terça-feira, 30 de agosto de 2016

Países europeus perderam o contato com suas raízes’

 domtotal.com
Recentes ataques terroristas são uma demonstração do afastamento das tradições cristãs.
'Muitas pessoas batizadas não são conscientes do dom de fé'
'Muitas pessoas batizadas não são conscientes do dom de fé'

Foi publicada na manhã desta segunda-feira (29/08) a mensagem enviada pelo Papa Francisco ao Cardeal Kurt Koch, Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos. Ele participou de um simpósio em Salonica, na Grécia, intitulado “A necessidade de re-evangelizar as comunidades cristãs na Europa”, cujo objetivo é “favorecer o confronto teológico e cultural entre católicos e ortodoxos”. 

O encontro é promovido pelo Instituto Franciscano de Espiritualidade da Universidade Pontifícia Antonianum e pela Faculdade Teológica Ortodoxa da Universidade Aristoteles de Salonica.

Em sua mensagem, o pontífice encoraja a realização do simpósio porque a seu ver existe a clara necessidade de uma nova obra de evangelização na Europa: “Muitas pessoas batizadas não são conscientes do dom de fé que receberam e não participam da vida da comunidade cristã porque perderam o contato com suas raízes cristãs”, afirma o Papa.

Novos caminhos

Assim, Francisco diz esperar que as reflexões propostas no simpósio, com o intercâmbio entre os estudiosos católicos e ortodoxos, contribuam para identificar novos caminhos, métodos criativos e uma linguagem apropriada para levar o anúncio de Jesus Cristo, em toda a sua beleza, ao homem contemporâneo.

Mensagem de Bartolomeu

Para o patriarca ecumênico Bartolomeu I, de Constantinopla,  a falta de valores estáveis e saudáveis e a liberdade desenfreada do homem têm conduzido a humanidade ao desespero: 

“Os recentes ataques terroristas são uma demonstração do afastamento das tradições cristãs por parte dos cidadãos europeus, que estão adotando novas teorias e costumes, completamente opostos à lei de Deus”.

“Incapazes de encontrar apoio espiritual, nossos irmãos se orientam para formas de religiosidade inspiradas em hostilidades e ódios que certamente não preenchem o seu vazio existencial”, prossegue Bartolomeu.

O patriarca sugere que “o amor pelo diálogo, pela resolução pacífica dos contrastes e pela reconciliação une os cristãos. O futuro pertence a Cristo, a sua Igreja e a sua teologia e por isso, devemos lutar para não desiludir as expectativas do mundo, que deposita esperanças no Cristianismo, em busca de consolo”.

Consequentemente, Bartolomeu encoraja os participantes do Simpósio, “que pode reforçar a unidade da comunhão e transmitir uma mensagem de fé, esperança e reconciliação a este mundo fragmentado”.

Rádio Vaticano

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