domingo, 28 de maio de 2017

Papa conclui visita a Génova com apelo a Igreja capaz de «sair de si mesma»

Agência Ecclesia 27 de Maio de 2017, às 17:32       

Francisco convida católicos a assumir oração como serviço ao mundo

Génova, Itália, 27 mai 2017 (Ecclesia) – O Papa Francisco encerrou hoje a sua visita a Génova, iniciada esta manha, com apelo em favor de uma Igreja capaz de “sair de si mesma” e de servir o mundo, também através da oração.

“Para anunciar, é preciso partir, sair de si mesmo. Com o Senhor não é possível ficar quietos, acomodados no próprio mundo ou nas memórias nostálgicas do passado”, declarou, na homilia da Missa que reuniu milhares de pessoas na Praça Kennedy da cidade italiana.

Após ter estado com trabalhadores e empresários, membros do clero e de institutos religiosos, jovens, refugiados, presos e crianças doentes, o Papa presidiu à celebração para os católicos de Génova.

“Corremos e trabalhamos muito nos nossos dias, empenhamo-nos em muitas coisas, mas corremos o risco de chegar cansados à noite, com a alma pesada, como um navio carregado de mercadorias que, após uma viagem cansativa, volta ao porto apenas com o desejo de atracar”, disse, recorrendo a uma imagem própria desta cidade portuária do noroeste italiano.

Francisco desafiou os católicos a “lançar âncora em Deus”, levando-lhes os pesos e as preocupações do quotidiano.

“A palavra-chave do poder de Jesus é intercessão. Jesus, junto do Pai, intercede todos os dias, a cada momento, por nós”, sustentou.

O Papa convidou os presentes a interrogar-se: “Eu rezo?”.

“O mundo precisa disso, nós mesmos temos necessidade”, prosseguiu.

Nesta celebração, o Papa usou a cruz pastoral em aço que lhe foi presenteada pelos trabalhos da siderurgia ILVA, ao início da manhã.

Francisco apresentou o cristão como um “maratonista esperançoso”, decidido, confiante, criativo e aberto.

“Peçamos ao Senhor a graça de não fossilizarmos em questões que não são centrais, mas que nos dediquemos plenamente à urgência da missão”, concluiu.

A cerimónia de despedida decorre no Aeroporto de Génova, onde o Papa abençoa uma imagem de Nossa Senhora do Loreto, antes de subir o avião que o transporta de regresso a Roma.

OC

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