domingo, 30 de abril de 2017


Preces à Maria

domtotal.com
Não se pode confundir devoção e veneração, com adoração.
Das formas de veneração à Maria, duas se destacam: a oração da “Ave Maria” e a “Salve Rainha”.
Das formas de veneração à Maria, duas se destacam: a oração da
 “Ave Maria” e a “Salve Rainha”. (Reprodução)
Por Evaldo D´Assumpção*

Maio, além do trabalho, homenageia às mães, e em especial à mãe de todos, a Virgem Maria, mãe de Jesus. A devoção a ela é antiquíssima, conforme se depreende das pinturas marianas, nas catacumbas de Priscila, do século II. Contudo, não se pode confundir devoção e veneração, com adoração. Veneração significa reverente respeito a alguém a que muito se ama. Já adoração significa prestar culto a alguém infinitamente superior. Por isso, adoração se faz exclusivamente a Deus Trinitário, enquanto aos Santos em geral, e à Virgem Maria em particular, se presta a veneração. No caso especial da Mãe de Deus, esta veneração recebe o nome de hiperdulia, enquanto aos Santos se presta a dulia.

Das formas de veneração à Maria, duas se destacam: a oração da “Ave Maria” e a “Salve Rainha”.  A Ave Maria era chamada, na época medieval, de “Saudação angélica”, porque composta somente pela primeira parte do que conhecemos hoje, repetindo o louvor do Arcanjo Gabriel à Maria, e a saudação de sua prima Isabel ao recebê-la em sua casa. Esses dois sim, os primeiros atos de veneração à Maria. Sua utilização como oração popular teve início em torno do ano 1000, tornando-se universal a partir do século XIII. 

Somente no século XV foi acrescentada a segunda parte, de origem popular-eclesial, sob a forma de súplica, acrescentando-se o nome “Jesus” à primeira parte, que nela ainda não existia.  A fórmula, hoje ainda utilizada, foi colocada no breviário de 1568, por ordem do papa Pio V.

A outra oração é a chamada de “Salve Rainha”. Ela teria surgido como uma espécie de hino de guerra da primeira Cruzada (1095), mas a opinião mais aceita, é a que atribui ao beneditino alemão Herman Contrat, em 1050, autor de muitos cânticos devotos.

Com origens tão antigas, compreende-se o texto dessas orações, compostas quando a relação com Deus era na base do “temor a Ele”, entendido como medo de sua ira, de suas punições, de seu aspecto “judicial”. Isso explica as construções de certas preces.     

Hoje temos a compreensão mais exata deste “temor” como “profundo respeito”, e uma visão do Pai como Jesus nos mostrou em seus ensinamentos. Ali ele nos indica que Deus é pai amoroso, misericordioso, sempre de braços abertos para acolher às suas criaturas. É Jesus mesmo que nos ensina a rezar, chamando a Deus de Abba, paizinho. Expressão com uma intimidade que os antigos cristãos jamais ousariam pronunciar, pela sua sólida ligação com os princípios do judaísmo, repleto de imposições, restrições e punições. Pena que ainda hoje muitos cristãos conservam essa visão distante e atemorizadora do Deus que nos criou por amor, como ensinou Jesus, e que “quer misericórdia e não castigos” (Os 6,6 e Hb 10,5).

Com essa nova perspectiva, alguns teólogos e sacerdotes propuseram novas formas para estas orações, onde a relação de amor, confiança e certeza na misericórdia divina transparece com clareza e nos dá uma nova e confiante dimensão para conversarmos com aquela que nos foi dada, aos pés da cruz, como nossa Mãe celestial, na figura de São João, e pelo próprio Jesus. Na oração da Ave Maria somente ocorrem mudanças na sua segunda parte, que como vimos, são acréscimos posteriores. Elas estão grifadas, para melhor localização.

“Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco, bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do seu ventre, Jesus.
Santa Maria, mãe de Deus e nossa, rogai por nós vossos filhos, agora e na hora de nossa morte e ressurreição. Amém!”

Explicando: acrescentou-se “e nossa”, pois Maria nos foi dada como mãe, a todos, pelo próprio Jesus. Não podemos omitir isso, em nossa oração. Trocou-se “pecadores” por “vossos filhos” por ser aquela uma expressão negativa. Afinal, somos pecadores sim, mas com a certeza do perdão de Deus. Além disso, proclamando-nos “vossos filhos” assumimos uma atitude filial, ao invés de auto condenação. E no final, acrescentou-se “e ressurreição”, pois temos a convicção de que a morte é uma passagem e que nossa “ressurreição” é a condição essencial que buscamos.

Na oração Salve Rainha: “Salve Rainha, mãe de misericórdia, vida, doçura e esperança nossa, salve! A vós bradamos, os vossos filhos. A vós suspiramos, gemendo, chorando, mas também sorrindo neste mundo que nos foi dado por Deus. Eia pois, advogada nossa, esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei, e depois deste tempo nesta vida, mostrai-nos Jesus, bendito fruto de vosso ventre, ó clemente, ó piedosa, ó sempre doce Virgem Maria. Rogai por nós Santa Mãe de Deus, para que sejamos dignos das promessas de Cristo, Amém!”

Explicando: Trocou-se “os degredados filhos de Eva” por vossos filhos, porque aquela é uma expressão dura e não harmoniza com o amor do Pai. Com esta outra expressão, reafirmamos a nossa condição de filhos de Maria. Acrescentou-se: e também sorrindo, porque nesta vida temos muito mais razões para sorrir, do que para ficarmos nos lamuriando. E retirou-se: neste vale de lágrimas, pela mesma razão, colocando este mundo como um presente – e ele o é – de Deus para nós.  Finalmente trocou-se a expressão: deste desterro, porque na verdade somos caminhantes rumo aos céus, e não prisioneiros rejeitados e abandonados como sugere essa expressão.
Resumindo, com tais mudanças as duas orações nada perdem em sua legitimidade teológica e orante, mas ganham em leveza e confiança absoluta na misericórdia divina, a ser alcançada com a ajuda de nossa mãe, Maria Santíssima.

* Evaldo D´Assumpção é médico e escritor

Aniversário: 11 anos da IAM de Santo Afonso em Fortaleza CE

A Infância e Adolescência Missionária da Paróquia de Santo Afonso, em Fortaleza completou 11 anos de missão no dia 08 de abril de 2017. No domingo, dia 30 de abril, às 08h30, ocasião da missa em ação de graças, na igreja de Santo Afonso, na Parquelândia., presidida por Padre Geovane Saraiva.
Com a celebração, novos missionários foram consagrados, também com procedimento da renovação dos demais membros. A missa contou com a participação dos coordenadores e assessores que fizeram parte da história dessa maravilhosa inciativa.

