segunda-feira, 29 de maio de 2017

Sueco 'The Square' surpreende e leva Palma de Ouro em Cannes

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Neste suspense psicológico, o ator é um veterano da Guerra do Vietnã, traumatizado e violento, que tem que resgatar uma adolescente de uma rede de prostituição.
Diretor Ruben Ostlund faz uma crítica em tom de sátira da burguesia ocidental e do mundo da arte contemporânea.
Diretor Ruben Ostlund faz uma crítica em tom de sátira da burguesia ocidental 
e do mundo da arte contemporânea. (AFP).

Contrariando todas as expectativas, o filme "The Square", do sueco Ruben Ostlund, levou a Palma de ouro do Festival de Cannes, anunciou o presidente do júri da mostra francesa, o cineasta espanhol Pedro Almodóvar.

Participando da mostra competitiva pela primeira vez, o diretor de "Força Maior" (Snow Therapy, 2015), faz, em seu novo filme, uma crítica em tom de sátira da burguesia ocidental e do mundo da arte contemporânea.

A mostra francesa, que terminou nesse domingo, atribuiu, ainda, os prêmios de melhor interpretação masculina e feminina, respectivamente ao americano Joaquin Phoenix e à alemã Diane Kruger, enquanto a cineasta americana Sofia Coppola levou o prêmio de melhor direção.

Phoenix, de 42 anos, foi reconhecido por sua atuação em "You Were Never Really Here", da britânica Lynne Ramsay.

Neste suspense psicológico, o ator é um veterano da Guerra do Vietnã, traumatizado e violento, que tem que resgatar uma adolescente de uma rede de prostituição.

Já Diane Kruger foi premiada por seu primeiro grande papel em uma produção germânica, "In the fade", do diretor Fatih Akin.

Neste filme, a ex-modelo vive uma mãe de família que busca se vingar da morte de seu marido, de origem turca, e de seu filho, em um atentado cometido por neonazistas.

A americana Sofia Coppola, por sua vez, ganhou o prêmio de Melhor Direção por seu filme "O Estranho que Nós Amamos", uma adaptação do romance de Thomas Cullinan que já foi levada aos cinemas em 1971 por Don Siegel, com Clint Eastwood como protagonista.

O filme francês "120 battements par minute", de Robin Campillo, que revive os anos da Aids em Paris, foi contemplado com o Grande Prêmio da mostra.

Em sua 70ª edição de aniversário, o Festival de Cannes atribuiu, ainda, um prêmio especial à atriz americana Nicole Kidman.

A seguir, todos os premiados nesta 70ª edição:

- Palma de Ouro: "The square", do sueco Ruben Östlund

- Grande Prêmio: "120 battements par minute", do francês Robin Campillo

- Melhor Direção: a americana Sofia Coppola por "O estranho que nós amamos"

- Melhor Roteiro: o grego Yorgos Lanthimos por "The killing of a sacred deer", 'ex aequo' com a britânica Lynne Ramsay por "You were never really here"

- Prêmio do Júri: "Loveless", do russo Andrei Zvyagintsev

- Melhor Interpretação Feminina: a alemã Diane Kruger por "In the fade"

- Melhor Interpretação Masculina: o americano Joaquin Phoenix por "You were never really here"

- Prêmio Especial pelo 70º aniversário: a atriz americana Nicole Kidman

- Câmera de Ouro: "Jeune Femme", da francesa Léonor Serraille

- Palma de Ouro para curta-metragem: "A Gentle Night", do chinês Qiu Yang

Últimos vencedores em Cannes:


Desde "Entre os muros da escola", do francês Laurent Cantet, a "The Square", do sueco Ruben Ostlund, seguem os dez últimos filmes ganhadores da Palma de Ouro do Festival de Cannes.

2017: "The Square", de Ruben Ostlund (Suécia)

2016: "I, Daniel Blake" de Ken Loach (Reino Unido)

2015: "O refúgio" de Jacques Audiard (França)

2014: "Winter sleep" de Nuri Bilge Ceylan (Turquia)

2013: "Azul é a cor mais quente" de Abdellatif Kechiche (França)

2012: "Amor" de Michael Haneke (Áustria)

2011: "The Tree of life" (A árvore da vida) de Terrence Malick (Estados Unidos)

2010: "Uncle Boonmee Who Can Recall His Past Lives" de Apichatpong Weerasethakul (Tailândia)

2009: "A fita branca" de Michael Haneke (Áustria)

2008: "Entre os muros da escola" de Laurent Cantet (França)


AFP

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