceira forma de comunhão, é a vida fraterna entre os membros da comunidade. É unidade no mesmo espírito, o beber e o alimentar-se na mesma fonte, ter em comum a mesma inspiração da fundação. Também, requer-se uma estrutura adequada para propiciar a comunhão de vida.
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A vida religiosa tem uma importância fundamental para Igreja e para a sociedade. Começando pela valorização da pessoa humana. Ajuda a recuperar a dimensão do sagrado que é indispensável para a Igreja e para sociedade. A oração de Jesus é clara: “Eu não rogo que os tires do mundo... eles não são do mundo...Assim como tu me enviaste ao mundo, eu também os enviei ao mundo” (João 17, 15-18).

A vida religiosa no mundo é um testemunho de Cristo, de Igreja e de vida fraterna. É um sinal profético num mundo fascinado pelo ter e fazer; vida consagrada valoriza o ser como dom gratuito. O modo comunitário de viver relativiza o possuir, o enriquecer, o individualismo. São um sinal profético na área ecológica. Viver com menos e com sobriedade, partilhando os bens e tê-los em comum.

A vida religiosa aponta para os valores escatológicos, aponta para aquilo que há de vir. O carisma da vida consagrada é contribuição para esta construção e caminho de prefiguração e de alcance pleno das realidades últimas e supremas: os valores da eternidade.

É necessário recordar a presença e a importância dos religiosos e religiosas no desenvolvimento religioso, cultural e econômico de nossas cidades.

*Dom Rodolfo Luís Weber é arcebispo de Passo Fundo, RS.

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