Belchior morreu aos 70 anos no Rio Grande do Sul

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Causa da morte não foi divulgada. Corpo será trazido para a cidade de Sobral, onde o cantor será enterrado.
Por G1 CE

O cantor e compositor cearense Belchior, de 70 anos, morreu na noite de sábado (29) em Santa Cruz do Sul (RS). A família não divulgou a causa da morte. O corpo deve ser trazido para o Ceará, onde ocorrerá o sepultamento na cidade de Sobral, onde o artista nasceu, segundo a Secretaria de Cultura do Estado.
Cantor e compositor Belchior em retrato de 1987 (Foto: Silvio Ricardo Ribeiro/Estadão Conteúdo)
Cantor e compositor Belchior em retrato de 1987
 (Foto: Silvio Ricardo Ribeiro/Estadão Conteúdo)

O Governo do Estado do Ceará confirmou a morte e decretou luto oficial de três dias. “Recebi com profundo pesar a notícia da morte do cantor e compositor cearense Belchior" disse em nota o governador Camilo Santana. "O povo cearense enaltece sua história, agradece imensamente por tudo que fez e pelo legado que deixa para a arte do nosso Ceará e do Brasil".
O traslado do corpo será feito pelo Governo do Ceará, que aguarda liberação das autoridades gaúchas. O horário ainda não foi confirmado, mas a expectativa é que o corpo seja levado ainda hoje.
A assessoria do governo disse também que o chefe da Casa Militar do Ceará, coronel da Polícia Militar Túlio Studart, entrou em contato com com o chefe da Casa Militar do RS, e que eles aguardam o resultado do laudo oficial.
Relembre a carreira do cantor Belchior; FOTOS
Enigmático, Belchior faz 70 anos com paradeiro ignorado e CDs reeditados
Nascido em 26 de outubro de 1946, Belchior foi um dos ícones mais enigmáticos da música popular no Brasil, com mais de 40 anos de carreira. Segundo o colunista do G1, Mauro Ferreira, o cantor não tinha paradeiro certo desde 2008.
Teve o primeiro sucesso nos anos 70 ao lado do também cearense Fagner, com a faixa "Mucuripe". Com o disco "Alucinação" (1976), lançou clássicos como as faixas "Apenas um rapaz latino-americano", "Velha roupa colorida" e "Como nossos pais", essa última que se tornou conhecida na voz da cantora Elis Regina.
Belchior morreu aos 70 anos
Em 2007, a família reclamou do sumiço de do artista, que abandonou a carreira; e nem mesmo seu produtor musical conseguia contato. Belchior morou em hotéis e, em um deles, chegou a deixar um carro no estacionamento ao desaparecer.
Veja a íntegra da nota oficial do Governo do Ceará:
"O Governo do Ceará lamenta profundamente o falecimento do cantor e compositor cearense, Belchior, aos 70 anos, na noite deste sábado, 29, na cidade de Santa Cruz, no Rio Grande do Sul. E informa que está prestando todo o apoio à família, inclusive providenciando o traslado do corpo para Sobral, sua cidade natal. O governador Camilo Santana está decretando luto oficial de três dias. Belchior é dono de uma trajetória artística da mais absoluta importância para a cultura do Estado. Sua carreira o levou ao patamar de um dos maiores ícones da Música Popular Brasileira, promovendo o nome do Ceará em todo o Brasil e no mundo".

Ação Católica vive à altura da tua história com olhos para a frente

2017-04-30 Rádio Vaticana


 Papa recebeu hoje na Praça de São Pedro, nos seus 150 anos, os membros da Acção Católica Italiana. Exortou-os a não permanecerem ancorados no passado, mas a olharem para a frente


Manhã animada na Praça de São Pedro por cânticos, beija mão e sobretudo pelo sempre afável olhar e postura do Papa que se deteve a saudar muitos dos milhares de jovens, adultos e pastores da Acção Católica Italiana. Foram ali recebidos por Francisco, às 11 horas. Ocasião: os 150 anos da sua fundação deste grande movimento católico. Um movimento nascido do coração de dois jovens, Mario Fani e Giovanni Acquaderni e que se tornou, ao longo dos tempos, num caminho de fé. A Igreja está muito grata por esse movimento que reúne pessoas de todas as idades e classes sociais, leigos e pastores, à procura de vias para anunciar, com a própria vida, a beleza do amor de Deus – disse o Papa definindo-a uma história de paixão pelo mundo e pela Igreja. Porém – advertiu - ter uma bela história passada não significa andar de olhos para trás, olhar para o espelho, sentar-se comodamente no sofá, mas sim olhar para a frente com consciência de ser um povo em caminho, a crescer humanamente e na fé, a partilhar a misericórdia com a qual o Senhor nos acaricia.

Francisco encorajou-os nesta caminhada de testemunho da alegria do Evangelho e a crescer no estilo de uma autentica sinodalidade, ou seja em harmonia entre a Igreja Universal e a Igreja particular, atentos aos sinais dos tempos para compreender e viver a vontade de Deus. E recordou-lhes que, hoje como ontem, são chamados, pela sua vocação, a pôr-se ao serviço da diocese, nas paróquias, lá onde a Igreja habita no meio das pessoas. E acrescentou:

“É na vossa vocação tipicamente laical a uma santidade vivida no quotidiano que podeis encontrar a força e a coragem para viver a fé permanecendo ali onde vos encontrais, fazendo do acolhimento e do diálogo o estilo com o qual tornar-vos próximos uns dos outros, experimentando a beleza de uma responsabilidade partilhada.”

Nisto o Papa convidou-os também a levarem avante a “experiencia apostólica enraizada na Paróquia” que não é uma estrutura caduca, mas sim um espaço onde as pessoas podem sentir-se acolhidas, isto à condição de que a Acção Católica que vive nas paroquias não seja uma estrutura fechada. O caminho deve ser o de “uma experiencia missionária, destinada a evangelizar, não à autoconservação”  - frisou  Francisco, insistindo no dizer que o pertencer à Diocese e à paróquia deve ser encarnado na cidade, nos bairros e nos países através dos serviços de caridade, do empenho político, da paixão educativa e da participação no confronto cultural. E exortou:

“Alargai o vosso coração para alargar o coração das vossas paróquias.  Sede viandantes da fé, para encontrar todos, acolher todos, auscultar todos, abraçar todos”

Recordando ainda que cada rosto humano nos mostra o rosto de Cristo, Francisco disse que “ninguém pode sentir exonerado  da preocupação pelos pobres e pela justiça social”. E rematou com este convite:

“Permanecei abertos à realidade que vos circunda. Procurai sem temor o diálogo com quem vive ao vosso lado, com quem pensa diferentemente, mas que como vós deseja a paz, a justiça, a fraternidade. É no dialogo que se pode projectar um futuro partilhado. É através do diálogo que construímos a paz, cuidando de todos e dialogando com todos”.

“Caros jovens e adultos da Acção Católica: ide, chegai a todas as periferias! Ide e sede lá Igreja, com a força do Espirito Santo.”

(DA) 

(from Vatican Radio)

A chamada maior paróquia do mundo completa 50 anos

Por María Ximena Rondón
Vista do exterior e interior de St. Mary Catholic Church em Dubai / Foto: Flickr Jay Tornaquia (CC-BY-NC-ND-2.0) - Flickr Gashwin (CC-BY-NC-ND-2.0)

Roma, 29 Abr. 17 / 02:00 pm (ACI).- No dia 7 de abril, a chamada “maior paróquia do mundo” comemorou seus 50 anos de fundação em Dubai, Emirados Árabes Unidos, no Oriente Médio.

As celebrações dos 50 anos da St. Mary Catholic Church começaram no dia 18 de novembro de 2016 e terminaram em 28 de abril deste ano.

Depois de uma Missa e um festival cultural programado para o dia 27 e 28 de abril, o Vigário Apostólico para o Sul da Arábia, Dom Paul Hinder, presidiu a Missa Central às 18h15 (hora local).

