quinta-feira, 6 de julho de 2017

Autoridades 'que se acham iluminadas' tentam desarmonizar o Estado, diz Temer

Fala ocorre um dia após presidente apresentar defesa contra denúncia da PGR. Para ele, há autoridades que agem como se tivessem recebido o poder de uma 'centelha divina', 'e não do povo'.
Por Fernanda Calgaro e Gabriel Luiz, G1, Brasília
06/07/2017 10h52  Atualizado há menos de 1 minuto
Foto: (Reprodução/NBR)
Temer critica autoridade que se acha 'iluminada por centelha divina'

O presidente Michel Temer disse nesta quinta-feira (6) que no país há autoridades que tentam desarmonizar os poderes do Estado e se acham "iluminadas por uma centelha divina".
A declaração, dada durante discurso no Palácio do Planalto, ocorre um dia após o advogado do presidente ter entregado na Câmara a defesa de Temer sobre a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da União. Na peça, a PGR acusa o presidente de corrupção passiva, com base na delação premiada de executivos da JBS.
"O que mais se verifica muitas e muitas vezes é a tentativa de desarmonizar os poderes do Estado. E isso, meus amigos, isso é um crime contra o Estado democrático de direito. Isso só passa pela cabeça daqueles que, na verdade, acham que são autoridades iluminadas por uma centelha divina e não são autoridades emanadas do único dono do poder do Estado, que é o povo", afirmou o presidente.
Temer falou para uma plateia formada pelos parlamentares da base aliada e parte da sua equipe ministerial, incluindo os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Mendonça Filho (Educação), Torquato Jardim (Justiça), Ronaldo Nogueira (Trabalho), Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo) e Grace Mendonça (Advocacia Geral da União).
Sem fazer menção à denúncia da PGR, Temer disse que era necessário recuperar conceitos como o da ampla defesa.
"O que mais precisamos é recuperar conceitos do século XVIII, contraditório, ampla defesa, seriedade nas falas e manifestações. Isso vem lá da Revolução Francesa, Inglesa, dos países capazes de criar concepção do estado democrático de direito. Não é apenas uma palavra, deve ser uma realidade", declarou.

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