domingo, 14 de maio de 2017

Holandês apresenta plano para retirar plásticos do oceano

domtotal.com
Slat acredita que poderá remover 50% da placa de plástico do Pacífico.
Até 2020 uma versão com cem quilômetros de extensão deve ser instalada na Holanda.
Até 2020 uma versão com cem quilômetros de extensão deve ser instalada na Holanda. (Divulgação)

O jovem holandês que tem um ambicioso plano de limpar o lixo plástico do oceano apresentou nesta semana um novo sistema, que permitirá iniciar seu projeto dois anos antes do previsto e por um menor custo.

A estratégia de Boyan Slat consiste em utilizar as correntes oceânicas para ajudar a recolher cerca de cinco bilhões de objetos de plástico das águas do oceano.

Segundo "The Ocean Cleanup" (limpeza do oceano), a cada ano são jogados nos oceanos oito milhões de toneladas de plásticos, que por vezes formam enormes placas de rejeitos, convertendo-se em "continentes" de lixo.

Após vários anos de pesquisas, quando realizou o primeiro mapeamento aéreo da maior ilha de lixo do Pacífico, entre Havaí e a costa da Califórnia, Slat mudou radicalmente seus planos.

Slat, 22 anos, decidiu substituir sua ideia inicial de formar uma barreira de 100 km em forma de ferradura e ancorada no fundo do mar, por "uma frota de sistemas menores", que se moverão presos a uma âncora flutuante, recolhendo lentamente o plástico ao efeito dos ventos e das correntes.

O primeiro protótipo já está em produção na Califórnia. "Acreditamos que o comprimento terá entre um e dois quilômetros", disse à AFP.

O sistema terá um GPS e um aparelho de monitoramento que orientará os barcos que varrerão a área.

O primeiro projeto de Slat tinha o custo de 320 milhões de euros, mas o novo método exigirá cinco milhões de euros por cada unidade, o que torna o projeto mais atrativo para investidores.

O prazo para o início da operação também foi reduzido: de três anos para 12 meses.

Slat acredita que poderá remover 50% da placa de plástico do Pacífico no prazo de cinco anos, contra 42% em uma década do projeto original.

Com este sistema, Slat pretende remover a placa toda até 2050, em uma "avaliação conservadora", disse à AFP.


AFP

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