O Prelado, que está realizando uma visita apostólica em Dubai desde o dia 23 de abril, felicitou a paróquia pelo seu aniversário: “Estou feliz de poder saudá-los. Em sua primeira carta, São Pedro fala sobre a fé genuína e que esta é mais preciosa do que o ouro, que é perecível”.

“Este é o meu desejo para vocês: Que o ouro da sua fé seja provado e se converta em louvor, honra e glória a Jesus Cristo”, disse o Prelado.


Os Emirado Árabes têm aproximadamente 9 milhões de habitantes. Entre eles, cerca de um milhão são cristãos e a maioria dos fiéis são estrangeiros provenientes de países da África, da Europa e da Ásia.

A paróquia St. Mary recebe semanalmente mais de 80 mil fiéis e, em ocasiões especiais, este número pode chegar a 200 mil. São atendidos por 12 sacerdotes e mais de 250 voluntários.

Muitos fiéis são provenientes de países como Índia, Filipinas, Sri Lanka, Paquistão, Indonésia, China, Coreia, Nigéria, Quênia, Etiópia, Uganda, Eritreia, África do Sul, Itália, Espanha, França, Portugal, Polônia, Rússia, Ucrânia e Eslováquia.

A língua principal para as Missas em St. Mary é o inglês. De segunda a quinta-feira, são celebradas quatro Missas por dia; sextas-feiras e domingo, celebram sete; e aos sábados, seis Missas. As Missas também são em árabe, francês, português, polonês, ucraniano, urdu, malaio e outras línguas asiáticas.

O sacerdote franciscano Lennie J.A. Connully, pároco de St. Mary, disse a ‘Gulf News’: “Nós realmente somos muito felizes aqui”.

“Somos gratos aos governantes e estamos comemorando 50 anos de tolerância religiosa como um presente deste país e, portanto, queremos dar um presente à esta nação”, expressou o Pe. Connully.

A história da sua construção

Antes da construção da paroquia, as Missas eram celebradas para pequenos grupos de 10 a 15 fiéis em algumas casas ou embaixadas e eram presididas por um sacerdote estrangeiro.

Na década de 1960 chegaram os sacerdotes destinados a servir permanentemente aos católicos de Dubai. Como não havia nenhuma igreja, em 1965, o Pe. Eusebio Daveri pediu ao Sheikh Rashid Bin Saeed Al Maktoum um terreno para construir a primeira.

O Pe. Connully contou ao ‘Gulf News’ que o Sheikh Rashid não pensou duas vezes e lhe disse: “Peguem o que quiser. Isto é o que diz o meu coração, que preciso de todos no meu país”.

Em 1966, o templo começou a ser construído e foi concluído em 1967. No dia 7 de abril daquele ano, foi abençoado pelo então Vigário Apostólico da Arábia, Dom Luigi Irzio Magliacani, e dedicado à Assunção da Virgem. O templo podia acolher aproximadamente 300 pessoas.

Na década de 1980, aumentou o número de imigrantes no país e, consequentemente, o número de cristãos cresceu. Em 1989, foi inaugurado um novo templo, construído sobre o anterior, que é o que funciona atualmente e tem capacidade para acolher cerca de 2 mil pessoas.

LULA DISPARA E VENCE EM TODOS CENÁRIOS

DATAFOLHA:

Mesmo sendo alvo de um massacre midiático, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disparou em todos os cenários pesquisados pelo Datafolha, alcançando números entre 29% e 31% das intenções de voto no primeiro turno; ou seja: sem um tapetão judicial, que seria a fase 2 do golpe de 2016, com a inabilitação judicial de Lula, ele provavelmente seria eleito presidente pela terceira vez; a pesquisa também revelou o esfacelamento das principais forças golpistas: enquanto candidatos do PSDB, como Aécio Neves, derreteram, Michel Temer se tornou a personalidade política mais odiada do Brasil; no vácuo político, o único que cresceu, além de Lula, foi o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), que hoje iria para o segundo turno; ontem, ao participar de um evento em defesa da indústria naval, ao lado do ex-governador Olívio Dutra e da presidente golpeada Dilma Rousseff, Lula se disse pronto para vencer mais uma vez o candidato da Globo

Traça devoradora de plástico é esperança para sério problema ambiental

 domtotal.com
Todos os anos, cerca de 80 milhões de toneladas de polietileno são produzidas no mundo.
Todos os anos, cerca de 80 milhões de toneladas de polietileno são produzidas no mundo, estimam os pesquisadores
Todos os anos, cerca de 80 milhões de toneladas de polietileno são produzidas no mundo, estimam os pesquisadores (CSIC/AFP)
A descoberta de uma larva capaz de devorar polioetileno, um dos materiais plásticos mais resistentes que existem, utilizado em embalagens, oferece a perspectiva de biodegradar rapidamente um poluente que leva séculos para se decompor no meio ambiente, contaminando especialmente os oceanos.

"Os dejetos plásticos são um problema ambiental mundial, sobretudo o polietileno, particularmente resistente e que muito dificilmente se degrada naturalmente", explicou a cientista Federica Bertocchini, do Centro Espanhol de Pesquisa Nacional (CSIC), autora da descoberta desta larva, a "Galleria mellonella", conhecida como traça da cera.

Todos os anos, cerca de 80 milhões de toneladas de polietileno são produzidas no mundo, estimam os pesquisadores que participaram do estudo, publicado na revista americana Current Biology.

Criada comercialmente para servir como isca para a pesca, na natureza, essa larva é um parasita das colmeias que se alimenta da cera das abelhas em toda a Europa.

A cientista, que também é apicultora amadora, observou que os sacos plásticos onde ela colocava a cera das colmeias infectadas pelo parasita, ficavam rapidamente cheios de buracos.

Em outra observação com um saco de supermercado no Reino Unido, exposto a uma centena dessas larvas, os insetos destruíram o plástico em menos de uma hora.

"Extremamente rápido"

Os buracos começaram a aparecer depois de 40 minutos e, após 12 horas, a massa plástica do saco havia sido reduzida a 92 miligramas, o que é considerável, explicaram os cientistas.

Eles destacaram que esta taxa de degradação é "extremamente rápida" em comparação com outras descobertas recentes, como a de uma bactéria, no ano passado, capaz de decompor centenas de plásticos, porém mais lentamente, ao ritmo de 0,13 miligrama por dia apenas.

Os autores desta última descoberta acreditam que a larva da traça da cera não ingere apenas o plástico, mas o transforma, ou o quebra quimicamente, com uma substância produzida por suas glândulas salivares.

"Uma das próximas etapas será tentar identificar esse processo molecular e determinar como isolar a enzima responsável" pelo mesmo, explicaram.

"Se for uma simples enzima, nós poderemos fabricá-la em escala industrial, graças à biotecnologia", avaliou Paolo Bombelli, da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, um dos principais coautores deste trabalho.

Segundo ele, "essa descoberta poderia ser uma ferramenta importante para eliminar os dejetos de plástico polietileno que se acumulam nos lixões e nos oceanos".

400 anos na natureza

O polietileno é usado, sobretudo, em embalagens e responde por 40% da demanda total de produtos plásticos na Europa, dos quais 38% se encontram em lixões.

