terça-feira, 21 de março de 2017

Lobby gay considera discriminatório celebrar o Dia dos Pais e o das Mães

Imagem referencial. Foto: Pixabay / domínio público.

MADRI, 20 Mar. 17 / 07:00 pm (ACI).- O Observatório espanhol contra a LGBTfobia, um coletivo gay “contra crimes de ódio”, pediu aos colégios do país suprimir as celebrações do Dia dos Pais e do Dia das Mães para evitar “situações involuntárias de discriminação”.

Por ocasião do Dia dos Pais, comemorado em 19 de março na Espanha – dia no qual se celebra a Solenidade de São José –, a comunidade homossexual emitiu um comunicado em seu site, recomendando que tanto esta celebração, como o dia das Mães, no primeiro domingo de maio, fosse substituída pelo dia Internacional das Famílias, programado para o dia 15 de maio.

No comunicado, Paco Ramirez, Diretor do Observatório Espanhol contra LGBTfobia, advertiu sobre a preocupação da comunidade gay “por situações involuntárias de discriminação causadas atualmente nos colégios quando comemoram o Dia dos Pais ou o Dia das Mães, esquecendo que as famílias na sociedade espanhola são cada vez mais diversas”.

“Por isso, a celebração de alguns dias pensados exclusivamente na família tradicional de pai e mãe faz com que as famílias monoparentais e as famílias homoparentais sejam totalmente ignoradas”, disse.

Segundo Ramirez, comemorar o Dia dos Pais ou o Dia das Mães nas escolas poderia expor os menores “a situações de discriminação e promover o bullying, poderiam ser zombados e ridicularizados pelas outras crianças”.

O diretor da comunidade homossexual também justificou a sua proposta de que estas celebrações não coincidem na mesma data para todos os países do mundo.

Ramirez terminou o seu comunicado criticando o Ônibus da Liberdade da plataforma pró-família HazteOír, referindo-se a ele como “lobby do ódio”.

“Todas as crianças têm um pai? Todas as crianças têm uma mãe? Que não nos enganem!”, disse.

Nas últimas semanas, HazteOír colocou um ônibus para circular em Madri e Barcelona, denunciando a ideologia de gênero imposta nas escolas. No veículo, censurado em ambas as cidades espanholas, estava escrita a mensagem: “Os meninos têm pênis. As meninas têm vulva. Que não te enganem. Se nasce homem, é homem. Se é mulher, seguirá sendo”.

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