terça-feira, 16 de setembro de 2014

Revista desmente mito sobre riqueza do Vaticano

Segundo revista Fortune, se fosse uma empresa, o Vaticano não estaria nem entre as 500 mais ricas.

A revista norte-americana Fortune, especializada em temas econômicos, desmentiu o mito das "grandes riquezas” do Vaticano, e informou que se a Santa Sé fosse uma corporação, nem sequer chegaria perto das 500 mais ricas da sua famosa lista Fortune 500.

Em seu artigo intitulado “This Pope means business” (“Este Papa é sério”), a Fortune indicou que “frequentemente é assumido que o Vaticano é rico, mas se fosse uma companhia, não chegaria nem perto da lista Fortune 500”.

A lista da Fortune 500 é encabeçada este ano pela multinacional Wal-Mart, com receita de 476,3 bilhões de dólares, e com a gigante da tecnologia Apple em quinto lugar, com receita de 179,9 bilhões. O último lugar da sua lista é ocupado pela empresa United Rentals, com receita de 4,9 bilhões de dólares.

A Fortune assinalou que o orçamento operacional do Vaticano é de apenas 700 milhões de dólares, e “em 2013 registrou um pequeno superávit global de 11,5 milhões de dólares”. A revista estadunidense assinalou, além disso, que a maioria dos ativos mais valiosos do Vaticano, “alguns dos maiores tesouros de arte do mundo, são praticamente sem avaliação e não estão à venda”.

“A Igreja católica é altamente descentralizada financeiramente. Em termos de dinheiro, o Vaticano basicamente está por conta. Essa é uma importante razão pela qual suas finanças são muito mais frágeis e sua situação econômica é muito mais modesta que sua imagem de luxuosa riqueza”.

O Vaticano, indicou a revista econômica, não tem acesso ao dinheiro nem das dioceses nem das ordens religiosas. Explicou que “cada diocese”, em termos econômicos, “é uma corporação separada, com seus próprios investimentos e orçamentos, incluindo as arquidioceses metropolitanas”.

A Fortune assinalou que as dioceses de todo o mundo “mandam somas consideráveis de dinheiro para o Vaticano cada ano, mas a maior parte deste dinheiro é destinada ao trabalho missionário ou às doações de caridade do Papa”.

O Vaticano, informa a matéria da Fortune, “paga salários relativamente baixos, mas oferece benefícios generosos de saúde e aposentadoria”. “Os cardeais e bispos das congregações e dos conselhos muitas vezes recebem o equivalente a 46 mil dólares ao ano”.

“Os soldados rasos, incluindo irmãs e sacerdotes, também recebem salários menores aos de mercado”, publicou a revista, mas destacou que “os empregados do Vaticano não pagam imposto de renda”. “Os empregados leigos do Vaticano têm emprego vitalício e, virtualmente, ninguém sai antes da idade da aposentadoria”, assinalou.
Religión Digital, 14-09-2014.

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