Todos os anos, um trilhão de sacos plásticos é usado no mundo, e cada indivíduo usa, em média, mais de 230 destes por ano, produzindo mais de 100 mil toneladas de dejetos.

Atualmente, o processo de decomposição química desses rejeitos plásticos com produtos muito corrosivos, como o ácido nítrico, pode levar vários meses.

Deixado na natureza, levará um século para que esses sacos plásticos se decomponham completamente. No caso dos plásticos mais resistentes, o processo pode levar até 400 anos.

Em média, oito milhões de toneladas de plástico são descartadas todos os anos nos mares e nos oceanos do mundo, segundo um estudo publicado em 2015 na revista científica americana "Science".

Os cientistas acreditam em que possa haver até 100 milhões de toneladas de dejetos plásticos nos oceanos. Pequenos fragmentos podem ser absorvidos por peixes e outras espécies marinhas, como tartarugas, provocando, inclusive, a morte desses animais.


AFP

Pitanga

Título original: Pitanga
A vida, a obra, a trajetória e a carreira de Antônio Pitanga, um dos maiores atores do cinema nacional de todos os tempos, protagonista de momentos marcantes da cinematografia brasileira e protagonista de filmes importantes dirigidos por nomes como Glauber Rocha, Cacá Diegues e Walter Lima Jr. 
País: Brasil
Ano: 2017
Gênero: Documentário
Classificação: 12
Direção: Beto Brant, Camila Pitanga
Elenco: Antonio Pitanga, Camila Pitanga, Caetano Veloso
Duração: 1h50 min.

Aparecida: a violência presente nas cidades e no campo

2017-04-30 Rádio Vaticana

Aparecida (RV) – Neste domingo, pausa nos trabalhos da 55ª Assembleia Geral da CNBB em Aparecida, SP. Os mais de 350 bispos reunidos na “Casa da Mãe” concluem o seu Retiro conduzido pelo Abade trapista Dom Bernardo Bonowitz.

A Violência, a segurança pública e as questões urbanas foram assuntos destacados pelo bispo de Roraima e presidente do Regional Norte 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Mário Antônio da Silva durante a Assembleia.

“Os grandes centros no Brasil, inclusive na Amazônia, atraem a maioria da população dos estados. O desafio é construir uma cidade para todos. A cidade oferece proximidade, saúde, educação, transporte, mas as políticas públicas não contemplam as necessidades de todos os cidadãos”, afirmou Dom Mario Antônio.

De acordo com o bispo, as questões urbanas são amplas, pois a cidade é dinâmica. “A dinâmica das cidades desafia na vida urbana, a comunidade política, como desafia também a comunidade religiosa e nos desafia como Igreja a ter uma pastoral dinâmica também”.

Dom Mario citou a Conferência de Aparecida, que em maio completa 10 anos, como referência para ser uma pastoral diamina, sendo uma Igreja missionária, uma Igreja em saída. “É importante que a Igreja esteja atenda para atender os diferentes grupos que encontramos na cidade com uma pastoral dinâmica.”.

Nós conversamos com Dom Mário.

De Aparecida, SP, para a Rádio Vaticano, Silvonei José


(from Vatican Radio)

O que significa a palavra Aleluia?

  Philip Kosloski | Abr 28, 2017
Alwyn Ladell | CC
E por que a expressão é tão usada no tempo da Páscoa?

Durante os 40 dias da Quaresma, a palavra “Aleluia” desaparece da liturgia. Não é dita nenhuma vez. Depois, durante a Vigia Pascal, o padre entoa o grande Aleluia e a Igreja o repete outras vezes. Mas por quê?

O que significa Aleluia e por que o seu sentido está estritamente relacionada ao tempo da Páscoa?


“Aleluia”, do latim halleluia tem raízes hebraicas e significa “louvai a Deus”. É mais comumente encontrada como uma espécie de antífona, que se repete ao fim dos Salmos. Também está no livro de Tobias, onde aparece como um hino de louvor para ser entoado na nova Jerusalém:

“Suas praças serão pavimentadas de mosaicos e rubis, e em suas ruas cantarão: Aleluia!”(Tobias 13, 22).

Não é surpresa que também apareça no livro do Apocalipse:

“Depois disso, ouvi no céu como que um imenso coro que cantava: Aleluia! A nosso Deus a salvação, a glória e o poder, porque os seus juízos são verdadeiros e justos. Ele executou a grande Prostituta que corrompia a terra com a sua prostituição, e pediu-lhe contas do sangue dos seus servos. Depois recomeçaram: Aleluia! Sua fumaça sobe pelos séculos dos séculos. Então os vinte e quatro Anciãos e os quatro Animais prostraram-se e adoraram a Deus que se assenta no trono, dizendo: Amém! Aleluia! Do trono saiu uma voz que dizia: Cantai ao nosso Deus, vós todos, seus servos que o temeis, pequenos e grandes. Nisto ouvi como que um imenso coro, sonoro como o ruído de grandes águas e como o ribombar de possantes trovões, que cantava: Aleluia! Eis que reina o Senhor, nosso Deus, o Dominador! Alegremo-nos, exultemos e demos-lhe glória, porque se aproximam as núpcias do Cordeiro. Sua Esposa está preparada” (Apocalipse 19, 1-7).

São Jerônimo foi o responsável pela tradução da expressão hebraica da palavra “Aleluia” na Vulgata Latina, que foi usado na liturgia romana. É e sempre foi uma expressão de louvor, glorificando a Deus pela sua bondade. Por esta razão Aleluia está intimamente associado com uma época de alegria, em contraste com a atitude penitencial sombrio da Quaresma.

A Páscoa é um período de grande alegria e exultação, e cantando Aleluia é o caminho da Igreja para destacar esta realidade, continuamente dando louvor e honra a Deus.

Então, se você precisar de uma curta oração que louve a Deus, simplesmente diga: “Aleluia!”

Santa Gianna, a mãe que escolheu morrer, mas não abortar

  Aleteia Brasil | Abr 28, 2017
Santa Gianna Beretta Molla - CC
Hoje, 28 de abril, celebramos esta padroeira das mães, dos médicos e das crianças por nascer

A Igreja celebra no dia 28 de abril a padroeira das mães, dos médicos e das crianças por nascer: Santa Gianna Beretta Molla, que foi descrita pelo beato Papa Paulo VI como “uma mãe que, para dar à luz seu bebê, sacrificou a própria vida em imolação deliberada”.

Santa Gianna nasceu em 1922 em Magenta, na província italiana de Milão. Acompanhava a mãe à Missa diária desde pequena e, aos 15 anos, depois de participar de um retiro espiritual segundo o método de Santo Inácio de Loyola, fez o seguinte propósito:

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“Mil vezes morrer a cometer um pecado mortal”.
Muito devota de Nossa Senhora, ela disse a Maria por ocasião do falecimento de sua mãe:

“Confio em vós, doce Mãe, e tenho a certeza de que nunca me abandonareis”.
Falava da Mãe de Deus nos seus encontros com as jovens da Ação Católica e nas cartas escritas ao noivo, que logo se tornaria seu esposo.

Santa Gianna se formou em medicina com um propósito firme:

“Não esqueçamos que, no corpo do nosso paciente, existe uma alma imortal. Sejamos honestos e médicos de fé”.
Ela incentivava as grávidas a verem nos seus filhos um presente de Deus e as alertava com clareza contra o aborto, descrito com objetividade como o assassinato de uma vida humana indefesa e inocente.

