terça-feira, 25 de julho de 2017

L'Osservatore Romano denuncia a "teimosia e hostilidade" de alguns sacerdotes

 domtotal.com
O maior obstáculo para a conversão que o Papa quer é a atitude por parte do clero.
Giulio Cirignano critica
Giulio Cirignano critica "a linguagem antiquada, o pensamento 
repetitivo e sem vida". (AFP).

"O maior obstáculo para a conversão que o Papa Francisco quer para a Igreja é, em certa medida, a atitude de boa parte do clero". O professor Giulio Cirignano escreveu um artigo em L'Osservatore Romano em que se denunciam as atitudes de "mente fechada e hostilidade" de alguns sacerdotes perante as reformas que Bergoglio impulsiona.

O artigo, intitulado "Costume não é fidelidade", constata como "grande parte dos fieis entendeu o momento favorável, o kairos que o Senhor está dando a sua comunidade" Enquanto alguns pastores poucos iluminados se mantêm dentro de um horizonte velho.

No artigo Cirignano compara os sacerdotes com os discípulos dormidos no jardim do Getsêmani. Um "fato desconcertante" que "deve ser examinado a fundo", e que é produto, entre outras razões, do "modesto nível cultural de parte do clero". "Em muitos sacerdotes, infelizmente, a cultura teológica é pobre, e ainda menor é a preparação bíblica", apontou o professor, "embora não se possa generalizar, pois há muitas exceções".

Em sua opinião, as aulas de Teologia se devem encher de estudantes que "não abandonaram o desejo de pensar" e de "exercer um mínimo de sentido crítico". "Os anos de preparação para o sacerdócio devem alimentar a consciência sobre as necessidades do ministério como um trabalho de verdade", finaliza Cirignano, quem lembra que, "igual a todas as pessoas, inclusive, o sacerdote trabalha para ganhar a vida".

Religión Digital
Ramón Lara

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