segunda-feira, 10 de julho de 2017

'É mentira que o presidente da República haja recebido um vintém', diz advogado

Antônio Cláudio Mariz de Oliveira apresentou defesa de Temer à CCJ da Câmara após relator recomendar o prosseguimento da denúncia contra o presidente.
Por Fernanda Calgaro e Bernardo Caram, G1, Brasília
10/07/2017 17h25  Atualizado há 59 minutos
O advogado Antônio Claudio Mariz de Oliveira, que defende o presidente Michel Temer na CCJ durante leitura de relatório sobre denúncia de corrupção (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Advogado de Temer afirma que acusação atenta contra a honra do presidente.

O advogado do presidente Michel Temer, Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, afirmou nesta segunda-feira (10) à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados ser "mentira" que Temer tenha "recebido um vintém".
Mariz apresentou a defesa do presidente à CCJ logo após o relator da denúncia oferecida pela Procuradoria Geral da República contra Temer, Sergio Zveiter (PMDB-RJ), recomendar o prosseguimento do processo.
"É mentira que o presidente da República haja recebido um vintém", afirmou Mariz à CCJ.
"Causou para mim grande impacto duas assertivas: uma do relatório e outra, do voto bem elaborado do relator. A primeira é que o presidente da República 'recebeu'. Eu lanço um repto ao procurador-geral da República. Que me diga quando o presidente da República recebeu um níquel sequer. Quando e de quem", acrescentou.
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Com base nas delações de executivos do grupo J&F, que controla a JBS, Temer foi acusado pelo Ministério Público Federal de ter cometido o crime de corrupção passiva. Por se tratar do presidente da República, o Supremo só pode analisar a denúncia se a Câmara autorizar.
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Aos deputados da Comissão de Constituição e Justiça, Mariz disse, em seguida, que a denúncia contra o presidente é uma "infâmia".

O responsável pela defesa do presidente criticou ainda a "pressa" da PGR em apresentar a denúncia, que, na avaliação de Mariz, é baseada em fatos que não aconteceram.
"Quero mostrar o açodamento destas investigações contra o presidente da República. Açodamento de tal ordem que, no pedido de abertura de inquérito, o próprio Ministério Público reconheceu a pressa, o açodamento, possivelmente motivado por razões políticas inconfessáveis ou desconhecidas, na melhor das hipóteses", afirmou.

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