Quando ela própria engravidou pela quarta vez, a descoberta de um tumor no útero exigia que ela passasse por uma cirurgia: os médicos propuseram o aborto “terapêutico” e a extirpação do fibroma. Ela optou sem qualquer hesitação por descartar completamente esta hipótese, deixando claro o que pensava:

“Se tiverem que escolher entre a minha vida e a da criança, não tenham dúvida: eu exijo que escolham a dela. Salvem-na”.
Santa Gianna deu à luz a sua filhinha no dia 21 de abril de 1962. Ela própria, porém, não se recuperou, e, em 28 de abril, repetindo “Jesus, te amo; Jesus te amo”, partiu para a Casa do Pai aos 39 anos de idade.

São João Paulo II a canonizou em 2004.


Sugestão de oração a Santa Gianna Beretta Molla:

Santa Gianna,

Rogai pelas gestantes tentadas a sacrificarem os próprios filhos; iluminai a sua consciência, aquecei o seu coração e dai-lhes a coragem de optar pela vida que, por graça de Deus, foi concebida em seu ventre. Ajudai-as na desafiadora missão da maternidade, que, em muitos contextos, pode parecer assustadora demais para mulheres fragilizadas.

Iluminai também a consciência e o coração dos pais, para assumirem com hombridade e protegerem com valentia os seus filhos, dando a eles, junto com suas mães, todo o amor que deve sempre preencher os corações de todo ser humano, criado para a vida e para o amor e nunca para o medo, o descarte e a morte.

Fazei-nos sempre ter a coragem e o amor necessários para escolher a Vida!

Amém.

O segredo da felicidade, segundo estudo de Harvard

  tudosobreminhamae.com | Abr 28, 2017
Jacob Lund
Os cientistas observaram pessoas da adolescência até a morte (o estudo começou em 1938!) e chegaram a conclusões surpreendentes

Psicologia positiva é a área da psicologia que estuda os fatores que fazem as pessoas se sentirem satisfeitas com suas vidas e florescerem. Como sou meio cética com auto-ajuda fundo de quintal, a ideia de um campo de estudos sério que trata sobre estratégias e hábitos que melhoram nossa vida me fascina. E está cheio de informação bacana disponível por aí.

Há um tempo assisti quase que por um acaso um documentário super legal sobre felicidade. – Happy.  Já é até meio velho, de 2011, mas estava no Netflix aqui da Alemanha e me pareceu uma ótima pedida para antes de dormir. No filme são entrevistados vários pesquisadores de psicologia positiva e pessoas que se consideram felizes mundo afora (tem até um surfista brasileiro!). E a grande conclusão é que tudo aquilo que a gente persegue freneticamente no mundo ocidental (fama, dinheiro e etc) não são fatores importantes para a que a gente se sinta satisfeito com a vida.

Segundo os depoimentos coletados, o importante para a gente arrasar nesta passagem pelo planeta Terra é: relacionamentos, atividade física, nossa contribuição para a sociedade e cultivo de um certo sentimento de fascinação pela vida. Um dos depoimentos mais legais do filme era de uma mulher que era super linda e sofreu um acidente de carro e ficou com o rosto desfigurado. O casamento acabou, ela passou o pão que o diabo amassou e só não se matou porque queria esperar o filho crescer para poder se matar sem consciência pesada. Só que ela vai vivendo, e conhece um homem, eles se apaixonam e ela reconstrói a vida dela. E no final do depoimento ela diz que parece até mentira, mas que ela é muito mais feliz agora na relação atual do que quando ela era todo bonitona, antes do acidente no outro casamento.

Outra coisa super legal que eu assisti sobre felicidade foi uma palestra do TED.  O palestrante era o 4° diretor de um estudo da Harvard iniciado em 1938 sobre felicidade humana. Provavelmente o estudo mais longo sobre o tema já realizado no mundo inteiro. Os pesquisadores pegaram homens na adolescência e juventude e os seguiram por toda a vida. Eles faziam exames médicos, respondiam questionários sobre suas vidas e sobre como se sentiam. Alguns dos participantes estão hoje na casa dos 90 anos. Ou seja, um estudo sem precedentes mesmo. O diretor da pesquisa explica que depois de seguir a vida das pessoas por décadas, a conclusão mais absoluta  é que não é nem fama, nem dinheiro que traz felicidade, mas sim você ter bons relacionamentos.

Independente do que elas tinham alcançado materialmente na vida, independente até da saúde, as pessoas que tinham boas relações com os amigos, família e com a comunidade em que estavam inseridas se sentiam muito mais felizes do que aqueles que não alcançaram esse elo de relacionamentos. E isso não necessariamente tem a ver com a quantidade de amigos, ou com o fato de você estar casado ou não. Mas sim com a qualidade dos relacionamentos. Afinal, tem muita gente casada que se sente sozinha.

Segundo os pesquisadores até o cérebro das pessoas na velhice funciona melhor se elas sentem que existem pessoas nas suas vidas com quem podem contar. E outra: solidão mata! Sim, os homens que se diziam sozinhos, viveram menos na média!

 (via TSMM)

Mulheres, violência e religião em ‘Game of Thrones’

  Miriam Diez Bosch | Abr 29, 2017
HBO 2016
A religião se torna uma fonte de poder, também ligada ao poder feminino

A religião permeia a popular série da HBO Game of Thrones. Do culto religioso dos Sparrows, com suas semelhanças com a Inquisição, à conexão entre a adoração do Deus da Luz e os fundamentos do Zoroastrismo.

No começo da série, os territórios sobre o qual aprendemos são disferenciados pela religião, já que a religião é que organiza os reinos: o norte é a terra dos deuses velhos e de seus weirwoods; a capital de Westeros é a sede do Great Sept, onde as mais altas autoridades da Fé dos Sete se reúnem. Uma vez que a religião serve para contextualizar a história, a série mostra a estética e rituais das religiões, de protagonistas como Ned Stark orando aos Deuses Antigos nos bosques, e os funerais em King’s Landing.

No entanto, a religião vai além de ser o contexto (histórico, mas remanescente dos tempos medievais e da idade moderna) de Game of Thrones, para se tornar uma fonte de poder, também ligada ao poder feminino.

À medida que os homens começam a escassear (devido às baixas diretas da guerra e a várias outras mortes na guerra para governar os Sete Reinos), as mulheres – e sua relação com a espiritualidade – começam a assumir maior importância.

A guerra tem minado parcialmente fontes anteriores de legitimidade para o poder, como as relações familiares ou o carisma daqueles que procuram o poder, e por isso há líderes que começam a buscar o endosso das autoridades religiosas para apoiar a sua causa. No entanto, figuras religiosas como o High Sparrow e as sacerdotisas do Senhor da Luz também têm ambições próprias. Como resultado, a série mostra negociações constantes entre autoridades públicas e religiosas.

Nesta série – especialmente a versão na tela (mais do que nos livros) – sexo, mulheres e religião estão conectados. As sacerdotisas que servem ao Senhor da Luz, como Melisandre, usam sua sensualidade para seduzir o povo e seus líderes políticos; os Sparrows, ao contrário, impõem uma visão da sexualidade feminina basicamente limitada à reprodução e subordinação ao desejo dos homens. Como resultado, os corpos das mulheres recebem um novo significado: para Melisandre e as outras sacerdotisas, seus corpos são uma fonte de poder, enquanto o High Sparrow força Cersei Lannister, a Rainha Regente na época, a andar nua diante de todo o povo de King’s Landing como penitência pelos seus pecados.

