terça-feira, 25 de julho de 2017

Papa em Varginha: Que bom poder estar com vocês aqui!

Papa Francisco encontra moradores da Varginha - AP


Cidade do Vaticano (RV) – Vamos continuar recordando a visita do Papa Francisco ao Brasil, naquela que foi a primeira viagem apostólica internacional de seu pontificado.


No dia 25 de julho de 2013 o Papa Francisco visitou a Comunidade de Varginha em Manguinhos, encontrou os jovens argentinos na Catedral de São Sebastião e participou da Festa de Acolhida dos jovens na Praia de Copacabana, naquele que foi o primeiro ato central do Papa na Jornada Mundial da Juventude.
Francisco começou suas atividades muito cedo, presidindo a celebração eucarística em Sumaré. Após, seguiu para a sede do governo municipal onde recebeu as chaves da cidade, abençoou as bandeiras olímpicas e paraolímpicas e encontrou personalidades do mundo esportivo do país.
A seguir o Papa visitou a comunidade de Varginha, zona norte do Rio de Janeiro, onde caminhou pelas ruelas trocando palavras de afeto com os moradores. Francisco entrou até mesmo em uma igreja evangélica onde rezou um Pai Nosso com os presentes e visitou uma das casas da comunidade:
“Que bom poder estar com vocês aqui! Que bom! Desde o início, quando planejava a minha visita ao Brasil, o meu desejo era poder visitar todos os bairros deste País. Queria bater em cada porta, dizer “bom dia”, pedir um copo de água fresca, beber um "cafezinho" - não um copo de cachaça! - falar como a amigos de casa, ouvir o coração de cada um, dos pais, dos filhos, dos avós... Mas o Brasil é tão grande! Não é possível bater em todas as portas! Então escolhi vir aqui, visitar a Comunidade de vocês; esta comunidade, que hoje representa todos os bairros do Brasil. Como é bom ser bem acolhido, com amor, generosidade, alegria!..”  
“E o povo brasileiro, sobretudo as pessoas mais simples, pode dar para o mundo uma grande lição de solidariedade, que é uma palavra – esta palavra solidariedade – é uma palavra frequentemente esquecida ou silenciada, porque é incômoda. Quase parece um palavrão… solidariedade!”.
E  um espaço especial foi reservado na agenda do Papa: o encontro com os milhares de jovens argentinos na Catedral do Rio de Janeiro. Em suas palavras, a exortação por uma Igreja em saída:
“Desejo dizer-lhes qual é a consequência que eu espero da Jornada da Juventude: espero que façam barulho. Aqui farão barulho, sem dúvida. Aqui, no Rio, farão barulho, farão certamente. Mas eu quero que se façam ouvir também nas dioceses, quero que saiam, quero que a Igreja saia pelas estradas, quero que nos defendamos de tudo o que é mundanismo, imobilismo, nos defendamos do que é comodidade, do que é clericalismo, de tudo aquilo que é viver fechados em nós mesmos.
As paróquias, as escolas, as instituições são feitas para sair; se não o fizerem, tornam-se uma ONG e a Igreja não pode ser uma ONG. Que me perdoem os Bispos e os sacerdotes, se alguns depois lhes criarem confusão. Mas este é o meu conselho. Obrigado pelo que vocês puderem fazer”.
E no início da noite, a Festa de Acolhida dos jovens na Praia de Copacabana, na presença de mais de um milhão de pessoas. Houve a Cerimônia das bandeiras representando os 175 países que participaram da JMJ e a oração do terço, com cada mistério sendo rezado por um representante de cada continente. Após, as apresentações musicais de conhecidos nomes da música popular e católica brasileira e um coral infantil.
“Primeiramente quero lhes agradecer pelo testemunho de fé que vocês estão dando ao mundo... O meu olhar se estende por esta grande multidão: vocês são muitíssimos! Vocês vêm de todos os continentes! Normalmente vocês estão distantes não somente do ponto de vista geográfico, mas também do ponto de vista existencial, cultural, social, humano. Mas hoje vocês estão aqui, ou melhor, hoje estamos aqui, juntos, unidos para partilhar a fé e a alegria do encontro com Cristo, de ser seus discípulos. Nesta semana, o Rio se torna o centro da Igreja, o seu coração vivo e jovem, pois vocês responderam com generosidade e coragem ao convite que Jesus lhes fez de permanecerem com Ele, de serem seus amigos.
Em várias partes do mundo, neste mesmo instante, muitos jovens estão reunidos para viver juntos este momento: sintamo-nos unidos uns com os outros, na alegria, na amizade, na fé. E tenham a certeza: o meu coração de Pastor abraça a todos com afeto universal”. (JE) 

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