quinta-feira, 23 de março de 2017

Meu esposo não me beija. Minha esposa não me abraça

  Santi Casanova | Mar 23, 2017
© Shutterstock/Auremar

Investigando no Google, descobri que uma das buscas mais frequentes sobre os casais era a seguinte: “Minha esposa não me beija/Meu esposo não me beija/Meu esposo não me abraça”. Isto me chamou a atenção e confirmou, mais uma vez, a certeza de que as pessoas perguntam muitas coisas ao Google, desde as mais técnicas ou estúpidas até as mais profundas e importantes. Precisamos de respostas, conselhos, de alguém que nos ouça, seja porque não encontramos isso em outro lugar, ou porque achamos mais fácil colocar nossas dúvidas na internet.

Entrando neste assunto, parece que o Google coloca na mesa um problema que atinge muitos casais: a negligência afetiva, o desafeto, a perda da atração sexual, a má gestão emocional de nossos sentimentos, o pequeno valor que damos ao contato físico, à comunicação corporal e aos pequenos detalhes de carinho. Tudo isso vai nos distanciando, cada dia um pouquinho mais.

Não estou preocupado, agora, em analisar as causas sobre como lançar uma bateria de possibilidades que não nascem da teoria da ciência matrimonial, mas sim da experiência destes anos de casamento:

É preciso falar. É necessário que seu cônjuge saiba que você está insatisfeito ou insatisfeita. Você precisa dizer que precisa de mais beijos, mais carícias e mais abraços durante o dia.
Comece por você. Por que não passar ao ataque? Se necessito de um beijo, por que não dar um? Se preciso de um abraço, por que não buscá-lo? Somos diferentes e, quase sempre, é mais fácil que o primeiro passo seja dado por aquele que tem mais facilidade em lidar com isso.
Cuide-se. Será que você não perdeu parte de seus atrativos? O amor é para sempre, claro! Mas podemos torná-lo mais fácil ou mais difícil. Você já tentou arrumar-se de vez em quando? Usar uma roupa menos confortável, porém mais “interessante”? E se deixar o moletom ou o pijama só para quando for realmente imprescindível? E o cheiro… um pouquinho mais de perfume? E os quilinhos a mais? Poderíamos perder alguns?
Proponha alguma “travessura” de vez em quando. Os casais vão se afundando na rotina. Entre os filhos, o colégio, os banhos, os jantares, o trabalho. Por que não propor algo que rompa um pouco esta dinâmica? Um jantarzinho fora de surpresa? Um cinema? E um tempinho improvisado juntos no quarto?
Se você detectar que sua apatia é reflexo de algo mais importante ou que vem de longe, o assunto fica complicado. Mas é preciso enfrentá-lo. Coloque-o na mesa e veja o que ambos podem fazer juntos para encontrar uma solução o quanto antes.
O que está claro é que somos corpo e que precisamos dele. Não bastam as palavras, os sentimentos nem as certezas. Ou nos beijamos mais frequentemente, ou nos acariciamos mais frequentemente, ou nos abraçamos mais frequentemente… ou nos afundamos. Que não passe de hoje!

Um abraço fraterno – @scasanovam

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