Daenerys Targaryen: Um papel messiânico?

A Mãe dos Dragões, Daenerys Targaryen, é – como John Snow – um personagem com uma trama messiânica ao longo de toda a série. Ela tem direito ao Trono de Ferro, porque pertence à dinastia que governou Westeros por três séculos, e ela tem três dragões que lhe dão tanto simbólico (por causa de sua natureza mágica) quanto o poder militar. No entanto, Daenerys também deve cuidar deles, a ponto de, às vezes, eles parecerem mais como um fardo do que uma fonte de poder.

Os dragões nascem quando ela perde seu filho biológico e seu marido, que era o líder de uma poderosa tribo de nômades guerreiros. Assim, a perda de seu filho e sua desassociação de uma figura de autoridade masculina coincidem com sua ascensão ao poder. Ela compartilha esse tipo de situação com Cersei Lannister, que finalmente é coroada Rainha dos Sete Reinos após a morte de seus três filhos, dois dos quais eram, por sua vez, reis.

Estas são algumas das ideias que foram apresentadas na Conferência Internacional sobre Religião e Espiritualidade na Society at the Imperial College in London, de Marta Roqueta, jornalista, editora da revista Zena e aluna do programa de Mestrado em Estudos de Gênero da Escola de Estudos Orientais e Africanos de Londres.

A apresentação faz parte de um estudo mais amplo que está sendo realizado pelo Observatório Banquerna sobre Mídia, Religião e Cultura da Universidade Ramon Llull. Ele será publicado mais tarde, incluindo exemplos de todas as estações da série da HBO.

Vaticano: Papa pede solução diplomática para conflito EUA-Coreia do Norte

Agência Ecclesia 29 de Abril de 2017, às 21:59        Foto: Lusa

Francisco teme escalada de tensão nuclear que levaria a guerra «terrível»

Foto: Lusa
Lisboa, 29 abr 2017 (Ecclesia) – O Papa apelou hoje ao fim da escalada de tensão entre os Estados Unidos da América e a Coreia do Norte, dizendo temer um conflito nuclear que destruiria “grande parte da humanidade”.

“Peço-lhes, vou pedir-lhes, como já pedi a outros líderes de vários locais, que trabalhem para resolver os seus problemas através do caminho da diplomacia”, declarou.

Francisco falava numa conferência de imprensa no voo de regresso a Roma, após uma viagem de dois dias ao Egito, sugerindo que norte-americanos e norte-coreanos recorram à mediação de um terceiro país, se necessário.

"Temos de parar", defendeu.

O Papa disse aos jornalistas que há várias nações empenhadas na mediação de conflitos e prontas a ajudar, dando como exemplo a Noruega.

“Hoje uma guerra alargada destruiria, não digo metade da humanidade, mas uma grande parte da humanidade”, denunciou, insistindo na necessidade de “parar” o caminho para uma “guerra terrível” e procurar “uma solução diplomática”.

O regime norte-coreano efetuou esta sexta-feira um teste balístico, depois de o secretário de Estado dos EUA ter afirmado que a continuação do programa de mísseis nucleares de Pyongyang teria “consequências catastróficas”

“Isto dos mísseis, na Coreia, já aconteceu há um ano, mas parece que as coisas estão a aquecer demasiado”, acrescentou.

Francisco defendeu que a ONU precisa de assumir uma maior liderança nestas situações e de ter maior poder para intervir.

“Penso que as Nações Unidas têm o dever de retomar a sua liderança”, precisou.

O Papa adiantou que está disposto a encontrar-se com Donald Trump, presidente dos EUA, se o chefe de Estado norte-americano quiser incluir uma visita ao Vaticano durante a viagem para a cimeira do G7, na Sicília (Itália), a 26 e 27 de maio.

“Ainda não fui informado pela Secretaria de Estado se houve um pedido, mas eu recebo todos os chefes de Estado que peçam uma audiência”, explicou.

OC

Hoje é celebrado São Pio V, o pastor que liderou a Igreja com auxílio de Maria



REDAÇÃO CENTRAL, 30 Abr. 17 / 05:00 am (ACI).- O dia 30 de abril é festa de São Pio V, um pobre pastor que chegou a ser Sumo Pontífice, renovou o clero e a liturgia da Missa e salvou a Igreja e a Europa da invasão muçulmana na famosa batalha de Lepanto, com o auxílio da Virgem do Rosário.


Antonio Chislieri (São Pio V) nasceu em Bosco (Itália), em 1504. Tinha que cuidar das ovelhas no campo, porque seus pais eram muito pobres. Na adolescência, uma família generosa custeou seus estudos ao ver que seu filho, também chamado Antonio, se comportava melhor desde que tinha se tornado amigo do santo.

Assim, pôde estudar com os dominicanos e chegou a ser religioso dessa comunidade. Pouco a pouco, foi designado para cargos importantes até que o próprio Papa o nomeou Bispo e, em seguida, encarregado da associação que defendia a fé na Itália.

O santo percorria a pé os povoados, alertando os fiéis dos erros dos evangélicos e luteranos. Muitas vezes, quiseram matá-lo, mas seguiu anunciando a verdade. O Papa o nomeou Cardeal e o encarregou para dirigir a Igreja em defesa da reta doutrina.

Quando o Papa Pio IV morreu, São Carlos Borromeo disse aos Cardeais que o mais apropriado para o ministério era o Cardeal Antonio Chislieri, por isso, foi eleito e tomou o nome de Pio V.

São Pio V pediu que o que se ia gastar no banquete aos políticos e militares fosse empregado em ajudas para os pobres e enfermos. Um dia, viu na rua seu amigo Antonio, cuja família pagou seus estudos, nomeou-o governador do quartel do Papa e as pessoas admiraram ainda mais o Santo Padre ao saber de seu humilde passado.

O Pontífice tinha grande devoção à Eucaristia, à Virgem e à recitação do Rosário, que recomendava a todos. Nas procissões do Santíssimo Sacramento, percorria as ruas de Roma a pé e com grande piedade e devoção.

Ordenou que bispos e párocos vivessem no local para onde tinham sido nomeados, a fim de que não descuidassem dos fiéis. Publicou um novo missal e uma nova edição da Liturgia das Horas, bem como um novo catecismo.

Nessa época, os muçulmanos ameaçaram invadir a Europa e acabar com a religião católica. Saíam da Turquia, arrasando as populações católicas e anunciando que a Basílica de São Pedro seria o estábulo para os seus cavalos. Nenhum rei queria enfrentá-los.

O Papa buscou a ajuda de líderes europeus e organizou um grande exército com barcos. Ele pediu que todos os combatentes fossem à batalha confessados e tendo comungado na Missa. Enquanto iam combater, o Pontífice e os fiéis romanos percorriam as ruas descalços rezando o Rosário.

Os muçulmanos eram superiores e se encontraram com o exército católico no golfo de Lepanto, perto da Grécia. Os líderes cristãos fizeram com que os soldados rezassem o rosário antes de iniciar a batalha em 7 de outubro de 1571.

