sexta-feira, 14 de abril de 2017

Oceanos perderam 2% de oxigênio desde 1960

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A maior parte do oxigênio foi perdida no Oceano Pacífico Equatorial e Norte, no Oceano Antártico e no Oceano Atlântico Sul.
Nessas cinco décadas e meia, as partes dos oceanos desprovidas de oxigênio quadruplicaram.
Nessas cinco décadas e meia, as partes dos oceanos desprovidas de 
oxigênio quadruplicaram. (GETTY/AFP/Arquivos)

Os oceanos do mundo perderam mais de 2% do seu oxigênio desde 1960, o que pode ter consequências potencialmente devastadoras para plantas e animais marinhos, disseram cientistas.

Nessas cinco décadas e meia, as partes dos oceanos desprovidas de oxigênio quadruplicaram, segundo um estudo publicado na revista científica Nature.

E a produção e fluxo de óxido nitroso, um poderoso gás de efeito estufa, "provavelmente terá aumentado", disse.

Os oceanos cobrem quase três quartos da superfície da Terra, fornecem cerca de metade do oxigênio que respiramos e alimentam bilhões de pessoas a cada ano.

Em um comentário sobre o estudo, também publicado pela Nature, o cientista Denis Gilbert da Fisheries and Oceans Canada escreveu que uma "diminuição de 2% do conteúdo de oxigênio do oceano pode não parecer muito", mas que "as implicações disso para os ecossistemas marinhos podem ser graves em partes do oceano onde o oxigênio já é baixo".

O relatório constatou que a maior diminuição aconteceu perto de áreas onde o oxigênio já era baixo, nas chamadas "zonas mortas", onde os níveis de oxigênio declinaram 4% a cada década.

A maior parte do oxigênio foi perdida no Oceano Pacífico Equatorial e Norte, no Oceano Antártico e no Oceano Atlântico Sul, que apresentaram "uma diminuição contínua", e que "juntos são responsáveis por 60% da perda de oxigênio oceânico global", relatou o estudo.

Os autores disseram que precisavam realizar mais pesquisas para determinar quanto da perda de oxigênio era devido ao aquecimento global e quanto estava relacionado aos ciclos climáticos naturais.

O estudo também reiterou um alerta antigo de que a perda de oxigênio se aceleraria - com previsões de uma queda de 1% a 7% até 2100.


AFP

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