O combate começou com vento contrário para os católicos até que, de um momento para o outro, mudou de direção. Então, os cristãos se lançaram ao ataque e obrigaram os muçulmanos a recuar.

São Pio, sem ter recebido notícias do que aconteceu, olhou pela janela e disse aos Cardeais: “Vamos nos dedicar a dar graças a Deus e à Virgem Santíssima, porque conseguimos a vitória”.

O Papa, como agradecimento, mandou que a cada 7 de outubro fosse celebrada a festa de Nossa Senhora do Rosário e que nas ladainhas fosse incluída “Maria, Auxílio dos Cristãos, rogai por nós” (algo que foi propagado por São João Bosco, séculos depois).

Partiu para a casa do Pai em 1º de maio de 1572, aos 68 anos.

sábado, 29 de abril de 2017

Papa ao clero: a inveja é um câncer que arruína o corpo

 Rádio Vaticana

Cairo (RV) - O Papa Francisco encontrou-se, na tarde deste sábado (29/04), no Seminário Patriarcal, no Cairo, com o clero, religiosos e seminaristas para um encontro de oração. 

Francisco manifestou a alegria de estar ali naquele lugar “onde se formam os sacerdotes e que representa o coração da Igreja Católica no Egito”. O Pontífice saudou os sacerdotes, consagrados e consagradas do pequeno rebanho católico no Egito – “o «fermento» que Deus prepara para esta terra abençoada, a fim de que, juntamente com os nossos irmãos ortodoxos, cresça nela o seu Reino” .

O Papa os encorajou e agradeceu pelo “testemunho e pelo bem que fazem a cada dia, trabalhando no meio de muitos desafios e, frequentemente, poucas consolações”.

“Não tenham medo do peso do dia-a-dia, do peso das circunstâncias difíceis que alguns de vocês têm de atravessar. Veneramos a Santa Cruz, instrumento e sinal da nossa salvação. Quem escapa da cruz, escapa da Ressurreição”, disse Francisco.
  “Trata-se de crer, testemunhar a verdade, semear e cultivar sem esperar pela colheita. Na realidade, nós recolhemos os frutos de muitos outros, consagrados e não consagrados, que generosamente trabalharam na vinha do Senhor: a sua história está cheia deles!”

“No meio de muitos motivos de desânimo e por entre tantos profetas de destruição e condenação, no meio de numerosas vozes negativas e desesperadas, sejam uma força positiva, sejam luz e sal desta sociedade; sejam a locomotiva que faz o trem avançar para a meta; sejam semeadores de esperança, construtores de pontes, obreiros de diálogo e de concórdia”, sublinhou o Papa.

“Isto é possível se a pessoa consagrada não ceder às tentações que todos os dias encontra no seu caminho”, como “a tentação do deixar-se arrastar e não guiar, a tentação de lamentar-se continuamente, a tentação da crítica e da inveja, a tentação de se comparar com os outros, a tentação do «faraonismo, a tentação do individualismo e a tentação de caminhar sem bússola nem objetivo”.

A propósito da inveja, o Papa disse que "o perigo é sério, quando a pessoa consagrada, em vez de ajudar os pequenos a crescer e a alegrar-se com os sucessos dos irmãos e irmãs, se deixa dominar pela inveja tornando-se uma pessoa que fere os outros com a crítica. A inveja é um câncer que arruína qualquer corpo em pouco tempo". 

Em relaçao ao «faraonismo», Francisco sublinhou que isso significa "endurecer o coração e fechá-lo ao Senhor e aos irmãos. É a tentação de se sentir acima dos outros e, consequentemente, de os submeter a si por vanglória; de ter a presunção de ser servido em vez de servir".

“Queridos consagrados, não é fácil resistir a estas tentações, mas é possível se estivermos enxertados em Jesus: quanto mais enraizados estivermos em Cristo, tanto mais vivos e fecundos seremos. Só assim a pessoa consagrada pode conservar a capacidade de maravilhar-se, a paixão do primeiro encontro, o fascínio e a gratidão na sua vida com Deus e na sua missão. Da qualidade da nossa vida espiritual depende a da nossa consagração.”

O Papa concluiu, afirmando que “o Egito contribuiu para enriquecer a Igreja com o tesouro inestimável da vida monástica. Exorto-os a beber do exemplo de São Paulo o Eremita, de Santo Antão, dos Santos Padres do deserto, dos numerosos monges que abriram, com a sua vida e o seu exemplo, as portas do céu a muitos irmãos e irmãs; e assim também vocês poderão ser luz e sal, isto é, motivo de salvação para si mesmos e para todos os outros, fiéis e não fiéis, de modo especial para os últimos, os necessitados, os abandonados e os descartados”.

Papa conclui viagem internacional ao Egito

Francisco se despede do Cairo - AFP

Cairo (RV) - O Papa Francisco concluiu, na tarde deste sábado (29/04), sua 18ª viagem apostólica internacional que desta vez o levou ao Egito. 
Após a cerimônia de despedida no Aeroporto Internacional do Cairo, o avião da Alitalia que traz o Pontífice de volta a Roma decolou às 17h locais (meio-dia no horário de Brasília). 

A chegada do Papa a Roma está prevista para às 20h30 locais (15h30 de Brasília) ao aeroporto romano de Ciampino.
(MJ)


Com Natalie Portman, "Além da Ilusão" se perde em seus excessos

 domtotal.com
“Além da Ilusão” é um filme sobre uma dupla de irmãs americanas que viajam pela Europa.
Cena do Filme
Cena do Filme "Além da Ilusão". (Reuters)
Por Alysson Oliveira

Ambição, para um filme (ou até para a vida), não é, a priori, um defeito. O problema é perder a medida dela, como dolorosamente se vê em “Além da Ilusão”, escrito e dirigido pela francesa Rebecca Zlotowski, cujos ótimos “Belle Épine” (2010) e “Grand Central” (2013) a colocaram no mapa-mundi do cinema e do circuito do festivais.

Seu novo trabalho, o mais ambicioso em escopo e orçamento – contando com Natalie Portman, no papel principal – frustra exatamente porque o potencial que a diretora demonstrou nas outras obras se dissipa num caos narrativo e de temas.

“Além da Ilusão” é um filme sobre uma dupla de irmãs americanas, Laura (Natalie) e a caçula Kate Barlow (Lily-Rose Depp), que viajam pela Europa do entre-guerras ganhando dinheiro com seus poderes mediúnicos.

O filme também é sobre a magia do cinema enquanto arte e técnica, além de aspirar a ser uma crônica sobre a alienação da elite europeia que permitiu a ascensão dos regimes totalitaristas. Além disso, é um estudo sobre os laços que unem essas duas irmãs e os fantasmas do passado de seus clientes. E tudo isso em menos de duas horas!

O filme começa muito bem com Laura e Kate fazendo uma sessão para uma sala lotada, com algumas pessoas interessadas em contatar entes queridos que morreram. A mais velha é uma espécie de mestre de cerimônias, guiando o espetáculo, cuja estrela central é Kate com seus dons mediúnicos, que chamam a atenção de Korben (Emmanual Salinger). Rico polonês radicado na França, com fantasmas para exorcizar, ele leva as duas para morar na sua mansão.

Korben também convence as irmãs a se deixarem filmar por câmeras de cinema enquanto realizam suas sessões. Mas isso não é tão simples. Cinema é, na época, uma arte em ascensão, dependendo muito dos avanços tecnológicos para se tornar mais livre. O excesso de refletores, por exemplo, é um empecilho para as americanas realizarem seus transes. Nesse momento, “Além da Ilusão” está interessado no cinema, na sua técnica e limitações, levando um tropeção do qual jamais se recupera.

Não que a diretora, com seu filme, também não esteja interessada no cinema enquanto arte e técnica, até porque, em seus trabalhos anteriores, a trama era também, acima de tudo, uma base para a construção de um clima e uma poética. Ainda assim, é preciso um fio condutor que não deixe uma aparência de conexão aleatória, como é o caso aqui.

Não custa muito e Laura torna-se uma atriz de cinema, tentando subir na vida e sendo hostilizada anonimamente por colegas com xingamentos de batom no espelho. Korben também está sendo atacado por ser estrangeiro e judeu. “Além da Ilusão”, por sua vez, luta para manter alguma coerência e coesão, mas não é fácil.

Apesar da bela direção de arte, não há muita atmosfera de uma Paris dos anos de 1930 – o filme poderia se passar em qualquer outra época. Natalie desfila feições de incrédula o tempo todo – talvez realmente nem ela entenda o arco de sua personagem. Lily-Rose Depp (filha da atriz e cantora Vanessa Paradis e Johnny Depp), no entanto, parece se encontrar no filme, até porque sua personagem faz mais sentido do que a de Laura. Sua interpretação, algo meio etérea, algo que não é deste mundo, tem até um quê daquela de sua mãe em “A mulher e o atirador de facas” (99). A jovem atriz parece estar num filme completamente diferente dos outros intérpretes e personagens, o que é uma pena: se todos estivessem no mesmo filme que ela, “Além da Ilusão” seria melhor.

Clique aqui, confira o trailer e onde o filme está em cartaz na Agenda Cultural do DomTotal!


Reuters

Missa no Setor 3: Paróquia Santo Afonso, Fortaleza CE

Em concomitância com a Mensagem do Papa Francisco, de sermos uma Igreja em Saída, uma Igreja Missionária, mensalmente, na última sexta-feira de cada mês, a Santa Missa é realizada em um Setor diferente da Paróquia. Hoje foi a fez do Setor 3. Confiram as imagens.
        
      

Sempre é possível tirar a venda dos olhos

domtotal.com
Evangelho de Lucas, capítulo 24, 13-35, correspondente ao Terceiro Domingo de Páscoa, ciclo A do Ano Litúrgico.
Existe o perigo de que vejamos a missão cristã como uma mera utopia irrealizável .
Existe o perigo de que vejamos a missão cristã como uma mera utopia irrealizável . (Divulgação)
Por Ana Maria Casarotti*

O Evangelista Lucas oferece-nos hoje um belo texto, dele próprio, onde narra a experiência de dois discípulos que encontram Jesus no caminho quando iam para Emaús, “um povoado distante onze quilômetros de Jerusalém”.

Possivelmente eles tinham partilhado com Jesus muitos momentos da sua vida, nos caminhos da Galileia. Escutaram suas palavras, experimentaram sua presença misericordiosa no meio deles, mas agora ele havia morrido. E com sua morte morreram suas esperanças, a expectativa de um Messias que ia salvá-los do poder inimigo, do Império que os oprimia e também de uma religiosidade longe da sua vida e de suas possibilidades.

A morte de Jesus era uma situação muito difícil de entender e até de aceitar. Eles aguardavam um profeta poderoso em palavras e obras e isso não aconteceu. 

Até perderam o sentido de viver em comunidade e possivelmente abandonaram o grupo de discípulos e discípulas.

Estavam tristes, desanimados, com a nostalgia e frustração de desejos e projetos que não foram realizados. Saem de Jerusalém sem meta nem horizonte.

Levam consigo uma grande desilusão. Confiaram em Jesus, colocaram nele suas expectativas, mas nada aconteceu. Deixaram tudo por ele, tentaram segui-lo pelo caminho que ele lhes ensinava, escutando suas pregações.

Estavam junto "dessa pessoa" considerada uma pessoa ingrata, mas foi assassinado. Será que incomodava o bem-estar do Império e da cultura religiosa da época?

Para estes discípulos já não tem sentido ficar em Jerusalém. Foi somente um entusiasmo? Um engano? Estavam seguindo a pessoa errada?

Eles vão afastando-se de Jerusalém, possivelmente regressam ao que estavam acostumados, ao passado que eles tinham renunciado para seguir Jesus.

Caminham desolados, sem meta nem rumo. 

Hoje há tantas pessoas no mundo inteiro que andam desoladas, sem caminho certo, tentando libertar-se do poder que as oprime, da dor que sentem no dia a dia. Pessoas que procuram um refúgio, que perderam tudo, famílias inteiras que fogem da guerra e da contínua ameaça sobre suas vidas.

As injustiças sociais, os poderes opressivos que preferem o bem-estar de poucos e a morte de milhares de pessoas. Os discípulos estão tão desanimados que seus olhos parecem como vendados e não conseguem perceber que essa pessoa que se une a eles no caminho é Jesus.

Como disse o Papa Francisco “Jesus caminha conosco. Frente às interrogações que brotam do coração do homem e frente aos desafios que a realidade apresenta, podemos sentir uma sensação de extravio e perceber que nos faltam energias e esperança. Existe o perigo de que vejamos a missão cristã como uma mera utopia irrealizável ou, em qualquer caso, como uma realidade que supera nossas forças. Mas se contemplamos a Jesus Ressuscitado, que caminha junto aos discípulos de Emaús (cf. Lc 24, 13-15), nossa confiança pode se reavivar. Nesta cena evangélica temos uma autêntica e própria “liturgia do caminho”, que precede a da Palavra e a do Pão partido e que nos comunica, em cada um de nossos passos: Jesus está ao nosso lado!”. (Disponível em: "Francisco: Ao anunciar o Evangelho, renunciemos a idolatria do êxito")

Jesus procura conhecer suas perguntas, tenta libertá-los da tristeza que os acompanha. Pergunta-lhes sobre sua conversa para que eles possam expressar aquilo que gera neles tantas perguntas e tanta dor.

Somente no momento que voltam à experiência da comunidade, partilham o pão, ficam juntos, seus olhos se abrem e reconhecem a presença de Jesus ao seu lado. No seu interior, o coração ardia com suas palavras, mas não o percebiam porque estavam cegos pelo desânimo.

Neste tempo de páscoa, somos convidados a acompanhar tantas pessoas que ao nosso lado caminham tristes e desanimadas para gerar nelas a esperança da vida que é Jesus, que, apesar de tanto sofrimento, está ao seu lado.

Como Jesus, procuremos ter uma mesa aberta para todos. "Não é a “mesa santa” dos fariseus, nem a mesa pura” dos membros da comunidade de Qumrã. É a mesa acolhedora de Deus. Com sua ação misericordiosa, Jesus não justifica a corrupção dos publicanos nem a vida das prostituas. Simplesmente, rompe o círculo diabólico da discriminação e abre um espaço novo onde todos são acolhidos e convidados para o encontro com o Pai da misericórdia. (Disponível: Assim como Jesus, rompe o círculo diabólico da discriminação. Artigo de José Pagola). 


IHU
Ana Maria Casarotti é Missionária de Cristo Ressuscitado.